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segunda-feira, janeiro 30, 2012

Olhai Os Lírios - Descanse em Deus



”Olhai para os lírios do campo..." Mt 6:28




Por Wilma Rejane
A Tenda Na Rocha

Essa passagem me causa conforto, pela sua essência, suavidade e todo o contexto em que foi transmitida. Fecho os olhos e me imagino com Jesus, naquele momento, sentada aos seus pés, ouvindo-o falar das coisas simples e de como a vida é bela e segura sob seus cuidados. Posso sentir o silênciar de vozes humanas e o pulsar da natureza orquestrado pelos céus. Jesus andando entre os discípulos, e sua mensagem penetrando como um bálsamo suave nos corações. : ...”Olhai para os lírios do campo como eles crescem, não trabalham nem fiam... se Deus assim veste a erva do campo que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós homens de pouca fé?” Mt 6:28-30.

Os Lírios em Israel

A palavra grega para "lírios" significa "flores silvestres". O biólogo Israelense Ori Fragman-Sapir, cientista chefe da Universidade de Jerusalém Botanical Gardens, escreveu um artigo intitulado "Wild Allium Espécie em Israel". Nele relata que existem 250 espécies de lírios  desde Israel, ao Irã e Turquia. Nos campos de Israel , especificamente, foram catalogados 39 tipos de allium florescendo pelos campos.


Jesus poderia esta se referindo a qualquer uma dessas espécies, ou a todas elas. Alguns tipos de lírios não possuem raiz, secam rapidamente. Dessa forma, era costume da época reunir as flores secas e usa-las para queimar nos fornos a fim de aquecer a temperatura. Talvez isto explique a fala de Jesus: "a erva do campo que hoje existe e amanhã é lançada ao forno" Mt 6:10

Provavelmente, ao proferir o sermão não houvesse lírio algum a sua volta, segundo pesquisadores, era  verão. Não importa. Creio que todos entenderam perfeitamente o que Jesus falou. Assim como penso que cada vez que um daqueles discípulos contemplava um lírio, a mensagem transbordava no coração.

Olhai os Lírios

Aqui estão apenas algumas das espécies de lirios que embelezam os campos de Israel. São perfeitos!

Que bordadeira conseguiria produzir pétalas tão harmoniosas? E as tonalidades da cor?

Olhai os lírios... Vejam como eles se unem em um mesmo ritmo. O cacho protege a unidade. Me faz lembrar da família, da igreja: "Quão bom e suave é a união...que perfume...


Jesus quer que paremos um pouco para contemplar os liríos, as hastes que os sustentam, as pétalas que abrem e fecham em tempo determinado (há tempo para todas as coisas), a textura, perfeita que dura enquanto vive a flor, transmitindo beleza ímpar. Um tecido que nenhuma sofisticada fábrica consegue imitar.

 Um inseto procurou comida em um Lirio, provavelmente a docura da flor o atraiu. Isso lhe diz algo? Lirios, além de beleza, também doam alimento. Olhai os lirios...

Lirios alvos como a neve, em diferentes fases: abertos, fechados, entreabertos...somos assim, como esse buquê, diferentes porém iguais.  Olhai os lirios...


Se você, assim como eu, foi edificado através da mensagem de Jesus sobre os lirios, guarde-a no mais intímo do coração. Quando estiver afadigado, resmungando ou se achando desprezivel, "olhai os lirios". Deus cuidou de cada detalhe dessas flores, com muito amor. Todas tem suas particularidades, suas estações. Ele não cuidaria de nós, feitos a Sua imagem e semelhança?

Deus os abençoe.

domingo, dezembro 04, 2011

A depressão do profeta Elias

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Profeta Elias

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"Elias foi sentar-se embaixo de um pé de zimbro

e pediu a morte"
I Rs 19:4

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Wilma Rejane

Blog A Tenda na Rocha

É dificil entender como alguém de relacionamento tão íntimo com Deus, cheio do Espírito Santo, chegue a tal situação. Elias, não foi o primeiro, e não será o único. Por todos os dias, desfrutamos de misericórdia e fidelidade Divina, porém, quando as tribulações nos chegam, a falibilidade humana, tende a esquecer a infalibilidade de Deus. Elias, estava desanimado, angustiado e cheio de dúvidas:Ameaçado de morte, foge da terrível Jezabel e refugia-se no deserto, embaixo de um pé de zimbro, pedindo a morte.

Ele preferia ser morto por Deus, a ser entregue a uma ímpia . Elias, havia presenciado a morte, de muitos profetas, não esperava, contudo, que sua vez chegaria. Afinal, ele era amigo de Deus, com muitas promessas a serem realizadas. Isto já conteceu com você? Acreditou firmemente nas promessas Divinas e de repente viu tudo conspirar contra? Deus, havia esquecido de Elias? Haveria Deus, esquecido de mim e de você? Dos que O buscam e confiam em Sua providência?

Eu já estive como Elias. Foi quando escrevi o artigo: "No começo era o fim" ou "Não temas, verme de Jacó". Estive, em um momento de grande angústia, vi, uma porção preciosa de minha vida desmoronar. Parecia o fim. Não cheguei a pedir a morte, mas, era como se houvesse morrido. Me refugiei no "zimbro", A Palavra de Deus. As mensagens, que ministro, passam primeiramente por mim. Deus, me fala, me anima, me conforta, e me sinto na obrigação de fazer o mesmo. Porque sei, que outras vidas serão edificadas. Embaixo do "zimbro", recebo Àgua e Pão. Me fortaleço para prosseguir, confiante de que Deus está comigo.

Hoje, ao reler o artigo que escrevi a dois anos atrás, vejo como Deus me foi fiel. Converteu o mal começo. Tornou tudo novo e melhor! Maravilhoso É O Senhor! Grande em poder e misericórdia! Elias, caminhou solitário, por um dia, em direção ao deserto, sem comida, nem água, em silêncio, conversou com Deus, porque sequer tinha forças para falar. Ao encontrar a sombra, contemplou a aridez do solo, o céu, sem nuvens, e erguendo sua voz, orou, a Deus. Não era a oração que Deus, queria ouvir. Mas que Deus, sabia ser possível e previsível a todo e qualquer homem limitado e oprimido.

Satanás, ataca-nos em nossos momentos de fraqueza. Foi assim, com Jesus, no deserto. Jesus, teve fome, o inimigo, lhe ofereceu pão. Ele se apresenta, como a solução mais rápida e fácil. Foi assim com Elias: "Pede a morte, você, não merece mais viver dessa forma", essa voz, "martelava" na cabeça do profeta. Assim, como martelou na de Moisés, Jonas e Jô. Exatamente, quando se acharam em grande aperto, eles, também, pediram a morte. Ao nos sentirmos derrotados, o inimigo, tem a vitória.

Quando você estiver caminhando para o deserto, lembre-se, refugie-se no zimbro: "E deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis então que o anjo o tocou, e lhe disse: levanta-te come" I Rs 19:5. Elias, estava tão desanimado que comeu bebeu, mas dormiu novamente. Isto, pode acontecer conosco. Elias, recebeu o Rhema de Deus. Deus, falando especificamente para Ele. Uma palavra viva, tão viva, que moveu o céu. Um anjo, visível, lhe animando. Elias, tornou a dormir. E pela segunda vez ouviu: "Levanta e come, te será muito longo o caminho"I Rs 19:7. O caminho foi realmente longo, o profeta, caminhou por quarenta dias no deserto, fortalecido por Deus.

Talvez, Elias desejasse, comer e dormir para sempre, mas, é impossível, permanecer inerte, quando Deus nos fala fazendo-nos saber que está conosco. Quando Deus fala, tudo se transforma. Quando Ele diz: "Não temas, pois, porque estou contigo" Is 43:5, impossível não se levantar. O profeta, seguiu, porém, após os quarenta dias, tornou a se sentir fraco. Se refugiou em uma caverna, e Deus, novamente, o falou, através de uma brisa "mansa e delicada". Elias estava obstinado. Deus, porém, não desistiu de Elias. Ele nunca desiste de nós. Por isso, "saia da caverna". Não se intimide pelas ameaças do inimigo. Coma e beba no "zimbro" e não desista.

"Senhor, mataram todos os profetas e só eu fiquei e buscam minha vida para matar-me" I Rs 19:14. Elias, estava certo de que era o único naquela situação. Deus, pacientemente , o manda retornar, diz para ele ungir Eliseu como profeta para substitui-lo, por fim, revela a Elias que existiam mais sete mil homens (profetas), na mesma situação dele: ameaçados de morte, fugindo de Jezabel. Não somos os únicos a passar por tribulações, existem milhares de vidas em situação igual ou pior que a nossa.

A história de Elias, teve um final feliz. Ele venceu em vida, até ser arrebatado aos céus. Seus inimigos, tiveram um fim trágico. Elias, com todas as suas falhas, foi agradável a Deus. Conosco, não é diferente. Deus nos ama. Mais do que nossa finita mente possa alcançar. Ele, não quer que desistamos, mas que nos refugiemos Nele. No "zimbro", onde Àgua e Comida, nos fortalecerá rumo a vitória. Que as lições de Elias "homem sujeito ás mesmas paixões que nós"Tg 5:17, fale, profundamente aos nossos corações, amém.








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domingo, novembro 27, 2011

Entrevista Exclusiva Caso Yousef Nadarkhani






Wilma Rejane


Em que condições estaria o pastor Yousef Nadarkhani na prisão iraniana? Qual o desfecho da sentença? "vasculhei" os mecanismos de pesquisa do Google em busca de informações recentes sobre o caso (acredito que muitas pessoas já devam ter feito isso também) e o que encontrei de mais atual foi uma entrevista do advogado de defesa de Yousef Nadarkhani, Salmanpour Abbas, a um repórter da agência de Notícias Iraniana Cristã "Mohabat News".

A entrevista foi feita por telefone no dia 02 de Novembro e não sei por qual motivo, só agora a notícia aparece como destaque na primeira página do Google, resultados em inglês.


Mohabat Notícias: Por favor, informe-nos sobre o satus do caso Nadarkhani como está o processo no momento?

Abbas Salmanpour: O processo deve ser encaminhado para o tribunal superior novamente.

MN: Como está a situação de Nadarkhani na prisão agora? É permitido visitar ele? Ele pode se comunicar / ligar para família?

AS: Sim, até onde sei ele não tem problema nenhum a esse respeito. Eu perguntei a ele sobre isso e, felizmente, ele está em boa situação na prisão. Não está sob tortura, pressão, ou outros problemas desse tipo. O setor de relacionamento do tribunal permite que sua família vá visitá-lo tanto quanto possível. Felizmente não há problemas quanto a isso.

MN: Cinco dos Marja-e-Taglites (que significa literalmente uma fonte de orientação e referência) rejeitaram a acusação de apostasia contra Nadarkhani e agora o seu caso foi encaminhado para o Lider Supremo do Irã, Ali Khamenet. Se ele confirmar o veredicto de apostasia contra Nadarkhani, o que acontecerá?

AS: O desacordo entre advogados e juízes, neste caso, é se Nadarhkani aceita as condições para ser chamado de um apóstata ou não. A Marja-e-Taglids não rejeitam uma acusação de apostasia em principio. Geralmente, eles apoiam esse tipo de acusação. Mas a discussão é se as atividades de Nadarkhani faria dele um apóstata ou não. se de acordo com os fatos de seu caso ele for reconhecido como apóstata, em seguida, de acordo com os princípios islâmicos a pena de morte será anunciada para ele. E se não, ele não seria tratado como apóstata. O problema principal reside sobre essa questão: Apostata ou não apostata.

Como no inicio você me perguntou sobre o encaminhamento da sentença para o tribunal superior, o caso foi para o escritório do Líder Supremo, de acordo com nosso sistema de liderança, se esse líder decide algo, basicamente, a decisão deve ser implementada.

MN: será que a decisão do lider tem mais credibilidade do que dos outros cinco Marja-e-Taghlid?

AS: Já que ele é o Líder Supremo, de acordo com a Constituição, ele está em posição mais elevada do que as dos outros cinco. A Marja-e-Taghlids faria seus comentários, mas o Líder Supremo tem o direito de emitir o veredicto final. Tais veredictos são vinculativos. Eu acho e tenho certeza de que os juízes vão implementar esse veredicto final.

MN: Nos últimos meses ou mesmo anos, um grande número de cristãos foram detidos e presos pelas autoridades de segurança. Mesmo agora, alguns cristãos convertidos estão sendo mantidos na prisão. Na sua opinião, por que a acusação de apostasia foi mencionada apenas a Yousef nadarkhani?

AS: O que tornou o caso mais sensível é que acredita-se que Nadarkhani realizou algumas ações para disseminar suas crenças. Quero dizer as acusações são mencionadas no sentido de que formou uma igreja doméstica para difundir a fé para outros. E também alegou que tinha sido um muçulmano e mais tarde se convertido ao cristianismo. Estas questões têm tornado o caso um pouco mais sensível.

É claro que eu e os outros advogados de defesa não acreditamos nisso. Acredito que ele não vai ser condenado por ser um apostata. O próprio fato de ser cristão não assumiu a gravidade do caso de Nadarkhani. ele não está sendo condenado por ser um cristão, não é isso. Tanto quanto sabemos, nossos amigos e vizinhos cristãos  vão continuar a viver em paz e são livres para praticar sua fé dentro das igrejas. As acusações apontam para Nadarkhani pela formação de uma igreja doméstica, pregando o Evangelho para muçulmanos e levando-os a abandonar suas crenças islâmicas.

No entanto, estamos tentando provar o contrário para provar que ele não fez isso. E mesmo que qualquer pregação tenha sido feita entre seus companheiros cristãos, não pode ser vista como pregação contra o Islã. Há também um desacordo sobre isto entre advogados e juízes. esperamos que todas essas discordâncias cheguem a um fim e sejam resolvidas de alguma forma. Espero também que o tato dos juízes neste caso, irá concluir em boa ordem para que ele possa voltar para sua família e esse caso finalmente ser encerrado.

Fonte: Persecution International Christian Concern

Yousef Nadarkhani foi preso em Dezembro de 2006 sob acusação de apostasia e evangelismo , foi libertado e preso novamente em 2009 por ter protestado contra o governo sobre a obrigatoriedade da leitura do Alcorão nas escolas, a sentença foi mudando ao longo dos anos e idas e vindas ao Tribunal do Irã.

terça-feira, outubro 25, 2011

Chegada dos Protestantes no Brasil

 



Os evangélicos brasileiros formam um contingente que equivale a duas vezes e meia a população de Portugal. E os números não param de aumentar. Templos gigantescos, controles de meios de comunicação, conversões em massa, representantes no Congresso Nacional.   Embora uma explosão numérica tenha acontecido nas últimas décadas, os protestantes aportaram aqui no século XVI, tempo em que os católicos portugueses mal tinham se espalhado pela costa brasileira. A colonização do Brasil, iniciada sob o impacto das disputas entre a igreja de Roma e os protestantes, reproduziu ao longo dos séculos XVI e XVII as querelas religiosas do tempo de Lutero e Calvino. Aceitos no país definitivamente apenas na época de D.João VI, os cristãos reformados chegaram em massa ao Brasil no século XIX. O protestantismo se manifestou de diversas formas até o século XX, quando surgiram os movimentos pentecostais.

Primeiros Mártires Protestantes

A presença protestante no Brasil data do período colonial (1500-1822). Os franceses que invadiram o Rio de Janeiro no século XVI, em busca do pau-brasil e de refúgio religioso, eram huguenotes, isto é, reformados de origem francesa. Foram eles que oficializaram, em 1556, o primeiro culto protestante no Brasil. Disputas religiosas que já vinham da França dividiram, no entanto a comunidade, e os protestantes foram obrigados a voltar para a Europa. Os três religiosos que resistiram à intolerância do comandante Frances Nicolau Villegaingnon foram mortos, e são considerados os primeiros mártires protestantes no Brasil.

No século seguinte, em 1624, os holandeses da Companhia das Índias Ocidentais, interessados no comércio do açúcar e outros produtos tropicais, invadiram a Bahia, eles atacaram Pernambuco em 1630 e conquistaram parte da atual Região Nordeste, onde permaneceram até 1654. Nesse período, organizaram a Igreja Cristã Reformada, que funcionava com uma estrutura administrativa similar à européia, oferecendo escola dominical e evangelização aos indígenas e africanos.

Luta Por Território

Durante o período holandês, especialmente no governo de Maurício de Nassau (1637-1644), experimentou-se pela primeira vez no Brasil um clima de tolerância religiosa. Católicos, protestantes e judeus conviviam então pacificamente. Conforme o historiador Frans Schalkwiijk, citando um pastor holandês da época, “essa liberdade era tão grande que se não achava assim em nenhum lugar”.


segunda-feira, outubro 10, 2011

Na Prova Com O Profeta Jeremias





 "Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho"
Hb. 12:6





Wilma Rejane

Apenas recentemente aprendi a diferença entre ser tentado e ser provado. Tentação vem do diabo e é para nossa destruição. Provação vem de Deus, é para nossa edificação. O profeta Jeremias, ao ser liberto do cepo, exclamou: "Tu, pois, ó Senhor dos exércitos, que provas o justo” Jr 20:12. Cepo é um pedaço de tronco, o profeta foi amarrado a ele depois de ter apanhado do ímpio Pasur.

Enquanto a pecadora sociedade israelita se afundava em idolatria e outros pecados, Jeremias, Atalaia de Deus pagava o preço da santidade e obediência. Uma voz ungida, em meio a ruídos infernais, que era sufocada pela surdez espiritual. Quantas pessoas estão sendo influenciadas, salvas e edificadas através de Jeremias? Incontáveis sob a face da terra.

Quando somos provados, não crescemos sozinhos. È porque Deus quer ministrar através de nós, aleluia! Fortalecidos na fé, tendo chegado ao alto do monte, apontamos o caminho para os que estão no vale, não apenas isto, mas lançamos cordas reforçadas por muitas tranças, conquistadas a preço de renúncia.


“Gloriamos-nos nas tribulações, sabendo que elas produzem paciência, experiência e esperança”Rm 5:3,4.

Jeremias disse: “Vi terror por todos os lados, mas o Senhor está comigo como um valente terrível” Jr 20:9-11. Ainda que a sua e a minha visão seja de terror, prossigamos confiantes, totalmente entregues Àquele que nos salvou, na Sua força venceremos o pavor. Depois da prova, do cepo, finquemos o tronco em memorial ao Senhor. E como em Betel, um altar de honra se formará para outros adoradores. O cepo florescerá, como renovo, para glória de Deus.

Em Cristo.

segunda-feira, julho 18, 2011

Há Esperança em Acor


"Alegrai-vos na esperança..." Rm 12:12



Wilma Rejane
A Tenda Na Rocha


Acã foi um israelita que em rebeldia a Deus praticou o pecado do roubo, então ele e toda sua família, como em um ato de purificação da congregação, foi apedrejado. O local do acontecimento ficou marcado para sempre sendo rebatizado de “O Vale de Acor”. Acor, significa problema. Todos que passassem por ali apontariam para o “problema, o pecado de Acã” (Js 7:26).

O Vale de Acor é real, ele existe até os dias atuais, entre as terras de Benjamin, ao Sul de Jericó e é um dos caminhos que dá acesso à Terra Prometida. Acor é um memorial, não de ira, maldade, ou morte, mas de esperança. Porque o próprio Deus, em Sua misericórdia e bondade, fez saber através do profeta Oséias que Acor, é um estado de espírito que pode ser convertido: “E lhe darei as vinhas dali e o Vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua mocidade e como no dia em que subiu a terra do Egito” Os 2:15.

A palavra esperança nesse verso é traduzida como “tiqvah”: Expectativa, algo desejado e previsto ansiosamente, vem do verbo” gavah”: “olhar esperançosamente” numa direção particular. É maravilhoso saber que em seu significado original, esta esperança, citada tantas vezes na Bíblia tinha o sentido de “esticar como uma corda, cordão”. Raabe foi instruída pelos espias, a amarrar um “tiqvah” na sua janela como uma corda de resgate. Raabe foi resgatada com toda sua família.

A esperança, em Cristo Jesus, internalizada pela meretriz Raabe, foi motivo de grande salvação. Aqui a mensagem do Evangelho aponta para a restauração: Acã e toda a família foram mortos no Vale de Acor. Raabe e toda a família foram salvos pela “tiqvah”, pela “porta da esperança”. Jesus é o que garante a transformação de vales de problemas, dor, pecado, vergonha, em memoriais de esperança, Ele é quem nos atrai com cordas de amor eterno para uma direção particular, onde reine o amor, a paz, e a alegria.

O Vale de Acor remonta a uma linda história de conversão. Tão real quanto o amor  que Deus sente por todos nós. Se você se identifica com o Vale dos problemas, te convido a esticar um cordão escarlate na porta do teu coração, assim como Raabe. Esta esperança, revestida de fé, será a vossa luz. E então, no lugar da vergonha, ser-lhe-a dado dupla honra. No lugar da condenação, salvação. Acor ficará para trás como um lugar deserto. Jesus é esta corda de resgate, pronta para alçar vidas. Segure-se a Ela.

Em Cristo, nosso Refúgio.

sexta-feira, abril 22, 2011

Entrevista Com João Cruzué : " Felicidade é Sentir a Presença de Deus"


Por Wilma Rejane

Blog A Tenda Na Rocha

Trago uma entrevista com alguém muito especial : Irmão João Batista Cruzué. Nossa amizade começou através da UBE (União de Blogueiros Evangélicos), ele (por indicação do Eliseu e do Sammis) me fez o convite para participar do projeto e após várias negativas de minha parte, insistiu e de forma muito impactante me convenceu que há necessidade de obreiros para a seara virtual e que Deus tem propósitos para os que servem com amor. Cruzué é um escritor talentoso e fala profundamente aos leitores de seus blogs entre os quais destaco Blog Olhar Cristão. Obrigada pela disposição em responder a entrevista, querido João e por compartilhar conosco seu admirável testemunho de vida.

Se eu fosse você não perderia uma linha dessa conversa.

Entrevista por Wilma Rejane

Quero inicialmente agradecer a oportunidade à Irmã Wilma Rejane, jornalista cristã, Educadora, e cumprimentar os leitores do Blog “A Tenda na Rocha”, editado por ela. Um Blog com excelência, que vem publicando conteúdo com propósito, responsável e genuinamente cristão. Diferentemente dos de outros blogs atingidos pelos ventos narcisistas, onde a difamação e a fofoca evangélica levam a um “sucesso” fácil, mas que derrubam pontes em lugar de construí-las; assustam os sedentos de Deus com textos difamadores, que vêem apenas a malícia e hipocrisia em tudo e todos, em lugar de terem um olhar cristão. Parabéns pelo trabalho, irmã Wilma, e mais vez: muito obrigado pela oportunidade.

Me chamo João Batista Cruzué nasci em Ponte Nova, Minas Gerais, moro em São Paulo, congrego na Igreja Evangélica Assembleia de Deus desde 1977, sou presbítero, casado há 27 anos com a Cléo, tenho duas filhas, um neto e trabalho na auditoria do Tribunal de Contas de São Paulo.


João, nos fale um pouco sobre sua infância

Minha infância foi muito pobre, mas alegre e divertida. Nasci e vivi no campo, ia para a escola a pé até os 12 anos. Minha mãe era uma professora de escola rural, que veio de uma família muito focada em educação. Eu tinha muitos primos para brincar de “tapinha” (pega-pega) “pique”, birosca (bolinha de gude), “tiradeira” (estilingue), pião na roda, pesca de anzol e peneira, e tomava muito banho no rio – para o pavor de minha mãe. Tinha só dois brinquedos: um caminhãozinho de madeira e uma pequena bola de borracha vermelha.

Mas essas brincadeiras eram coisas de domingo, pois de segunda a sábado o negócio era: estudar, estudar e estudar. Tenho vivo em minha memória uma cena: minha mãe carpindo o arrozal comigo ao seu lado com um caderno na mão. Era muito cobrado e invariavelmente tirava as primeiras notas da classe. Meu pai, já falecido, não conseguia fechar as mãos, cheias de calos, dormentes, de tanto usá-las em um cabo de enxada, mas hoje, eu leio, falo, traduzo e escrevo em inglês e sou auditor concursado. Valeu a pena.

Não eram apenas brincadeiras e estudos, eu trabalhava também. Desde muito pequeno lavava as “vasilhas” do almoço, carregava água para o banho de bacia e socava arroz no pilão para as refeições da casa. Isso tinha uma explicação: tanto meu pai quanto minha mãe ficavam praticamente o dia inteiro trabalhando na roça, plantando, capinando e colhendo. Eles eram muito pobres, econômicos, honestos e muito trabalhadores. Aspiravam a uma vida melhor e mais confortável – o que conseguiram lá pelos meus 14 anos.


Quais foram as primeiras percepções sobre Deus?

Desde cedo aprendi a “rezar”. Era desafiado a rezar o “Padre-Nosso” pelos comerciantes da cidadezinha onde cresci. Se eu não errasse, ganhava uma bala. Ganhei muitas. Vim de uma família católica, meus primeiros contatos com a oração se deram lá pelos seis, sete anos, quando minha mãe reunia minha irmã e eu para orar o “terço”, de joelhos, olhando para dois quadros na parede da sala. Essas orações não eram muito freqüentes, senão durante as viagens de meu pai. Acho que eu era hiperativo. Assentado nos bancos de madeira durante a missa, eu me mexia muito. Os adultos se importunavam com isso, olhavam feio para minha mãe, e lembro que aconteceu um beliscão certo dia.

Você é pioneiro na blogosfera Evangélica, como se deu os primeiros contatos com blogs?

Meus primeiros contatos com blogs se deram em 2003. Os americanos já tinham essa cultura massificada e elegiam presidentes com eles. Eu assinava o provedor UOL e eles disponibilizavam alguns modelos para personalização. O espaço era muito pequeno, dava para meia dúzia de linhas e uma imagem, enfim, muito limitado. Depois, procurando um espaço maior – e gratuito - encontrei por conta própria o Blogger em 2005.

A Vida Antes e depois do Blogar

Minha vida antes e depois dos blogs não é diferente. Eu luto minhas batalhas diárias contra a presunção e o individualismo. Estou consciente do problema do narcisismo. Meu objetivo, desde os anos 80s, é usar a literatura impressa para evangelizar, o que mudou foi a forma de fazê-lo. Antes era por um jornal impresso, hoje, a palavra se propaga com uma incrível velocidade do mundo virtual para o real potencializada pela mais moderna tecnologia de comunicação que o mundo já viu. Minha visão de internet é muito simples: se é possível ser um produtor de conteúdo, por que continuar sendo apenas um passivo leitor? Entendo que minha missão, como cristão, é conhecer e utilizar a melhor tecnologia para glorificar o nome do Senhor Jesus. Esta visão não apareceu com os blogs, mas com o primeiro jornal evangélico que fui editor lá atrás: Fazer, e fazer melhor a cada nova tentativa.

Antes e depois de Conhecer Jesus

Antes de Jesus eu era um moço inteligente, mas triste e epiléptico. Depois de Jesus eu continuei inteligente, e duas coisas melhoraram: Jesus me curou da epilepsia e minha tristeza cedeu lugar a uma alegria permanente que vem do Espírito Santo que pela misericórdia de Deus é presente em minha vida. A presença deste Espírito em minha vida, faz com que todas as outras coisas não tenham uma importância exagerada. Fico ainda mais contente, porque esta paz e alegria estão ao alcance de todos, basta querer e aceitar o Senhor.

João Cruzué no dia a dia

Sou uma pessoa comum, que demorou, demorou, mas agora se tornou um vovô. Preocupo-me com a saúde; procuro fazer caminhadas regulares durante a semana e um pouco mais longas no fim de semana, para escapar dos medicamentos – tão comuns depois dos 50. Acordo cedo, não gosto de dirigir em São Paulo, prefiro o transporte público, pois posso pegar uma condução mais longe e descer alguns pontos antes do destino. Como não posso ir de tênis para o trabalho, comprei um sapato com amortecedor no salto. Sou muito caseiro, resistente à festas, gosto de me manter atualizado com o que “rola” no mundo, e de DVDs de filmes infantis. O filme mais assistido é “Luther” com Joseph Fiennes, depois gosto do “Senhor dos Anéis”, “Matrix”, “Contato” com a Jodie Foster, os “Três Mosqueteiros” da Disney, com Donald, Mickey e Pateta ; Kung Fu Panda e alguns outros.

Vovô João todo orgulhoso com o neto Nino


Um defeito...

A pressa.

Falando em Sonhos

Depois que me tornei um crente em Jesus, penso que já alcancei a posição mais alta que um ser humano já alcançou. Não pela altura, mais pela consciência de que posso servir melhor à humanidade trabalhando a vocação e os propósitos de Deus para minha vida. Estou longe de alcançar isto; é preciso humildade para se colocar na posição que Deus quer, e humildade é uma virtude que, quanto mais luto, mais longe parece que ela fica. Eu tenho tudo para ser uma pessoa melhor, mas o que me impede de alcançar isto, sou eu mesmo. Mas continuo tentando. Isso não quer dizer que não tenho alguns objetivos. Quero perder 20 kg nos próximos dois anos, passar na FUVEST em direito para estudar na USP no Largo de São Francisco e ser um escritor mais conhecido que Paulo Coelho – “he he he”.

O que é felicidade?

Felicidade para mim é sentir a presença do Espírito de Deus. Depois vem outras coisas, estar junto com a família em casa (apesar da minha rabugice), ter trabalho a fazer, pois fiquei 11 anos desempregado; ver uma alma rendendo-se conscientemente a Cristo.

Uma Frase

“E uma coisa faço, e é que me esquecendo das coisas que para trás ficam, e olhando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” Filipenses 3:13 e 14. Esta palavra ajudou-me muito no tempo do desemprego.

João, qual a sua oração mais constante?

Minhas mais constantes orações a Deus são pela saúde da minha família.

Considerações Finais

Sou muito grato a Deus e à Irmã Wilma Rejane pela oportunidade que me concederam, para dizer algumas coisas no blog “A Tenda na Rocha”. Vou aproveitar a oportunidade e o tempo, agora apropriado, para dizer algumas coisas

Eu posso ver, hoje – início de 2011 - uma cultura secularista crescendo nos textos de muitos blogs ditos evangélicos. Quando os irmãos Valmir, Altair, Eliseu, Lucas, Luis e eu começamos na UBE tínhamos (ou acho que tínhamos) um propósito de influenciar e romper com uma cultura evangélica narcisista, farisaica, (ressalvando as exceções) com um novo pensamento em comunicação, democrático, construtivo e comunitário. Queríamos evitar que uma cultura religiosa hipócrita, elitista, existente na vida real das igrejas, alcançasse a blogosfera antes de nós, com os seus velhos atores de sempre, aqueles que ocupam todos os espaços, todos os microfones e todos os lugares. Lutamos para que os blogueiros novos aprendessem a se expressar e publicar, difundindo o conhecimento da nova tecnologia, para que tivessem voz e dissessem o que pensam. Em parte fomos bem sucedidos temos visto coisas boas (como o blog A Tenda na Rocha). Nós inserimos o aparecimento dos blogs evangélicos na busca do Google. É muito provável, que não haja uma página de busca onde não esteja um blog evangélico, ressalvado aquilo que é podre.

Mas não tenho tanta certeza se aqueles propósitos da administração da UBE continuam. Ficamos mais ocupados, mais velhos, mais críticos, mais intolerantes, mais individualistas e menos humildes e pacientes. Acho que o primeiro amor se foi. Imagino que ao ter ido mais longe do que pensávamos, paramos e ficamos satisfeitos no local de conforto que conquistamos.

Eu decidi sair da UBE no ano passado, para não repercutir ali dentro a crítica gratuita, a intolerância, o narcisismo, a rabugice. Naturalmente, houve outros fatores, como a falta de tempo, pois raramente dispensava menos de duas horas por dia na UBE. Quando passei a trabalhar no Centro de São Paulo, longe de casa, comecei a chegar à noite muito cansado. O tempo diário que me restava, que deveria dedicar à família, passei a gastá-lo na administração da UBE.

Quando veio o tempo de normatizar a Associação, procurei trazer as pessoas certas e incentivar as que estavam inativas para ajudar a carregar o piano da UBE que estava cada dia mais pesado. Era preciso de mais colaboradores. Pessoas certas, nos lugares certos. Acho que minha atitude, embora tenha sido muito bem recebida entre os membros da associação, foi mal-entendida, mal-compreendida, não apoiada no núcleo administrativo interno. E para não perder a amizade com os irmãos administradores, orei, e tomei a decisão de sair. Na vida cristã, há um princípio que também é um paradoxo: é preciso perder para poder ganhar. Transformei essas palavras em atitude e decidi dedicar à família o tempo que ela merecia. Assim a paz dentro da associação continuou, e eu também fiquei em paz com a minha consciência.

Por fim, mudando de assunto, tenho para mim, que para escrever bem, é preciso ler muito e ter uma boa consciência, para não causar aversão à fé nos leitores não crentes de nossos blogs. Eu creio firmemente neste princípio: Eu posso, eu sei escrever, eu escrevo, mas eu escrevo com uma boa consciência, para agradar ao Senhor.

Obrigado.

São Paulo, 19 de fevereiro de 2011.

quinta-feira, abril 14, 2011

O Valor Das Pequenas Coisas



“Porque quem despreza o dia das coisas pequenas?” Zc 4:10


Wilma Rejane

www.atendanarocha.blogspot.com

Só mesmo um grande coração pode perceber a beleza que se esconde nas “pequenas coisas”. Digo “esconde” porque é necessário bem mais que um simples olhar para desvendar as riquezas, os mistérios da felicidade. É Aquela gotinha de água que desce do céu molhando a terra que se unindo a tantas outras formam a chuva, é a brisa que sopra suave em nossa direção, enquanto lemos, sentados na cadeira de balanço, um pequenino exemplar do Novo Testamento descrevendo a simplicidade de João batista: comendo gafanhoto com mel, junto ao Rio Jordão, vestido com peles de camelo. Um dia, simples dia, sem “grandes” surpresas.

Grandes homens, não menosprezam “pequenas coisas”. Fico maravilhada em como Deus escolheu “pequenas” coisas para através delas, revelar Seu amor e poder:

Moisés, era filho de escrava egípcia, não sabia organizar bem as palavras, talvez ninguém o escolhesse para ser orador da turma, quanto mais de uma nação: Daí Deus vem e diz: “Te escolhi para ser profeta da nação, vai lá falar com Faraó” Ex. 6:29. Achando-se incapaz ele responde: “Sou incircunciso de lábios; como, pois faraó me ouvirá?” Ex 6:30. Moisés reclamou mas obedeceu e Deus operou grandemente através do "pequeno" orador.


A história de Naamã, capitão do exército do Rei da Síria, está escrita no livro de II Reis, cap. 5. Ele era leproso, já havia de todas as formas procurado à cura, sem sucesso, até que, uma menina, uma pequenina, que servia como escrava a esposa de Naamã diz: “Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da lepra”. Quem daria crédito a uma criança escrava? Mas aquela menina era diferente porque conhecia o grande Deus de Israel. Ele a escolhera para abençoar o capitão! E ao procurar o profeta, Naamã é curado da lepra!

O profeta Isaías descreve com precisão o aspecto físico de Jesus e o ato de Sua crucificação: “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores e experimentado nos trabalhos; como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades; e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito ferido de deus e oprimido” Is 53: 3-4. E Ele era o Salvador! Parecia uma “coisa pequena”, sem valor.

Querido leitor, quero te convidar a olhar além de tudo que o aflige, a parar por alguns instantes e começar a agradecer a Deus- ainda que sua força esteja pequena- por todas as coisas de sua vida, as “pequeninas” coisas que parecem não ter valor, prossiga até que enfim sinta em seu coração o quanto Deus te ama. Ele te escolheu como alguém especial, de muito valor. Deus quer te curar, Ele quer colocar louvor em seus lábios e cumprir todas as promessas reservadas para ti. Não se deixe abater, não morra! Certa vez, eu estava orando com muitas lágrimas nos olhos quando ouvi a suave voz do Espírito Santo: Não morra, não morra, não se entregue. No mesmo instante comecei a louvar por tudo que me vinha à mente e senti grande alegria em saber que Deus jamais me desamparou.

Deus o abençoe, em Cristo Jesus, Amém.







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domingo, dezembro 12, 2010

O perigo dos bezerros de ouro


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Bezerro de Ouro
Wilma Rejane

"Mas vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e disse-lhe:Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a esse Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu." Ex 32:1.

Quero chamar de "Bezerros de Ouro", tudo que "fabricamos", sendo contrários à vontade de Deus. Quando nos tornamos distantes, cegos, mudos e sem entendimento. Daí, faz-se valer a recíproca de que o adorador se torna igual ao objeto adorado. Perdemos a direção. Temos que decidir: Guardar "nossos bezerros" para ocasiões oportunas, ou, lança-los totalmente destruídos no mar do esquecimento.

"Os bezerros", nem sempre são palpáveis, mas, muitas vezes, para nós, invisíveis. Contudo, acabam por impedir um relacionamento íntimo, sincero e obediente a Deus.

Moisés estava no Monte Sinai com Deus. Sem tempo, nem mesmo intenção de possuir um "objeto mágico". O ócio, a falta de fé e de obediência, levou os Israelitas ao pecado : "faze-nos deuses, Moisés não vai voltar" Ex38:1.

Fabricando "bezerros"

Já fabriquei muitos "bezerros", quando estive no "deserto". Tinha um para cada ocasião. Não tinha intimidade com Deus, apesar de achar o contrário. Fui miserável! Tendo que de dura forma, aprender que não precisava deles.

"Os bezerros", ainda teimam em aparecer, mas, não podem correr. Tão pouco, me alcançar. Quando vejo a sombra deles, clamo ao Cordeiro de Deus, sei que Ele sempre irá me sustentar.

O "bezerro" de Ló

Quando Deus destruiu Sodoma e Gomorra, Ló foi socorrido por anjos que lhe disseram: "Escapa para o monte para que não pereça". (Gn19:27). Imediatamente Ló sacou o seu "bezerro": "Não, para o monte não! Vou morrer! (Gn18:23). Ló, assim como os israelitas, estava distante e não entendeu o propósito do monte.

Tempos depois, Ló viu que não era negócio habitar em Zoar(onde escolhera), e resolveu ir para onde Deus havia lhe ordenado:A cidade que ficara no monte. Ele já estava velho, deixara muitas oportunidades para trás. suas filhas, não casaram em Zoar e agora "fabricavam seus bezerros" embebedando o pai e engravidando dele. Uma triste história. (Gn 19:30)

O "bezerro" de Sara

Falta de fé sempre dá lugar a "bezerros". Foi assim também com Sara. Cansada de esperar a promessa do filho, não hesitou: "Toma, pois, a minha serva; porventura terei filho dela". (Gn 16:2). A "adoração" rendeu caro, Ismael, filho de Abraão com Agar, até os dias atuais traz inimizades para Israel.

Silêncio não é ausência

Os Israelitas não suportaram esperar Moisés descer do monte. O silêncio os perturbou. Acharam que Deus havia esquecido deles, ou mesmo, que já não havia Deus.

Rejeitando o "bezerro"

Satanás construiu "bezerros de ouro" para Jesus, quando da tentação no deserto. Aliás, ele era o próprio "bezerro".

"Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães". Mt 4:9.

Jesus estava faminto, 40 dias e 40 noites sem comer. E o "bezerro fabricado", bem ali, na sua frente.

"Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus".Mt4:4.

Jesus, ignorou o "bezerro". Sabia que precisava esperar um pouco mais, embora seu estômago pedisse comida. Ele recorreu a Dt:3 e foi sustentado.

No monte com Moisés

Moisés foi o único, da nação israelita, a subir o monte. Uma demonstração de intimidade com Deus, que os demais não tinham. 40 dias e quarenta noites a sós com Deus, tal qual Jesus no deserto.Quando Moisés desce do monte, demonstra tanta revolta pelo bezerro fabricado que se ira e quebra as tábuas do mandamento que recebera de Deus. Em um segundo; se distanciou, perdeu a comunhão. Ex 32: 19,20.Deus o fez subir ao mesmo monte e renovar à comunhão. Dessa vez, ao descer, o rosto de Moisés resplandece. Ex34:29.

Se estamos em comunhão com Deus e mesmo assim "fabricamos bezerros", precisamos, imediatamente, restabelecermos a comunhão, subir novamente ao monte, conversar, passar tempo se quebrantando diante de Deus, para que o nosso rosto resplandeça e Ele se agrade de nós.

A voz de Deus em meio ao silêncio


O que os Israelitas não sabiam, era que, o silêncio, a demora de Moisés, significavam Deus trabalhando.

Se verdadeiramente buscamos a Deus com todo o nosso coração, Ele sempre, mesmo em tempos de tribulação, nos conduzirá a lugares seguros. A tribulação, não é silêncio de Deus, mas, Deus falando conosco de uma forma diferente.

Se rejeitarmos os "bezerros" vamos poder ouvir, nos tempos difíceis: "Não temas, porque Eu Sou contigo; não te assombres, porque Eu Sou o Teu Deus; Eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça" Is 40:10.

Todos nós experimentamos do silêncio de Deus, quando isso ocorrer, lembre-se: Não "fabrique bezerros", "suba ao monte".

Citações: Bíblia Sagrada, Almeida J. F, SBTB, corrigida.

Novembro, 26 2008.




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