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sábado, maio 19, 2012

A Genealogia dos filhos de Deus



"E a Jacó nasceu José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama Cristo". Mateus 1:16


Wilma Rejane 
A Tenda Na Rocha
 

Genealogias não são textos tão agradáveis de se ler: exige certo conhecimento das pessoas citadas e pausas para compreender melhor a linha de parentescos. A Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento preserva essa cultura, tão valorizada até os dias atuais pelos judeus. Eles acompanhavam cada acréscimo das linhas reais sucessórias a fim de conhecer quem seria o Salvador prometido por Moisés ( e os antigos) a livrar Israel dos inimigos. Algumas escolas judaicas até desenvolveram certas superstições rigorosas em relação as genealogias, o que fez com que Paulo advertisse em suas epístolas:

Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina,Nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora. Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. 1 Timóteo 1:3-5

Genealogia havia se tornado praticamente doutrina, isso desagradava a Deus, especialmente porque amar o próximo estava em falta. Era a letra matando e o coração esfriando. Mas esse fato, me chama atenção: Se os judeus eram tão metódicos e rigorosos em observar as genealogias, a fim de reconhecerem o Messias Salvador, por que então não o fizeram quando chegou a hora? Por que não viram em Jesus o verdadeiro Rei de Israel? 

É que em algum lugar da história de Israel, a linha sucessória de Davi perdeu a importância. Com Roma no poder, os reis passaram a ser estrangeiros e o povo tinha reverência e respeito a isso. Apesar da corrupção e opressão dominante que formou cenário favorável para a vinda de um Messias. A opressão era tanta que a nação acreditava ser o Messias Salvador e Rei em Israel um líder politico a libertá-los do domínio romano.

Os Evangelhos de Mateus e Lucas, fazem o resgate da linha sucessória do reinado em Israel a fim de estabelecer Jesus como: Filho de Abraão, filho de Davi, Rei em Israel, em cumprimento as promessas existentes desde o Gêneses. Jesus, o Alfa e o Ômega, o Principio e o Fim ( Ap 22:13). E para Davi, foi dito: "Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre." II Samuel 7:16 

Note um fato muito interessante e que foi negligenciado por Israel quando do nascimento de Jesus em Belém: "No tempo do nascimento do Salvador, Israel era governada por estrangeiros . Os direitos da família real de Davi não foram reconhecidos e o legislador dos judeus era indicado por Roma. Fosse Judá uma nação livre e independente, governada pelo soberano legal, José o carpinteiro, teria sido coroado rei , e seu sucessor legal seria: Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus." (E.Talmage, O Cristo, Pag 83) 

A salvação vem dos judeus Jo 4:22 .Eis a grande e essencial questão: O Reino anunciado, chegado, já não era desse mundo, estava firmado e alicerçado no espírito: Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. João 18:36. Jesus era rei de fato, de direito e de um Novo Reino que só poderia ser reconhecido através de olhos espirituais. "É chegado a vós o reino de Deus." Lucas 10:9 

Conclusão 

O mundo em que vivemos é uma batalha entre dois reinos: bem e mal. Essa batalha está em nosso exterior e também interior. De qual dos reinos somos participantes? A qual dos reis estamos servindo? Em qual dos livros está sendo escrita a nossa genealogia? 

José era rei em Israel quando do nascimento de Jesus. Um rei sem coroa, sem trono, invisível aos olhos dos poderosos. Ser cristão é isso: Abnegar, renunciar a glória dos homens e receber a glória de Deus em humildade, sabendo que poderá ser perseguido pela fé. Perseguido por hostes espirituais e humanas, mas vencedor pelo mesmo espírito que ressuscitou nosso Rei Jesus!


Ser cristão é ser filho de Deus, inscrito na genealogia de Jesus: "Mas a todos quanto O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem em Seu nome" Jo 1:12. Enquanto os reinos desse mundo fazem sua história firmada em fama, sucesso e toda sorte de males, uma história paralela é contada. Uma genealogia é escrita no céu. Quem sabe, invisível aos olhos humanos, assim como a genealogia de José. Contudo, continuamente sob os olhos e cuidados do Pai.

A história dos maus é escrita para genealogia de morte eterna. A dos cristãos para salvação eterna! Essa história está guardada para o dia do juízo, quando os livros serão abertos e lá estará seu nome: 

"Então, se abriram livros,ainda outro livro, o livro da Vida foi aberto..." Ap 20:12


Wilma Rejane, nascida filha de Dionísia e Euzébio, recebeu o Reino de Deus no coração e eis filha de Abraão, filha de Davi, remida pelo sangue do Cordeiro, resgatada do reino das trevas, para o reino do filho do amor de Jesus: Filha de Deus, a ti está destinada a vida eterna com Deus, aleluia!!! 

Espero verdadeiramente que essa breve reflexão sobre a genealogia de Jesus, tenha falado ao seu coração, assim como falou ao meu. Quero fazer parte do reino do bem, da genealogia de Jesus, quero ter o meu nome escrito no livro da vida para viver eternamente com Deus em um lugar onde a dor e a morte jamais poderá chegar. 

Amém. 

terça-feira, maio 01, 2012

Bendito Deus que Dança!



"Se eles querem que eu acredite no seu deus,
eles vão ter que cantar comigo melhores músicas. 
Eu só poderia acreditar em um deus que dança."

- Friedrich W. Nietzsche (1844-1900)
Filósofo alemão




Wilma Rejane
A Tenda Na Rocha

Com a frase acima o filosofo Nietzsche, desafia o Deus dos cristãos em sua obra “Assim Falou Zaratustra” . Segundo ele, e revestido de um personagem do zoroastrismo, o cristianismo era a maior desgraça da humanidade e uma “muleta” para os fracos. O homem deveria decretar a morte de Deus para se tornar enfim um “super-homem”, confiando em seu potencial interior para  ser vitorioso (?). Ironicamente, Nietzsche, havia nascido em lar protestante , seus avós eram pastores luteranos. Ele ingressou na teologia, mas abandonou a fé ao se aprofundar na Filosofia.


O pensamento de Nietzsche,  influenciou significativamente o mundo moderno - infelizmente – e continua fazendo adeptos até nossos dias.  Pobre Nietzsche, viveu de forma miserável , convalescendo de tantos males que peregrinou por diversos lugares na tentativa de que em alguns deles, o clima lhe fosse favorável: Veneza, Gênova, Turim , Nice... até terminar seus dias em um sanatório em Basileia. Ele não sabia, mas desconfio –  tenho  fortes motivos para isso - que padecia de infelicidade crônica.  A falta de fé no Deus que dança esvaziou seu ser e para onde se movesse não encontrava paz. Ele a procurou em muitos lugares, mas ao matar dentro de si,  o Deus que poderia salvá-lo , morre ele.

O Deus que dança é tão latente que é impossível torna-Lo ausente. Ele dança nas nuvens, na natureza, nos homens. Através do movimento dos dias dos poentes e nascentes quando o céu muda em cores e luminosidade. Deus dança nas folhas das árvores que balançam pela força do vento, que se umedecem pelas 'lágrimas” do orvalho. Deus dança na brisa que nos acaricia, na lua que ora é cheia, nova, minguante, crescente. A lua dança com as estrelas, com a noite que chega, que se vai. Deus dança no mar quando rugem as ondas, bravas e mansas, “varrendo” a areia, emprestando movimento aos navegantes de um país a outro. Deus dança e canta por todos os dias pois sem Sua “batuta”, Sua harmonia, Sua voz, nem vida existiria.

Sofonias 3:17 diz: “O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar, Ele se deleitará em ti com alegria, calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo”. Alegria = Rinnah (Stong 07440) significa “dar brados de júbilo, aclamar, aplaudir fortemente com triunfo; cantar”. Literalmente: Deus dançara sobre o seu povo, jubilara, dará brados de vitória com alegria”.

Esse é o Deus dos cristãos, que dançou com seu povo ao abrir o mar vermelho, recolhendo as ondas como em espelhos para libertá-los do Egito. Rinnah foi a música que embalou as vitórias de Abraão, Isac e Jacó. O Isac, batizado riso, porque Deus dançou com o tempo grávido de promessas para uma mãe estéril e um pai de quase 100 anos. Deus dançou com os  antigos profetas e suas visões precisas do futuro que anunciavam o Messias Salvador nascido em Belém  da Judéia,  porque O Espírito Santo dançou no ventre de uma virgem, chamada Maria, obedecendo a melodia de Deus Criador.


Deus dança através do tempo e faz  natureza cantar, diz o Salmo 65:8-13: “Tu visitas a terra, e a refrescas; tu a enriqueces grandemente com o rio de Deus, que está cheio de água; tu lhe preparas o trigo, quando assim a tens preparada. Enches de água os seus sulcos; tu lhe aplanas as levas; tu a amoleces com a muita chuva; abençoas as suas novidades. Coroas o ano com a tua bondade, e as tuas veredas destilam gordura. Destilam sobre os pastos do deserto, e os outeiros os cingem de alegria. Os campos se vestem de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; eles se regozijam e cantam. “



Quem, a não ser um Deus que dança, desceria do céu para festejar com os homens a morte da morte?  Quem, a não ser um Deus que dança se ofereceria em sacrifício de morte pela humanidade para ressurgir vivo ao terceiro dia? Oh, poderosa melodia do Deus que dança!!! Aleluia é o Teu cântico preferido, a Ti entoamos louvores de gratidão por ter vindo dançar com teu povo! Por todos os lugares se ouve a Tua voz, ainda no silêncio Te ouvimos. O que seria de nós, não fora um Deus que dança e que nos convida para dançar com Ele, no banquete celestial onde já não haverá lágrima, nem pranto, nem qualquer dor?

Bendito esse Deus que não se cansa de dançar nos corações que se transformam pela obediência a canção da Cruz, entoada aos quatro cantos da terra: Jesus, Jesus, Jesus! Amo esse Deus que nos  faz dançar de alegria por ouvir Sua voz de Pai amoroso.

Nietzsche só poderia estar aturdido, embriagado por canções infernais vindas de um mundo onde não se pode dançar. É isso, prisioneiros não dançam. Escravos não podem dançar. Só mesmo a misericórdia de um Deus que dança para o libertar. Jamais ele ou algum outro incrédulo poderia encontrar paz e felicidade não fora nos braços do Cristo ressuscitado que se move em dança para perdoar e amar.

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Olhai Os Lírios - Descanse em Deus



”Olhai para os lírios do campo..." Mt 6:28




Por Wilma Rejane
A Tenda Na Rocha

Essa passagem me causa conforto, pela sua essência, suavidade e todo o contexto em que foi transmitida. Fecho os olhos e me imagino com Jesus, naquele momento, sentada aos seus pés, ouvindo-o falar das coisas simples e de como a vida é bela e segura sob seus cuidados. Posso sentir o silênciar de vozes humanas e o pulsar da natureza orquestrado pelos céus. Jesus andando entre os discípulos, e sua mensagem penetrando como um bálsamo suave nos corações. : ...”Olhai para os lírios do campo como eles crescem, não trabalham nem fiam... se Deus assim veste a erva do campo que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós homens de pouca fé?” Mt 6:28-30.

Os Lírios em Israel

A palavra grega para "lírios" significa "flores silvestres". O biólogo Israelense Ori Fragman-Sapir, cientista chefe da Universidade de Jerusalém Botanical Gardens, escreveu um artigo intitulado "Wild Allium Espécie em Israel". Nele relata que existem 250 espécies de lírios  desde Israel, ao Irã e Turquia. Nos campos de Israel , especificamente, foram catalogados 39 tipos de allium florescendo pelos campos.


Jesus poderia esta se referindo a qualquer uma dessas espécies, ou a todas elas. Alguns tipos de lírios não possuem raiz, secam rapidamente. Dessa forma, era costume da época reunir as flores secas e usa-las para queimar nos fornos a fim de aquecer a temperatura. Talvez isto explique a fala de Jesus: "a erva do campo que hoje existe e amanhã é lançada ao forno" Mt 6:10

Provavelmente, ao proferir o sermão não houvesse lírio algum a sua volta, segundo pesquisadores, era  verão. Não importa. Creio que todos entenderam perfeitamente o que Jesus falou. Assim como penso que cada vez que um daqueles discípulos contemplava um lírio, a mensagem transbordava no coração.

Olhai os Lírios

Aqui estão apenas algumas das espécies de lirios que embelezam os campos de Israel. São perfeitos!

Que bordadeira conseguiria produzir pétalas tão harmoniosas? E as tonalidades da cor?

Olhai os lírios... Vejam como eles se unem em um mesmo ritmo. O cacho protege a unidade. Me faz lembrar da família, da igreja: "Quão bom e suave é a união...que perfume...


Jesus quer que paremos um pouco para contemplar os liríos, as hastes que os sustentam, as pétalas que abrem e fecham em tempo determinado (há tempo para todas as coisas), a textura, perfeita que dura enquanto vive a flor, transmitindo beleza ímpar. Um tecido que nenhuma sofisticada fábrica consegue imitar.

 Um inseto procurou comida em um Lirio, provavelmente a docura da flor o atraiu. Isso lhe diz algo? Lirios, além de beleza, também doam alimento. Olhai os lirios...

Lirios alvos como a neve, em diferentes fases: abertos, fechados, entreabertos...somos assim, como esse buquê, diferentes porém iguais.  Olhai os lirios...


Se você, assim como eu, foi edificado através da mensagem de Jesus sobre os lirios, guarde-a no mais intímo do coração. Quando estiver afadigado, resmungando ou se achando desprezivel, "olhai os lirios". Deus cuidou de cada detalhe dessas flores, com muito amor. Todas tem suas particularidades, suas estações. Ele não cuidaria de nós, feitos a Sua imagem e semelhança?

Deus os abençoe.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Somos todos irmãos


"Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos." - 1 Tessalonicenses 5:14



Recentemente um colega da Igreja procurou-me para contar como ele se sentia. Ele é um cara animado, e eu nunca suspeitei que estivesse triste ou até mesmo um pouco deprimido. Fiquei realmente surpreso. Porém, o mais interessante nesta situação não foi a minha surpresa, mas o exercício do "amor fraternal" que a Bíblia menciona em Romanos 12:10.

É sobre o amor fraternal que vou escrever hoje, a irmandade, aquela identidade que um irmão tem pelo outro. Nós poderiamos dizer que se a igreja é um corpo, o amor fraternal formaria os tendões que ligam as partes desse corpo. Esse amor que nos mantém unidos e ligados uns aos outros.

Para entender o amor fraternal, primeiro precisamos definir (ou tentar definir) o amor. Afinal, como podemos "obrigar" o nosso ser a gostar de alguém? Jesus disse que devemos amar a todos, até nossos inimigos. Mas como a gente manda em um sentimento?

As 2 palavras grifadas são os erros principais quando tentamos entender o amor, pelo menos aquele que a Bíblia aborda. O Novo Testamento foi escrito quase inteiramente em grego, e nessa língua não existe uma palavra única para o amor. Existem sim os "tipos" de amor: eros (a atração sexual), philos (amor condicional, dado àqueles que o amam), storgé (sentimento por familiares) e por fim, o agapé. Esta última palavra é a única usada na Bíblia para definir o amor.

Mas o quê é o agapé? É subjugar seus sentimentos e gostar de todos? É ser um "coitadinho"? É ser humilhado sempre?

Todas as respostas estão distantes da verdade. O agapé é um amor incondicional, baseado em nosso comportamento, sem que haja a necessidade de troca. Você viu que o agapé é o único dos 4 tipos de amor que não descreve um sentimento, mas um comportamento? O amor que Jesus falava e que Paulo descreveu perfeitamente em 1 Coríntios 13 é um comportamento amoroso que devemos ter com as outras pessoas, independente do modo como elas nos tratam.

É claro, não temos o poder de subjugar todos nosso sentimentos, mas podemos controlar nossas ações. O amor bíblico é fazer o que precisa ser feito. Isso é servir. Quando lemos esta palavra, pensamos em um escravo. Outro erro. Um escravo satisfaz os desejos e vontades do seu senhor, enquanto um servo busca atender às necessidades dos outros. Existe uma grande diferença entre vontade e necessidade.

As vontades estão ligadas mais ao nosso ego: eu quero isso, quero aquilo. As necessidades são aquelas coisas vitais que precisamos para seguir em frente. Eu tenho vontade de comer chocolate, eu necessito consumir carboidratos. Eu posso querer um refrigerante, mas minha necessidade é a de ingerir líquidos, para hidratar. Se um pai atender todas as vontades dos filhos (e muitos atendem), sua casa provavelmente vai virar um circo. Agora, um pai que atende a necessidade de segurança, amor, inclusão, alimentação, educação, esse sim provavelmente criará um bom filho. Entendeu a diferença?

Assim como os sentimentos, as vontades são passageiras, porque estão ligadas à eles.

Bem, até agora escrevi sobre o agapé e o ato de servir. Mas como isso se aplica no relacionamento com os outros irmãos da igreja?

Simples. As igrejas são construídas de pessoas (não de tijolos, de instrumentos musicais, de pregações). Sem pessoas não há igreja. Essas pessoas têm seus jeitos, seu caráter, suas manias, suas falhas e bênçãos. Nenhuma está ali na igreja por acaso, Deus usa a todos com um propósito (Efésios 1:11). Assim, o campo de trabalho para todos que querem praticar o agapé é imenso e próximo: está sentado ao seu lado, cantando lá na frente, limpando a igreja depois dos cultos, frequentando as escolas dominicais. Os limites de trabalho no Reino de Deus são impostos por nós, porque para Ele não existem limites, somente aqueles que Ele mesmo determinou.
Agapé em grego.

Assim, irmão de fé, espero que você tenha aprendido alguma coisa com essas palavras. Não deixe a chance de praticar o amor bíblico. Quando perceber um irmão em dificuldades, ou se Deus permitir que um deles vá lhe procurar, estenda-lhe a mão. Não recuse o socorro, pois todos um dia precisamos e precisaremos da ajuda de alguém. Foi o próprio Senhor que veio aqui e fez o que precisava acontecer: morrer em nosso lugar pelo pecado. Ele fez isso sem esperar que O aceitássemos, que O acolhessemos com conforto e honra. Jesus Cristo foi rejeitado pelo seu povo, pelos religiosos, por alguns familiares e até mesmo pelos seus discípulos. Mas Ele enxergou que a sua ação era maior do que tudo isso e muito mais importante que os sentimentos dispensados a Ele. Graças a Deus pelo agapé!


PS: O título desta postagem é o lema da minha cidade, só que no brasão municipal está em latim: "Fratres Sumus Omnes".

quarta-feira, agosto 11, 2010

A procura da felicidade



Adriano Roberto


Tramita na Câmara dos Deputados, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), protocolada pela deputada Manuela D'Ávila do PCdoB-RS, que visa garantir a todos os brasileiros o direito à busca da felicidade.
De acordo com a PEC, o artigo 6º da Constituição Federal passa a considerar como "direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição".
Tudo o que é proposto pela PEC já está na Constituição, exceto a "busca da felicidade".
A meu ver, esse é mais um projeto de quem tem muito pouco o que fazer, do contrário, essas mesmas pessoas estariam lutando para que tudo o que é considerado como "direito social” já garantido constitucionalmente, fosse de fato proporcionado a todas as pessoas.
Mas deixando de lado a hipocrisia dos políticos brasileiros, falemos do que realmente importa: a felicidade!
Ah! Essa tal felicidade!
Quem não gosta dela? Acredito que todos a buscamos.
Vivemos em função de alcançá-la.
Investimos anos em estudos por causa dela.
Gastamos nossa juventude buscando obtê-la.
Alguns se casam pensando encontrá-la em outra pessoa.
Outros "torram" rios de dinheiro, enquanto outros tantos afirmam que esse mesmo dinheiro não a trás. Há ainda os que pensam que no dia em que tiverem muitas posses, serão de fato felizes.
Existem até alguns que se tornam religiosos pensando ter na religião, seja ela qual for, (espiritismo, islamismo, budismo, cristianismo, hinduísmo ou qualquer outro "ismo"), a verdadeira felicidade.
Ah! Essa tal felicidade!
Será que um dia conseguiremos realmente encontrá-la?
E você que agora lê estas linhas, se sente feliz?
Antes de responder, preste atenção à pergunta: você SE SENTE feliz?
Não estou perguntando se você É feliz, mas se sente feliz.
Pois existe uma distância abismal entre ser feliz e estar feliz.
Podemos ser extremamente felizes e vez por outra, devido às circunstâncias, nos abatermos; e também podemos muitas vezes nos sentir felizes por tudo aquilo que nos ocorre, sem nunca ter experimentado a verdadeira felicidade.
Não dá para mensurar a verdadeira felicidade tendo como referência somente aquilo que nos acontece no cotidiano.
E é possível que SEJAMOS felizes mesmo que por muitas vezes não SINTAMOS que somos.
O grande problema é que poucos de nós conseguimos distinguir as duas coisas.
Ghandi foi um desses.
Esse cara, que nem cristão era, sacou que o grande barato da felicidade é que ela não é um alvo a ser conquistado, um objetivo que temos que ter na vida, um porto aonde uma hora ou um belo dia vamos "atracar nossa embarcação já tão açoitada pelas ondas desse mar bravio da vida", ou qualquer coisa nesse sentido.
O lance é outro: a felicidade está no caminho... É enquanto a gente vai seguindo no chão da vida, caindo e levantando, rindo e chorando, amando e odiando, abraçando e sepultando, que a felicidade é vivenciada.
Enquanto se caminha (se vive), a gente passa por momentos de alegria e de tristeza, mas não são eles que determinam se somos felizes ou não.
A gente só é feliz quando nós mesmos decidimos que assim somos; quando a gente decide que nada que nos acontece é fator determinante para nossa certeza de espírito, sim por que ser feliz é uma certeza de espírito.
É algo que se sabe no coração, certeza que excede ao entendimento inebriado pelas necessidades urgentes do ser humano e que nos deixam de olhos e corações embaçados para compreender a doçura do caminhar.
Ghandi discerniu isso.
Parece que consigo ver o sorriso em seu rosto quando termina de escrever essas palavras: "a felicidade é o caminho".
Sim, por que todo o ser humano quando faz uma nova descoberta se enche de orgulho próprio, qualquer ideia nova que surja na nossa cabeça a gente logo supõe que seja o ovo de Colombo, é natural.
Mas permita-me contrariá-lo, caro Ghandi! Nada do que você descobriu é novo.
O HOMEM que andou na Galiléia, Jesus, já tinha deixado isso bem claro.
O Mestre já havia dito: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida".
Ele não é aquele que mostra o caminho, nem um acompanhante para o caminho, mas é ele, Jesus, o próprio caminho.
Caminho que conduz à vida.
E vida aqui não está relacionada com a questão fisiológica da coisa.
Jesus não está falando que ele é o resultado de uma relação entre um homem e uma mulher onde é gerado um novo ser e etc.
Não! Quando fala de vida, ele está falando de felicidade na essência, pois ele mesmo disse: “Eu vim para que vocês tenham vida, e a tenham em abundância".
Não o arremedo existencial que muitos de nós temos experimentado.
Não um passar pelo mundo.
Não um vazio relacional que nos abate.
Não um viver marcado por ascetismo e indulgências em nome da fé.
Não! Não acredite nisso, não insista nessa mentira do diabo!
E não importa também se o seu caminho parece correto.
Se há flores na estrada...
Se há beleza e leveza em sua jornada...
Na saída de casa o filho pródigo também encontrou tudo isso.
Olhe para ele!
Montando seu alazão, com os bolsos cheios e trajando sua melhor roupa ele sai da casa do pai para começar seu próprio caminho na vida.
As mais belas mulheres, as melhores "baladas", os melhores restaurantes, o melhor vinho!
Não te parece um caminho legal?
Mas ficou só no jeitão, só no estereótipo.
Logo o dinheiro do menino acabou e junto com ele seu sonho de liberdade.
Logo ele terá de comer as bolotas dos porcos e culpar o mundo pelo seu fracasso.
Flores no início. Lavagem no final.
Beleza e leveza na partida. Lama e sujeira antes do fim.
O caminho de ida não deu em nada.
Mas graças a Deus que ainda dá para voltar.
Vamos segui-lo?
Pense em como ele está agora!
Aquele homem lindo em sua montaria não existe mais.
Sua barba agora é grande, sua pele enrugada e queimada, está despenteado, com a roupa rasgada, com os pés encardidos, e sem uma única moeda no bolso.
Envergonhado? Talvez até demais para levar a viagem até o fim.
Mas quer saber por que ele continuou?
Por que apesar de seu estereótipo agora ser o da desgraça, seu coração caminhava na graça do Deus que aceita e perdoa e que ele conhecia muito bem.
Você conhece o restante da história. Só mencionei-a para ilustrar como podemos ser tendenciosos e acharmos que a imagem de um caminho pode ser maquiada para se parecer com o da felicidade.
Aliás, todo caminho humano em busca da felicidade é um caminho maquiado, e com certeza seu final será apenas de frustração.
Mas a proposta de Jesus é maior, é melhor: VIDA ABUNDANTE! FE-LI-CI-DA-DE!
E essa felicidade está no Caminho, ou seja, Nele próprio!
Quando se sabe dessa verdade, a gente vive cantando como Paulo em 2 Corintios capítulo 4 versículos 8 a 10, ouça o bandeirante da fé entoando:
"De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo".
Doce e canção suave aos ouvidos dos caminhantes!
Faça dela a sua canção também!
E saiba que Aquele que começou esta caminhada contigo, e que é o próprio caminho, jamais te deixará e nunca te abandonará!
Caminhe pensando nisto!
Nele, que não criou nenhuma PEC, mas que sancionou com seu próprio sangue a lei do Espírito de vida que nos libertou do pecado e da morte, e que se fez o chão da nossa existência até então vazia de significado, para nos levar de volta ao Pai.

Concurso Literário/Prêmio Blogueiro Cristão 2010