quinta-feira, julho 19, 2012

OS PROBLEMAS NOS FAZEM PERDER O FOCO


Isabel Lima - Textos Versáteis

O foco dos discípulos no caminho de Emaús era o problema. Jesus, era simplesmente um “estranho”.
  
Dois discípulos no caminho de Emaús conversavam sobre os últimos acontecimentos, tudo o que havia sucedido nos últimos dias na cidade de Jerusalém: dias difíceis,  dias de morte,  dias de sofrimento...  Jesus, o Mestre, havia morrido. Os principais dos sacerdotes e os  príncipes judeus, o entregaram a condenação de morte e o crucificaram. (Lc 24.19,20). Agora, o foco deles era o problema, era só o que enxergavam, falavam e pensavam. Não havia mais esperança: Jesus morreu!

- “Disto me recordarei no meu coração, por isso, tenho esperança” (Lm 3.21)
Estavam tristes, chorando, desanimados, sentiam-se sozinhos e abandonados, sem esperança. Esperavam que Jesus fosse o Messias, que os resgataria do jugo Romano (Lc 24.21). A decepção era profunda! A esperança acabou-se, Jesus morreu! Esqueceram-se das palavras de Jesus: “Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite”. (Lc 24.7). Esqueceram-se que hoje era domingo,  o terceiro dia! Dia de vida,  de alegria,  de esperança, de vitória, e não dia de derrota. Eles não se recordavam das palavras do Mestre, portanto, haviam perdido a esperança“Disto me recordarei no meu coração, por isso, tenho esperança” (Lm 3.21). Esqueceram-se das ultimas instruções de Jesus a eles: “Não se turbe o vosso coração...credes em Deus, crede também em mim... Não vos deixarei orfãos” (Jo 14.1,18).

- “Eis que passa por diante de mim, e não o vejo; torna a passar perante mim, e  não o sinto”. (Jó 9.11).
Para os discípulos o foco principal era o problema: a condenação de morte, a crucificação, o desaparecimento do corpo de Jesus e a perda de seu Remidor (Lc 24.19-24).  Perplexidade e expectativa tomaram conta deles. Não sentiram a presença de Jesus quando deles se aproximou e caminhava com eles,  não viram o Senhor que estava vivo  e era a resposta para todas as suas indagações. Estavam cegos espiritualmente. Para eles, Jesus era simplesmente um desconhecido, o único estranho em Jerusalém que não sabia o que estava sucedendo ali naqueles dias ( Lc 24.18

- “Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia.” (Lc 24.29).
 Aquele “estranho” de Jerusalém,  percebeu a dureza de seus corações para crerem nos que já tinham visto Jesus ressurreto. O “estranho” abriu as Escrituras e, explicou-lhes o que de Jesus se achava na Lei de Moisés,  nos Profetas e nos Salmos (Lc 24.27,3144). Seus corações ardiam de alegria enquanto pelo caminho lhes falava. Não bastava somente aquelas palavras, queriam ouvir mais sobre Jesus, conhecê-lo melhor. Espontaneamente convidaram o “desconhecido” para ficar com eles: "Fica conosco...".

- Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos” (Jó 42.5).
Sentados à mesa, ao partir o pão, Deus abriu-lhes  os olhos do entendimento, para enxergarem nitidamente o Filho de Deus. O “estranho” que lhes falava pelo caminho era o Senhor, era Jesus ressuscitado! Agora, seus corações quebrantados se abrem para compreenderem as Escrituras que falava a respeito de Jesus, e sua obra redentora.

Imediatamente, correram de volta a Jerusalém e acharam os onze  discípulos reunidos e contando uns aos outros as novas da ressurreição. (Lc24.33-35). Anunciaram a eles o que também lhes acorrera  no caminho para Emaús:  Jesus se manifestou a eles, Jesus verdadeiramente estava vivo, Jesus ressuscitou! Eram testemunhas oculares de tão grande acontecimento. Agora  Jesus não é mais um desconhecido, um estranho, mas sim,  o seu Deus e o seu Senhor. Viram o Messias, O Cristo, o Filho de Deus.  Aleluias!

Como tem sido os últimos acontecimentos em nossas vidas? O que temos conversado  nos últimos dias? Sobre enfermidades, desemprego, falta de dinheiro, falta da casa, falta do carro, catástrofes da natureza, imoralidade do ser humano, desunião familiar, falta de afeto,  o amor que esfriou nas famílias: filhos que matam seus pais, pais que assassinam suas crianças;  casais que assassinam seus cônjuges por não aceitarem a separação:   sexo, orgias, drogas, abortos, etc. Nunca a vida humana valeu tão pouco. Por isso...temos muito o que conversarmos... Paulo profetizou pelo Espírito Santo que as coisas se tornariam piores à medida que o fim se aproximasse:

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos:  porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis,  caluniadores, incontinentes, cruéis, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus.” (II Tm 3.1-4).

Os últimos dias têm sido de “tempos trabalhosos, tempos difíceis de neles vivermos”. Em dias difíceis nos sentimos exatamente como os discípulos: choramos, lamentamos, nos sentimos abandonados, Jesus torna-se um estranho, não sentimos sua presença, não conseguimos enxergá-lo caminhando lado a lado conosco, não recordamos de suas palavras: “Não se turbe o vosso coração” (Jo 14.1), E,  assim como os discípulos lançamos vários por quês aos céus, muitas vezes sem respostas.

- “Não vos deixarei orfãos”. Deus Pai  cuida  muitíssimo bem de seus filhos: 
Porém, quando tirarmos o foco do problema e colocarmos o nosso foco em Jesus, abriremos as Santas Escrituras, renderemos graças a Ele,   os nossos corações arderão de alegria,  nossos olhos espirituais se abrirão,  passaremos a enxergar Jesus pelos olhos da fé e seremos suas  testemunha vivas, testemunhas das novas da ressurreição.  “Quando passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimará, nem a chama arderá em ti” (Is 43.2).

- “Olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da nossa fé”. (Hb 12.2).
O Apóstolo Pedro quando caminhou sobre as águas enquanto olhava para Jesus, mas ao desviar o foco, e sentir o forte vento, teve medo e começou a afundar. O foco principal deve ser o Senhor. Somente enxergaremos Jesus pelo olhos da fé! Enxerguemos pois que Ele está pronto a  salvar-nos, estendendo a sua mão para que não afundemos diante dos problemas da vida. (Mt 14.28-31).


Escrito por:
Maria Isabel da Silva Lima
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