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quarta-feira, setembro 05, 2012

Uma droga chamada crack




Por: Wilma Rejane
A Tenda na Rocha

O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 em bairros pobres de Nova Iorque, Los Angeles e Miami. O baixo preço da droga e a possibilidade de fabricação caseira atraíram consumidores que não podiam comprar cocaína refinada, mais cara e, por isso, de difícil acesso. Aos jovens atraídos pelo custo da droga juntaram-se usuários de cocaína injetável, que viram no crack uma opção com efeitos igualmente intensos, porém sem risco de contaminação pelo vírus da Aids, que se tornou epidemia na época.No Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo.


O vicio no crack tem destruído vidas de forma rápida e  cruel. Como uma droga altamente viciante pode ter se tornado fácil e barata de adquirir, provocando verdadeiro caos social? Através dessa mistura de acessibilididade e conveniência, essa droga tornou-se a escolhida de muitos. Também a que mais dor, perda e sofrimento causa.Não é fácil para um viciado em crack retomar o controle de sua vida, mas é possível. O problema é que nem todos estão preparados para lidar com as causas e consequências do uso da droga, é o que afirma a psiquiatra Thereza Aquino:

“Calcula-se que hoje pelo menos 1, 2 milhão de pessoas usem crack no Brasil. A maioria jovens. A gente não está falando de usuários de uma droga. A gente está falando de uma geração. Acho que estamos despreparados. Estamos de calças curtas. A gente não sabe como lidar com isso”.Maria Thereza Aquino é professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e durante 25 anos dirigiu o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad).


Efeitos do crack no organismo

Das vias aéreas até o cérebro, a fumaça tóxica do crack causa um impacto devastador no organismo. As principais consequências físicas do consumo da droga incluem doenças pulmonares e cardíacas, sintomas digestivos e alterações na produção e captação de neurotransmissores. Veja no infográfico quais são os efeitos agudos e crônicos do uso da droga.





Sinais da Dependência


O usuário de crack apresenta mudanças evidentes de hábitos, comportamentos e aparência física. Um dos sintomas físicos mais comuns que ajudam a identificar o uso da droga é a redução drástica do apetite, que leva à perda de peso rápida e acentuada – em um mês de uso contínuo, o usuário pode emagrecer até 10 quilos. Fraqueza, desnutrição e aparência de cansaço físico também são sintomas relacionados à perda de apetite.

É comum ainda que o usuário tenha insônia enquanto está sob o efeito do crack, assim como sonolência nos períodos sem a droga. “Os períodos utilizando a droga prolongam-se e os usuários começam a ficar períodos maiores fora de casa, gastando, em média, três dias e noites inteiros destinados ao consumo do crack. Neste contexto, atividades como alimentação, higiene pessoal e sono são completamente abandonadas, comprometendo gravemente o estado físico do usuário”, afirma o psiquiatra Felix Kessler.

Sinais físicos como queimaduras e bolhas no rosto, lábios, dedos e mãos podem ser sinais do uso da droga, em função da alta temperatura que a queima da pedra requer. “Também se notam em alguns casos sintomas como flatulência, diarréia, vômitos, olhos vermelhos, pupilas dilatadas, além de contrações musculares involuntárias e problemas na gengiva e nos dentes”, aponta Fátima Sudbrack, coordenadora do Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (Prodequi) da Universidade de Brasília (UnB).  Brasil.gov



Vida transtornada pelo crack






Luis Eduardo Fortes, 37 anos, Educador físico e empresário: em internação.



"Sou educador fisico, proprietário de duas escolas de futebol e professor em colégios privados em minha cidade, Cachoeira Paulista. Até os 35 anos, consumia alcool, maconha e cocaína. Um primo me apresentou o crack há dois anos, e desde então, me afundei. No começo, fumava esporadicamente. Pouco antes da internação, o uso já era diário. Não precisei roubar nem vender para comprar a droga, mas sei que se continuasse a consumi-la, teria que me livrar dos meus pertences. Perdi dois relacionamentos amorosos por causa do vicio; eu inventava que tinha que trabalhar, mas ia fumar. Várias vezes fui comprar droga chorando, sabendo que me fazia mal. Cheguei a ficar violento com minha família. Uma vez, meu pai escondeu meu carro na casa de meu irmão, porque achou que assim me ajudaria, dificultando meu acesso à droga. Eu disse a ele que já que eu não tinha o meu carro, ninguém mais teria: furei os pneus do carro dele e do carro de minha mãe. Certo dia prometi a mim mesmo que não usaria mais crack, mas não consegui. Então pedi ajuda a minha mãe. Mas não vim para internação voluntariamente, me pegaram de surpresa. Minha mãe disse que ia pagar uma pintura em minha casa e pediu para eu passar três dias na casa dela. No segundo dia que eu estava lá, apareceu a equipe de remoção. Na hora o meu sentimento foi de raiva. O sentimento durou uma semana.Eu vivia uma vida dupla. Apesar de nunca ter incentivado meus alunos a usar a droga, não era sincero ao dizer a eles que acredita que esporte é saúde. Agora posso explicar o mal que as drogas fazem."



Diego Oscar Cella, empresário: 3ª internação

"Minha vida ia bem, até o momento em que conheci o crack. Eu tinha sonhos. Abri uma empresa de terraplanagem e queria montar uma construtora. Depois que a droga entrou na minha vida, foram só perdas. No ano passado, em três meses, gastei 50.000 reais comprando pedras. Já tive seis acidentes de carro, dois de motos e dois princípios de overdose. Fui esfaqueado. Eu era cliente de um traficante e depois resolvi comprar de outro. quando me envolvi em uma briga por causa disso e quase fui morto.Consegui fugir com meu carro. Tentei para várias vezes e não consegui. Minha mãe tentava se aproximar de mim , mas eu fugia, queria ficar só no meu mundinho. Eu andava com pessoas totalmente diferentes de mim, só para ter companhia. Pagava para que elas estivessem ao meu lado. Muitas vezes elas me roubavam, mas eu não dava bola. Estou internado para desintoxicação há seis meses. Foi o melhor para mim. Nas minhas internações anteriores, eu voltava para rua e me perguntava: sou novo, vou ficar limpo por quê? Hoje vejo um motivo diferente: pretendo encontrar uma mulher e me casar."

Esses depoimentos foram concedidos a revista Veja no ano de 2009. considerando a larga incidência da droga nas periferias das cidades, entre a classe de baixo poder aquisitivo, inclui esses relatos no artigo em demonstração de que qualquer pessoa, mesmo os de condição social mais elevada e nível superior de graduação escolar, estão sujeitas ao vicio. Para atualizar as noticias sobre os depoentes, fiz uma busca no google sobre Diego e Luis Eduardo que na época, se encontravam em tratamento. Sobre o Luis Eduardo, nada encontrei, mas do Diego encontrei uma ocorrência policial em Chapecó Sc:

Hora: 15h40 min.
Dia: 15/05/2010
Local: Acesso Plínio Arlindo  de  Nes Bairro: Belvedere.

Fato: A Polícia Militar em rondas realizou a abordagem  do  veiculo VW GOLF, placas  DGC2720 Xaxim - SC.   Conduzido  por Diego Oscar Cella, 28 anos.   Durante  busca  pessoal realizada  em   DIEGO foi  encontrado com o  mesmo 03 pedras Crack e um  cachimbo.   Após  foi  lavrado  TC  em  desfavor de  DIEGO e após o  veiculo   foi removido  ao pátio de apreensão por estar com falta de equipamentos de porte obrigatório .

Infelizmente o Diego parece ainda não ter conseguido se libertar do vicio. Em oração a Deus, peço pela vida desse, e de tantos outros jovens,  para que consigam se livrar de uma vez por todas desse mal, em Nome de Jesus.    

Tratamento Gratuito para dependentes







O índice de recuperação de viciados em crack ainda é muito baixo. Estatísticas apontam para 90% de recaídas e 10% de recuperação segura, sem retorno às drogas.

O Conselho Nacional Antidrogas, resolução nº 3/gsipr/ch/conad de 27 de Outubro de 2005, versa que o estado deve assegurar tratamento gratuito aos dependentes químicos:

2.1.1 O Estado deve estimular, garantir e promover ações para que a sociedade
(incluindo os usuários, dependentes, familiares e populações específicas), possa assumir com responsabilidade ética, o tratamento, a recuperação e a reinserção social, apoiada técnica e financeiramente, de forma descentralizada, pelos órgãos governamentais, nos níveis municipal.

Poucas famílias atentam para essa lei  de Politica Sobre Drogas e por desconhecimento ou incredulidade, não fazem uso de um direito garantido. Gastam fortunas com clínicas particulares ou acompanham a morte progressiva do dependente com a sensação de total impotência para tratamento. Ficar a mercê do SUS, em si, já é uma penalidade, fato este que conduz o brasileiro a desistir desse meio de atendimento, afinal nem mesmo o próprio sistema único de Saúde se mostra conhecedor de que o viciado é um doente que precisa ser tratado. O dependente químico é excluído de planos de saúde e outros programas por ser considerado um transgressor, esse é um fato que dificulta o acesso a tratamentos gratuitos. Os obstáculos estão por toda parte a aumentar a angústia de quem convive com o vicio.

A Lei Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006, também assegura direitos de tratamento gratuito e reinserção social a usuários: Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.

Parece existir uma grande distância entre teoria e prática no Brasil, é só olhar para as cracolândias da morte para perceber que quem é usuário de droga está abandonado pelo estado, totalmente ao relento. Talvez a retórica verdadeira seja: " só tem direito quem luta por cumprir a lei e não uma simples luta, mas uma batalha contra grandes opositores".

Além da exposição das leis de politica sobre drogas no Brasil, deixo para quem interessar, a relação de clínicas ligadas a instituições religiosas cristãs em todo o Brasil. Encontrei um site que se dedicou a relacionar cada uma delas : Relação de Clínicas para drogados ligadas a igrejas cristãs.


Jesus me libertou do Crack


"Aquele pois que o Filho libertar, verdadeiramente será livre" Jo 8:36

A libertação através da fé em Jesus é uma realidade que contabiliza resgates definitivos do mundo das trevas para o Reino da Luz. Jesus libertou um endemoninhado na cidade de Gadara que andava como louco pelos montes, se alimentando de fezes de porco. Um homem que as pessoas olhavam e desprezavam, que julgavam sem futuro, sem retorno à vida social. Contudo, Jesus olhou para ele de uma maneira especial e o transformou. Jesus nunca mudou, continua o mesmo e recebe à todos os que o buscam em espírito e em verdade.

Tive o cuidado de procurar o testemunho de alguém que foi liberto do vicio e permanece firme na decisão. Encontrei dois vídeos do Eduardo Arakaki, um do ano de 2009 e outro mais recente de Maio de 2011, esse que você pode assistir agora.




Muitos ministérios estão atualmente envolvidos na missão de resgatar as preciosas vidas por quem Jesus morreu e que se encontram escravizadas nas mãos do inimigo.  Só mesmo o amor inigualável de Jesus no coração dos homens para vencer o inferno produzido pelas drogas. Só Jesus para manter sóbrio os corações e adestradas as mãos na batalha contra as potestades do mal: "para que ao Nome de JESUS se dobre todo joelho no Céu, na terra e nos infernos." Fl. 2,10.

Deus nos abençoe .


Todas as fontes estão como links no artigo.  

segunda-feira, agosto 06, 2012

Parábola dos talentos

Prestanção de contas
Wilma Rejane

A Tenda na Rocha

A parábola dos talentos é contada no Evangelho de Mateus 25: 14 a 30. Três homens recebem do seu Senhor talentos em quantidade diferentes: "A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu." (verso 15). Certo dia o Senhor dos servos retorna a terra e pede contas dos talentos recebidos:
  • Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
  • E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.
  • Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
  • Os que multiplicaram os talentos foram elogiados: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor."
  • O que enterrou o talento, recebe punição:"E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes."

Capacidade e Talento
 
A condição para diferenciar a quantidade de talento a ser recebida era "a capacidade de cada um". Implica dizer que quem recebeu mais foi julgado com maior capacidade de multiplicar o talento, o que recebeu menos tinha uma capacidade menor. Então não somos iguais em capacidade, todos não temos os mesmos direitos? A quantidade aqui não designou grau de importância. Receber menos não significou ser preterido ou discriminado, pelo contrário, o tempo e a oportunidade foi igual para todos: " voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos." Eclesiastes 9:11

Embora tempo e oportunidade ocorram à todos, cada pessoa tem capacidade diferente, graças a Deus por isso! Esse é o motivo de termos variedade de profissões no mundo. Na vida eclesiástica não é diferente. Romanos 12: 6-8: "De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, sejam eles exercidos segundo a medida da fé."

Deus conhece a capacidade e fé de cada homem e de forma justa distribui dons. Cabe a cada um exercer com presteza e responsabilidade o talento. Receber um talento e fazer bom uso dele pode significar multiplicá-lo à ponto de ultrapassar em números o que recebeu dois ou mais talentos. Contudo, o objetivo da parábola não é competição numérica, mas de trabalho. 

Valor do Talento
Talento, em grego talanton, talanton, era também o peso legal, cerca de 26 kg, e poderia ser de ouro, prata ou cobre, sendo de um valor monetário altíssimo, equivalendo a cerca de 6.000 denários, ou algo como 6.000 dias de trabalho, ou mesmo 20 anos de tarefas para o homem comum. O uso da moeda na parábola é metafórico simbolizando algo de muito valor.

Gratidão e reconhecimento
A parábola transmite claramente que os dons pertencem ao senhor dos servos: "E lhes confiou os seus bens" (verso 14). Os homens que multiplicaram o talento demonstraram conhecer seu Senhor, eles receberam bem a mensagem: reconheceram o valor do talento, o senhorio e de forma grata cuidam do que lhes foi dado, vigilantes sobre o dia da prestação de contas.

O que enterrou o talento tinha uma ideia errônea sobre o caráter do seu Senhor. Por que escolhe enterrar a moeda em uma cova? Que sentimento o motiva a isso? Podemos afirmar que esse servo era incapaz, não porque Deus assim o fizesse, mas porque não buscou conhecer seu Senhor e receber Dele os ensinamentos necessários para seu sucesso. A capacidade para administrar os dons espirituais tem alicerce espiritual.

Paulo bem afirma: Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. 1 Coríntios 2:11-12.

O homem que enterra o talento não era espiritual. Ele rejeita o Espirito Santo, apesar de receber nome de "servo". Sem o Espirito Santo em sua vida, não há modo de multiplicar os dons. Sem está ligado a Cristo não há modo de fazer parte do Seu corpo que é a Igreja, aquela responsável por multiplicar os discípulos na terra.

Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. I Cor 12: 4-7

Enterrando o dom
Percebam que o homem que enterra o talento não reconhece sua incapacidade, mas culpa seu senhor pelo fracasso. Uma atitude semelhante a de Adão no Éden ao ser interrogado por Deus sobre sua desobediência. Adão culpa a Eva, culpa a Deus, mas não reconhece que ele é o principal responsável por sua queda.

Procurar culpados não é atitude de vencedores. O bem deve ser nosso espelho, não o mal. A medida que o mal justifica nossas ações, nos igualamos a ele. O homem da parábola não enterra apenas o talento recebido, mas enterra a ele próprio e sem fazer uso de tudo aquilo que Deus o concedeu. Ele tinha algo de muito valor, mas ao invés de desfrutar disso, escolhe ignorar e ainda culpar seu senhor.

Quantos homens estão padecendo fracasso espiritual por não conhecerem a Deus? Criaram em suas mentes uma ideia desvirtuada de Deus e por isso não se aproximam Dele. O inverso dessa primícia é verdadeiro.

Talento para todos 
Deus distribuiu dons para os homens, de forma justa. Se vermos alguém frutificando muito para o Reino, enquanto outros nada frutificam, a razão para isso se encontra no coração do homem e na onisciência de Deus. Todos somos igualmente importantes para Deus e através de Jesus, nosso Senhor, recebemos dons para exercício do ministério. Não recebemos mais ou menos do que necessitamos, recebemos o que nos é devido. Cabe a cada um de nós multiplicar com alegria e gratidão aquilo que nos chega às mãos.

O destino dos homens que multiplicaram o talento foi o Reino celeste, junto Àquele que reconhecidamente era Senhor deles: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor."

O destino do que enterrou o talento foi a morte eterna, este  por escolha, não se importou em conhecer seu Senhor (Jesus) nem se preparou para Sua volta quando deveria prestar contas de suas ações: E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes."

Façamos nossa escolha.

Em Cristo, o Senhor dos talentos.












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sábado, janeiro 07, 2012

A lição do chuchu adubado demais


 
exemplo de expectador do BBB

Cuidado com o excesso de estrume em sua vida!


Primeiro dia do ano de 2012, fui dar uma saída para espairecer – também conhecido por desanuviar, desestressar, etc. Andando pelo bairro novo (quer dizer: novo para mim, porque é quase mais velho do que eu… risos), fui visitar uma feira livre com minha esposa. Próximo a uma banca de frutas e verduras, vimos na cerca um planta de rama (estilo trepadeira) e ficamos admirando sua viçosidade sem conseguirmos identificar, todavia, o que era. Era chuchu? Era maracujá? Era bucha? Não sabíamos.

Quando compramos e pagamos as frutas e verduras na banca, perguntei à dona: “Que planta bonita aquela, mas é um pé de quê?“, ao que ela nos respondeu: “É chuchu, mas ele não está dando frutos porque colocaram adubo de galinha demais“. Como assim? pensei eu. A resposta: É que as sementes foram lançadas ao pé da cerca, onde havia muito adubo para pouca planta. O que aconteceu? O pé de chuchu aproveitou todo aquele húmus para crescer e ramificar, mas não produziu fruto algum. Era só folhas, bonitas, mas… apenas folhas.

Isso me lembra um fato conhecido, senão observe:
Vendo à distância uma figueira com folhas, foi ver se encontraria nela algum fruto. Aproximando-se dela, nada encontrou, a não ser folhas, porque não era tempo de figos. Então lhe disse: “Ninguém mais coma de seu fruto“. E os seus discípulos ouviram-no dizer isso. [...] De manhã, ao passarem, viram a figueira seca desde as raízes.
Que lições eu aprendo com isso? Várias, e convido você a verificar se aprendi corretamente ou estou inventando coisas. #follow_me

  • Facilidade demais atrapalha

Aquela planta não teve dificuldades para encontrar tudo o que precisava para crescer, estava tudo ali à mão… quer dizer, às raízes (risos). Não precisou fazer qualquer esforço. Isso pode significar que suas raízes não cresceram além dos limites do adubo em volta dela. Não se expandiram, não se aprofundaram e não se robusteceram pela ausência de dificuldades. Isso pode ter sido a causa de sua improdutividade. Mas, que lição isso nos ensina?

Primeira: as dificuldades não são tão ruins como pensamos, porque elas nos obrigam a procurar formas de contorná-la e de crescermos além de nossos limites que quiseram nos impor. Eu conheço muitos casos de pessoas cercadas de facilidades que frustraram as expectativas de que eles produzissem algo relevante. Você deve conhecer também, não é mesmo?

Segunda: as facilidades acabam por nos privar de querer conhecer algo novo, fora das fronteiras que estamos acostumados a viver. Eu posso me lembrar sem muito esforço das grandes dificuldades que passei em um passado não muito distante, e das vezes em que empreendia uma verdadeira viagem para tentar achar solução para meus problemas. Às vezes, eu apenas queria sair daquele ambiente que me oprimia e deprimia. Não, essas saídas não foram a saída que eu esperava, mas conheci novos lugares, novas pessoas, fiz novas amizades e voltei mais animado, mais encorajado e mais aliviado.

Terceira: as dificuldades nos obrigam a conhecer melhor e de forma mais profunda nossos limites, nossas fraquezas e também nosso potencial de virar o jogo a nosso favor. Ao me lembrar de minhas experiências passadas, quando as dificuldades eram uma constante e que pareciam verdadeiras barreiras intransponíveis, que ameaçavam a realização de meus sonhos e projetos, eu descobri que era necessário parar e refletir um pouco sobre o que poderia e deveria ser feito para mudar aquele quadro deprimente.

A dificuldade nos obriga a sair do comodismo, do lugar de conforto ou, nas palavras de um grande amigo, “são espinhos colocados em nosso ninho, que nos fazem sair do comodismo e nos lançarmos aos ares, para ganharmos o céu e vivermos novas experiências além do horizonte de nossa imaginação“. Se você está passando por dificuldades, é interessante ver como esses problemas podem estar embutindo ou escondendo a saída para sua crise. Às vezes, basta apenas um pouco de boa vontade e reflexão crítica para descobrirmos a saída do labirinto em que nos metemos.
  • Aparência não é o mesmo que Essência

Confesso: acho que aquele era o pé de chuchu mais bonito que já tinha visto ou que me lembre de ter visto. Mas, que eu saiba, chuchu não é planta ornamental. Por mais belo que seja um pé de chuchu, se ele não produz fruto, ele de pouco ou nada serve. Você conhece alguma exposição de plantas ornamentais, que exponha azaléias, amélias, margaridas, violetas ou orquídeas e tenha um espaço reservado para… chuchu?

Nesta época de Big Broster e Penico da TV, onde a aparência é mais valorizada do que a essência, nunca é demais lembrar que certas coisas nunca mudam, e a aparência nunca substituirá a essência. Sabe aquele velho ditado “beleza não põe mesa“? Pois é, eu fiquei matutando horrores de tempo para tentar entender o que isso queria dizer… #matuto

Mas, hoje, casado (e bem casado, por sinal), isso se tornou trivial de entender. Se beleza pusesse mesa, modelos e atrizes não se separariam, capice? Aquele pé de chuchu tinha de sobra o que muitos não tinham: beleza. Todavia, naquilo que realmente interessava (frutos), ele tinha de falta.

Estou me recordando agora de um fato de minha longínqua juventude, quase adolescência, lá pelos idos do século passado (risos). Quando eu entrei no segundo grau – hoje ensino médio -, logo na primeira semana de aula, fomos fazer os testes biométricos. Era somente para medir a altura, registrar peso, essas coisas. Naquela ocasião, uma moça muito (mas muito) bonita também estava tirando suas medidas por lá. Imagine a cena…

 
já passou por isso? #vergonha


Entretanto, o que me ficou marcado é que, depois, fui conhecê-la pessoalmente, já que estudaríamos na mesma sala. Nem me lembro o que fui lhe perguntar, mas só sei que ela respondeu de uma forma tão aparvalhada e tosca que murchou toda minha… admiração pela rapariga. Nas aulas, ela soltava cada pérola que sempre era motivo de risos além de, nas provas, ficar na cola dos outros para responder alguma coisa. Entendeu, !

Quanta decepção… só aparência, mas essência que era bom… nádegas, nádegas demais. #mulher_fruta. Nunca se deixe iludir com a aparência, pois por baixo do capô pode estar um motor fundido (não pergunte)! #fato

  • O comodismo nos torna covardes

Você prestou atenção quando eu disse que as raízes provavelmente não cresceram além dos limites da bo5t4 do adubo? Além disso, não se robusteceram, visto que nem havia necessidade disso. Era uma planta que qualquer pessoa poderia arrancar com facilidade, e não sobreviveria a uma doença ou agressão fortuita. Era uma planta morta em vida, com pouca capacidade de adaptação a mudanças ou intempéries previsíveis.

Assim também são as pessoas: as facilidades funcionam como o excesso de adubo nas plantas, e elas nos deixam acomodados e acovardados, sem interesse ou capacidade para enfrentar novos desafios e demandas, sem vontade de sair do lugar de conforto. Para nos tirar do conforto, geralmente Deus nos confronta. Sim, não existe melhor remédio para nos tirar do conforto do que o confronto. Você quer vencer? Entre na batalha e lute. Enfrente esse confronto de frente. (Pleonasmo proposital)

Ao sair do comodismo, você granjeará muitas coisas boas: aprofundará seus relacionamentos e conhecimentos, conhecerá novos lugares e pessoas, ampliará seus horizontes e aguçará seus sentidos. Você se tornará outra pessoa, e uma pessoa melhor, por meio das dificuldades. Sim, provavelmente você carregará cicatrizes, marcas e manchas. Mas, essas marcas podem se tornar testemunhas de sua vitória. Deixe suas cicatrizes contar sua história por você, deixe que as derrotas contem quem você foi e o que fez, e como chegou até aqui.

Veja como uma aparente barreira se tornou razão para que os vinhos brasileiros se tornassem admirados em todo o mundo pela superação daquilo que era um incômodo. Com a palavra, William Douglas:
Outro dado sobre vinho. Perguntei ao técnico, que em breve se formará em nível superior em viticultura e enologia, se era realmente verdade que nosso vinho é melhor para o coração do que os vinhos estrangeiros. Seria só marketing ou o que o Brasil tem é de fato melhor? A resposta foi espetacular.
As substâncias que ajudam o coração e diminuem o risco de enfartes são os polifenóis; dentro dos polifenóis, há o grupo dos estilbenos (o mais famoso dos estilbenos é o resveratrol). Os estilbenos são absorvidos pela corrente sanguínea e transformam o LDL (colesterol ruim) em HDL (colesterol bom). Este tipo de polifenol é a principal defesa natural que a uva cria para proteger-se dos fungos.
E, como o Brasil tem um sério problema de fungos, nossa uva tem mais estilbenos que as uvas e os vinhos produzidos na maioria das outras regiões vitivinícolas do mundo. Dessa forma, o fungo, que é um drama para o viticultor, torna nosso vinho mais especial. Se o produtor brasileiro conseguir fazer o fungo não destruir a produção de seu vinhedo, a uva bem cuidada que sair do vinhedo será a melhor para a saúde do que aquelas uvazinhas plantadas em lugares sem tantos transtornos e dificuldades.

Se você estiver passando por dificuldades, quem sabe se elas não o estão preparando para ser além daquilo que você jamais planejou ou imaginou? Deus tem umas formas engraçadas de nos moldar, mas o que importa é o resultado final do processo.
  •  Nós fomos criados com um propósito

Aquele pé de chuchu tinha tudo para dar certo: tinha sido plantado em um bom lugar, tinha adubo à vontade, era cuidado e regado, vigiado para não ser arrancado. Mas, a única coisa que se pedia dele era que produzisse chuchus. De preferência, que produzisse “pra chuchu” (risos). Mas, necas de pitibiriba de chuchu (nossa, essa veio do fundo do baú, hein!). O único propósito de vida daquele chuchu foi pras cucuias. Um desperdício de adubo, de tempo, de água e de expectativa. Expectativas e esperanças frustradas, pessoas decepcionadas e um potencial desperdiçado.

Você não foi criado sem propósito, pelo contrário, você foi criado com um propósito bem definido, planejado e determinado. Mesmo que você pense que sua vida não tem sentido, e que as coisas que estão acontecendo hoje não tem qualquer lógica, permita-me dizer-lhe que sua vida tem sentido, sim senhor, mesmo que você ignore qual seja ele.

Ao assumir que sua vida tem um propósito, mesmo que ainda ignorado, você começa a viver melhor e de forma mais abundante porque, afinal, existe uma razão para viver: descobrir qual é o sentido da vida (risos). Aprenda com o chuchu, aquele vegetal que (dizem) não tem gosto próprio, mas que se apropria do sabor alheio. Mas, hoje, você é quem vai saborear a lição do chuchu.

Olhe para aquela planta enrolada, mas desenrole-se de suas decepções e amarguras passadas, e levante sua cabeça com desenvoltura e ânimo daqui para frente. Sua vida não tem apenas sentido, mas você também tem potencial para vencer e um futuro a trilhar. Existe algo a sua espera mais a frente, e você deve prosseguir, mesmo que as ondas desta vida queiram naufragá-lo. Você vai vencer essa luta, vai passar nessa prova e cantar o hino da vitória, basta crer, meu amado.

Conclusão

Talvez você não tenha percebido, mas durante esses minutos em que estivemos juntos, enquanto você estava desanimado, triste e cabisbaixo, eu estava regando sua vida com ânimo e vigor, para que você pudesse sair daqui diferente da forma que chegou. Faça uma breve retrospectiva e observe que você está diferente sim, mesmo sem querer admitir, está mais animado e disposto. Até está escondendo um sorriso no canto da boca, né! #arrá #te_peguei

Sabe, eu pretendia escrever apenas algumas linhas bem singelas e curtas sobre essa experiência, mas como sempre diz uma grande amiga minha (Wilma, oi?), eu não fui projetado para escrever pouco. É, foi uma falha de projeto mesmo. Você não tem noção de como tenho dificuldade de escrever no twitter… risos.

Mas, não ganho nada escrevendo, só tenho uma satisfação imensa de saber que fui usado por Deus para abençoar alguém. Se chegou até aqui, gostaria de lhe pedir um favor: se este texto lhe foi útil, você foi abençoado e gostou da leitura, você pode retribuir me presenteando com uma viagem para Aruba, com uma TV LED 3D 55′ ou um iPad de última geração (risos). Mas, se não quiser, então pode clicar no +1, curtir ou dar um tweet mesmo que eu aceito de bom grado, né! rá!

Aqui no blog Desafiando Limites você tem dieta completa: lê bobagens do começo ao fim, e ainda dá risadas pra chuchu

=)

     
"Não desista de seus sonhos"