Mostrando postagens com marcador cristianismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cristianismo. Mostrar todas as postagens

sábado, dezembro 13, 2014

O Cristianismo no Japão


Japão

João Cruzué 

O Cristianismo chegou ao Japão em meados do século XVI. Ele foi impulsionado pelos ventos que levaram as caravelas portuguesas pela rota das Índias. Em 1542, uma nau de comerciantes portugueses aportou na Ilha de Kyushu, levando armas de fogo para comerciar e padres missionários jesuítas para evangelizar. Sessenta anos mais tarde, o cristianismo já estava disseminado no campo e até nas famílias próximas dos Shoguns. Assustados, estes decidiram limitá-lo. Não conseguindo, partiram para o extermínio. Cem anos depois, o cristianismo estava praticamente banido pelas armas do shogunato Tokugawa. Duzentos anos se passaram. A partir de meados do século XIX, a era dos shoguns chegou a o fim através da Revolução Meiji. E o Cristianismo voltou a florescer no Japão com a força dos missionários do Ocidente.

O Shogum, (sho = comandante, general, + gun= exército, tropas, militar) o senhor feudal japonês, deu as boas-vindas ao comércio exterior e aceitou os missionários católicos, fascinado apenas pelas armas. Diante das demonstração do fogo das armas municiadas à polvora, eles concluiram que o dai-shô (a katana e a wakizashi), o conjunto de espadas longa e curta dos samurais, precisava da companhia de uma arma de longo alcance.

Os jesuítas liderados por São Francisco Xavier chegaram a converter e batizar a muitos, incluindo tanto camponeses quanto pessoas da classe dominante, próximas do shogun. Xavier orientou seus companheiros para aprender o Kanji, e daí surgiu o "romanji" - um mistura de latin com a língua nativa para uso no catecismo e na celebração das missas. Duas missões foram construídas, sendo uma delas no ano de 1550 na capital imperial - Kyoto. Havia interesse indireto do shogunato em permitir a introdução de uma nova religião em seus domínios, pois planejavam com isso quebrar a força dos monges budistas e do shintô. 

Por volta do fim do século XVI, uma idéia sombria pairava sobre o sucesso da primeira missão, no Oeste do Japão. O shogunato passou a suspeitar de que os comerciantes e jesuitas eram na verdade infiltrados de táticas de conquista das potências ocidentais. A isso também foi levado em conta a forma grosseira com que alguns comerciantes tratavam os nativos. Os portugueses já não eram mais vistos com bons olhos. 

Por isso, em 1587, o xogum Toyotomi Hideyoshi proclamou um edito expulsando os missionários cristãos da Ilha de Kyushu. Nenhum franciscano ou jesuíta poderia mais desembarcar ali, a partir de 1593. Mesmo assim os jesuítas continuaram ativos no país. Então Hideyoshi intensificou a perseguição. Em 1597 ele proclamou um novo edito de banimento e como aviso executou ao fio da espada 26 missionários franciscanos em Nagasaki. 

Depois dele, outro xogum, Tokugawa Ieyasu, e seus descendentes continuaram a perseguir os camponeses cristãos nativos através de vários editos. Em 1637 houve uma revolta conhecida como a rebelião de Shimabara, onde 30.000 camponeses cristãos enfrentaram um exército de 100.000 guerreiros samurais do Castelo de Edo, residência da poderosa família Tokugawa. A rebelião foi esmagada com um alto custo para o exército do Shogum. Os cristãos foram esmagados. No ano de 1638, o cristianismo estava oficialmente extinto no Japão. 

Em 1853, o Japão saiu do isolamento e reabriu as portas para uma nova interação comercial com o Ocidente. Missionários de todas as religiões: católicos, protestantes e ortodoxos foram enviados para lá, apesar da proibição. Em 1871, depois da restauração Meiji, a liberdade religiosa foi introduzida definitivamente pela Constituição Meiji, dando as comunidades cristãs existentes os direitos de existência legal e da livre pregação do evangelho.

A restauração Meiji foi uma sucessão de fatos que levaram o Japão a deixar o obsoleto sistema feudal para se tornar uma potência mundial nas décadas a seguir. Um desses acontecimentos foi a quebra da tradição com a mudança empreendida pelo Imperador Meiji, de Kyoto, a capital imperial, para estabelecer sua residência oficial no Castelo de Edo - a sede do shogunato da poderosa família Tokugawa. O Castelo de Edo e seus arredores vieram a se transformar em Tokyo (Capital do Leste), a grande metrópole japonesa. Com a mudança do imperador e a reabertura dos portos para o comércio exterior a era dos samurais e do feudalismo no Japão chegou ao fim.

A liberdade religiosa não foi o bastante para fazer do cristianismo uma religião popular no Japão. Ele tem crescido a taxas minúsculas; os cristãos são apenas cerca de 1 a 1,5% de uma população de 127 milhões.

Os símbolos cristãos têm sido mal compreendidos no Japão porque a forma de transmitir a mensagem do evangelho talvez não esteja adequada à compreensão nativa. A cultura japonesa tem olhos diferentes para pesar o valor das coisas. Para um japonês é incomum e até mesmo considerado de péssimo gosto, por exemplo, a construção de um templo em uma rua ou avenida movimentada, afirmam alguns analistas cristãos.

Por outro lado há coisas que os atraem no cristianismo, como por exemplo, a celebração da Santa Ceia. eles entendem bem a mensagem de um memorial de Cristo cujo corpo é o pão que é partido por nós. Eles são simpáticos a oportunidade que existe no final da missa/culto, principalmente de celebração da eucaristia/ceia, para por em dia o relacionamento social, reportou um padre católico.

Fontes de pesquisa: textos em inglês na WEB de autorias não conhecidas.
LEIA TAMBÉM: A História do Pentecoste no Japão


cruzue@gmail.com








sexta-feira, outubro 04, 2013

Água e vinagre em uma lição para a vida




Wilma Rejane


Uma passagem Bíblica no livro de Gênesis me chamou a atenção. É sobre José. Lendo-a pude perceber porque ele era tão especial e teve um papel relevante na história do povo judeu. Um gesto de José na prisão muito diz sobre sua personalidade (pequenas coisas, grandes significados).

 "E veio José a eles pela manhã, e olhou para eles, e viu que estavam perturbados. Então perguntou aos oficiais de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa de seu senhor dizendo: Por que estão tristes os vossos semblantes?"(Gn 40:6,7).

José percebia o estado sentimental das pessoas, coisa rara em nossos dias.  O egoísmo é uma característica marcante da sociedade atual. Muitas pessoas passam por nossas vidas diariamente e muitas se vão sem que percebamos como estão, quem são e o que poderíamos fazer por elas.


Judeus não falavam com samaritanos

Os samaritanos haviam construído um templo no monte Gerizim para rivalizar com o de Jerusalém, mas o templo foi destruido por João Hircano. Eles atribuiam ao seu monte, maior santidade que ao monte Moriah. Acusavam os judeus de terem feito adições a Palavra de Deus e se orgulhavam em reconhecer apenas o Pentateuco como livro inspirado. Favoreciam Herodes -  que não era popular entre judeus.

Os samaritanos também acendiam falsas luzes nos montes para confundir os cálculos dos judeus sobre luas novas e assim confundirem as festas.  Chegaram a profanar o templo em Jerusalém, em plena Páscoa, espalhando ossos humanos em algumas áreas. Os conflitos entre judeus e samaritanos eram constantes e faziam questão de tornar o ódio público. Os judeus se referiam aos samaritanos como "filhos de Cão, cãozinhos".

Judeus mudavam de calçada ao verem samaritanos, era uma guerra cultural que perdurava...Até que Jesus veio e em seu encontro com a mulher samaritana, ensinou que a paz era possível e que não existia povo mais digno ou menos digno. Ele parou em um lugar que os judeus geralmente não parariam e falou com uma samaritana a quem seus compatriotas ignorariam. Faminto e com sede, Jesus quis primeiro saciá-la: 

"Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz : dá-me de beber, tu lhe pedirias, e Ele te daria água viva." Em pouco tempo de conversa a samaritana foi curada.

Saciando a sede


Porque não paramos para perceber os sentimentos das pessoas e assim  curar vidas? Estamos tão preocupados com nós mesmos que esquecemos do outro. Achamos que precisamos ser curados primeiro para depois curar o outro, porém nunca estamos curados totalmente.

Jesus curou toda a humanidade quando esteve em sua maior dor. Ele libertou a todos quando esteve preso pelos pés, pelas mãos, todo o seu corpo doía, seu espírito clamava pelo Pai. Foi ai que consolou as multidões .

Água e vinagre

 "Puseram fel na minha comida e para matar-me a sede deram-me vinagre." Salmo 69:21

Jesus é a Fonte de água que sacia o espírito humano. Ele ouve atentamente cada pessoa e consola de forma inigualável. Mas quando Ele teve sede, como em demonstração de  mundo perverso e egoísta, deram-lhe vinagre para beber. Vinagre não sacia sede, é substância ácida que resseca o paladar.

Alguma vez você teve sede e te deram a beber vinagre? "Oh, sim, isso já aconteceu muitas vezes comigo!". Em parábola, podemos ser comparados a água ou vinagre. José era água, Jesus é A fonte. Os soldados romanos foram vinagre para com Jesus.

Onde estão os José's?

Ainda é possível encontrá-los em nosso cotidiano. José do Egito não se tornou amargo ou insensível pelas tribulações da vida, antes cresceu em seu tempo de cativeiro. E penso ser essa uma importante lição para todos nós: Ao procurarmos consolar os outros, estando nós em aperto, também somos consolados.

Dale Carnegie, autor do best - sellers "Como Evitar Preocupações e Começar a Viver", foi um especialista em relacionamentos. Ele tratou de inúmeras pessoas com depressão e transformou suas experiências em livros. Ele conta que a cura para muitas doenças  está no fato de ocupar o tempo ajudando pessoas.

Não foi isso que Jesus nos ensinou? Amar o próximo como a si mesmo. Isso parece algo difícil de ser aplicado, especialmente se considerarmos o contexto de iniquidade a qual somos expostos todos os dias. De fato, há ajudas que até prejudicam, mas que não seja assim conosco.

Jesus apenas conversou com a samaritana, o suficiente para ela perceber que Ele a amava, como ninguém. José cuidava das pessoas e mesmo estando preso. Ele despertava tanta confiança que recebeu as chaves do presidio. Pela manhã, José podia ser visto conversando e consolando um e outro.

Se não formos vinagre para o outro, isso já será grande, em feito.


No amor de Jesus. 

sexta-feira, junho 01, 2012

Não é importante conhecer Jesus


Se você se dirigisse hoje ao Palácio do Planalto, onde é a sede do Poder Executivo Federal, local onde está o Gabinete Presidencial do Brasil e dissesse que precisaria falar com o presidente porque o conhece, certamente seria impedido pela guarda oficial do Palácio Presidencial. Entretanto, se o presidente conhecer você, certamente ele diria que você deveria entrar e o trataria com honrarias.

É isso o que precisamos entender quando nos aproximamos de Jesus. Não basta dizer que o conhecemos para dizermos que somos seus discípulos, que somos seus amigos, como Jesus mesmo disse que seus seguidores não seriam servos, mas amigos.

Para dizermos que realmente somos cristãos na essência, que somos seguidores do Senhor Jesus Cristo, precisamos ser conhecidos por Ele. Não basta conhecê-lo, é preciso ser conhecido por Jesus. Se Ele conhecer você, como ser único, como instrumento valioso em suas mãos Ele lhe tratará com honrarias e serás verdadeiramente um amigo do Senhor.

Hoje, vemos pessoas querendo mostrar estarem incluídas no Reino de Deus, por fazerem funcionar organizações sociais que chamam de igreja, quando na verdade devemos simplesmente estar incluídos no Reino de Deus pelo que em oculto fazemos pelo Reino de Deus, não querendo ser vistos pelos homens, mas vistos por Deus. “E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, e amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas, E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi”. Mateus 23.5-7

Filactério é o nome dado a duas caixinhas de couro, cada qual presa a uma tira de couro de animal puro, dentro dos quais estão contidos pequenos pergaminhos com quatro trechos da Bíblia (precisamente da Tora). São estes os trechos: Êxodo 13.2-10, Êxodo 13.11-16, Deuteronômio 6.4-9 e Deuteronômio 11.13-21. Eram usados na fronte ou nos braços. Os filactérios eram usados nas horas das orações da manhã. Não entro na questão teológica sobre seu uso. Isso é uma questão para os judeus. E respeito-os. Mas, apenas concentro-me no ensino que Jesus deu, mencionando o filactério  como exemplo de exibicionismo religioso.

Os filactérios são utilizados ainda hoje pelos judeus e ainda que não sejam físicos, também são usados, de outras formas, na vida de muitos cristãos que fazem questão de mostrar sua aparente vida religiosa e de serviço eclesiástico quando na verdade não  são conhecidos por Jesus. A essência do cristianismo é a transformação da vida, e de forma íntima e privada, que de alguma forma se exterioriza em frutos e obras em amor a Deus a ao próximo, que fazem com que alguém seja identificado, realmente como um verdadeiro cristão; que fazem com que alguém seja conhecido por Jesus.

Muitos cantores, diáconos, obreiros, pastores, presbíteros, bispos, apóstolos, padres, monges, mestres, papas, missionários.... não são conhecidos por Jesus. Mas, não se importe com isso, se importe em fazer com que Jesus conheça você.

“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” Mateus 7.22,23

Gilberto Horácio

domingo, abril 15, 2012

Os senhores do Senhor.


Quando olhamos para os cristãos no mundo, olhamos para o resultado da Igreja fundada pelo Senhor Jesus Cristo, olhamos para o resultado do seu penoso trabalho. Jesus escolheu doze homens para serem seus discípulos, para que fossem os líderes da igreja. Posteriormente o Senhor Jesus enviou setenta homens com a missão de evangelizar o mundo. (Mateus 10; Lucas 10. 1)

Glórias a Deus, o poderoso Deus, transcendente, porém imanente, que conduziu a Igreja por todos os séculos até ao dia de hoje para que o evangelho continuasse vivo entre os homens. Tudo aquilo que Jesus ensinou há mais de dois milênios, hoje, é pregado, ensinado e vivido em todo o mundo. O cristianismo no século XVI é prova de que deu certo, de que a mensagem do evangelho é realmente poderosa e verdadeira. "Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;" (Mateus 16 : 18)

Quem conduziu a mensagem até nós, não são os donos da mensagem. Quem conduziu o evangelho até nós não tem qualquer autoridade sobre ele. Quem recebeu a missão de propagar as boas novas é apenas um canal, uma parte, uma peça do grande “encanamento”, do grande aqueduto que conduziu a água da vida, do puro rio de Deus, de Jerusalém a todo o mundo.

Ainda há milhares de quilômetros dessa imensa rede de condução da água para ser construído em todo o mundo e para isto Deus precisa contar com novas peças, novos homens para cumprir a missão.

Cada Igreja a Terra se tornou uma subestação de distribuição do evangelho, de distribuição da água da vida que é Jesus. Entretanto, não somos donos da mensagem, somos apenas condutores dela. Não há donos da Igreja, nem apóstolo, missionário, bispo, pastor, presbítero, diácono, obreiro ou quem quer que seja que seja proprietário, por direito, dela, pois a ninguém pertence a mensagem, a não ser ao seu supremo fundador, que é o Senhor Jesus.

É possível e preciso presidir e deliberar sobre a igreja, mas jamais vendê-la, negociá-la, fali-la ou substituí-la. Não é possível inclusive defendê-la. Ela mesma é sua fiel defensora. É preciso entender que fazemos parte desta imensa rede de propagação e preservação do evangelho neste século. Somos os “utensílios” para que esta mensagem salvadora que muda a vida de um ser humano, sem qualquer interferência externa, chegue aos nossos descendentes, chegue até os confins da Terra. "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra." (Atos 1 : 8)

Você e eu não pertencemos a senhores que conduzem à mensagem, assim como não detemos domínio sobre quem conduzimos à mensagem, mas somos apenas o resultado do trabalho de Jesus o Supremo fundador da Igreja, de Simão, chamado Pedro, de André, seu irmão; de Tiago, filho de Zebedeu, e de João, seu irmão; de Filipe, de Bartolomeu; de Tomé, de Mateus, o publicano; de Tiago, filho de Alfeu, e de Lebeu, apelidado Tadeu; de Simão o Zelote, incluindo Judas Iscariotes, aquele que traiu Jesus. Depois destes citaríamos Paulo, Lutero, João Calvino, eu, você e infinitos outros. Somos o resultado dos setenta homens enviados, de dois em dois por Jesus. Somos enfim, genuinamente representantes de Jesus Cristo. E para isto não há qualquer título, a não ser saber que NÓS SOMOS DO MEIO DOS CRISTÃOS! NÓS SOMOS CRISTÃOS.

"Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós?" Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica. (II Coríntios 3.1-6)

Gilberto Horácio