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quinta-feira, janeiro 15, 2015

Charlie Hebdo - porque eu não sou Charlie


 Charlie Hebdo
Por João Cruzué

Doze pessoas foram mortas na sede da revista satírica semanal "Charlie Hebdo", em Paris, no final da semana passada, por dois radicais islâmicos filiados à Al-Qaeda. Houve uma comoção mundial e isso levou à maior manifestação pública já vista na Cidade Luz: 3,5 milhões de pessoas foram às ruas. Junto com elas dezenas de chefes de governo de braços dados à frente da multidão. Foi o assunto do fim de semana.Como vivemos em um país onde a liberdade de expressão é um princípio constitucional, eu vou expressar a minha.

O mundo dito civilizado acha que todos que pensam de forma diferente são bárbaros. Da mesma forma, os radicais religiosos acham que aqueles que desrespeitam seus profetas e seu islã são filhos do cão (ou cães mesmos).

O cristianismo, hoje, na Europa é cinzas. De hipocrisia em hipocrisia e de sacrilégio em sacrilégio o Cristo tem sido motivo de todo tipo de desrespeito. A cultura secular acha que pode satirizar e relativizar tudo. Nenhum cristão, hoje, pensa em formar uma célula terrorista para dinamitar ou matar jornalistas ou caricaturistas por causa de sacrilégios.

Entretanto, quando os ícones da cultura secular europeia decidem ridicularizar e satirizar o sagrado do mundo muçulmano, há vários tipos de reação, desde a indiferença até o revide à bala. Parece que o mundo muçulmano é como um muro que os cartunistas e escritores seculares ocidentais querem testar para ver que resistência tem e se pode ser quebrado.

A tragédia que se abateu sobre a sede do Charlie Hebdo foi uma consequência de satirizações constantes deste grupo de imprensa e entre os dois mortos estava Charb o editor da revista.

Eu não estou falando de satirizações leves. Qualquer um pode ver que eles pegam pesado. Eu não posso reproduzir aqui as imagens destes cartoons. Mas, se você digitar "charlie hebdo" no Dr. Google e clicar em imagens vai ver coisas horrorosas. Por exemplo, a reprodução do Pai, Filho e Espírito Santo... Eu não vi nas imagens, um cartoon que já vi em outros lugares: O profeta Maomé, pelado e de quatro...

Se a civilização secular acha que tudo pode ser satirizado e que faz parte da "civilização" ficar indiferente ou omisso a cada sátira porque quer impor sua cultura, pelo lado muçulmano há grupos ultra-ortodoxos que não aceitam a relativização do sagrado.  Eles metem bala!

Os cartunistas do Charlie Hebdo dizem que vão continuar satirizando o profeta Maomé. E eu imagino que os radicais islâmicos vão continuar mandando bala. 

Pessoalmente não vejo cultura nem civilização em colocar profetas pelados de quatro em situação humilhante. Nem a Trindade desenhada como um bonde de baile funck. Penso assim: quem quer respeito, deve respeitar. Eu não vou sair por aí dando tiros em sacrílegos, mas tem gente que não pensa assim. 

A França pode levar 20 milhões às ruas em protesto pela liberdade de opinião e expressão, mas eu continuo pensando que aquele tipo de cartunismo é pura apelação. Eu vi e não gostei, nem tenho coragem de colocar neste blog certas nojeiras que foram desenhadas pelo caricaturistas do Charlie Hebdo. Ficaram provocando um ninho de vespas, e pagaram com a vida as suas provocações.

Maomé não é Jesus Cristo. Se algum escritor pensa em escrever qualquer besteira ou desenhar Maomé de qualquer jeito, que ponha as barbas de molho.








domingo, março 24, 2013

300 mil franceses protestam contra o casamento gay em Paris


PROTESTO EM PARIS CONTRA O CASAMENTO GAY

Yoan Valat/Ef


Pierre Andrieu/AFP

Pierre Andrieu/AFP

Das Agências de Notícias

Uma multidão invadiu as ruas de Paris na tarde deste domingo para protestar contra o casamento entre homossexuais, em uma última mobilização antes da adoção definitiva do projeto de lei que legaliza a união e adoção por casais do mesmo sexo.

Milhares de pessoas, entre as quais muitas famílias, se reuniram em frente ao Arco do Triunfo, ao longo de um trecho de 5 km. Organizadores do ato estimaram cerca de 1,4 milhão de presentes. Já a polícia calculou cerca de 300 mil pessoas.

Em um palanque, o deputado da UMP (União para um Movimento Popular), principal partido de direita, Henri Guaino, que havia convocado os manifestantes a "censurarem" o governo "nas ruas", declarou aos participantes: "Em 13 de janeiro vocês eram um milhão. Vocês são muito mais hoje".

A última manifestação de opositores ao casamento gay reuniu em 13 de janeiro 340.000 pessoas, de acordo com a polícia, e quase um milhão, segundo os organizadores.

A polícia de Paris informou que "os números definitivos serão comunicados no início da semana".

Os organizadores esperam desta vez uma "melhor visibilidade" do "número de participantes" e um "efeito de massa".

A polícia usou gás lacrimogêneo para barrar manifestantes que tentavam invadi o Champs-Elysées em um perímetro interditado aos organizadores da manifestação."Entre 100 e 200 pessoas tentaram forçar uma barreira policial para entrar nos Champs-Elysées", explicou um porta-voz da polícia.

O presidente da UMP, Jean-François Copé, presente na manifestação, pediu que "François Hollande preste contas" após famílias terem sido vítimas de gás lacrimogêneo.

Líderes da Frente Nacional (extrema-direita) também estavam presentes.

Telões foram instalados do Arco da Defesa até o Arco do Triunfo. Faixas foram penduradas nas varandas: "Não toquem em minha filiação", "Queremos emprego, não casamento gay".

VALORES

"Não desistiremos", assegurou Marie, 30 anos. "Viemos defender o fato de que a família composta por um pai e uma mãe é o melhor para as crianças", ressaltou.

Durante uma breve entrevista, Frigide Barjot, uma das principais organizadoras do evento, exortou o presidente Hollande a se concentrar mais nos problemas econômicos do país em vez das famílias: "Queremos que o presidente cuide da economia e deixe a família em paz", declarou.

Os opositores querem pedir a Hollande que retire o texto para ser submetido a um referendo.

Segundo eles, este projeto, que possibilita o casamento e a adoção por casais do mesmo sexo, "perturba totalmente a sociedade, negando o parentesco e a filiação natural" e isso teria "consequências econômicas, sociais e étnicas incalculáveis".


Fonte: FOLHA UOL.COM




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