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domingo, junho 07, 2015

O Grupo Boticário e o protesto do Pastor Silas Malafaia

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Boticário
AUTOR: JOÃO CRUZUÉ

Como vivemos em um país laico e podemos dizer que temos liberdade de imprensa e de consciência, uma vez que até "marcha da maconha" já é feita livremente na Avenida Paulista, não causa estranheza a pretensão do Grupo Boticário em associar sua imagem com a de uma empresa antenada com os costumes de "vanguarda" da sociedade. Será que deu certo? Acho que não.


Imagino que foi esta a ideia (homodiversidade) que o Grupo comprou da agência publicitária AlmapBbdo ao veicular no Fantástico da TV Globo, domingo - 7.6.2015, 21:30 h uma peça com quatro tipos diferentes de casais, sendo dois deles de gays e  lésbicas.

Imagino que, se por um lado, a peça publicitária chamou a atenção da sociedade conforme a AlmapBbdo gostaria, por outro, o Grupo Boticário se sentiu pisando em ovos em plena véspera do dia dos namorado e a prova disto está muito clara.

Nas primeiras páginas da Revista Veja desta semana (10 de junho 2015) a campanha do Boticário não incluiu as fotos dos casais homossexuais. No site do grupo não apareceu a campanha e, arrematando, no site da Agência AlmapBbdo, também não. E sabe por que não apareceu? Certamente, a reação dos Pastores mudou o ponto de vista dos donos do Grupo Boticário.

Agora, quero expressar de forma bem clara a minha opinião.

É direito de qualquer agência de propaganda e grupo de negócios veicular campanhas do jeito que quiserem? Sim, desde que respeitem as normas relativas a horários de veiculação. 

Também tem o mesmo direito de reagir e demonstrar indignação que não comunga com ideias homoafetivas, como no meu caso, por exemplo. Não posso ter o meu direito de opinar amordaçado só porque uma atriz global acha que eu sou cretino. Ela não é Deus e a TV Globo não dita as regras de comportamento sexuais para os crentes.

Acho muito interessante (antidemocrática) a opinião de certos "famosos" do rádio e da TV. Eles acham que qualquer novo comportamento que aparece de tempos em tempos pode ser massificado através de novelas e outras formas de comunicação social e que as vozes contrárias não têm o direito de opinar, criticar e condenar. Não é isso a tal  liberdade de expressão? ou será que liberdade de expressão só conta quando for igual a deles? 

Quem são os reacionários nesta história?

O tempo do calaboca já passou. Antes, os crentes não tinham acesso aos meios de comunicação e pronto. O calaboca era por questões econômicas. Agora, que os pastores evangélicos têm livre acesso aos melhores meios de comunicação e alcançaram o status de formadores de opinião,  são criticados por causa do sofisma de que religiosos não devem interferir com suas opiniões nas coisas do cotidiano. Não só devem como podem e a sociedade sai ganhando porque agora tem duas opiniões diferentes para analisar. 

O monólogo dos antigos formadores de opinião acabou. 

Isto funcionava no passado, quando os evangélicos eram meia dúzia de gatos pingados. Agora não funciona mais, pois são mais de 50 milhões de brasileiros e em menos de 20 anos serão mais de 75 milhões.

Dentro das normas e horários, pode fazer a campanha com casal de gays à vontade.  Pode duas bisavós das novelas da Globo se beijarem à vontade. Mas, que uma coisa fique bem certa: O dinheiro que financia estre programas vem do bolso das empresas. As empresas ao fazerem propaganda de seus produtos nos horários das novelas esperam vender muito, pouco se importando com o tipo de mensagem que esteja sendo divulgada.

E eu e mais 50 milhões de crentes somos consumidores dos produtos destas empresas. Quando elas começam a fazer publicidade de coisas que vão contra meus princípios, o que eu faço? Deixo de comprar aquela marca e passo a comprar de outra. Não só faço isto, como informa a minha família do que está acontecendo. 

É somente dessa forma que nós, crentes, seremos respeitados nesta sociedade - atingindo o bolso de empresas que desrespeitam nossa consciência. 

Mais um ponto para o Pastor Silas Malafaia que desceu a ripa nesta campanha do Boticário.


Não chamo esta forma de reação de boicote, mas de ação pedagógica. Você me respeita e eu compro o seu produto.