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domingo, abril 09, 2017

O Calvinismo e o Arminianismo na Assembleia de Deus


Por: João Cruzué

Caros leitores,

Hoje,  fiz uma seleção de cinco textos, de  quatro blogueiros que considero bons analistas e formadores de opinião no meio evangélico. Temos um texto de Victor Leonardo Barbosa (Blog GQL-Geração que Lamba), um texto do Pastor Geremias do Couto (dispensa comentários), dois textos do Júlio Severo (da minha turma de blogueiros de 2005-2007) e, por fim, uma aprofundada análise do irmão Daladier Lima (Blog Reflexões sobre quase tudo).

Em outras oportunidades, vou postar textos de outros blogueiros - tão excelentes quanto estes quatro.

Os assuntos tratados, nos posts destes amigos, são: Eleições da CGADB e a invasão da Teologia da Libertação no meio evangélico - tão sorrateira que você e eu nem demos atenção ao avanço da cobra. Há 10 anos não tenho por costume copiar textos de blogueiros evangélicos. Pode ser que eles não gostem. Não é justificativa, mas meus textos são livres para repercussão, com o devido crédito. Mas as circunstâncias, e as mudanças tão rápidas que estão acontecendo em todas as instituições brasileiros que não posso confiar apenas em meus olhos. 

Blogueiros não costumam ter tempo para fazer leituras em outros blogs - a não ser  os próprios. O egocentrismo é uma doença em nosso meio e me considero, infelizmente, inserido neste mal. Sozinhos, nós podemos formar opinião, mas ainda não temos força necessária para enfrentar as instituições endinheiradas. Nossa arma são as palavras. Textos revestidos de realidade. Análises verdadeiras e aprofundadas. Talvez isto nos leve a ser considerados ovelhas negras. Não podemos nem pensar em radicalismos, porque Deus não dos deu um espírito medroso, mas um Espírito de amor, força e moderação. MODERAÇÃO... gosto muito deste verbete. 

A partir de 2010 houve uma diáspora no pensamento dos blogueiros da velha UBE. Ficamos adultos, respeitados; meu trabalho roubou 90% do meu tempo de escrever, mas, quem sabe, já não seja tempo de nós blogueiros voltar a dialogar entre nós, para fazer análises conjuntas: O que você está vendo hoje no meio secular e no seio da Igreja?  Qual tem sido o meu foco nestas duas coisas hoje? O mal sempre costuma estar 10 passos à nossa frente, porque ele avança de forma gregária. Acho que isto merece uma resposta em bloco.

Com vocês, o primeiro post, de uma série de cinco. Por favor, leia Victor Leonardo Barbosa, abaixo, e os demais nos outros posts.


TEXTO Nº 3

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Texto de Victor Leonardo Barbosa

Blog GQL - Geração que Lamba


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Temos vivido dias turbulentos – tanto no contexto nacional quanto no eclesiástico, em especial no âmbito pentecostal-assembleiano. Além dos problemas políticos, nos deparamos com polêmicas eclesiásticas envolvendo a próxima eleição da CGADB (o que já está quase virando tradição). Há, também, os problemas envolvendo Silas Malafaia e o pastor Paulo Júnior, os quais têm tornado as redes sociais um caldeirão de polêmicas. Todavia, meu foco aqui não é abordar tais polêmicas em particular, mas sim uma que pode ser muito mais duradoura e problemática dentro do contexto assembleiano e pentecostal. Algo que envolve a CPAD, o calvinismo nos arraiais assembleianos e um grupo militante arminiano liderado pelo pastor assembleiano Altair Germano. Busca-se agora resgatar uma suposta "identidade arminiana" que a Assembleia de Deus possui. Por mais zelosa que seja tal militância em prol do arminianismo, a história não é tão simples quanto parece; na verdade, há muita coisa a ser vista e revista.

Tanto arminianismo quanto calvinismo são sistemas teológicos que tocam em pontos nevrálgicos da soteriologia (doutrina da salvação). Ainda que mantenham perspectivas diferentes em alguns pontos de doutrina, ambos devem ter seu legítimo lugar dentro do espectro protestante. Porém, é óbvio que tanto o arminianismo (o qual é subdividido em clássico e wesleyano) quanto o calvinismo (que pode ser subdividido em supralapsário, infralapsário, amiraldiano ou compatibilista) compartilham, pelo menos no sentido histórico do termo, de um ponto de vista comum: o cessacionismo. Com Jacó Armínio, criado dentro do cenário das igrejas reformadas holandesas, a situação não é diferente.

Não era o foco de Armínio (como foi posteriormente o de John Owen) tratar sobre Quakers e revelações particulares. Contudo, em sua obra recentemente publicada pela CPAD, o teólogo holandês trata acerca da Perfeição das Escrituras quase nos mesmos moldes da Confissão de fé de Westminster (na época, ainda não publicada):

"Uma vez que iniciemos a defesa dessa perfeição [da Escritura] contra inspirações, visões, sonhos e outras coisas novas e entusiásticas, afirmamos que, desde a época em que Cristo e seus apóstolos peregrinaram pela terra, nenhuma inspiração de qualquer coisa necessária para a salvação de qualquer indivíduo ou da igreja foi feita a nenhuma pessoa ou congregação de pessoas, coisa essa que não esteja, de uma maneira plena e extremamente perfeita, contida nas sagradas Escrituras."[1]


Na mente reformada de Armínio, as Escrituras não abriam espaço para novas revelações ou manifestações carismáticas (chamadas por ele pelo termo comum da época, "coisas entusiásticas"[2]) – pensamento comum da época antes do Movimento Pentecostal.
E aqui chegamos à raiz do problema: o que o pastor Altair Germano e outros militam, além de expurgar a literatura calvinista da CPAD, é buscar preservar e manter a suposta "identidade arminiana" da Assembleia de Deus. Preservando a identidade que só depois de 100 anos de fundação alguns setores da denominação parecem querer preservar;  sendo que a CPAD somente agora publica as obras do fundador do sistema teológico que leva seu nome. Não é de se estranhar tal falta de atenção ao arminianismo clássico na Assembleia de Deus, que contou com alguns calvinistas desde seus primórdios[3]. A identidade assembleiana não é simplesmente arminiana, mas sim pentecostal. Não é a soteriologia, mas a doutrina do batismo com o Espírito Santo e a doutrina da atualidade dos dons do Espírito que nos definem.

O arminianismo, bem como o calvinismo, nasceu em um ambiente cessacionista, e assim o arminianismo permaneceu por muitos anos (mesmo depois de John Wesley). Há muitos arminianos que são tradicionais e rejeitam tanto o calvinismo quanto o pentecostalismo. Afirmar que a identidade assembleiana depende da doutrina arminiana é não entender realmente em que um pentecostal se distingue dos outros cristãos.

A Assembleia de Deus, diferente de sua prima norte-americana, nasceu dentro de um contexto batista, de uma igreja que foi sustentada por muitos anos pela Southern Baptist Convention, primariamente calvinista. O pentecostalismo recebeu influências do dispensacionalismo, o qual, por sua vez, teve origem entre mestres calvinistas[4]. Ser arminiano e dispensacionalista não faz de um cristão um pentecostal, ainda que um pentecostal em geral seja arminiano (e também dispensacionalista). A doutrina pentecostal tem verdadeiro impacto na pneumatologia e eclesiologia, o que dá seu diferencial e identidade própria. Um pentecostal não procura ser original nas doutrinas protestantes clássicas, como acertadamente diz  um dos teólogos mais importantes do início da assembleia de Deus americana, Daniel W. Kerr:

"Temos, portanto, tudo quanto os outros receberam, e recebemos mais essa verdade. Vemos tudo quanto eles veem, mas eles não veem o que nós vemos."[5]

O grande diferencial da fé pentecostal é justamente enfatizar uma verdade negligenciada dentro da igreja: o revestimento de poder e a atualidade dos dons espirituais em um vibrante ministério do Espírito na vida do Corpo de Cristo. Nesse aspecto, tanto o arminianismo quanto o calvinismo podem encontrar espaço.

É bem verdade que a assembleia de Deus no Brasil é tradicionalmente arminiana, mas durante 100 anos ela nunca foi confessionalmente arminiana.  O que acontece é que, com o aumento de calvinistas dentro da assembleia de Deus (como nunca visto antes), o que se tem é uma guerra soteriológica, e não de identidade. Se há problema na identidade assembleiana, o problema não deve ser procurado no calvinismo, mas em outros fatores importantes, alguns dos quais já foi ventilado pelo autor deste blog e por outros irmãos da fé, inclusive pelo próprio pastor Altair Germano.

O propósito deste artigo é apenas criticar a atitude combativa e desnecessária vista em especial pela pessoa do amador pastor Altair, o qual muito já contribuiu em outras áreas para a fé pentecostal, mas que neste caso em particular, se afunda em uma controvérsia desnecessária e infantil, uma cruzada que não alimenta um espírito irênico no cristianismo protestante ortodoxo, erra o alvo e ataca quem não se deve atacar e fere quem não deve ser ferido.

Mas e quanto a visões teológicas distintas que autores não pentecostais promulgam contra a fé pentecostal, como John Macarthur e R. C. Sproul, serem publicadas pela editora confessional? A resposta a isso não é difícil, porém exige uma atenção maior, que não se dará neste, mas em outro artigo. O que se pode dizer simplesmente é que não há diretamente em Armínio uma conexão com a fé pentecostal. Argumentar em prol do arminianismo não é defender, de maneira sinônima, a fé pentecostal. Armínio, afinal, nunca defendeu a atualidade dos dons, e ao que parece, nunca pretendeu fazê-lo.

Soli Deo Gloria.

Notas:

1. ARMÍNIO, Jacó. As Obras de Armínio (Vol. II). Tr. Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p.23.
2. Pode-se tentar argumentar que Armínio não proíbe certa manifestação espiritual, desde que esta esteja em harmonia com  a Escritura. Porém, isso não é o mesmo que argumentar acerca da atualidade dos dons como defendido pela fé pentecostal. As manifestações espirituais aqui são vistas mais como exceção do que como regra. Na verdade, a própria confissão de Westminster, assim como Armínio, sujeita qualquer experiência, ou "espíritos particulares" (na tradução brasileira "opiniões particulares") a se sujeitarem à Bíblia. Assim como a confissão, Armínio quer defender a Escritura como suprema e suficiente em questões doutrinárias e da salvação apontando-a como a fonte da teologia, em contraste com a suposta autoridade papal ou qualquer manifestação espiritual. Tal tipo de opinião foi também defendida por puritanos; entre eles, destaca-se Richard Baxter, por exemplo. Para mais informações nesta questão, o leitor pode consultar a obra de Wayne Grudem, O Dom de Profecia: do Novo Testamento aos dias atuais.
3. Falei acerca disso em outro artigo, disponível no seguinte link: http://teologiapentecostal.blogspot.com.br/2014/06/as-origens-batistas-da-assembleia-de.html.
4.Disponível em: http://www.chamada.com.br/mensagens/calvinismo_dispensacionalismo.html.
5. Citado em MCGEE, Gary B.Panorama Histórico in: Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Tr. Gordon Chow.Rio de Janeiro: CPAD, 1996. p.17.

quinta-feira, outubro 06, 2016

Bancada Evangélica na Câmara Municipal de São Paulo em 2016


Palácio Anchieta - Câmara Municipal da Cidade de São Paulo

POR: JOÃO CRUZUE

Minhas análises dos resultados das eleições, tendo por foco a representação evangélica:


A participação evangélica na Câmara Municipal da Cidade de São Paulo cresceu de 14  representantes (2012), para 16 vereadores depois das eleições de 03 de outubro 2016. Os candidatos eleitos receberam 621.669 votos. Na comparação com o total de sufrágios recebidos pelos 55 vereadores - 2.407.061, os evangélicos conquistaram 25,83% dos votos.

Eduardo Tuma foi o vereador mais votado, 70.273 votos entre os evangélicos; em relação a sua votação em 2012 (28.756 votos) ele obteve um crescimento de 41 mil votos.  

A maioria dos candidatos concorreram pelo PSDB (5), pelo PRB (4),  seguidos pelo DEM e PSD, com 2 candidatos, cada.  Não houve nenhum evangélico eleito pelo PT.

Uma curiosidade estatística no resultado destas eleições: Das 11 mulheres eleitas vereadoras, 07 são evangélicas. Juntas, elas receberam 240.169 votos. 

O total de votos das 11 vereadoras foi 347.120, assim, o percentual de votos das evangélicas foi de 69,19%. A vereadora mais votada entre as evangélicas é Patricia Bezerra (PSDB) com  45.285 votos.

Dos vereadores evangélicos eleitos em 2012,  dois deles candidataram-se  e  conquistaram mandato de Deputado Estadual na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP). São eles o Coronel Telhada, da Congregação Cristã no Brasil e Marta Costa, da Assembleia de Deus - Ministério do Belenzinho.

A previsão de que os candidatos evangélicos seriam beneficiados com as atuais circunstâncias da legislação eleitoral não se confirmou. Com um crescimento de 2 vereadores, em relação às eleições de 2012, isto pode ser explicado pelo aumento da população evangélica nestes quatro últimos anos. A representação de 16 evangélicos entre os 55 vereadores (29,09%) tende a refletir a mesma proporção entre os evangélicos e a população brasileira em 2016.

DADOS DA ELEIÇÃO DE 2016

Vereadores  Evangélicos Eleitos para o Mandato 2017-2020


(Autoria do quadro: João Cruzué)


DADOS DA ELEIÇÃO DE 2012

Vereadores  Evangélicos Eleitos para o Mandato 2013-2016

Vereadores Evangélicos Cidade de São Paulo - Eleições 2012
(Quadro de autoria de João Cruzué)








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sábado, novembro 24, 2012

Uma pituca da Assembleia de Deus no Plenario do Supremo Tribunal Federal



Irmã Benedita Gomes da Silva
Mãe do Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo Tribunal Federal


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 "Mas, como está escrito:  
As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,
 E não subiram ao coração do homem, 
São as que Deus preparou para os que o amam."
I Coríntios 2:9.
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João Cruzue

Confesso que fiquei orgulhoso do testemunho do Ministro  Ministro Joaquim  Barbosa por ter convidado e escolhido um assento no meio da primeira fileira de cadeiras do plenário do STF para receber  a mãe,  para participar da cerimônia de posse do ilustre filho na cadeira mais alta do Supremo Tribunal Federal.  Eu, que já me cansei de ver o preconceito (pseudo moderno) me senti "vingado" e realizado ao ver Irmã Benedita  Gomes da Silva e sua pituca assembleiana, sendo recebida com honra e cumprimentada com admiração pelas maiores autoridades da nação - entre elas, a Presidente Dilma Roussef.

Com aquela grande sabedoria das idôneas senhoras assembleianas  adquirida nas reuniões semanais  de Círculo de Oração, a ex-lavadeira de roupas deu fiel testemunho do filho, agora  Presidente do STF, em poucas palavras: "O que eu dei foi oração, [o resto] ele lutou por conta própria."  Disse também: "Passei os últimos 52 anos orando pelos meus filhos".  Questionada se o filho, agroa Presidente do Supremo, tinha o hábito de orar, ela foi sincera: "Ele pode [até] não orar, mas lê a Bíblia e foi criado no Evangelho.

Irmã Benedita é mãe de oito filhos e Dr. Joaquim, é o primogênito. Aceitou Jesus lá pelo ano de 1960, quando ele tinha seis anos. Quando o pai abandonou o lar, Irmã Benedita enfrentou a bacia de lavar roupa para os outros - naquela época imagino que ainda  não havia tanque. Joaquim, sendo o mais velho, foi  para Brasília trabalhar e ajudar no sustento dos outros sete irmãos.

Certas coisas e certos detalhes nunca são comentados, mas ficam explícitos a uma pequena análise. No momento, o Ministro Joaquim Barbosa é o cidadão mais respeitado pelo povo brasileiro, que não tem tido sorte de encontrar referenciais - nos últimos anos - em  meio de suas autoridades, quer sejam civis, militares ou religiosas.

 Paulo, o Apóstolo dos gentios,  escreveu, na Primeira Carta aos Coríntios, este  texto magnífico: 

"Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são."

Eu quedei e fiquei analisando: O que foi mais decisivo na vida do Ministro Joaquim Barbosa para que se tornasse, no momento, a melhor referência de justiça  conhecida entre todas autoridades brasileiras: as orações da mãe, a mão de Deus, ou a sua  determinação e aplicação aos estudos?

Se Barack Obama tinha muitas possibilidades de se tornar um delinquente social, em vez de se conquistar por duas vezes a Presidência da nação americana,  que chances então teve o moço  Joaquim Barbosa, sendo negro, pobre e árrimo de uma família abandonada pelo pai?

 O papel da mãe,  Irmã Benedita Gomes da Silva, foi fundamental. Foi o Senhor Jesus  que ensinou aos discípulos o  grande segredo da a oração persistente: o dever de orar sempre e não desfalecer.

Tenho certeza, que por muitas vezes o nome do moço Joaquim, longe de casa, trabalhando e estudando lá em Brasília, foi lembrado e apresentado no Círculo de Oração de senhoras em Paracatu, frequentado por Irmã Benedita. 

Foi Deus, com sua boa mão, que prosperou a vida do adolescente Joaquim Barbosa e cuidou para que ele fosse conduzido por caminhos de paz. Do restante Joaquim correu atrás. Correu atrás do conhecimento até os últimos degraus. Do primário à UnB ele sempre estudou em Escola Pública. Fez dois doutorados na França. Fala fluentemente cinco indiomas, além do Português. Hoje ele é Presidente do Supremo Tribunal Federal, mas nos tempos de adolescente ele também foi faxineiro.

Muitas autoridades e artistas convidados olharam para aquela senhora negra, assentada bem ao centro da primeira fileira de cadeiras do pelanário,  vestida com  trajes conservadores, ostentando na cabeça  uma  pituca grisalha. Certamente devem ter percebido que se tratava da mãe do ministro Barbosa. O que deve lhes ter causado surpresa foi descobrir que a mãe do protagonista da festa era uma senhora crente. Digo isto, não para orgulho ou dizer que as pessoas crentes são melhores que as outras. Não. digo isto, porque por causa do preconceito que sempre foi grande, diminuiu, mas  ainda existe no meio da sociedade.
 
Há tantas coisas ruins acontecendo por aí... e certas pessoas elevam suas frontes para cima e põem a culta em Deus. De fato, há mesmo muitas coisas ruins acontecendo e muitas pessoas destruindo e sendo destruídas umas pelas outras. 

Mas aí eu paro, e faço esta pergunta para mim mesmo: Por trás das pessoas envolvidas nestas coisas ruins, havia  uma mãe que tinha o hábito de orar, um filho que lia a Bíblia e um Deus  como referência central da família?  O que estou dizendo,  não é  o exemplo  exato da noção de fundamentalismo cristão - tão criticado? Talvez seja criticado, porque funciona.

 A corrupção para mim é um ato de loucura. O que aconteceu na vida do Ministro Barbosa foi um milagre de Deus, demonstrando para toda sociedade que se não houvesse tanto roubo e tanto desvio de dinheiro a existência de outros Barbosas seria a regra, sem a necessidade de milagres. 

Quando o  Ministro  Barbosa foi escolhido para relatar  a Ação Penal 470,  sendo ele negro e tendo em sua história um passado de pobreza, preconceito e privação, eu não vejo de outra forma, senão o falar de Deus a nossa nação. Por que  justo a Joaquim foi dado a responsabilidade de relatar o mensalão? E por que ele tem se mostrado tão atrevido, com um comportamento tão criticado entre seus pares e por causa da língua tão ferina e sem papas?  Para mim isto  pode não ser só coincidência. As orações da mãe produziram na vida do filho uma resposta muito maior do que ela sequer poderia imaginar.  E este é o padrão de resposta divina à oração persistente. E por persistente, aqui, não me estou referindo a rezar um rosário, mas a dialogar com Deus com palavras sinceras e não decoradas.


 "Mas, como está escrito: 
As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,
 E não subiram ao coração do homem, 
São as que Deus preparou para os que o amam."

Este presente de renovação da esperança na justiça que o povo brasileiro está recebendo no Natal, não é outra coisa senão o resultado de 52 anos de orações "perturbando" os ouvidos de Deus.

Para minha irmã assembleiana, de trajes crentes e  pituca grisalha, este é meu  versículo deixado  para sua meditação. Como também aproveito a oportunidade para agradecer a Deus pela vida da senhora, do seu filho Joaquim Barbosa e  por que se lembrou da falta de referência e esperança na justiça de nosso povo mais simples, que "quase" já tinha desanimado e se acostumado aos jultamentos de faz de contas dos grandes corruptos da sociedade brasileira.




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quarta-feira, outubro 10, 2012

A influência da Igreja na política brasileira



“Certamente o Senhor Deus não fará cousa alguma, 
sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.’’
 Amós 2.7

Pastor Mauricio Price*

     Creio que o mundo globalizado caminha em sintonia com o calendário profético das Escrituras Sagradas, inclusive no Brasil. Aliás, não poderia ser diferente, pois o próprio Senhor Jesus afirmou que:  “passará o céu e terra, porém as minhas palavras não passarão”(Mt 24.35). O Mestre alertando os discípulos a cerca de alguns acontecimentos do cenário mundial que antecederiam o arrebatamento da Igreja e a sua segunda vinda, disse assim:

 “Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis; é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porque se levantará nação contra nação, e reino, contra reino. Haverá terremotos em vários lugares e também fomes. Estas coisas são o princípio das dores.Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho. Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações......Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.” Mc 13.7-9,13

        É importante ressaltar que vivemos atualmente num cenário político de plena transformação em nosso país. O debate moral e religioso estiveram em evidência na agenda da disputa eleitoral para a Presidência da República em 2010. Percebe-se nitidamente a contagiante influência que as igrejas exercem sobre o voto em solo brasileiro. Aliás, estima-se que o colégio eleitoral evangélico atual seja de mais de 40 milhões de votos,  sendo, portanto,  capaz de decidir uma eleição presidencial no país. Apesar do  Estado ser laico, a religião está profundamente envolvida na política brasileira desde que o descobrimento foi celebrado com um missa em 26 de abril de 1500 pelo frade Henrique de Coimbra. Dessa forma, os políticos tem disputado articuladamente  o voto religioso ao longo das eleições, bem como os líderes religiosos buscam com a mesma intensidade o poder e influência política, seja através de apoios partidários ou participação direta no partido. 

        Tivemos um aumento de quase 50% da bancada evangélica no Congresso Nacional nas eleições em 2010. Um levantamento feito pelo departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) registrou a reeleição de 32 dos 45 parlamentares da bancada e a eleição de mais 34 representantes de igrejas evangélicas. A bancada evangélica conta agora com 63 deputados e 3 senadores.  Creio que ainda é muito pouco diante da proporcionalidade populacional evangélica em nosso país. Certamente, deveríamos ter bem mais representantes cristãos no Congresso Nacional, pois embora o Estado seja laico, os valores e princípios cristãos precisam ser preservados e defendidos nesse momento crítico em que se encontra o país. Essa realidade se aplica também nas Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. Por isso, creio que precisamos de líderes cristãos idôneos, qualificados e preparados para estarem lá. Precisamos enxergar a democracia nas urnas como uma benção para a nossa nação, pois através dela podemos preservar princípios de conduta moral em nossa sociedade que atrairão as bençãos de Deus sobre o Brasil, e não a Sua maldição e juízo. Pense nisso.   

        Talvez possa arriscar dizer que nunca na história de nosso país, a moral, os valores e os princípios, pilares eternos de uma sociedade, foram tão hostilizados. É lamentável dizer que grande parte do povo chamado “cristão” nesse país continue alienado, desinformado e até desinteressado sobre essas sérias questões que antevemos sobre o país. Durante muitas décadas o povo de Deus nesse país foi conhecido por sua passividade e demonização  da  política nacional. Hoje, o cenário é bem diferente. O cristão pode até, por opção pessoal, optar por uma postura apolítica, mas nunca antipolítica. Sabe por que? Porque ele(a) além de ser cidadão do reino de Deus é também cidadão brasileiro e, dessa forma,  tem direitos e deveres nesse país.  A Igreja não pode se omitir, nem se calar. Meu amigo(a), o que você tem feito?  Pense nisso.     

      Definitivamente, todo o Povo de Deus em nosso país precisa agir, reagir e resistir contra toda a iniquidade. Meus irmãos, não é hora de alimentarmos divisões, disputas ou competições denominacionais carnais, que são uma verdadeira vergonha no Corpo de Cristo. Chega de tanta vaidade! Chega de tanta mediocridade!  Ao contrário, é hora de toda Igreja de Cristo soar a trombeta, orar pelo Brasil, pregar o Evangelho ao imenso povo da nossa nação e como Povo de Deus unido declarar como voz profética : 

Feliz é a nação! Cujo Deus é o Senhor”      
  Sl. 33.12. Aleluia! 
 Ele espera por você!    
  “Em Deus faremos proezas...”    

No amor de Cristo,   Pastor Mauricio Price.

Missionário e médico. Ministro do Evangelho filiado a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB). Presidente do Diretório Estadual no Rio de Janeiro e Conselheiro Nacional da Sociedade Bíblica do Brasil(SBB). Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil(AELB). Coordenador Geral do Movimento Evangélico Universitário na Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ). Evangelista, radialista e escritor.







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segunda-feira, agosto 01, 2011

O sucesso da Assembleia de Deus nas Eleições de 2010



"Sucesso Eleitoral da Assembleia de Deus é maior que o do PT"


Valor online

Fonte: Folha Uol

Com os comentários do blogueiro no final.

"A Assembleia de Deus, maior denominação evangélica pentecostal no Brasil, comemora seu centenário em 2011, e sua bancada, que lidera a Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, representa 22,5 milhões de brasileiros.

Antes das eleições de 2010, o deputado federal Ronaldo Fonseca (PR-DF) reuniu-se com José Wellington Bezerra, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus, para escolher pastores e lideranças da igreja com bom potencial eleitoral. Fecharam a lista em 30 nomes. Conseguiram eleger 22 deles, um percentual assombroso de 73,3% de sucesso.

Não há partido político no Brasil com tamanho êxito: o PT, por exemplo, dono da maior bancada da Câmara, lançou 334 candidatos a deputado federal e elegeu 88 deles (26,3%). Dos 73 deputados que compõem a bancada evangélica, os assembleianos são um terço. Seu presidente, o deputado federal João Campos, é seguidor da igreja.

Com seu eleitorado cativo, os parlamentares ligados à Assembleia de Deus podem se dar ao direito de contrariar a orientação partidária quando convém ao seu grupo. Segundo Fonseca, presidente subdivisão ligada à igreja na Câmara, "temos um acordo com nossos partidos: se o que está em pauta na Casa atentar para alguma questão moral, temos independência. Foi assim que derrubamos o kit gay".

O deputado se refere à suspensão da produção e distribuição do kit anti-homofobia, produzido pelo Ministério da Educação para distribuição nas escolas. À época, os parlamentares chegaram a ameaçar adesão à CPI, movida pela oposição, contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, acusado de súbito enriquecimento.

Quase toda a bancada evangélica, 63 parlamentares, faz parte de partidos da base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). "Os partidos sabem que não tem como segurar esses deputados. Falou em aborto, descriminalização da maconha ou casamento gay, os evangélicos votam contra. O PSC é base do governo Dilma, mas nem adianta pedir apoio nessas questões", afirmou o vice-presidente do PSC, pastor Everaldo Pereira.

Para o segundo semestre, os evangélicos devem, novamente na esteira de atuação dos adeptos da Assembleia de Deus, encampar duas pautas. Uma é a elaboração de versão "alternativa" ao projeto de Lei 122, sob relatoria da senadora Marta Suplicy (PT -SP), que criminaliza a homofobia.

"Queremos que o empregador possa estabelecer critérios para não contratar alguém. Inclusive por diferenças de religião ou opção sexual", disse Fonseca. "Se você não quiser me contratar por eu ser pastor, tudo bem. Mas quero ter o direito de, caso eu tenha uma empresa só com homens, não contratar gay."

A outra é promover um plebiscito nacional que substitua a aprovação do STF (Supremo Tribunal Federal), que julgou constitucional a união civil entre pessoas do mesmo sexo. A reivindicação dos deputados evangélicos ganhou fôlego e substância após a divulgação, na semana passada, de pesquisa do instituto Ibope Inteligência, que revelou que 55% dos brasileiros são contra a união estável para casais homossexuais. O percentual de contrários sobe para 77% entre evangélicos.

Por ora, os assembleianos se dizem satisfeitos com a presidente Dilma: "Ela não nos 'peitou' quando fomos pra cima, no caso do kit gay. Então está bom", disse Fonseca. "Agora, precisa nos receber. Passaram-se seis meses e a gente só conversa com o Gilberto Carvalho [ministro da Secretaria-Geral da Presidência]", destacou o pastor Everaldo.

Rondônia é o Estado que abriga mais parlamentares ligados à Assembleia de Deus, em termos absolutos e proporcionais: três de seus oito deputados federais pertencem à igreja. O PSC, com oito deputados, é o partido preferencial. Na sequência, aparece o PR, com quatro deputados --a sigla tem em suas fileiras muitos evangélicos, mas a maioria é de presbiterianos, como o deputado federal Anthony Garotinho (RJ).

Essencialmente, os parlamentares da Assembleia de Deus recorrem a três estratégias na hora de arrecadar fundos para a campanha eleitoral: doações em quantias menores, vindas de simpatizantes; empenho de recursos próprios; ou doações dos próprios partidos, um recurso para escamotear recursos vindos de empresas.

Um dirigente partidário, sob a condição do anonimato, explicou: "Tem muito preconceito contra o evangélico. Então, as empresas ajudam, mas preferem não serem vinculadas diretamente ao candidato. Doam para o partido e a gente repassa".

Destaca-se entre os recebedores de pequenas quantias o deputado federal Paulo Freire (PR-SP), filho do pastor José Wellington: das 350 doações que recebeu na campanha de 2010, 304 eram em valores de até R$ 400, segundo sua prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Zé Vieira (PR-MA) foi quem mais empenhou dinheiro do próprio bolso, nada menos que R$ 310 mil dos R$ 333 mil de sua receita. O campeão em recebimento de repasses partidários foi o deputado federal Filipe Pereira (PSC-RJ).

Dos R$ 3,2 milhões que recebeu, R$ 9.000 foram doados pelo presidente regional do PMDB no Rio, Jorge Picciani. O resto veio do PSC. Foi também o maior arrecadador do grupo, cuja média de receita nas eleições foi de R$ 575,2 mil."



Comentário do Blogueiro: Sou Presbítero da Igreja Ass. Deus e gostaria de comentar este texto:

"Com seu eleitorado cativo, os parlamentares ligados à Assembleia de Deus podem se dar ao direito de contrariar a orientação partidária quando convém ao seu grupo..."


Aos olhos de quem não conhece a forma assembleiana de votar, pode achar que não importa o que façam os políticos eleitos pela Igreja, que nas eleições seguintes os crentes vão se esquecer e eleger um corrupto ou vendido outra vez. Isto é uma falácia. A Prova? veja quantos deputados crentes que se envolveram no escândalo das sanguessugas e dos anoes do orçamento foram reeleitos. Pisou na bola uma vez, pode vir abraçado até com o Pastor Presidente, que os crentes não votam. Isto faz-me lembrar um caso verídico de um certo Pastor, uma alta autoridade assembleiana, que tempos bem lá atraz começou a falar grosso com os obreiros da sua Igreja. Ou votavam no filho dele ou a carta de mudança estava à disposição na Secretaria. Como o voto é secreto, até hoje ele ainda está tentando saber por quem foi que não votou no filho dele - que não foi eleito.

Por outro lado, se o candidato é decente, ainda não pisou na bola, o povo vota nele sim - desde que a forma de comunicação da Igreja não se mostre agressiva insinuando o famigerado voto de cabresto. Por que deveria votar em um desconhecido que nem crente é? Se votando em irmão, as coisas ainda têm possibilidade de darem erradas, votando em descrente a probabilidade de votar errado é maior ainda. As experiências de lutas contra o kit gay e o atropelamento da constituição pelo STF, me fazem mostrar que a prata da casa é melhor que a da casa dos outros.

Quanto ao "sucesso" eleitoral da Igreja, eu acho que não tem sucesso nenhum. Ela tem condições de eleger o dobro deste número. Só não elege porque os assembleianos não seguem a risca as orientações da Igreja, quando ha candidatos melhores e mais experientes - não importando a religião nem a Igreja. (João Cruzué)





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terça-feira, fevereiro 08, 2011

Crise no discipulado


DISCIPULADO - CRISE, CAUSAS e CURA

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A Igreja Evangélica Assembléia de Deus americana tem uma crise no discipulado de acordo com o Pastor Charles T. Crabtree, ex-assistente da Superitendência Geral e encarregado da Comissão para Educação Cristã e Discipulado da AD nos Estados Unidos. Julguei importante traduzir esta mensagem, porque as Assembléias de Deus brasileiras também passam pelo memso problema. Este é meu presente de Natal para reflexão e dos ministros e líderes da AD.

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Charles T Crabtree

Tradução de João Cruzué

"Eu quero dividir com vocês o peso do meu coração com respeito ao discipulado. Na última reunião do Ministério fui convocado para servir como chefe da comissão de Educação Cristã e Discipulado. Vou conversar com vocês a respeito da crise do discipulado. O significado de crise na língua chinesa é perigo com oportunidade. Eu creio que existe um grande perigo nas Assembléias de Deus no que concerne ao discipulado, mas junto ele, uma oportunidade de assistir para elevar o nível desta Igreja. Eu quero discorrer sobre as causas da crise e em seguida a sua cura.

Para colocar isto em perspectiva, é importante observar o que acontece na Igreja como o Senhor vê. Afinal a Igreja é Dele. O que Ele pensa a respeito disso é mais importante do que nós pensamos e o que Ele sabe é ponto final.

Nossos pais
na fé colocaram diante de nós uma ordenança bíblica com o propósito das Assembléias de Deus: evangelismo, discipulado, e edificação ou adoração. Permita-me tratar destas área com total honestidade.

EVANGELISMO

Sobretudo, eu creio que a situação do evangelismo nas Assembléias de Deus não é digno de nota. Eu estou preocupado com a situação do evangelismo. Eu não vejo um influxo notável de conversões verdadeiras. Nos últimos dez anos ( 1996-2005) nós tivemos 5,3 milhões decisões declaradas para Cristo.

O crescimento de nossos cultos matutinos no domingo durante o mesmo período foi somente de 221,890 pessoas. Isto é apenas 4,2% de crescimento das conversões. Alguns dirão para mim: “Bem, vir para o culto matutino de domingo não é prova de salvação. Eu lhes direi, se um bebê não estiver sob os cuidados do lar, este bebê estará morto ou perdido ou com grandes problemas.

Alguns apontam que muitos “morreram” durante aquele período, e está é a razão por tão pouco crescimento. Se esta é a taxa de mortalidade, as Assembléias de Deus seriam a mais perigosa entidade no mundo para se juntar. A taxa de mortalidade seria de 200%, bem mais que o número de membros da Assembléia de Deus (EUA) que é de 2.8 milhões.

Outros dizem que as almas são salvas, mas em seguida vão para outras igrejas. Graças a Deusque elas estejam servindo a Jesus. Mas, nós as recebemos de outras igrejas tanto quanto as enviamos. Logo, as estatísticas falam de resultados pífios na área de evangelismo das Igrejas Assembléias de Deus Americana.

DISCIPULADO

As estatísticas também revelam uma crise no discipulado. Em sentido geral, discipulado nas Assembléias de Deus é ineficiente. O discipulado verdadeiro começa com obediência e comprometimento. Eu sinto muito em dizer-lhes que somente uma pessoa em quatro das decisões do último ano (2005) seguiram o Senhor até as águas do batismo, e uma em cinco receberam o batismo com o Espírito Santo. Se nós continuarmos nesta tendência, eu projeto que em dez anos, teremos uma minoria de crentes pentecostais dentro das Assembléias de Deus. Por isso devemos ter uma profunda preocupação a respeito do discipulado Pentecostal.

Adoração

Eu creio que o estado da adoração nas Assembléias de Deus tornou-se incidental em lugar de penetrante. O que eu quero dizer com isso? Para muitos, adoração é um incidente na manhã de domingo, não um estilo de vida. Por exemplo, a musica durante um culto é apenas uma pequena parte da adoração na vida de um crente. A grande expressão de adoração deveria ter lugar entre os domingos. Ele não apenas digno de ser adorado em casa, mas Ele é digno de ser honrado no supermercado e cultuado no lar. A Adoração é para ser constante, humilde obediência ao Senhor em todas as áreas da vida.

AS CAUSAS

Eu tenho uma profunda preocupação a respeito do triplo propósito da nossa Igreja. Quais são as causas por trás das informações? Nós precisamos chegar às causas, e então nós descobriremos a cura. A primeira causa pela ineficiência do evangelismo e discipulado nas Assembléias de Deus e na grande Igreja americana, é a pregação de um outro evangelho – as boas novas para o ego. A cruz não é mais o foco central em grande parte da pregação.

Uma boa pessoa, não uma nova pessoa.

Parece que a Igreja americana diz para aqueles que passam por suas portas “ Vocês são pessoas boas, e a igreja pode dar-lhes valor adicionado para a vida temporal. E dá. Mas esta não é a primeira razão por que a igreja existe. A Igreja existe para tornar as pessoas prontas para a eternidade, e não para amanhã. Isto não é um evangelho temporal; é um evangelho eterno, e o âmago deste evangelho é a cruz e um arrependimento verdadeiro.

O que nós temos é uma cultura que diz: “Se vocês querem confessar com suas bocas o Senhor Jesus, isto é tudo que nós vamos exigir. Nós não estamos pedindo para uma mudança de comportamento, nós queremos é uma mudança de doutrina. Nós queremos que vocês creiam no caminho que nós cremos, mas como vocês vão agir isto é problema de vocês”. E quando vocês vierem para esta igreja nós prometemos que não confrontaremos vocês com o pecado. Nós não faremos você sentir ao menos um pouquinho convertido”.

Nós vemos isto mais e mais. É a filosofia do universalismo: “Aceitem Jesus, e Deus cuidará do resto. Todo mundo está eventualmente indo para o céu de qualquer maneira... Então não fiquem nervosos. Tudo o que você precisa fazer é ser uma boa pessoa, não uma nova pessoa”.

Em muitas partes do mundo, você tem que crer em seu coração que Deus ressuscitou Jesus de entre os mortos. Você tem que crer que Ele é Senhor, e que Ele é a autoridade final. Se você não crer em seu coração, seria estúpido aceitá-lo com seus lábios por que em muitos países você seria perseguido até, ou mesmo martirizado por causa de sua fé em Cristo. Na América é popular confessar Jesus com os lábios, mas não é popular viver uma vida santa.

Nós precisamos ter um mover do Espírito Santo que trará uma divina revelação concernente ao poder da Cruz junto com o Jesus ressurreto, então as pessoas dirão: A pérola de grande preço é mais valiosa que este lixo, todas estas bobagens e todos estas ricas mercadorias. Deus é digno. Nós não renunciaremos a estas coisas materiais chorando, nós renunciaremos a elas glorificando e adorando e agradecendo a Deus. Jesus nos amou tanto, que Ele disse “Eu quero mudar sua vida, dar-lhe uma nova vida e quero que você comece de novo. A velha vida é uma desordem, você não poderá melhorá-la por si mesmo.” Eu creio que a razão para um evangelismo pífio é uma falta de insistência sobre o arrependimento dentro do coração tanto quanto a confissão da boca.

Calcule o custo antes de carregar sua cruz

A segunda causa pela crise no discipulado é encontrada em Lucas 14:26-27: “Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo”.

O que é a sua cruz? Sua cruz é viver em um mundo hostil e abandonando a sujeira, podridão, e pecado nos lares, famílias, locais de trabalho e dizer: “ Não, senhor, eu sou um Cristão; eu sou um seguidor de Cristo. A única razão que você pode fazer isto é para amá-lo mais que a sua vida, mais que a você mesmo. O Verso 28 dá um formidável requerimento de discipulado: não comece até que você saiba o custo.

Eu creio que as Assembléias de Deus necessitam irradiar esta mensagem: “O alto custo de servir a Jesus” Você sabe o que acontecerá? As pessoas virão aos milhões para uma causa que é maior que suas próprias vidas. Se nós “amolecermos” o evangelho e deixar passar um discipulado frouxo, nossos jovens não ficarão interessados em algo que não é desafiador.

É tempo de confrontar; é tempo de desafiar e oferecer um estilo de vida alternativo – uma vida submissa a Cristo – de tal modo que as pessoas observarão que é uma alegria segui-LO. Se nós perdermos nossas vidas pela Sua causa, nós experimentaremos um vida cheia de milagres.

Arrependimento não é um conceito negativo. Ele abre a porta par viver uma nova vida cheia de poder divino e bênçãos, mas por uma razão – viver a vida Cristã, e não apenas ouvir falar dela. A razão das pessoas estarem tão desesperadamente apatetadas na igreja é porque elas não planejam fazer uma coisa que elas ouvem na igreja. Elas não entendem discipulado.

O Espírito Santo fortalece o discipulado

Muitos cristãos vêm a um templo para ouvir as pessoas tentar motivá-las para viver a vida cristã – para dá-las ferramentas espirituais. Mas se elas não vão usar estas ferramentas, por que estariam elas interessadas em examiná-las. Em outras palavras, se elas não estão planejando testemunhar, pregar, alcançar o perdido ou impor as mãos sobre o doente, porque elas necessitariam de batismo no Espírito Santo? Não haveria propósito nisto.

Você contrataria um “personal trainer” para fazer seus exercícios? Em certo sentido muitos fazem isto todo domingo. Eles estão pedindo para que profissionais façam seus discipulados. A razão por que esta igreja não é maior hoje na América é porque os profissionais estão fazendo a obra do ministro que é suposta para ser feita entre os domingos pelos templos. Eles colocaram Jesus debaixo de uma casa preso em quatro paredes e cápsulas de tempo. Não é inteiramente falta dos leigos. Muitos líderes espirituais têm dito para os discípulos de Cristo: Vocês vão vencer aqui, vocês adoram aqui, e vocês servem a Deus aqui. Não se preocupem se tiverem qualquer efeito lá fora. Este tipo de pensamento deve mudar.

É tempo para a Igreja preparar-se no sábado à noite para se levantar na segunda pela manhã e dizer: “ Nós vamos ser uma Igreja forte, saudável e nós vamos mudar o mundo através de nossa fé em Deus e nossa obediência ao Senhor. A única maneira que nós podemos impactar a América hoje é ter um discipulado que seja poderoso no Espírito Santo do lado de fora de um templo no período entre os domingos.

Avivamento significa produtividade sadia

A resposta para nosso dilema é o avivamento. Minha maneira de pensar sobre o avivamento é muito diferente do que a maioria pensa. Tempos atrás eu estava em um aeroporto apressado para ir a bordo do avião. Eu ouvi uma tremenda comoção e vi um homem grande no chão. Eles tinham rasgado sua camisa e tentavam revivê-lo. Eu sussurrei uma oração enquanto passava, mas assim que segui a caminho do jato, o Espírito do Senhor falou para mim, e disse; Considera isto. Se eles o trouxerem de volta, todo mundo se regozijará. Se ele tiver o cérebro prejudicado, haverá alegria com um grande sentimento de tristeza. Se eles trouxerem-no de volta e ele estiver bem, haverá uma alegria maravilhosa. Mas se ele disser: “Agora que estou curado, não preciso fazer mais nada”, haverá uma terrível frustração.

Avivamento é trazer a igreja de volta a uma produtividade sadia. Nós não temos um avivamento para sermos abençoados; nós temos avivamento para nos tornar uma bênção.

Vocês estariam chocados em como pequeno eu me senti a respeito de respostas emocionais. A maioria dos avivamentos são pré-pentecostais, preparando pessoas para ser pentecostais. E em seguida nós paramos o louvor em lugar de mover para o discipulado. Pensem a respeito disso. Nós estamos dizendo que ser curado ou ser salvo é o bastante, mas o Senhor quer uma Igreja Pentecostal sadia para estar em constante avivamento – em constante produtividade no evangelismo, no discipulado, na adoração. Minha oração é: “Deus, traga de volta as Assembléias de Deus á conscientização do Senhor como SENHOR, não como um título denominacional para uma vida temporal, mas como uma ferramenta para mudar o mundo.

A terceira causa por trás de um discipulado ineficiente é um descuido de uma exigência básica do discipulado, encontrada em João 8:31: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos”. É por isso que creio que avivamentos são pré-pentecostais. Freqüentemente pessoais experimentam o derramamento do Espírito Santo, recebem o batismo ( suas experiências no cenáculo), então voltam-se para a cruz e recebem outra bênção, mas nunca são produtivos. Por que? Porque eles não continuam em Sua palavra. É imperativo que eles continuem sob Sua autoridade.

Depois do Pentecoste, as Igrejas do Novo Testamento foram eficientes porque elas continuaram. Elas continuaram em oração, evangelismo, comunhão, culto, em atitude de servos, e na doutrina dos apóstolos.

A tarefa diante de nós é desafiadora, mas nós somos confotados porque sabemos que nós vamos fazer é certo. É certo criar um discipulado pentecostal nas Assembléias de Deus. Por causa disso, Deus nos ajudará.

A CURA

Um novo discipulado.

Então, o que é a cura? A cura é organizar igreja sistematicamente para um novo discipulado. Quando a igreja é preparada para o avivamento, os ministros têm fé para preparar o povo para o influxo. Eu prego em algumas igrejas e quando faço um convite, para meu desespero, não existe ninguém para ajudar em volta do altar. Isto é porque eles não têm planos para dar boas-vindas a novas vidas que vêm para a igreja.

Eu creio que vocês devem ter fé o bastante para fazer planos. Eu creio que as Assembléias de Deus necessitam planejar para um novo dia em discipulado. Conseqüentemente, nós estamos dissolvendo a velha Agência de Escola Dominical e a velha Comissão de Discipulado, e nós vamos colocá-las juntas sob um única comissão – a Comissão para Educação e Discipulado Cristão.

Nós organizaremos igrejas modelos pelo país que vão fazer pequenos grupos de acordo com manuais de orientação de uma igreja Pentecostal. Nós promoveremos nossos próprios modelos de pequenos grupos. Nós diremos para as pessoas: “Vá até estes vários modelos espalhados pelo país e aprendam com eles.” Nós treinaremos pastores, diretores em educação cristã, e líderes de pequenos grupos, para estarmos prontos para receber aqueles que estão interessados em começar e sustentar um ministério de pequenos grupos. Através desta estratégia, as pessoas estarão repassando treinamento de praticantes.

As igrejas expressarão o discipulado de muitas maneiras e formas diferentes, segundo a direção do Espírito Santo. Com a ajuda do Senhor, nós nos moveremos de um discipulado ineficiente para um poderoso ministério que levará as pessoas do altar para o trono. Nós tomaremos bebês em Cristo e os discipularemos em produtivos adultos espirituais.

Um amor que nunca falha.

Nós devemos iniciar com cuidado e cautela das criancinhas em Cristo. Bebês podem ser um problema, mas eles valem a pena se você amá-los. Meu amigo Jim Hall, dá-nos um ótimo exemplo. Quando um novo bebê está junto com uma família reunida, todo mundo é dono do bebê. Eles passam o bebê de um para outro. Mas quando chega a hora de alimentar o bebê, a mãe dirá: “Onde está o bebê? Eu sou a responsável.”

Eu quero perguntar a qualquer um, “Vocês estariam abertos para amar um novo convertido? Sua igreja poderia preparar mamães e papais espirituais para quando qualquer perguntar: “Onde está o bebê” você poder dizer: “Ele está em boas mãos.”

Haverá alguém que entenda onde estes bebês estão, amá-los, serem amigos deles e cuidar para que eles estejam seguros nos braços amorosos da igreja? Você não sabe o que fazer em discipulado? Ame os. Esta é a resposta. E não vá pelo seu programa, vá pelo deles. Pode não ser conveniente, mas eles são bebês. Eles são dependentes, eles precisam de alguém para entendê-los. Eles têm que ser alimentados para não morrer.

Cristãos bebês estão morrendo aos milhares junto aos degraus das portas das igrejas sem amor e sem cuidado. O que nós estamos dizendo para você é que a grande qualificação é o amor – amor por Jesus, amor pelos perdidos, e amor pelos novos convertidos. O amor nos ensinará o que fazer. “O amor nunca falha.” ( 1 Coríntios 13:8)

Se nós amarmos através de Jesus, nós podemos transpor os problemas e inconveniências. Nós podemos mesmo nos alegrar na viagem. Se nós ofendermos os bebês, isso nunca funcionará; mas se nós amá-los, nós veremos milagres não apenas em suas vidas, mas também nas nossas.

CONCLUSÃO

Com a ajuda de Deus, nós mudaremos nosso mundo através uma Igreja cheia de força, discípulos cheios do Espírito, que amaração as almas o bastante para transformar programas não produtivos, tradições egocêntricas e atividades sem significado para um ministério excitante de amor por Jesus traduzido em uma vida disciplinada de propósitos eternos e produtividade espiriritual."
Fim

Nota: A mensagem acima condensada foi entregue aos empregados do Conselho Geral durante um culto semanal na capela da sede do Conselho Geral das Assembléias de Deus em Springfield, Misouri, EUA, em 15 de agosto de 2006.


Fonte: Enrichment Journal
Tradução de João Cruzué



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sábado, outubro 16, 2010

Como a Igreja Assembleia de Deus vota no 2º turno


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IITurno
Posição da Igreja Evangélica no 2º Turno

João Cruzué

Já sabíamos do posicionamento do Bispo Macedo da Igreja Universal pró-Dilma. Depois o Presidente Lula convocou alguns líderes evangélicos para a função de "bombeiros" quando estourou o assunto do aborto e o voto evangélico estava desembarcando na candidatura Marina. Entre os convocados estava o Deputado Pastor Manoel Ferreira, líder da CONAMAD - Convenção Nacional das Assembleias de Deus do Ministério de Madureira.

No horário eleitoral de hoje, sábado à noite, assisti na propaganda do candidato José Serra dois depoimentos de peso: do Pastor José Wellington Bezerra da Costa e depois o Pastor Silas Malafaia. O primeiro é o Presidente da CGADB - Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. O Pastor Silas é o maior tele-evangelista do Brasil, no momento, o homem que tem dado a cara para bater nos assuntos de PL 122, PNDH3 e eleições da CGADB.

Madureira e a Universal ficaram com Dilma. O Pastor Silas e a CGADB ficaram com SERRA. Definitivamente os evangélicos defenstraram aquele sofisma maligno: "política é coisa do diabo". Quem espalhou aquilo sabia muito bem o que estava fazendo. Em um país com tanta gente na miséria, passando fome, analfabetismo, os crentes não poderiam ficar omissos de jeito nenhum.

A Bíblia é muito clara sobre o assunto: Há autoridades públicas e autoridades religiosas. "Cesar" e Deus. É preciso sim, se posicionar, para que a Igreja assuma as funções de sal e luz. O assunto aborto e homoafetividade está posto diante das autoridades políticas desta nação, graças aos evangélicos.

O interessante é que vi ontem (ou será que foi anteontem?) a charge da 2ª página da Folha criticando o assunto aborto na eleição, que diga de passagem está exagerado, possivelmente para esconder pauta de corrupção. Pois bem, o chargista disse: "Agora também queremos que a terra volte a ser o centro do universo". Sei que este assunto diz mais a respeito da Igreja Católica Romana, mas gostaria de dizer três palavrinhas: aborto é modernidade?

Antes nós líamos e ouvíamos mas não tinha como replicar. Hoje, temos os blogs. Há muitos ateus na imprensa que combatem o preconceito, mas não têm a mínima vergonha de serem preconceituosos contra religiosos, principalmente contra os crentes. Os evangélicos deixam votar em Dilma por causa de seu Partido (o PT) que tem questões fechadas - então são atrasados! Muito interessante: para ser moderno é preciso apoiar causas abortistas?

Encerrando o assunto: fiquei surpreso com a transparência do posicionamento pró-Serra dos Pastores Silas Malafaia e José Wellington Bezerra da Costa. Mostraram caráter e compromisso com as causas bíblicas.

O mesmo não posso dizer dos Bispos Manoel Ferreira e Edir Macedo, que se posicionaram ao lado do partido que sempre está trazendo dores de cabeça para a Igreja cristã brasileira. Leia-se PL 122, casamento gay, PNDH-3, e muita corrupção - que ninguém "vê". Uma vergonha.





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segunda-feira, março 17, 2008

Entrevista com George O. Wood

A Formação de um Superintendente


George O. Wood

El trayecto de un niño de diez años, hijo de pastor, inseguro, torpe y pecoso hasta ser un líder competente y lleno del Espíritu, y ahora dirigente de una de las más grandes iglesias pentecostales en los Estados Unidos, es una historia extraordinaria que une la renovación de la experiencia de la vida mezclada con una buena dosis de la gracia y de la bendición de Dios.

George O. Wood asumió la dirección de las Asambleas de Dios el 8 de octubre de 2007. La revista Enriquecimiento conversó con él para obtener una mirada profunda en el trayecto espiritual que lo llevó desde el relativo anonimato en los primeros años de su vida de ministerio hasta el epicentro del pentecostalismo. Este vistazo interior a la formación de un superintendente lo inspirará y lo animará a usted en su llamado al ministerio.


Enrichment - Describa la influencia que tuvieron sus padres en su formaciÓn personal y espiritual.

Wood: Mi madre, como misionera soltera de veintiséis años, fue con su hermana, Ruth, al noroeste de China y al Tíbet en 1924. Después que mi madre sirvió casi ocho años de su primer término, volvió a los Estados Unidos y conoció a mi padre, que estaba en su primer término misionero mientras que ella estaba en el segundo. Continuaron su noviazgo en el barco desde los Estados Unidos hasta Shanghai, y se casaron en Shanghai, el 14 de noviembre de 1932. Mi madre tenía treinta y cuatro años, y mi padre tenía veinticuatro. Eran distintos en muchos aspectos, pero tenían un gran compromiso de hacer la obra del Señor.

Aprendí mucho de mi madre. Fue una gran mujer. Nunca le oí levantar la voz ni decir una palabra poco amable. Ella pasaba dos horas todas las mañanas orando y leyendo la Biblia.

Mi papá trabajó duro para el Señor. Cuando China cerró las puertas a los misioneros, él y mi madre volvieron a los Estados Unidos. Nunca se sintió llamado a otro campo misionero en el exterior. Fundó tres iglesias, de las cuales dos siguen trabajando. Pastoreó iglesias más pequeñas, y muchas de ellas fueron iglesias con problemas. Cuando no estaba pastoreando, se dedicaba al evangelismo. He estado con él en algunos lugares muy difíciles.

Mis padres nunca se dieron por vencidos. Me enseñaron acerca de la fidelidad y del trabajo arduo. Me inculcaron una buena ética del trabajo.

Mi papá valoraba la educación, aunque no tuvo ninguna formación académica más allá del quinto grado. Sí estudió un año en el Instituto Bíblico Central Beulah de New Jersey, y también obtuvo algunos títulos en cursos por correspondencia. Dondequiera que vivíamos se ponían sus diplomas en la pared. Siempre eran organizados sus sermones, y predicaba con un bosquejo escrito, lo que en aquellos días se consideraba algo no espiritual.

Explique cómo el ambiente de una pequeña iglesia y los esfuerzos por fundar iglesias de sus padres dieron forma a su ministerio.

Wood: Los esfuerzos de mis padres me han enseñado a apreciar a las personas que pastorean iglesias más pequeñas. Sé cómo es su lucha porque vi a mis padres luchar.

Las iglesias más pequeñas son hoy algo así como la tienda de víveres del vecindario cuando Wal-Mart llega a la ciudad. Las iglesias más pequeñas tienen que competir con iglesias más grandes que ofrecen un ministerio más completo a las personas. Esa no es una tarea fácil.

Con un tercio de las iglesias de las Asambleas de Dios con menos de cincuenta miembros, y un tercero entre cincuenta y cien, tenemos muchos héroes olvidados que están fielmente haciendo la obra del Señor.

Mi madre decía: “Georgie, cuando estemos delante de Dios, no nos preguntará si tuvimos buen éxito, sino si hemos sido fieles”.

La iglesia más grande que mis padres pastorearon pudiera haber tenido unas ciento treinta personas algunos domingos. La mayoría de sus iglesias tenía veinte, treinta, y cuarenta personas. Pero servían bien a aquellas personas. Las amaban. Trataban de discipularlas.

Aprendí acerca de la gente contenciosa en iglesias pequeñas. Uno de mis recuerdos inolvidables fue en Bristow, Oklahoma. En un culto del domingo por la noche a principios de la década de los cincuenta, dos diáconos abordaron a mi padre en el altar. Uno de ellos le puso el puño en la mandíbula a papá. El diácono le dijo a papá que renunciara porque estaba impidiendo que la iglesia fuera espiritual. Papá no cedió hasta que sacó a aquellas personas de la iglesia. Pero quedaron tan pocas personas que tuvo que irse después de nueve meses. Desde entonces, nunca me ha gustado la palabra espiritual. Prefiero el término cristiano, ya que se identifica con más objetividad.

Mi padre me enseñó la importancia de llevar a nuevas personas a la afiliación de la iglesia. Fue nombrado pastor de una iglesia en Arkansas cuando yo estudiaba en Universidad Evangel. El día que comenzó su pastorado, me dijo: “George, la votación anual será dentro de un año. Pienso que sería bueno que te hicieras miembro de modo que, si necesitamos tu voto, lo tendremos.”

Llené una tarjeta de afiliación. Iba a Arkansas una vez al mes o algo así para estar con ellos el fin de semana.

La iglesia tenía la costumbre de sacar a los pastores, como hacían muchas de nuestras iglesias.

Un año después, mi padre me llamó y me dijo: “George, se acerca la votación anual. Tu madre y yo hemos descubierto que nos falta un voto. ¿Puedes venir?”

Tenían una lista con los teléfonos de quienes votarían que sí y quienes votarían que no. Aunque el voto era secreto, todos sabían cómo estaban votando los demás.

Dije: “Por supuesto que iré. ¿Quieres que lleve a Wanda?”

Wanda, también estudiante en Evangel, era la hija del diácono principal, y el diácono principal estaba de parte de papá. Wanda y yo fuimos juntos a Arkansas. Yo planeé la llegada unos cinco minutos después que comenzara la reunión de negocios. Pasé por la puerta a las 7:35, y se volvieron todas las cabezas. Todos sabían el resultado de los votos. Papá tuvo un voto más. Se quedó otro año.

El tener esa experiencia en una pequeña iglesia me ayudó cuando fui pastor del Centro Cristiano de Newport-Mesa, Costa Mesa, California. Cuando me hice cargo de la iglesia, ésta acababa de pasar por una división. En los primeros seis meses, la afiliación de la iglesia bajó de setenta y tres miembros a cuarenta y nueve. Cuando comenzaron a asistir a la iglesia nuevas personas, pensé que debía invitarlas a que se hicieran miembros. Muchos se unieron a la iglesia.

Un error que cometen algunos pastores cuando una iglesia comienza a crecer es que no invitan a las nuevas personas a que se hagan miembros. Entonces la vieja guardia, que pudiera resistir el crecimiento y el cambio, se vuelve un enorme impedimento para cualquier cosa que pudiera suceder. Las personas que se quedaron conmigo eran buenas personas, y no pusieron obstáculos. Pero sabía que si lo hacían yo tendría suficientes votos para dejarlos atrás.

En esas circunstancias algunos pastores se enojan, se amargan, se sienten resentidos, y no quieren tener nada que ver con el ministerio. Explique por qué a usted no le sucedió lo mismo.

Wood: Le he dicho a mi hijo, que es un joven pastor: “Hay sólo dos cosas que tienes que hacer: Ama a Dios y ama a las personas”. Si se hacen esas cosas, no te descaminarás demasiado.

Muchos pastores más jóvenes de inmediato tratan de afirmar su autoridad porque se sienten inseguros. Tratan de cambiar las cosas de la noche a la mañana, no respetan el ADN de la iglesia, y pasan por encima de las personas. Hice algo de eso cuando era un pastor más joven.

En cierta ocasión surgió un problema, y se me fue de las manos. Afortunadamente, hubo una persona mayor en la junta que me escuchó desahogarme. Se sentó conmigo en la oficina unos cuarenta y cinco minutos antes de un culto del domingo por la noche mientras yo me desahogaba. Si la junta no se ponía de acuerdo conmigo, yo iba a ir directamente a la afiliación. Después de todo, más personas habían ido a la iglesia bajo mi liderazgo que bajo la dirección del pastor anterior. Iba a ser la junta o yo. Él hizo dos cosas: me escuchó sin reprenderme, y fue discreto.

Cuando era hora de ir al culto del domingo por la noche, tomé la Biblia, salí de la oficina y crucé el pasillo hasta el templo. En el camino sentí que el Espíritu Santo me decía tres palabras que cambiaron mi vida: George, manténte callado. No había pensado en eso antes. En la reunión siguiente de la junta, hubo un cambio total por parte de ésta, sin que yo tuviera que hacer nada. Yo había ido demasiado lejos y me había movido demasiado rápido.

Cada semana se me presenta una situación que implica prudentes decisiones pastorales en asuntos financieros o en la afirmación de autoridad. Cuando un pastor entra en una iglesia, recibe un depósito en su cuenta. Es como una cuenta bancaria. Él tiene una luna de miel, y le dan cien puntos de crédito. Si gasta esos en los primeros meses, no le quedará nada.

Hay que ganar la credibilidad y la confianza. Un pastor no puede entrar en una iglesia y decir: “Soy la persona de Dios para este lugar. Ustedes están obligados a obedecerme. Yo soy el ungido”. Según la Biblia, todo el pueblo de Dios está ungido. Los pastores tienen que respetar y amar a ese pueblo. Tienen que ser lo bastante seguros como para rodearse de personas fuertes.

Un pastor dijo a quienes dirigían la iglesia la primera vez que se reunió con ellos: “Voy a ser para ustedes lo que Hitler fue para los judíos”. Esa es una declaración terrible. No es sorprendente que, pocas semanas después de su llegada, los miembros decidieron sacarlo, y tuvieron buen éxito. Ese ejemplo es deslumbrante, pero algunos de los problemas principales que las iglesias tienen son resultado de las decisiones imprudentes tomadas por los líderes. El principal entre ellos es tratar de imponer autoridad sin haber ganado esa autoridad mediante la confianza y el amor de las personas.

Explique cómo Dios lo llamó al ministerio.

Wood: Tuve un llamado inusitado. Fue cuando los dos diáconos abordaron a mi padre en el altar en Bristow, Oklahoma. Yo tenía diez años. Un domingo por la noche poco después de ese incidente dije a mi madre: “Cuando sea grande, voy a ser predicador. Pero no voy a dar vueltas al asunto; voy a ser como papá”.

De allí en adelante, seguí hacia el ministerio. Siempre he querido el sentido de una voz divina, un llamado sobrecogedor. Comencé a desear menos eso cuando comprendí, leyendo la Biblia, que todo el que oyó la voz divina sufrió mucho.

Cuando yo estaba pastoreando, invité a Morris Williams a que celebrara una convención misionera. Él era director de campo (ahora llamado director regional) para África. Yo respetaba a Williams. Tenía una excelente trayectoria como misionero. Lo llevé a almorzar después del culto del domingo por la mañana. Le pregunté: “Hermano Williams, ¿cómo recibió su llamado?”

Me dijo: “George, nunca tuve un llamado. Leí en los Evangelios que Jesús estaba llamando voluntarios, y yo me brindé como voluntario”.

Nunca había oído a nadie dar esa explicación. Eso me cambió. Desde entonces he estudiado el llamado en la Biblia. Ahora comprendo que hay algo continuo en el llamado, todo desde la voz divina para que Williams se brindara como voluntario. Sin dudas, Dios preparó a Williams con los dones y la gracia para su llamamiento. Dios también me dio el deseo de mi corazón. Yo quería ser ministro.

Cuando hablamos acerca del llamado al ministerio debemos tener cuidado de no afirmar que todo el mundo es llamado de alguna forma. Dios emplea muchas maneras de ponernos donde quiere que estemos. Para mí, era un deseo silencioso que comenzaba a llenarme el corazón. Desde entonces en adelante, estuve en la trayectoria hacia el ministerio. Las otras únicas ocupaciones que consideré alguna vez fueron el derecho y la política.

Cuando estaba en el primer año de la universidad recibí la oferta para que hiciera las prácticas en una oficina del Congreso. Entré en una crisis en ese momento. Tenía que tomar la decisión de aceptar esa oportunidad o continuar hacia el ministerio.

¿Por qué decidió asistir a Evangel College (que ahora es universidad) en vez de asistir a un instituto bíblico?

Wood: No tomé esas decisiones. En mi juventud yo era tímido. No me sentía cómodo dando un informe oral de un libro en la escuela de segunda enseñanza. A los diez años, se me rompió uno de mis dientes de arriba, y nunca me arreglaron ese diente. Cuando sonreía, me parecía a uno de los personajes de la Pandilla. Yo era muy pecoso y de pelo rojizo y desordenado. Pensaba que era la persona más fea del mundo. Como mis padres se mudaban cada ocho o nueve meses, nunca tuve una relación social duradera. Me volví retraído, torpe, y tímido.

Comencé a salir de eso hacia fines de mis años en la escuela de segunda enseñanza. Cuando me preparaba para ir a la universidad, dije a mi padre que quería ir al Instituto Bíblico Central. Mi hermano, mi hermana, y todos mis primos que habían entrado en el ministerio habían asistido a ese instituto. Papá me dijo: “George, sabes que he tenido que hacer trabajos difíciles para mantenerme en el ministerio”. Él había pintado casas, trabajado en una fábrica, y repartido cartas.

Él dijo: “No quiero que tengas que hacer eso. Las Asambleas de Dios han abierto una nueva escuela. Quiero que asistas allí y que obtengas un título de maestro de modo que, si fracasas en el ministerio, tengas algo a qué volver.” Por eso asistí a Evangel. Me especialicé en historia, en religión, y en filosofía, y también estudié gramática inglesa.

Cuando terminé, estaba soltero y tenía veinte años. En 1962, ¿adónde se iba a ir en las Asambleas de Dios con esos antecedentes? ¿Quién lo quería a uno? Si se iba al Instituto Bíblico, alguien se interesaba en uno; pero a nadie parecía interesarle mis antecedentes educativos. De modo que decidí seguir estudiando.

Consideré tres seminarios, uno en el este, uno en la región central del país, y otro en el oeste. Dios emplea formas extrañas de guiarnos. Había una señorita en la costa occidental en quien yo estaba interesado, de modo que me fui al oeste. Ella se casó con otro hombre. Ella estaba en la perfecta voluntad de Dios. Comprendí gracias a ese incidente, sin embargo, que a veces lo que pensamos que es el fin sólo es el medio de Dios de llevarnos adonde Él nos quiere.

Usted también asistió al Seminario Teológico Fuller. Cuéntenos acerca de esa experiencia y el papel que desempeñó la educación superior en la formación de su vida y de su futuro ministerio.

Wood: La experiencia que tuve en Fuller fue espectacular. En aquellos días si uno iba al seminario, se le llamaba cementerio. Se me dijo que si yo iba al cementerio perdería mi experiencia pentecostal, y estaría perdido para las Asambleas de Dios. Muchos me aconsejaron que no fuera.

Fue una experiencia sobrecogedora. Nunca había estado con otras personas fuera de las Asambleas de Dios. En Fuller tuve un compañero de cuarto que era presbiteriano. Yo pensaba que los presbiterianos eran creyentes fríos. Resultó que mi compañero de cuarto presbiteriano era más consagrado a Dios que yo.

Aprendí de una fabulosa facultad estelar compuesta de las lumbreras del mundo evangélico de aquella época: George Eldon Ladd, autor de Jesús y el reino; Geoffrey W. Bromiley, el historiador de la iglesia; Wilbur M. Smith; Everett F. Harrison; Edward John Carnell. Esas personas eran extraordinarias.

Aprendí de esos profesores, pero también aprendí a refutar la crítica de que los pentecostales basan su teología en su experiencia. Sucedió de esta manera. En mi primer año tomé una clase con Gleason L. Archer, un intelectual de Harvard que había escrito una introducción al Antiguo Testamento. Archer conocía unos veinte idiomas antiguos, entre ellos el sumerio. Recibí clases de hebreo y de Antiguo Testamento con él.

En una clase de orientación, un profesor diferente venía cada semana por dos horas y nos permitía hacer preguntas. Algunos de los estudiantes se enfrascaban en un debate de preguntas y respuestas con Archer acerca de lo que significaba la frase “marido de una sola mujer” en 1 Timoteo 3:2,12 y Tito 1:6.

Archer decía categóricamente: “Marido de una sola mujer quiere decir que el anciano o el ministro ordenado puede sólo tener una esposa en su vida. Si la esposa muere y vuelve a casarse, queda descalificado para esa función.” Pensé: nunca he oído eso antes; eso es extremismo.

En mi segundo año de seminario, murió la esposa de Archer. En mi tercer año, él volvió a casarse. Se vestía de manera diferente, actuaba como si fuera treinta años más joven de lo que era, y cambió en ciento ochenta grados su punto de vista acerca del texto. Me dije: he aquí uno de los hombres más educados en el mundo evangélico, y su experiencia ha ayudado a condicionar su teología.

Hay un peligro en permitir que la experiencia dé forma a nuestra teología. Pero al mismo tiempo, lo que hemos hecho como pentecostales — cuando hemos tenido una experiencia — es buscar en las Escrituras para ver si hay alguna justificación para eso. Pienso que esa es la prueba fundamental. Si no hay justificación bíblica para la experiencia, entonces tenemos que poner en tela de juicio la experiencia o, al menos, no hacerla universal. Tenemos que considerarla como consideraríamos la sombra de Pedro — un acontecimiento excepcional — porque otras personas no están experimentando el mismo fenómeno. Pero podemos observar nuestra experiencia pentecostal y ver que está enraizada en las Escrituras.

Muchos incidentes ocurrieron en Fuller que me ayudaron a ver eso. En realidad, Richard Mouw, presidente del Seminario Fuller, escribió una nota de felicitación cuando se me eligió superintendente general. Le escribí y le expresé mi profundo aprecio por el papel que jugó Fuller en mi vida y en mi ministerio.

La experiencia que tuve en Fuller me hizo creer que los ministros tienen que adquirir la mejor educación posible. Cuando yo era un ministro más joven, Robert Frost, uno de mis mentores espirituales, oraba por mí y los demás estudiantes. Él decía: “Señor, ayúdalos a echar los cimientos que sean lo bastante fuertes como para soportar el peso que más adelante pondrás sobre ellos”.

Una educación teológica formal ayuda a los ministros a echar sólidos cimientos para la vida y los ayuda a evitar el agotamiento. La razón de que las personas se agotan en el ministerio es que no tienen los suficientes recursos intelectuales y espirituales que las sostengan.

Entré en la oficina de un pastor cuando yo era un ministro más joven. Observé su biblioteca. Sólo tenía libros bajo el título Bosquejos sencillos de sermones, y tenían telarañas sobre ellos. Algunos nunca se habían abierto. Pensé: esta congregación no se está alimentando porque él no se está alimentando. Él no durará. Ese pastorado no durará.

Muchos ministros no pueden darse el lujo de continuar una formación académica. A menudo su tiempo y sus recursos se dedican a mantener a su familia. Pero con la Internet, las bibliotecas, y tantos recursos disponibles para el aprendizaje, los ministros tienen la oportunidad de continuar sus estudios y su mejoramiento académico.

Es muy importante el aprendizaje continuo. Como pastor, yo pasaba unas veinte horas a la semana en el estudio y la preparación del mensaje. No sé cómo un pastor puede alimentar a su congregación si no le dedica suficiente tiempo al estudio. La experiencia del seminario me dio los instrumentos, los recursos, y las disciplinas de la vida para seguir aprendiendo a lo largo de mi ministerio.

Crédito:
http://ag.org/enrichmentjournal_sp/