sábado, setembro 06, 2014

A educação no Brasil e o kit gay

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João Cruzué

Quero dizer que sou cristão e baseio minhas opinião na Bíblia Sagrada, o livro que possui regras para minha fé e prática. Tenho 58 anos, sou avô, e sempre respeitei e fui respeitado por homossexuais desde o colégio, passando pelo trabalho e até na Igreja. Minha discordância fica no campo das opiniões. Como pessoa não me sinto nem superior nem inferior a ninguém. Dito isso, vou dizer porquê não aprovo a distribuição de manuais de apologia ao homossexualismo dentro das escolas brasileiras.

1. FATOR EDUCACIONAL O Brasil inaugurou sua primeira Universidade no começo do século XX. A Educação em nosso país só se tornou prioritária de poucas décadas para cá. Foram 400 anos de uma cultura colonialista e patrimonialista em que ler e pensar eram coisas malvistas, contrárias as práticas de dominação. O controle político através da ignorância. A exclusão do voto aos analfabetos. Hoje, 25% do orçamento de cada um dos 5.565 municípios brasileiros, obrigatoriamente, deve ser aplicado na educação básica (educação infantil+ ensino fundamental).

Mas ainda somos um país de ignorantes. Nossas escolas não conseguem ensinar bem, por exemplo, a Matemática. Os melhores alunos, ao contrário de outros países, não têm interesse no Magistério porque é uma das funções menos remuneradas no Brasil. Não temos nenhum Universidade entre as 200 melhores do mundo. 


Baseado nas estatísticas eleitorais da base de dados julho.14 do TSE, temos a seguinte situação:

- 70 milhões (em uma base de 141 milhões de eleitores) ainda não completaram o ensino fundamental  (da 1ª a 8ª série) ou primeiro grau.

- 107, 7 milhões ainda não completaram o ensino médio ou segundo grau/equivalente

- 11,5 milhões chegaram ao curso s, sendo que apenas 6,9 milhões são graduados.


Comparativamente, em base de população de 18 anos para cima, nos Estados Unidos da América, a porcentagem (census.gov) de quem já tem o ensino médio + graduação superior chega a 87%. A mesma conta no Brasil chega a  23,56%  em 141 milhões, ou seja,  76% dos eleitores brasileiros  ainda não terminaram o ensino médio para cursar uma faculdade.

OPINIÃO : Considerando que 134 milhões (76%) ainda não tem uma graduação superior, com isso levam para casa uma remuneração muito inferior do que ganhariam se estivessem potencialmente instruídos.  Em termos econômicos, este monumental prejuízo gera anualmente uma perda superior a 100 bilhões de dólares, calculados por uma diferença média de R$1.000,00 o salário dessa pessoa com e sem curso superior. A causa desta enorme perda ANUAL, eu interpreto como deficiência Educacional. 

Com o devido respeito, sua Excelência - a Senadora Marta Suplicy está mais preocupada em obrigar o MEC a distribuir manuais de homofobia nas escolas, do que cuidar para que a ignorância do "status quo" da escolaridade dos brasileiros seja erradicada. Não mexeu um dedo nisso.  Uma literatura que ensina tolerância é uma coisa; literatura para fazer proselitismo homossexual, é outra bem diferente. Isto tira o enfoque em educação para assuntos comportamentais.

Se nós crentes não podemos distribuir manuais de evangelismo dentro das Escolas públicas, por que as lideranças homossexuais teriam este direito, ainda por cima usando verbas públicas (escassas) para imprimir estes kits? 

Como contribuinte, que paga cinco meses de salário em impostos para o Governo, sou contrário ao desperdício desse dinheiro que sai do meu bolso. O Brasil tem 514 anos, e continua um povo com poucas letras. Ou que nome vou dar a mais de 135 milhões de pessoas que não têm um curso superior? A graduação destas pessoas, no meu sentir, vai capacitá-las, não só para conquistar melhor remuneração, como também uma consciência de tolerância.

2. PRIORIDADES - Creio que outros seguimentos da população brasileira estão em pior situação do que os problemas enfrentados pelos homossexuais. Por exemplo, as cracolândias matam muito mais, e dão prejuízos muito maiores à nação. Morador na Capital paulista e conhecedor in loco do problema, que pode ser visto por qualquer um no polígono situado da Praça da República até a Rua Mauá; da Av. Ipiranga até a Av. Duque de Caxias, posso dizer que o crack está matando muito mais, e que não vi nenhum/a Senador/a interessada em mandar o MEC distribuir manuais em todo Brasil de conscientização contra o tráfico e o crack.

OPINIÃO: Na minha opinião, as receitas públicas seriam bem melhor utilizadas se investidas no combate ao crack. A proteção aos homossexuais, de grande interesse intelectual, não é tão prioritária quando ao estrago que o crack vem fazendo na sociedade. Creio que deveria ser feita uma consulta popular sobre o que seria mais prioritário, em lugar de uma decisão unilateral causada por um segmento da sociedade muito bem articulado.

3 - ESTATÍSTICAS GAYS - Segundo consultei na internet, foram cerca de 198 mortes de gays em 2009. No ano de 2010 já ocorreram mais 200 as mortes no Brasil. Isso dá mais ou menos uma morte a cada dois dias.

OPINIÃO: ainda que fosse apenas uma pessoa morta pelo motivo de ser homossexual, minha opinião é a mesma da Bíblia. Se Jesus, que é Deus, defendeu publicamente e assim impediu que uma mulher adúltera fosse morta por apedrejamento, não posso concordar, não concordo e não existe nenhuma justificativa no mundo, para tirar a vida de alguém. Nessa questão, vejo com bons olhos se assassino de gays pegassem 30 anos integrais de prisão. Por outro lado, essas estatísticas devem ser analisadas com cuidado, para que seja apurada uma dúvida: dessas duas centenas de mortes, quantas foram praticadas por homossexuais? Um terço? metade?. Este lado da moeda não deve ser posto debaixo do tapete.

4 -CRISTIANISMO x HOMOSSEXUALISMO - Não me deixo levar pelas emoções dos movimentos radicais, sejam cristãos ou gays, pois não há bom senso nas extremidades. O conteúdo publicado pelos sites e blogs homossexuais, partem do princípio de que a exceção faz a regra. Não estaria sendo desonesto se dissesse que ALGUNS textos são pura lavagem cerebral, que procuram induzir seus leitores a erros de interpretação. Creio que nos casos onde há brainwashing, isto é proposital, pois atrás deste radicalismo escondem alguns interesses de sustento financeiro e também políticos.

OPINIÃO: Creio que há um propósito lavagem cerebral atrás de alguns (não todos) textos de endereços de ativismo homossexual. Para mim, como cristão, cada pessoa tem livre arbítrio para ser e proceder como quiser. Deus não está matando as pessoas no meio da rua, hoje, porque elas não fazem sua vontade. O fato é que os verdadeiros interesses que ainda estão camuflados sob argumentos mais evidentes.  Porque menos de 3% da população brasileira deseja ter privilégios especiais, e direito a verbas públicas, que outros seguimentos não têm? Por que os ativistas gays discriminam a religião e taxam a Bíblia de livro homofóbico, e paradoxalmente reclamam de preconceito?

CONCLUSÃO

Diante de tudo isso vou dizer o seguinte: os países onde a lei de homofobia passou, eram todos ou quase todos cristãos. O Brasil pode ser o próximo. A Igreja Evangélica não é responsável pela barbárie que Roma fez ou mandou fazer nos séculos passados. Se algum dia houve preconceito dentro de suas portas, pelo simples fato deste assunto estar em pauta há uns cinco anos, duvido que haja o menor ato de discriminação e preconceito em nossos dias. O respeito pelos direitos de cidadania de uma pessoa, independentemente do que seja, é um dever de cada um. Mas daí, aspirar um direito para discriminar e promover o preconceito de outros segmentos é incorrer no mesmo erro combatido.

Se eu perguntar para um ativista gay o que ele acha da Bíblia e de uma pessoa crente, na frente do público ou de um microfone ele pode ser muito educado, mas em outro ambiente... A começar pelo que disse recentemente um parlamentar, ativista gay, que a Receita Federal deveria tirar a imunidade tributária das Igrejas.

Para mim, a escola é um lugar sagrado. Ali é o único lugar onde se pode construir o futuro econômico de uma nação. É um lugar de se aprender: Língua Portuguesa, MATEMÁTICA, História, Geografia, Ciências, Biologia, Química, Física, Artes, Tecnologia de Informação, Estatística, e coisas afins. Se o MEC autorizar uma coisa dessas, os manuais irão parar nas mãos de crianças, mesmo que o destino sejam "apenas" adolescentes de 12 anos acima. O reboliço que estes manuais podem causar nas mãos de crianças no ambiente escolar, no mínimo vai trazer mais problemas aos já enfrentados pelos docentes. Escola não é lugar de apologia de causas de minorias que deseja cabrestear uma sociedade inteira.







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