segunda-feira, maio 01, 2017

ISRAEL UMA NAÇÃO RENDIDA AO PECADO





















Por Pr. Silas Figueira

Texto base: Oseias 4.1-3

INTRODUÇÃO

Oseias é o primeiro livro conhecido como “Profetas Menores”; não que sua mensagem fosse inferior a dos outros profetas, mas que era menor no volume do que foi escrito. Embora o livro de Oseias seja o de maior volume.

Pouco se sabe a respeito da vida desse profeta. A única coisa que se fala a respeito de sua genealogia é que ele era filho de Beeri (Os 1.1). Oseias profetizou nos dias de Uzias (790 a 739 a.C), Jotão (750 a 731 a.C.), Acaz (735 a 715 a.C) e Ezequias (729 a 686 a.C), todos reis de Judá, e no reinado de Jeroboão II, rei de Israel (793 a 753 a.C). Seu ministério público, assim, cobriu o espaço mínimo de 755 a 715 a.C., em torno de 40 anos. Isso torna Oseias contemporâneo de Isaías (739 a 680 a.C.) e possivelmente de também de Amós (765 a 755 a.C.) e Miquéias (735 a 700 a.C.) [1].

Oseias era terno, sensível e misericordioso, um tanto parecido com Jeremias (aliás, ele é conhecido como o profeta Jeremias do Reino Norte), pois não era tão agressivo como outros profetas a exemplo de Elias. Sua abordagem à mensagem profética que tinha de entregar baseava-se em sua relação de esposo. Isso representava o fato de que o Senhor havia sido ofendido por sua esposa infiel, a nação de Israel. A fim de que essa mensagem fosse sentida e entregue com eficácia, era mister que Oseias passasse por uma situação real de traição sofrida. E, para que isso acontecesse realmente, como é óbvio, ele teria de manter profundo amor por sua esposa. Somente então ele poderia sentir a ferroada da infidelidade, compreendendo, metaforicamente, a ofensa de Israel contra o Senhor, em sua infidelidade, que consistia na idolatria e corrupção moral [2].

O amor de Oseias por sua esposa era uma representação do amor do Senhor pela nação de Israel, que apesar de ser adúltera, o Senhor a amava e queria se reconciliar com ela. Oseias demonstrou a misericórdia de Deus ao povo de Israel ao perdoar Gômer e restaurá-la como esposa (Os 1.2,3; 3.1-3).

Quando o Senhor começou a falar por meio de Oséias, o Senhor lhe disse: "Vá, tome uma mulher adúltera e filhos da infidelidade, porque a nação é culpada do mais vergonhoso adultério por afastar-se do Senhor". Por isso ele se casou com Gômer, filha de Diblaim; ela engravidou e lhe deu um filho. O Senhor me disse: "Vá, trate novamente com amor sua mulher, apesar de ela ser amada por outro e ser adúltera. Ame-a como o Senhor ama os israelitas, apesar de eles se voltarem para outros deuses e de amarem os bolos sagrados de uvas passas". Por isso eu a comprei por cento e oitenta gramas de prata e um barril e meio de cevada. E eu lhe disse: Você viverá comigo por muitos dias; você não será mais prostituta nem será de nenhum outro homem, e eu viverei com você (NVI).

A profecia de Oseias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao pleno juízo. O Senhor havia enviado antes Elias e depois Eliseu para admoestar a nação, mas foi em vão. Oseias, cujo nome significa “salvação”, era mais uma vez a voz de Deus ao povo de Israel; embora o povo não tivesse nenhum interesse em ouvir a mensagem que lhes era dirigida. Israel estava andando na sua “liberdade”; mas essa liberdade a levou para longe de Deus e de Sua Palavra. Essa liberdade se transformou em libertinagem.

Não é de mais liberdade que precisamos hoje, e sim, de mais lealdade. Não entregue a Deus planos feitos para que Ele os abençoe. Não faça os seus planos para depois buscar a aprovação divina. Deixe que Ele faça os planos. Loucamente, Israel tinha tomado as suas próprias decisões. Eles tinham se endurecido. Deus não fará coisa alguma com um espírito rebelde e desobediente [3].

Esse quadro da situação de Israel narrada em Oseias é uma representação legítima de nossos dias. A igreja atual, assim como a nossa nação, está totalmente longe do Senhor. Poucos são os que verdadeiramente se importam com a Palavra de Deus e procuram andar em santidade de vida. A corrupção toma conta dos nossos noticiários todos os dias. Não se fala em outra coisa. Parece um buraco sem fundo. E isso não ocorre somente nas instâncias superiores, isso ocorre todos os dias entre o povo e, infelizmente, dentro de muitas nossas igrejas também; principalmente dentro de convenções onde a politicagem prevalece em lugar do verdadeiro espírito de temor e tremor. Olhe para sua convenção e você verá isso. E isso reflete muitas vezes o que há dentro da igreja.

VAMOS ANALISAR O TEXTO DE OSEIAS PARA VERMOS MELHOR ESSE QUADRO EM OSEIAS 4.1-3.

Oseias descreve Israel como uma nação que tinha entrado em um colapso moral. Não havia em Israel nem verdade, nem misericórdia e muito menos conhecimento de Deus. Pelo contrário, mentir, matar e roubar era os verbos do dia. É significativo que as preocupações do profeta não eram econômicas nem políticas. Ele queria que compreendêssemos que o fracasso moral é a fonte primária do colapso de uma nação [4]. As relações do homem para com Deus são, sempre, o princípio orientador se seu comportamento para com seus semelhantes; a ética sempre repousa na teologia [5].

1º - Antes de revelar o pecado da nação o Senhor se apresenta (Os 4.1). O profeta Oseias não falava de si mesmo, mas ele era o instrumento de Deus levantado para aquela geração. Ele era boca de Deus, instrumento dEle para corrigir o Seu povo.

Hoje, muitos profetas têm se levantado em nossas igrejas. Esses são conhecidos comoapologetas – Aquele que tem por fim defender a verdade cristã. E esses apologetas são, na maioria das vezes, mal vistos e até mal interpretados, pois tais pessoas denunciam o pedado e o desvio doutrinário dentro das igrejas. Isso ocorre porque muitos pastores, ou fazem vista grossa ao pecado, ou pecam deliberadamente contra o Senhor e Sua Palavra. Destorcem a Palavra de Deus para se beneficiar e manter a igreja cheia de pessoas vazias. Muitas dessas pessoas têm o nome escrito no rol de membros da igreja, mas não tem o nome escrito no Livro da Vida.

E, infelizmente, a nação, é o reflexo da igreja institucionalizada. Olhe para dentro de muitas igrejas hoje e você verá isso. Olhe para o testemunho de muitos crentes e você verá que isso é uma grande verdade. Crentes que vivem à margem da verdade da Palavra de Deus. Crentes que são fiéis aos seus líderes, mas desconhecem ao Senhor.

E qual é o resultado disso? Vejamos o que prevalecia:

2º - Assim como Israel havia abandonado a verdade, a igreja a tem abandonado também (Os 4.1,2). Israel havia abandonado a verdade. A verdade é a honestidade habitual ou confiabilidade, o primeiro ingrediente que exigimos em qualquer negócio, mesmo impessoal, que realizamos com o nosso próximo [5]. Observe o versículo dois: “O que só prevalece é perjurar, mentir...”.

Perjúrio - Juramento falso ou violação de juramento. É maldizer os outros, enquanto mentiré violar os direitos pessoais e legais dos outros, especialmente quando envolve falso testemunho em decisões legais, transações financeiras ou votos religiosos [7].

A verdade tem sido abandonada na vida e nos lábios de muitos “homens e mulheres de Deus”, isso sim é que é triste. Muitas vezes vemos mais fidelidade e compromisso na vida de gente ímpia do que dentro de nossos arraiais.

A Bíblia sempre nos orienta a usarmos da verdade, ainda que soframos por isso. Veja o que ela nos fala:

“Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros” (Ef 4.25).

“Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos”(Cl 3.9).

“Quem, SENHOR, habitará no teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo monte?... o que jura com dano próprio e não se retrata” (Sl 15.1;4).

Onde impera a mentira Satanás é que tem reinado, pois o diabo é o pai da mentira. Ele mente desde o princípio, como disse Jesus (Jo 8.44).

3º - Assim como em Israel, a igreja tem abandonado o amor (Os 4.1,2). Quando as pessoas rejeitam a aliança de Deus começam a explorar umas às outras, pois os dez mandamentos tratam de nosso relacionamento com nosso próximo bem como com Deus. Se amarmos ao Senhor, então amaremos a nosso próximo (Mt 22.34-40; Rm 13.8-10). No entanto, não havia misericórdia na terra, nenhum amor ao próximo, nenhuma compaixão pelos pobres e necessitados. As pessoas eram desleais a Deus e cruéis uma com as outras [8].

Observe o verso 2: “O que só prevalece é [...] matar [...], e homicídios sobre homicídios”.

A falta de amor leva o homem à destruição de seu semelhante. Veja que o texto nos diz que em Israel a vida humana era descartável. Matar e homicídios sobre homicídios, com isso eles estavam quebrando o sexto mandamento: “Não matarás” (Êx 20.6). O crime e a violência sem controle barbarizavam a sociedade israelita. As pessoas viviam sobressaltadas e neurotizadas por essa onda de violência [9].

Aliás, estava sendo quebrado o sexto, o oitavo e o sétimo mandamento nessa ordem. Com isso vemos que onde não prevalece a Palavra de Deus e fidelidade a Sua aliança, o que predomina é a lei do mais forte. A lei do diabo que veio para matar, roubar de destruir.

No entanto, dentro de nossas igrejas não tem sido diferente. Onde não prevalece a graça do Senhor, prevalece a vontade do homem. E, geralmente, essa vontade é totalmente distorcida da vontade de Deus.

Dentro de nossos arraiais prevalece, muitas vezes, a desunião. A falta de amor. Há homicídios, pois a Bíblia nos fala que quem odeia a seu irmão é assassino (1Jo 3.15).

Pessoas que vivem em pé de guerra com seu próximo, deixando de por em prática a Palavra de Deus que nos diz que devemos perdoar os nossos ofensores. De que no que depender de nós devemos viver em paz com todos os homens.

Mas quantas pessoas preferem deixar a comunhão com os irmãos porque tem alguma birra com outro irmão. Gente que só vê defeito nos outros, mas não consegue ver os seus.

O espelho não serve para vermos como estamos bem, mas para vermos as nossas imperfeições e nos acertarmos. Para isso que serve o espelho.

4º - Assim como em Israel a igreja tem sido desonesta e opressora (Os 4.2; 7.1). Veja o que nos diz o texto de Oseias sobre isso: “O que prevalece é [...] furtar [...], e há arrombamentos”.

A quebra da aliança levou o povo de Israel a desprezar a lei e a ordem. O que prevalecia era a lei do mais forte como já falamos. A falta de amor gerou a falta de respeito para com a propriedade privada. Era um abismo chamando outro abismo.

O que o homem planta colhe. Se não houver arrependimento as consequências do pecado serão desastrosas. No ano 722 a.C. o rei da Assíria invadiu Israel e a levou cativa:

Porque o rei da Assíria passou por toda a terra, subiu a Samaria e a sitiou por três anos. No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou a Samaria e transportou a Israel para a Assíria; e os fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, e nas cidades dos medos. Tal sucedeu porque os filhos de Israel pecaram contra o SENHOR, seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito; e temeram a outros deuses. Andaram nos estatutos das nações que o SENHOR lançara de diante dos filhos de Israel e nos costumes estabelecidos pelos reis de Israel. Os filhos de Israel fizeram contra o SENHOR, seu Deus, o que não era reto; edificaram para si altos em todas as suas cidades, desde as atalaias dos vigias até à cidade fortificada. Levantaram para si colunas e postes-ídolos, em todos os altos outeiros e debaixo de todas as árvores frondosas. Queimaram ali incenso em todos os altos, como as nações que o SENHOR expulsara de diante deles; cometeram ações perversas para provocarem o SENHOR à ira e serviram os ídolos, dos quais o SENHOR lhes tinha dito: Não fareis estas coisas (2Rs 17.5-12).

Eles que estavam furtando e arrombando, agora eram eles que estavam sendo invadidos e sendo saqueados pelo inimigo.

Tudo isso nos serve se aviso para olharmos para a história e revermos as nossas atitudes. A igreja hoje tem entrado em muitas casas, e em nome de Deus, tem furtado e arrombado a fé, a esperança e levado o dinheiro de muitas pessoas que acreditam em suas falsas promessas.

Eu sei que muitas dessas pessoas são tão culpadas como seus opressores, pois são gananciosas e gulosas como esses líderes. Mas há muita gente inocente nesse meio. Há pessoas que com uma fé pura tem sido tripudiadas e roubadas de seus poucos benefícios diante de falsas promessas de cura, de libertação, de restauração familiar. Tais líderes são indesculpáveis e sofrerão consequências de seus atos. Não pense que isso ficará sem julgamento. O Senhor há de se levantar em breve e julgará esses lobos devoradores e serão condenados. 

 5º - assim como em Israel a igreja está envolvida na quebra da aliança do casamento (Os 4.2,11). O que prevalece [...] adulterar. O adultério é a quebra da aliança no casamento. E esse adultério era duplo, eles adulteravam indo atrás de outros deuses, assim como adulteravam traindo os seus cônjuges.

Foi isso que ocorreu com Oseias quando se casou com Gômer que vivia o traindo e ele sempre a buscava de volta para casa. Assim o Senhor estava mais uma vez tentando despertar a consciência do seu povo revelando os seus pecados. Com isso, tentando fazê-los cair em si e se arrependerem de seus atos.

A Bíblia é clara quando nos diz que o Senhor abomina o divórcio (Ml 2.14-16). Mas alguns líderes não têm autoridade para falar sobre isso, pois não prevaleceram em seus relacionamentos conjugais. Eu conheço um que já está no terceiro casamento. Mas continua na mesma igreja. Outros não se separam, mas apoiam os que estão agindo assim.

Meus irmãos, quando ligamos a TV e olhamos certos líderes midiáticos ficamos escandalizados com tanta adulteração também da Palavra. São pessoas que não permanecem firmes na aliança com o Senhor. Eles, com a cara mais deslavada, deturpam o que o Senhor falou para se beneficiarem. Vivem de seus adultérios e acham que estão certos em seus atos.

Estamos vivendo um evangelho sincrético onde o que prevalece é o sal grosso, o galho de arruda, é a venda de objetos consagrados... São cenas das mais grotescas. Coisas que ocorrem em algumas igrejas tem uma enorme semelhança com os cultos afros.

Isso sem contar a imoralidade de muitos que sobem nos altares de muitas igrejas para cantar, pregar, testemunhar. Gente que vive na imoralidade fora da igreja. Escândalo atrás de escândalo. Algum tempo atrás um pastor abandonou a esposa e fugiu com madrasta. Não demorou muito tempo e ele já estava com uma igreja montada e havia mais de mil membros. Onde iremos parar?

6º - Assim como em Israel a igreja tem abandonado o conhecimento de Deus (Os 4.1;6 ). O conhecimento experimental de Deus, em um andar diário e espiritual com o Senhor, tinha cedido lugar ao aprendizado dos caminhos dos deuses como Baal. O conhecimento vinha da Lei, pois era ali que o Senhor revelava a Sua vontade [10]. No entanto a população havia deixado essa observância e seguia outros deuses e seus ensinamentos.

O pecado fundamental era a ignorância; não havia conhecimento de Deus na terra. “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Os 4.6). Isso significa muito mais que informação sobre Deus; refere-se ao conhecimento pessoal do Senhor. A palavra hebraica descreve a relação íntima do marido com a mulher (Gn 4.1; 19.8). Conhecer a Deus é ter um relacionamento pessoal com Ele pela fé em Jesus Cristo (Jo 17.3) [11].

Conhecer é mais do que conhecer algo sobre Ele, ou até mesmo ter alguma experiência espiritual. Conhecer envolve relacionamento. Intimidade. Proximidade. É mais do que ouvir falar. Porque que tantos filhos de crentes se desviam quando vão para a faculdade? É porque muitos conhecem o Deus de seus pais, mas não tiveram uma experiência pessoal com Ele. Conhecem de ouvir, mas não de se relacionar. Vivem das experiências dos pais, mas não tiveram as suas próprias experiências com o Senhor.

Outra coisa, uma boa teologia nos leva a conhecer melhor ao nosso Deus. Uma teologia firmada em experiências sobrenaturais nem sempre nos levará a um conhecimento profundo do Senhor. Jesus falando com os saduceus lhes disse que eles erravam por desconhecerem as Escrituras e o poder de Deus (Mt 22.29).

Há hoje em dia um grande analfabetismo bíblico em nossas igrejas, e o pior, atrás dos púlpitos. Líderes que não estudam a Bíblia. Alguns até fizeram algum seminário, mas a maioria nem perto passaram e se passaram, não concluíram os estudos. Gente preguiçosa. E ainda dizem que a letra mata. Mata realmente. Mata o conhecimento sério do que se está sendo falado. Crentes que vivem de revelação sem parâmetro teológico. Gente que vive de emocionalismo piegas. Gente que quer sentir, mas não quer conhecer.

O resultado está espalhado por aí. Igrejas cheias atraídas pelo show gospel, pelo pop star, mas com a mente vazia do conhecimento de Deus.
      
7º - Assim como em Israel a igreja tem deixado uma marca desastrosa na sociedade (Os 4.3). Não há sociedade humana que possa prevalecer onde estão ausentes a verdade, o amor e o conhecimento de Deus. Esses são os fundamentos da piedade e da moralidade. Esses são os alicerces da família, da igreja e da sociedade [12].

A força do pecado é destruidora. As pessoas não se dão conta disso. Até o ecossistema sofre diante do pecado (Rm 8.22). Observe quantas calamidades ocorreram no passado devido ao pecado do povo (2Cr 7.13,14). Isso era e é até hoje as consequências do pecado; Deus não mudou. A nossa realidade não é diferente. Estamos destruindo a casa onde moramos. E as consequências estão sendo desastrosas.

A igreja que deveria ser a guardiã da sã doutrina a está abandonando. Esta deveria vivê-la testemunhando diante da sociedade, no entanto, está tão manchada que mal se consegue distinguir o que é uma igreja e o que é uma boate. O que é uma igreja ou que é um botequim. Se é uma igreja ou um culto afro. Isso sem contar a sensualidade com que se veste muitas moças.

A igreja perdeu o parâmetro do que é certo e do que é errado. Do que é conveniente e do que não é conveniente. A igreja se mundanizou.

A igreja hoje está igual a história do homem que tinha um comércio. Mas o movimento estava fraco; então ele teve uma brilhante ideia. Ele passou a comprar frango por um valor e passou a vendê-lo por um valor inferior. Quando ele foi questionado a respeito do que estava fazendo e que ele estava levando prejuízo, ele disse:

- E o movimento! Vocês viram como aumentou o movimento?

Essa é a questão. Estão barateando a graça de Deus em prol do movimento.

CONCLUSÃO 

Nesses poucos versículos do capítulo quatro de Oseias tantas coisas nós vemos que nos mostram as consequências de uma vida longe de Deus; de uma nação que quebrou a aliança com o Senhor. Mas isso é um retrato para nós hoje também. Devemos, como igreja, reavaliar a nossa vida para não sermos julgados com o mundo.

Torno a afirmar, o que tem ocorrido hoje no mundo e porque não dizer, em nosso país, a culpa é da igreja que está totalmente corrompida com o pecado. Eu sei que existe um remanescente fiel ainda hoje; e é por causa desse remanescente fiel que o Senhor ainda não agiu com mais vigor em nossa terra. Eu creio que o Senhor tem ouvido a oração desse pequeno rebanho que clama a Ele dia e noite.

Meu irmão e minha irmã, não se deixe levar pelo pecado, mas busque ao Senhor e tenha sempre as suas vestes sempre alvas e que nunca falte óleo sobre a sua cabeça (Ec 9.8).

Pense nisso!

Fonte
    
1 – Gardner, Paul. Quem é quem na Bíblia Sagrada. Ed. Vida, São Paulo, SP, 1999: p. 500.
2 – Champlin, R. N. O Antigo Testamento Interpretado, versículo por versículo, vol. 5. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2ª Edição 2001: p. 3.439.
3 – Mears, Henriqueta. Estudo Panorâmico da Bíblia. Ed. Vida, São Paulo, SP, 15ª impressão, 2003: p. 251.
4 – Champlin, R. N. O Antigo Testamento Interpretado, versículo por versículo, vol. 5. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2ª Edição 2001: p. 3.455.
5 – F. Davidson. O Novo Comentário da Bíblia, volume 2. Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 6ª Reimpressão, 1987: p. 836.
6 – Kidner, Derek. A Mensagem de Oseias. E. ABU, São Paulo, SP, 1988: p.40.
7 – Lopes, Hernandes Dias. Oseias, o amor de Deus em ação. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2010: p. 79.
8 – Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo, vol. 4 – Proféticos. Ed. Geográfica, Santo André, SP, 6ª impressão, 2012: p. 397.
9 – Lopes, Hernandes Dias. Oseias, o amor de Deus em ação. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2010: p. 80.
10 – Champlin, R. N. O Antigo Testamento Interpretado, versículo por versículo, vol. 5. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2ª Edição 2001: p. 3.455.
11 – Wiersbe, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo, vol. 4 – Proféticos. Ed. Geográfica, Santo André, SP, 6ª impressão, 2012: p. 397. 
12 – Lopes, Hernandes Dias. Oseias, o amor de Deus em ação. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2010: p. 78.

domingo, abril 30, 2017

Eleições CGADB 2017: Audiência de Conciliação convocada para 4 de maio 2017



Consulta no TJRJ por:  João Cruzué em 30/4/17


Tipo do Movimento:
Decisão

JUIZ: DR. THOMAZ DE SOUZA E MELO

Descrição:
"Decisão conjunta processos 4747-71.2017.8.19.0202 e 0084255-87.2017.8.19.0001 Oferecem os Requerentes na medida cautelar embargos declaratórios, a fim de que esclareça este Juízo acerca dos mandatos dos integrantes dos Conselhos e Comissões da CGADB, alegando que a Requerida pretende fazer novas nomeações na Assembleia de 28/04/2017. Recebo os embargos, eis que tempestivos, e, no mérito, dou-lhes parcial provimento para esclarecer o que se segue. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a CGADB é entidade privada, e regida por suas próprias normas, as quais devem ser respeitadas, em homenagem à autonomia privada da pessoa jurídica. cabe ao Judiciário intervir quando da prática de atos ilegais, e tão somente nestes casos, sob pena de imiscuir-se em esfera privada. Dito isto, acolho em parte os argumentos dos embargantes, para esclarecer que a prorrogação do mandato da mesa diretora e do conselho fiscal, conforme anterior decisão deste Juízo, por óbvio implica na prorrogação do mandato de todos aqueles cargos cujos mandatos estejam atrelados àqueles da mesa diretora, notadamente os dos integrantes dos Conselhos e Comissões, na forma do disposto nos arts. 49, §1o. e 75, §1o., ambos do Estatuto Social da CGADB. Intimem-se."


Informação importante:
Audiência de Conciliação marcada para 04.05.2017, às 14:00 horas.



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sexta-feira, abril 21, 2017

“Mulheres, Estai Sujeitas a Vossos Maridos!”

Jonas M. Olímpio 

A sujeição não começa no casamento,
mas sim no temor a Deus; uma mulher
que não obedece ao Senhor não
consegue compreender a importância
da fidelidade à honra do marido.
    Numa sociedade tão moderna e avançada como essa em que vivemos atualmente, onde a liberação feminina, mais do que um direito, parece ser uma obrigação, esse texto de Colossenses 3:18, tendo esse mesmo sentido confirmado em outros textos bíblicos (Gn 3:16[1]; Et 1:20; 1ª Co 11:3; Ef 5:22-24; 5:33[2]), aparenta ser totalmente antiquado e fora de contexto, inclusive na Igreja. Mas, não nos esqueçamos de algo: por mais que os tempos mudem as leis humanas, os princípios divinos continuam os mesmos. Tal afirmação é encarada pela maioria das mulheres, e até por alguns homens, como sendo um pensamento autoritário e machista, porém, é por tantas pessoas interpretarem assim que muitos lares estão desmoronando. Para melhor entender o sentido espiritual e moral dessa doutrina bíblica precisamos antes entender o significado da palavra “sujeição”: de acordo com os mais renomados dicionários, se sujeitar significa “se deixar dominar”, “dar a alguém liberdade de domínio sobre ti”, “se conformar” e “ser obediente”. Sendo assim, percebemos que esse termo expressa não meramente um direito do marido de lhe impor autoridade, mas uma autorização da parte dela por lhe honrar respeitando sua condição dominadora concedida por Deus.
    E esse texto ainda prossegue com a expressão “como convém no Senhor”, o que deixa claro a existência de uma limitação nessa sujeição, dando a ela o direito – ou a obrigação - de apenas se submeter a ele enquanto suas atitudes estiverem de acordo com os princípios divinos, ou seja: desde que não transgridam os padrões de comportamento ensinados na Bíblia. Ser obediente é mais do que simplesmente obedecer: é ter consciência de seus limites não usando da submissão como uma desculpa para se excluir da responsabilidade de buscar conhecimento para raciocinar e discernir entre o certo e o errado. É claro que há exceções como, por exemplo, casos em que o autoritarismo masculino é imposto por meio de violência; a mulher não tendo como enfrentar uma decisão errada do marido obviamente é sim justificada por Deus, porém deve se colocar em oração no propósito de ter sabedoria para alcançar a solução desse problema (1ª Pe 3:1).
    Tanto no âmbito espiritual quanto material, as mulheres, por determinação divina, possuem direitos e deveres, os quais precisam ser plenamente respeitados e exercidos dentro dos padrões estabelecidos pelos princípios divinos. Atualmente, muito se tem falado e cobrado em relação aos direitos femininos, os quais são inegavelmente legítimos e reconhecidos por Deus, por isso destacaremos alguns deles aqui; porém, antes falaremos dos deveres, pois para se usufruir de algum benefício é preciso também cumprir com suas obrigações.
Principais deveres das mulheres:
1.     Ajudar o marido, pois foram criadas com o objetivo de serem suas ajudadoras (Gn 2:18,21-25[3] [4]; 3:20[5]).
2.     Agir com sabedoria para edificar o seu lar (Pr 14:1).
3.     Amar exemplarmente o marido e os filhos (Pr 31:28,29).
4.     Ter uma vida espiritual exemplar (Tt 2:4,5).
5.     Manter um comportamento moderado perante a igreja e a sociedade (Tt 2:5[6]).
   
Principais direitos das mulheres:
1.     O respeito do marido (Cl 3:19).
2.     Proteção contra a violência e o assédio sexual (Êx 22:22,23; Nm 5:30,31; Dt 22:13-19,25,26,29,30[7] [8]).
3.     Autoridade para governar a casa (1ª Tm 5:14).
4.     Liberdade para servir a Deus (1ª Co 7:13-16).
5.     O sustento da família e da igreja quando estiver desamparada (1ª Tm 5:16).

Conselhos práticos para a mulher no dia-a-dia:
1.     A onda da liberação feminina está em alta, mas a sábia mulher cristã consegue exercer seus direitos sem ultrapassar os limites ensinados nas Escrituras Sagradas.
2.     Ser ajudadora do marido não significa assumir o lugar dele e tomar decisões em seu lugar, mas auxiliá-lo em tudo quanto possível.
3.     Ser ajudadora do marido também não significa ser sua escrava, mas simplesmente fazer por ele o que estiver ao seu alcance.
4.     A obrigação de sustentar a casa não é dela, mas o controle do sustento para não deixar nada faltar está sob sua responsabilidade.
5.     Uma boa mulher sabe impor respeito não só por suas palavras, mas também por sua aparência e por suas atitudes diante de todos.
6.     Sujeição ao esposo inclui a pureza e os valores morais; uma boa esposa não dá ao marido razões para desconfiança ou ciúmes.
7.     Sujeição ao esposo não inclui aceitar violência verbal ou física, seja de natureza moral ou sexual; também cabe a ela saber lutar e fazer valer seus direitos.
8.     Amar o marido não é simplesmente ter um bom desempenho na cama, mas principalmente dar a ele razões para saber que ela o satisfaz em todas as áreas da sua vida.
9.     A intercessão pela família faz parte da rotina da mulher temente a Deus.
10. Sua sujeição deve ser, em primeiro lugar, prestada ao seu Noivo que está no céu preparando sua Casa Eterna aguardando o momento de vir busca-la.
    Sujeitar-se ao marido significa sujeitar-se a Deus e reflete numa vida pessoal e familiar abençoada em todos os sentidos (Pr 31:10-12,27). Pois procedendo dessa forma ela evita conflitos desnecessários e, ao mesmo tempo, demonstra equilíbrio, sabedoria, amor e temor ao Senhor. Nos simples atos de cumprimento de seus deveres ela conquista seus direitos passando a imagem de uma pessoa que merece respeito. Se sujeitar não é se inferiorizar, mas sim mostrar ser digna de um lugar de honra e destaque, o qual nem todas conquistam porque tentam se impor em vez de agirem racionalmente esperando pelo momento certo de tomar as atitudes necessárias. Uma mulher que sabe o valor da sujeição, automaticamente, ganha do esposo a confiança e o direito de autoridade dentro da própria casa, ao passo que uma mulher que se impõe autoritariamente é vista por ele como um obstáculo e uma ameaça à sua posição de cabeça da família, a qual foi constituída por Deus (1ª Co 11:3). A felicidade de um casamento é constituída pelo respeito às regras criadas por aquEle que o criou, pois ninguém se apossa legitimamente do lugar que lhe é destinado se não reconhecer o valor de quem ocupa uma posição acima da sua (Pr 16:18[9]; 15:33). É claro que existem homens desprezíveis e irresponsáveis que, além de dependentes, se tornam exploradores de suas mulheres; porém, até a esses elas têm respeitar porque foi com eles que aceitaram constituir uma família. Se não houve sabedoria e discernimento espiritual na escolha do cônjuge, é preciso saber desenvolver essas virtudes para salvar o casamento e manter a harmonia no lar. Essa é uma missão da mulher que teme a Deus (Mt 19:5,6; Pr 24:3,4[10])!



[1]Conceição: Ação de conceber; concepção. Gravidez.
[2]Reverenciar: Tratar com respeito; honrar.
[3]Adjutor: Ajudador.
[4]Adão: Significa "Terra, Solo". O primeiro homem criado por Deus (Gn 1:27-5:5). É uma figura de Cristo, que é o segundo Adão (Rm 5:14-19; 1ª Co 15:22). Nome genérico do ser humano, incluindo o homem e a mulher (Gn 5:1,2).
[5]Eva: Significa "Vida". A primeira mulher, esposa de Adão e mãe da humanidade (Gn 3:20). Junto com Adão foi enganada por Satanás, começando assim o pecado no mundo (Gn cap. 3). Adão e Eva tiveram filhos e filhas (Gn 5:4), mas na Bíblia são mencionados apenas os nomes de três: Caim, Abel e Sete (Gn 4:1,2).
[6]Casto: Que se abstém de atos contrários à modéstia, ao pudor ou à pureza. Que se abstém de quaisquer relações sexuais. Puro. Não misturado, sem mescla.
[7]Siclo: Medida de peso igual a 11,424g (Gn 24:22). É igual a 2 becas ou a 20 geras. Peça de ouro ou prata usada como dinheiro (2º Sm 24:24).
[8]Desposar: Casar (Êx 21:8). Contratar casamento (Mt 1:18).
[9]Altivez: Qualidade do que é altivo (alto, elevado. Nobre, magnânimo. Orgulhoso, arrogante).
[10]Câmara: Quarto; cômodo.