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sábado, março 08, 2014

Reflexão no Dia Internacional da Mulher 2014

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Dia Internacional pela Luta em Defesa dos Direitos da Mulher.
João Cruzué
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O mundo muda devagar. O reconhecimento dos mesmos direitos para gêneros diferentes tem evoluído mais nos últimos 90 anos que em qualquer outra época. Principalmente no meio da sociedade cristã, que veio do judaísmo. Mesmo assim, a cultura preconceituosa latente da pouca valorização da mulher dentro dessa sociedade, ainda tem muito que melhorar.

No Brasil, já não é mais estranho que a mulher seja Prefeita, Governadora, Juíza, Ministra ou Presidente. Por outro lado, se formos utilizar dados estatísticos, para tabular de que sexo é a maioria dos bebês que são abortados e abandonados pelas próprias mães, você e eu já sabemos a resposta: É do sexo feminino. É o que chamo de cultura preconceituosa latente.

Na Índia, existem programas  de políticas públicas do governo com o objetivo de estimular a mulher a continuar os estudos depois do casamento. Analisando de perto o problema, entendi que a preocupação é mais econômica do que de valorização. A economia indiana perde trilhões de rúpias, todo ano, pela falta de graduação das mulheres. Com menos estudos, elas ficam com menor potencial de produção e de consumo - um tropeço paquidérmico em um mundo cada vez mais globalizado.

Na Arábia Saudita, o berço do Islã onde fica a cidade sagrada de  Meca, na casa de Mohamad - o  Profeta de Alah, a mulher é tão inferior ao homem que ainda não tem o direito de dirigir um automóvel nas ruas.  Coisa mais comum que acontece, por exemplo, na Cidade de São Paulo.

Por que a Inglaterra e os Estados Unidos prosperaram tanto nos últimos 400 anos? Por que será que o Cristianismo cresceu mais que todas as religiões no mundo? Minha resposta ainda não tem base científica, pois não tive tempo para pesquisar. No entanto, minha intuição diz que isso foi devido a aceitação crescente da mulher como ser inteligente e do seu papel na sociedade como ser mais sensível, solidário, responsável e comunicativo. Isto teve, sim,  grande influência social, política e econômica.

Agora vamos falar de liderança eclesiástica feminina na Igreja evangélica brasileira. Tomamos por exemplo a Igreja Assembleia de Deus - a minha casa. Durante 16 anos frequentei as reuniões de obreiros desta Igreja em São Paulo. período que foi de 1988 a 2004. Tanto no ministério de Madureira quanto na "Missão". Naquela época, era apenas um "clube do Bolinha" onde nenhuma mulher punha os pés - nem a esposa do Pastor. De sete anos para cá mudou. Melhorou. Tornou-se  rotina a presença de oficiais e suas esposas. Naturalmente, seguindo o costume do que já acontece lá fora, há décadas. 

Será que a Igreja Evangélica atual esta errando ao outorgar ministério as mulheres? Literalmente, sim. Mas biblicamente, não. Deus colocou um sacerdócio provisório nas mãos da tribo de Levi. Mas o sacerdócio definitivo mudou para a tribo de Judá, por promessa e pelo advento do Messias. Creio que quanto ao ministério feminino, quem decide sobre está questão é o Espírito Santo. No tempo de Jesus havia servidão e escravidão. Ele não polemizou sobre essas práticas e, com o tempo elas foram reprovadas, repudiadas e banidas do meio cristão. Mas, quanto às mulheres, ele as considerava publicamente, coisa admirável naqueles dias.

O livro de Hebreus trouxe uma mensagem revolucionária demais, para os dias que foi escrito. Registra  os conceitos de uma mudança radical do Velho para o Novo Testamento. Mostra  que expiação dos pecados feita pelo sangue de bodes e cordeiros tinha passado e caducado. O sangue do Cristo inocente, derramado na cruz do Calvário, dali por diante alcançava o status de sacrifício perfeito, definitivo e eterno. A aceitação desta mudança não foi coisa de dias nem de anos. Até hoje, há judeus que não aceitam Jesus como o Messias profetizado. 

Lembro-me  também  quanto foi traumática a experiência de Paulo.  Ele só conseguiu enxergar o Cristo que estava combatendo depois do momento que ficara cego.

Jesus tinha uma cultura particular para tratar com as mulheres. Nas muitas vezes que o vemos na Bíblia dialogando, seja com a mulher samaritana, a viúva de Nain, a mulher do fluxo de sangue, a mulher encurvada, a mulher adúltera, a ex-prostituta  lhe enxugando os pés na casa do fariseu Simão, Maria Madalena, Marta e Maria irmãs de Lázaro, a mulher sirofenícia OU o destino de sua mãe aos cuidados do evangelista João. Isto dispensa comentários e mostra que Jesus era muito diferente da cultura machista daquela época.

A crescente aceitação e valorização da mulher no mundo cristão ao longo dos séculos vem, ou pelo menos deveria vir, da forma com que Cristo olhava para as mulheres. Ele as olhava como seres humanos iguais e não inferiores aos homens. É isto que penso.

Quanto à questão do aborto. Vejo, principalmente, os líderes políticos de influência ateu-marxista tomarem a iniciativa de propor e lutar por leis que descriminalizam o aborto e defendem o casamento gay em nome da modernidade. Pessoalmente, do ponto de vista cristão, acho que estas medidas de suposta proteção feminina escondem um grande sofisma. Na verdade isto  é prejudicial às próprias mulheres.  Explico: Se o aborto se tornar legal no Brasil, ele também vai aumentar a banalização da vida. Nos países onde isso é permitido (Japão, por exemplo) nos pré-natais alguns médicos induzem descaradamente as pacientes pobres e fragilizadas a abortarem.  E nesta decisão a pressão é maior se o feto for do sexo feminino.  Mulher abortando mulher. Que espécie de direitos da mulher fazer o que quiser com o próprio corpo é este?


A violência contra a mulher está longe de ser resolvida no Brasil. A prostituição infantil aumenta insidiosamente. As delegacias da mulher, espalhadas pelo país, ainda não são institutos fortes. Os estupros praticados por pais, padrastos, avôs e, pasmem: bisavôs, ainda continuam escondidos (e tolerados) debaixo do tapete. E estas coisas acontecem muito porque falta uma consciência verdadeiramente cristã dentro dos lares. É preciso de uma mudança endógena, de dentro da fora. A igreja cristã deve bater mito forte na bigorna dos VALORES cristãos. É contra uma cultura milenar de desvalorização feminina que é preciso lutar.

A mulher cresce e potencializa-se econômica, social, sentimental e profissionalmente quando a família abre a porta para o Cristo que bate.

Que venham dias melhores. Eu estou orando e torcendo por isso.

Salve  08 de Março de 2014,  Dia Internacional da  Mulher.


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domingo, janeiro 13, 2013

A farsa do julgamento de Jesus Cristo

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Julgamento de Jesus
Pr. Elder Sacal Cunha

Blog do Pastor Elder Sacal Cunha


Hoje, gostaria de abordar o julgamento mais comentado da história geral, o Julgamento de Cristo Jesus.

Cabe salientar, em primeiro lugar, que Cristo fora condenado não por suas práticas milagrosas ou por ter violado o sábado, mas pelo simples fato de ter se nomeado o Filho de Deus e o próprio Deus encarnado, em outras palavras, a questão de seu julgamento seria a sua identidade. As autoridades religiosas e os próprios judeus acreditavam que as afirmações de Jesus eram uma blasfêmia e por essa razão deveria ser julgado e condenado.

Podemos destacar que Cristo, durante seu ministério público, jamais deixou de enfatizar a relação fraternal que Ele mantinha com o seu Pai e jamais deixou de anunciar quem Ele realmente era. Não só Jesus se autointitulou ser Deus - (YHWH) (João 5.17-18 e João 8.19-58), como também seus seguidores e discípulos o reconheciam como o Messias e o Filho do Deus Altíssimo.

Quanto ao seu julgamento:

O propósito declarado dos líderes religiosos judeus era, conforme se lê em Mateus 26:4 prender Jesus, à traição, e mata-lo. Mas diziam: não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo. Isso posto, o que interessava a eles não era a legalidade, e sim, desfazer-se de Cristo de qualquer modo. Por esta razão, eles praticaram tantas e tão graves irregularidades, durante o julgamento de Jesus. Essas irregularidades por si só teriam anulado o julgamento.

Consideremos três lances decisivos desse injusto julgamento.

1) O Exame preliminar João 18:19,24. O propósito desse interrogatório era reunir provas contra Ele. Na verdade o Senhor não aceitou essa irregularidade, insistindo que apresentassem as acusações contra Ele, afinal as acusações devem vir antes de qualquer interrogatório, como se vê os judeus já estavam dispostos a condenar o inocente antes do julgamento começar. Bastaria isso para desqualificar os juízes diante de qualquer tribunal sério.

2) O julgamento noturno ilegal. Segundo uma estipulação da lei judaica era proibido fazer julgamento à noite. Mas, ou as autoridades religiosas judaicas passavam por cima desta lei ou correriam o risco de não conseguir condenar a Jesus. Enquanto o Sinédrio se reunia, os principais sacerdotes trabalhavam freneticamente para arrumar testemunhas de acusação dispostas a mentir, mas, embora estivessem todas arranjadas e preparadas para mentir, não havia concordância entre elas; Marcos 14:56.

3) A decisão matinal determinada. A reunião de sexta feira pela manhã, teve o propósito de prestar um ar de legalidade à decisão tomada na noite anterior, e planejar como a questão seria apresentada à Pilatos. A acusação que o Senhor teria blasfemado ao afirmar que era o filho de Deus era uma acusação religiosa e certamente Pilatos não daria ouvidos a esse tipo de acusação. Além do mais não foi averiguado os fato para ver se Jesus estava falando a verdade ou era mesmo uma blasfêmia.

O julgamento romano

1) Tentativa de evasão. Os judeus deram a entender que queriam que Pilatos cedesse à vontade deles, encarregando-se o governador somente da execução do réu, mas deixando com eles o direito de sentenciá-lo a morte. Todas as razões dos líderes religiosos eram vãs e o governador seria obrigado a declara-lo inocente. Marcos 15:10. Acusação sem fundamento. As acusações giravam em torno de três questões básicas:

Jesus pervertia a nação; impedia o pagamento de impostos; e declarava-se rei.

As duas primeiras foram descartadas, só a terceira foi que Pilatos deu maior atenção.

3) Exame e absolvição. O dialogo entre Pilatos e Jesus foi breve. Diante da pergunta de Pilatos: "És tu o rei dos judeus?" Jesus mostrou que não se interessava por qualquer poder político deste mundo, quando respondeu: João 18:38,38. Bastou isto para Pilatos ficar convencido da inocência de Jesus, por isso lemos que terminado o diálogo, Pilatos disse: Eu não acho Nele crime algum. Ora este veredicto deveria ter posto fim a esta questão.

4) O parecer de Herodes. Na tentativa de se livrar do problema, Pilatos mandou a questão até Herodes, o qual após ridicularizar, humilhar e bater em Jesus mandou de volta, o que ficou claro que nem mesmo Herodes achou algo que o condenasse à morte; Lucas 23:14,15.

5) Jesus ou Barrabás. Vemos que o criminoso foi solto e que o inocente foi vitima dos mais cruéis castigos que alguém poderia suportar. Pilatos procurou inocentar-se do crime que estava por cometer ao dizer: Estou limpo do sangue deste INOCENTE. Mas a reação do povo foi: Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos ! Mateus 27:17,26.

6) Eis o Homem. Em último apelo aos sentimentos de humanidade dos judeus, Pilatos apresentou Jesus, sangrando com as chicotadas recebidas, com a coroa de espinhos na cabeça e com o manto púrpura, com que os soldados romanos haviam zombado e tripudiado dele. As palavras de Pilatos, ao exibir Jesus à furiosa multidão, devem ter soado extremamente fora de lugar e sem sentido: "Eis o homem!"(João 19:5).

7) A sentença. E, pela última vez, Pilatos sentenciou: "Tomai-o vós outros e crucificai-o; porque eu não acho nele crime algum" (João 19:6). E também pela ultima vez, os judeus incrédulos sentenciaram: "Temos uma lei, e, de conformidade com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus"(João 19:7). Então Pilatos entregou Jesus às mãos das autoridades judaicas, para que ele fosse crucificado. Estava terminando o julgamento. Os dois maiores tribunais do mundo tinham acabado de decretar a maior injustiça que já se cometeu oficialmente à face da terra. Nem o tribunal religioso e nem o tribunal civil serviram, realmente, à justiça! Foi somente para tentar aplacar aos judeus que Pilatos permitiu a crucificação de Jesus! Alguns anos mais tarde, Pilatos foi tirado do governo da Judeia, e acabou se suicidando, embora, para isso só contemos com tradições um tanto duvidosas. Mas, antes disso, ele deve ter tido muitos pesadelos que envolviam um obscuro carpinteiro da Galileia, a quem não se fizera justiça!

O Caminho foi oferecido, mas NÓS O rejeitamos e nos desviamos. Pense nisso!










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segunda-feira, julho 07, 2008

Como servos, e livres

Créditos: img.olhares.com
DALADIER LIMA
Blog reflexões sobre quase tudo

Estereótipo é uma conotação mental que criamos de determinada pessoa. Servo é uma palavra que carrega desventura, trabalho pesado e indesejável, submissão e baixo salário, e no caso do escravo, nem isso. Onde há escravidão, o escravo toma o lugar do servo, associando-se a seus problemas. Dos países desenvolvidos aos mais pobres, o servo é alguém que a sociedade deseja ignorar, apesar de ser indispensável à mesma. É o que fazem os países mais ricos com os pobres imigrantes. Para analisar sua importância bastaríamos perguntar: O açúcar que eu comi foi plantando por quem? Ou o trigo do pão que comi no café da manhã foi semeado por quem? O servo é, pois, a imensa força de trabalho que nos escalões mais básicos da sociedade produz e gera riquezas para outrem. O estereótipo torna-se assim uma contradição. Precisamos dele para enxergar alguém, que não queremos analisar adequadamente. É uma visão distorcida e reducionista da realidade.

O servo Jesus não foge a esta regra, e lhe adiciona as seguintes características, por Ele mesmo escolhidas:
1) Humilhou-se sendo senhor (Ef 2:6-7);
2) Nasceu na região mais conflagrada de sua época: A Palestina;
3) Dentro da Palestina, a região mais pobre: A Galiléia;
4) Dentro da Galiléia, uma das famílias mais pobres;
5) Dentro desta família a condição mais discriminadora: o nascimento sem pai!

O processo de esvaziamento de Jesus é descrito através da palavra kenôssis, utilizada em Fp 2:7. Ela descreve a progressão inversa que Jesus escolheu seguir, para salvar o homem pecador (Is 53:12). A gênese desse processo se dá quando olhando do céu à terra Deus não enxerga sequer um justo (Rm 3:10) e Cristo assume o papel vital de salvar a humanidade sozinho. Mas, calma, terá de ser um homem a salvar os demais. Um Adão semeia o caos do pecado, outro o redime (I Co 15:22), preconizava a justiça divina.

O versículo é muito claro: ...esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo. Primeiro, optou por uma dissociação temporária da essência na qual subsistira até então, depois, das categorias sociais existentes escolheu a menor. Com isso não queria dizer que para ser salvo alguém deveria ser pobre, porque não abriu mão de sua riqueza. Foi apenas uma opção de transgredir os padrões vigentes na sociedade e se insurgir contra eles. Quando lemos tal passagem, resta uma tensão entre o que nós escolheríamos para Ele e o que Ele escolheu para si.

Existiam nas grandes cidades a agorá, a praça central, onde os escravos eram vendidos e revendidos. Eram apresentados aos interessados e entre eles havia leilões. Cristo criou empatia com esta condição degradante, não como um masoquista (alguém que gosta de sofrer), mas como um determinado ao resgate de baixo para cima, de dentro pra fora. As garras mais profundas da escravidão só podem ser abertas através da ação do amor. A base da manutenção da servidão é o medo. Aquelas praças onde era exibido o pior lado da humanidade, se tornaram a representação perfeita do senhorio de Cristo tirando escravos da “praça do pecado”, para o jugo do amor (Mt 11:28).

Vivemos num tempo de superlativos. São grandes homens, grandes mulheres, grandes personagens. As revistas se esmeram em produzir notáveis e destacar pessoas. O presidente Lula disse que deseja registrar em cartório seus feitos, para que no futuro lembrem que ele foi o melhor de todos os presidentes do Brasil. No tempo do Jesus esvaziado não era diferente. Esta tentação foi vendida pelo Diabo a Jesus (Mt 4:8), que a rejeitou pela Palavra. A glória do servo persiste em sua aparente contradição segundo os homens, pois que querem ser grandes sem nada ser. Uma igreja que quer servir a seus membros e cujos membros se alegram em servir uns aos outros está exaltando este ato sublime da história.

Queremos que Deus atue na história irrompendo com seu poder e destruindo tudo. Neste exato momento a pergunta ecoa em algum lugar deste mundo: Por que Deus não destrói o mal, a injustiça, o pecado e a morte? Contraditoriamente, Ele faz questão de não começar trombeteando seus feitos. Educadamente, pede um lugar no meu e no seu coração e esvaziado de sua glória e seu poder, que certamente nos esmagaria, nos resgata da nossa escravidão particular. Ele quer agir em nós, através de nós, apesar de nós, e quer nos dar o privilégio de cooperar com Ele em sua obra de redenção (Jo 14.16-23; 1 Co 3.16; 6.19), como servos seus. Esvaziados de nossos pressupostos, nossa acomodação, nosso confortável modus vivendi, afim de que soframos com dignidade e sejamos aprovados, como pessoas das quais Deus não se envergonha de chamar filhos (Hb 11:6) e nenhum de nós de chamar irmão (Hb 2:11)!

Autor: Daladier Lima

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