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domingo, abril 20, 2014

Sete pastores denunciam Pastor José Wellington no MPF por motivos eleitoreiros


Pastor José Wellington Bezerra da Costa

Jornalista Ricardo Boechat

"A Polícia Federal investiga o pastor José Wellington Bezerra Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil há 25 anos. O inquérito feito a pedido do procurador Antonio Cabral, do Ministério Público Federal, é para apurar supostos crimes previdenciários, de lavagem de dinheiro e contra a ordem tributária. Tudo começou com denúncia ao MPF feita por sete pastores da denominação, representados pelo Escritório Jorge Vacite Neto, do Rio de Janeiro."


Fim
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Comentário do Blogueiro: Na minha pesquisa não encontrei nada no banco de dados do MPF nem da PF. No site da Banca de Advogados constava a mesma notícia do Blog do Jornalista Ricardo Boechat. Sobre este assunto de supostos crimes previdenciários, deve ser café requentado, ainda do tempo da derrota do Pastor Samuel Câmara na Convenção da CGADB em Vitória-ES. 

Se isto é verdade, os tais "sete pastores" que fizeram a denúncia, na  minha opinião, estão iniciando um movimento de ataque no xadrez da próxima eleição da CGADB. O detalhe é que ela vai ocorrer só em abril de  2016. 

Como o maior opositor do atual Presidente da CGADB é o três vezes perdedor da eleição - Pr. Samuel Câmara, posso deduzir que de alguma forma aqueles pastores  estão ligados a ele. Se não fosse verdade, a informação de seus nomes já estaria publicada. Como oração e direção de Deus é algo que não se conjuga em política eclesiástica, eu sinto muito em dizer que Deus também está fora disso. 

E digo mais, assim como o Pastor Cho da Igreja da Coreia colheu o que andou plantando nos 50 anos que esteve à frente daquela Igreja, mais dias, menos dias, Deus também vai abrir a porteira dos escândalos da Igreja Assembleia de Deus do Brasil diante de todo mundo - não importa que líder ele seja.  E vai colocar toda sujeira sob a luz do meio-dia, para que o temor do Senhor volte a fazer parte do caráter de muitos pastores.


(João Cruzué/Blog Olhar Cristão)





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terça-feira, novembro 15, 2011

Centenário Assembleia de Deus em São Paulo

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Cem
CGADB - PACAEMBU

Barueri
CONAMAD - ARENA BARUERI

João Cruzué

Debaixo de muita chuva e com a presença de 100 mil fiéis, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus realizou, simultaneamente, hoje, dois grandes cultos de encerramento das comemorações de seu Centenário no Brasil. As comemorações tiveram lugar no Pacaembu e na Arena de Barueri. Entre as autoridades políticas que honraram o evento estiveram: O Ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, representando a Presidente Dilma; o Governador do Estado, Dr. Geraldo Alckmin, o Prefeito da Cidade de São Paulo, Sr. Gilberto Kassab e o ex-governador, José Serra.

O Pastor Dr. George O. Wood, Superintendente Geral das Assembleias de Deus Mundiais, era esperado em São Paulo para honrar o evento.

A celebração no Estádio do Pacaembu, cedido excepcionalmente para o encerramento das comemorações do Centenário pelas autoridades municipais, foi liderada pelo Pastor Presidente da CGADB, José Welington Bezerra da Costa - Ministério da Missão/Belenzinho.

Milhares de jovens, adolescentes, senhoras do Círculo de Oração, pastores de diversas regiões do país, estiveram unidos, para agradecer a Deus por 100 anos de grande desenvolvimento da Igreja.

Perto do final da comemoração, o evento foi interrompido pela Justiça, pois há uma determinação do Ministério Público desde 2009, de que apenas eventos esportivos devem ser realizados no local.
A proibição vem de ação contra os eventos religiosos foi movida em 2004 pela Associação Viva Pacaembu, formada por moradores do bairro.

O Prefeito Kassab, mesmo correndo o risco de ser processado pelo MPE por improbidade administrativa, abriu exceção e autorizou o uso do Estádio pela Igreja Assembleia de Deus. Esta atitude me leva a crer ele conta com o apoio da Igreja para suas futuras prentensões políticas em São Paulo.

100


A Grande Cruzada do Centenário na Arena de Barueri esteve a cargo da CONAMAD - Convenção do Ministério de Madureira, sob a liderança do Pastor Samuel Ferreira, líder da Igreja Assembleia de Deus do Brás/SP.

Cruzada
Banner da Cruzada do Centenário da Ass. Deus Ministério Madureira

A nota triste das comemorações do primeiro centenário das Igrejas Assembleias de Deus, foi o espírito de divisão. À separação do Ministério da "Missão" com o Ministério de Madureira acentuada depois de janeiro de 2007 somou-se a mais uma: A da Igreja Mãe de Belém do Pará.

As três lideranças: Pr. Manuel Ferreira, Pr. José Wellington e Pr. Samuel Câmara não conseguiram arrancar o espinho da cizânia que fere as Assembleias de Deus desde os anos 30.

Quanto mais penso na questão, mais fico propenso a dizer que isto teve início já nos primeiros dias da congregação quando os missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingrem saíram da Igreja Batista que os acolheu em Belém do Pará. As informações conhecidas são de que foram "convidados" a deixar aquela Igreja, mas não conhecemos completamente o contexto.






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segunda-feira, junho 07, 2010

Tesouraria da CGADB - Carta Renúncia do Pastor Antonio Silva Santana

Foto: P.A.
Pr. Antonio Silva Santana


"CARTA DE RENÚNCIA DA PRIMEIRA TESOURARIA DA MESA DIRETORA DA CONVENÇÃO GERAL DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL."

(Texto compilado por João Cruzué/Blog Olhar Cristão)

À MESA DIRETORA:


Considerando que fui eleito como Primeiro Tesoureiro da mesa diretora da CGADB, em 24 de abril de 2009, por ocasião da 39ª Convenção das Assembleias de Deus no Brasil, realizada em Serra/ES;

Considerando que só tomei posse em 29 de julho de 2009, e não sendo me entregue os documentos fiscais, contábeis e bancários, e principalmente, relatórios da situação financeira, fiscal e contábil da CGADB até a posse;

Considerando que só a partir desta data é que fui tomando ciência da real situação fiscal e financeira da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil), encontrando saldo devedor no Banco Bradesco Agência 026 da Avenida 1º de Março, Conta Corrente 015.800-0 e muitos cheques emitidos pelo Tesoureiro anterior, que foram devolvidos de todas as contas correntes pertencentes à entidade;

Considerando ter encontrado a Tesouraria sem nenhum funcionário, os computadores bloqueados;

Considerando que ao longo deste período foi impossível de desenvolver o trabalho a mim confiado por 6.326 companheiros de ministério, que me outorgaram o mandato de primeiro Tesoureiro desta entidade;

Considerando que a cada dia fica impossível o levantamento de toda documentação contábil, fiscal e bancária, uma vez que não foi atendida a solicitação do Conselho Fiscal da CGADB lavrado em 12 de março de 2010 solicitando uma auditoria nas contas do mandato anterior a 2009;

Considerando o relatório da comissão especial lavrado em 25 de maio de 2010 contestado por mim, discordando do presidente desta comissão especial dos termos aludidos ao presente relatório onde está epigrafado que a tesouraria não apresentou relatório das receitas aferidas em janeiro de 2007 a dezembro de 2009;

Que não foram encaminhados os comprovantes efetuados em igual período;

Que não teve como efetuar as conciliações bancárias por falto dos extratos das respectivas contas desta entidade;

Que soube pelo então contador, Pr. Josuel Batista Ferreira, que a dívida fiscal [INSS] estava em processo de parcelamento junto à Receita Federal do Brasil, porém sem nenhum comprovante ou protocolo do mesmo;

Que toda documentação comprobatória das receitas e pagamentos dos anos anteriores até abril de 2009 como elencado no relatório, encontra-se sob a guarda do secretário adjunto, Pr. Cyro Melo e que no período subseqüente de abril a dezembro de 2009 por ordem do assessor da Presidência desta entidade, Pr. Antonio Ferreira, sendo recomendado pelo Pr. Cyro Melo que está com a documentação, que só poderia ser liberada ao contador com sua devida autorização e que até o presente momento não tenho conhecimento onde se encontram tais documentos, relatórios, balanços, etc.;

Que não assinei a confissão de dívida celebrada entre esta entidade [CGADB] e a US TRAVEL OPERADORA DE TURISMO LTDA. inscrita no CNPJ 06.314.936/0001-73 no valor de R$3.300.000,00 pagas em três parcelas, sendo a primeira parcela por transferência eletrônica nº 016524 e 0165928 em 23 de junho de 2009, e a segunda parcela por transferência eletrônica nº 0631213 em 23 de julho de 2009, e a última parcela por determinação exclusiva do presidente, não tenho informação se foi ou não paga;

Considerando que no relatório da comissão especial onde se apurou não ser necessária e completamente sem sentido a exigência de uma auditoria nas contas da entidade requeridas pelo Conselho Fiscal da mesma, e com parecer pela rejeição das mesmas, e por achar tremendas irregularidades;

Considerando o não entrosamento do sistema de informática da entidade principalmente na tesouraria, impossibilitando o bom desempenho deste tesoureiro;

Considerando ainda o aparecimento de inúmeros cheques emitidos pela CGADB , onde não constavam locais e datas de emissão, porém pré-datados, inclusive com vencimentos previstos para abril de 2010, com valores extremamente elevados, não tendo conhecimento das respectivas notas fiscais emitidos em nome da Convenção, pelos serviços prestados, e quem foram os beneficiários;

Considerando que diante de todos estes entraves torna-se impossível a reorganização das documentações pertinentes à tesouraria para que com maior profundidade se tenha uma real clareza da efetiva situação;

Considerando que o alto endividamento e os procedimentos não muito transparentes das contas a pagar, sem uma devida autorização expressa pelo tesoureiro, e a grande dificuldade por não ter contas liberadas junto aos bancos uma vez que até às mesmas contém restrição bancárias junto ao BACEN;

Venho em caráter irrevogável e irretratável RENUNCIAR ao cargo de Primeiro Tesoureiro da mesa diretora da CGADB – Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, a partir desta data.

Ciente de que com este meu gesto, posso de consciência tranqüila continuar o trabalho que há muito tempo venho desenvolvendo na presidência da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Ribeirão Preto/SP, e poder junto com aqueles que a mim confiaram este tão elevado posto, estar certos de que me dediquei ao máximo para ver nossa CGADB diferente e com outra postura, principalmente no aspecto administrativo, o que infelizmente não consegui.

Agradeço a Deus, a minha família, ao ministério, e a todos que sempre depositou[depositaram] em mim plena e total confiança, e neste momento de uma decisão tão difícil se solidarizam comigo.

Abraço fraterno em Cristo.


Rio de Janeiro, 31 de maio de 2010.


a: Antonio Silva Santana

Firma reconhecida no 2º Cartório

Protocolo de Recebimento na Secretaria Geral da CGADB em 31 de maio de 2010

Fonte: rodriggss@hotmail.com



Comentários:

1) Aqui a Nota de Esclarecimento do Pr. José Wellington Presidente da CGADB:

2) Aqui uma análise do Pr. Geremias do Couto: Nota que nada Esclarece

2) O princípio da transparência agora é Lei (EC 131) para todos os órgãos públicos. Como evangélico, assembleiano e servidor público de Tribunal de Contas, espero que este princípio seja padrão nas ADs. A julgar pela carta do ex-tesoureiro, em matéria de transparência financeira, a Administração Pública está servindo de padrão para a Igreja. Não deveria ser o contrário? (João Cruzué).

2) A foto do Pr. Antonio foi copiada do site de P.A.




sábado, junho 13, 2009

CGADB - Pr. Samuel Câmara faz denúncias na Rede TV

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Farofa no ventilador

João Cruzué

Conforme anunciado há dias, o Pr. Samuel Câmara, cabeça de chapa da oposição, que perdeu as eleições da 37ª Assembléia Ordinária da CGADB - Convenção Geral das Igrejas Assembléias de Deus, usou seu programa deste sábado na Rede TV, para tornar público suas denúncias julgadas improcedentes (segundo ele) contra a administração da última Mesa Diretora.

Ele iniciou o programa comentando dos anos anteriores a 1988, quando o braço político das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus, a CGADB, seguia o costume do revezamento em sua liderança. O que foi abandonado e trouxe prejuízo, não para a Igreja Assembléia de Deus, mas para a Convenção - segundo o Pastor.

O Pastor Samuel exibiu na Rede TV um documento, provavelmente, o ofício com as denúncias formalizadas à Mesa diretora responsável pelo julgamento dos pedidos de impugnações. Sobre o ofício ele pontuou uma lista de números e valores de mais de 170 cheques sem fundos, assinados pela diretoria e tesouraria da CGADB. No mesmo documento apontou dívidas para com o INSS. Falou em apropriação indébita. Valores retidos sem a devida transferência ao Instituto Nacional de Seguro Social. Também citou dívidas com a CEF - Caixa Econômica Federal, provavelmente de FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Ainda relatou a inscrição da CGADB no SERASA, certamente por não honrar compromissos financeiros.

O pastor Câmara também deixou implícito que estava tornando público as denúncias, pois seu recurso à impugnação das Eleições da 37ª Convenção Geral não foi aceito, porque, segundo ele, o candidato da situação - Pr. José Wellington Bezerra da Costa, era também o presidente da mesa que julgava os recursos. Disse que foi levado a fazer a denúncia publicamente porque em seu ponto de vista, estava sendo transparente e não era nenhuma vergonha apontar os "equívocos" praticados pela Mesa anterior - que não continuava com uma atitude de quem não tinha nada do que se envergonhar. Por não ter pedido perdão pelos erros. Concluiu fazendo referências a julgamento com dois pesos. Que com o mesmo peso que se julga os membros da igreja também se deve pesar suas lideranças.

COMENTÁRIOS: Se as denúncias do pastor são verdadeiras, não se pode escondê-las debaixo do tapete. Nem classificá-las como choro de perdedor. É preciso transparência. Este assunto , depois da denúncia pública, não está mais restrito à esfera da Convenção. Os membros da Assembleia de Deus não sabem o que houve em Vitória. O Brasil inteiro ficou sabendo da versão do Pastor Câmara. E por Brasil leia-se: de ateus a crentes; de autoridades públicas do INSS ao FGTS; de juízes a políticos. Ministério Público.

A versão que o pastor passou para a opinião pública, insinua que todos os líderes das Assembléias de Deus são suspeitos de sonegação e má cidadania.
A Igreja ficou exposta. Dos recursos de impugnação da eleição, a denúncia do pastor revela uma imagem de que não existe uma instância justa para resolver problemas eleitorais entre irmãos. Daí sua opção para recorrer a última instância, ou seja, a denúncia pública. A farofa no ventilador.

Assuntos desta natureza quando praticados na esfera pública são tratados em processos administrativos, sindicâncias e CPIs. Mesmo pretendendo separar os Atos da CGADB com os da Igreja em si, este discurso do Pr. Câmara não se sustenta, pois perante a opinião pública os mesmos agentes estão ligados tanto à Convenção quanto à Igreja. É assim a visão pública

Em nossa opinião, a idéia de que os membros da Igreja Assembleia de Deus não se importam com o que ocorre nas convenções, que esquecem rápido as denúncias destes assuntos, é uma idéia falsa. Em tempos de mídia digital, um vídeo do Youtube com esta denúncia, é um martelo. Se alguém ainda não sabe, é bom saber: a quantidade de assembleianos que vem trocando a cada ano a própria Igreja principalmente pela Igreja Batista é sempre crescente. Por descontentamento.

Não conheço a administração do Pr. Samuel Câmara no Norte do Brasil. Ele reclama dos 21 anos que a atual Mesa Diretora da CGADB vem se perpetuando no poder. Cobrando a mesma forma de revezamento que ocorria dos anos 30 até 1988. Deve ser porque nas eleições da Convenção do seu estado acontece este revezamento. Eu imagino que deva. Mas se este revezamento real não for verdadeiro lá no Pará, seu argumento e sua denúncia pública são fisiológicos e sua atitude cheira a hipocrisia.



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sábado, agosto 02, 2008

CONAMAD, CGADB e o Centenário das Assembléias de Deus no Brasil


1911
- 2011
CENTENÁRIO DAS ASSEMBLEÍAS DE DEUS NO BRASIL

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Site oficial do Centenário

João Cruzué


Dou graças a Deus pela oportunidade de aprender os rudimentos da fé em uma Igreja tão hospitaleira como a Assembléia de Deus. Não importa se no Rio Grande do Sul ou em Roraima a acolhida tem sempre o mesmo calor e a mesma prudência característicos da cultura da Igreja. Eu nasci e fui batizado na Igreja Deus é Amor, mas todo meu crescimento e formação são assembleianos, e lá se vão mais de 30 anos. Curiosamente nunca me identifiquei muito com o aspecto administrativo e político interno de suas Convenções, o que não quer dizer que não tenha acompanhado algumas de suas crises. Pois bem, direto ao ponto: é bastante provável que nos próximos dois, três anos, as lideranças tanto da CGADB quanto da CONAMAD venham nos brindar e alegrar com um estreitamento significativo de relacionamento. Sempre que os ventos das mudanças começam a soprar, surge eventualmente o embate entre conservadores e liberais, situação e oposição, jovens e velhas lideranças. Em tempos de um novo "shift" nas Assembléias de Deus, quero deixar registrada nossa opinião: não há mudanças sem crises, que é difícil controlar ou implementar uma mudança, mas tendo Paz com Deus em nossos corações, devemos seguir em frente, pois a vida é uma maravilhosa seqüência de mudanças. Quando Moisés voltou ao Egito, para fazer a mudança de Israel para Canaã, enfrentou problemas comuns a todas as mudanças. Ele iniciou um processo de mudança e ainda discipulou um sucessor para completá-lo. O que está no coração de Deus não pode ser impedido nem por conservadorismo nem por medo. O que Deus planejou e determinou não pode ser impedido nem por anjos, demônios ou homens.

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ADs do Belenzinho-SP e Madureira-RJ

De repente posso sentir o "cheiro" de mudanças significativas à vista dentro das Assembléias de Deus. Lembro-me perfeitamente de janeiro de 1987, quando houve um afastamento unilateral entre os dois maiores ministérios - Missão e Madureira, na convenção da Bahia. Depois disso, o episódio acontecido na Casa Publicadora serviu para afastar ainda mais as duas Casas. Em 2011 a Igreja Evangélica Assembléia de Deus brasileira vai comemorar o Centenário do início das IEADs no Brasil pelas mãos de Deus e dos missionários pioneiros suecos - Daniel Berg e Günar Vingren. Em 2011, Por si só, este evento tem a magnitude de um furacão, suficiente para sacudir velhas diferenças e idiossincrasias. Como diz o Sábio em Eclesiastes: Há tempo para abraçar e deixar de abraçar. Cremos que chegou o tempo de abraçar.

Sobre uma coisa precisamos reflexionar: o "racha" de 1987 foi de Deus ou sua causa foi presunção humana? Posso interpretar isso por uma terceira via: considerando o fator TEMPO a presunção humana foi o fator principal, mas Deus estava no controle. Focando a questão ainda de mais perto, se nossas lideranças não conseguem andar juntas no mesmo caminho há um problema de comunhão, e sem comunhão, podemos até ganhar o mundo, mas a custa de um preço alto demais. É mais fácil quebrar a comunhão pelo rompimento de um diálogo do que mantê-la. Se as autoridades políticas, principalmente no Brasil, conseguem abandonar velhas diferenças em prol de um fim vantajoso, por ventura as nossas autoridades religiosas assembleianas seriam tão teimosas ao ponto de desperdiçar o futuro?

Moisés não tinha mais a mesma motivação para descer a terra do Egito para tirar Israel de lá. Ele já era maduro o suficiente para entender as dificuldades de um processo de mudança; tentou de todas as formas tirar o "corpo" fora. Entretanto era sábio o suficiente para obedecer à vontade do Senhor. Ou ele ia ou ia. As conversas com os anciões de Israel? Difíceis! A primeira audiência no palácio do Faraó? Frustrante! As medidas de retaliação posteriores de Faraó? Duríssimas! A reação dos anciões e oficiais de Israel? Duríssimas! O SENHOR já tinha até avisado. A saída de Israel do Egito em busca da terra de Canaã foi um processo longo, sem alternativas, pois era a vontade do Senhor. Os desobedientes, profanos, murmuradores, rebeldes, velhos (exceto Josué e Calebe) e covardes morreram no deserto, somente a nova geração de Israel pisou e herdou a terra que manava leite e mel.

Quase cem anos já se passaram desde que os missionários Berg e Vingrem fizeram aquela oração no banco de uma praça na cidade de Belém, a Capital do Estado do Pará. Uma oração que foi se cumprindo dia a dia. E outras orações foram sendo feitas e ouvidas, mas ainda algumas estão por si cumprir: entre elas tenho certeza que no coração de muitos ministros há um anseio de ver uma nova geração de líderes dos dois Ministérios - Madureira e Missão - dialogando, trabalhando juntos em um novo processo de mudança. Dois conselhos podem definir o destino desta mudança: 1. não temos nada a ganhar, pois bem assim está; 2. uma casa dividida não pode prevalecer sobre o inimigo. Aitofel e Itai.

Se por um lado as Assembléias de Deus são hospitaleiras e cresceram muito através de sua forma descentralizada através da simplicidade de obreiros laicos, também não está isenta de nossa crítica. O que posso fazer com isenção depois de 30 anos de "casa". Na ânsia de ter apenas liderados que balancem a cabeça afirmativa para tudo, as IEAD têm desperdiçado muitos talentos. Em alguns ministérios mais e em outros menos. Hoje temos milhares de ministros com diplomas graduação e doutoramento em Teologia, Mestres em Divindade, Doutores em Filosofia Cristã e outros títulos, mas isso não tem incrementado a taxa de crescimento de novos convertidos. E se dela retirarmos os nossos filhos o resultado é risível. Concordamos com a impureza do evangelho da prosperidade, o condenamos, mas nossos ministros o toleram excessivamente porque faz bem aos ouvidos do povo... Então neste particular de que serviu tanta profundidade em teologia?

Continuando com a crítica. As Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus cresceram evangelizando e separando ministros entre as classes mais pobres da nação. Está deixando de crescer agora, comparando com os 70 anos do século passado, porque está dando as costas para os mais pobres. Creio, que não existe maior fator de aumento de renda familiar nesta nação do que o Evangelho, pois não há miséria maior que a miséria espiritual. Um pecador pobre ao ser transportado do reino das trevas para o Reino da Luz pela ação e aceitação das palavras do Evangelho, deixará de ser pobre, mais dias menos dias, através da oração, pois agora terá um tratamento de filho de Deus. De volta ao assunto de "dar as costas" quanto à evangelização dos mais pobres da nação, não temos receio em dizer que se trata de uma omissão preconceituosa.

Se de fato a IEAD envidasse esforços maciços em projetos sérios e consistentes na evangelização dos brasileiros mais pobres, hoje não precisaríamos nos preocupar tanto com projetos e leis de escopo anticristão. É mais objetivo dobrar a quantidade de crentes no Brasil para que supram a nação de bons políticos, do que perder tempo em excesso com "Projeto Brasil" e outras "cositas mas" atrás de representação de "prata da casa" que pode decepcionar. Vide o Escândalo dos "Sanguessugas".

Insisto em dizer que é muito mais produtivo, tanto para a Igreja quanto para a vida pública, traçar planos de evangelização inteligente e maciça em meio às pessoas pobres de nossa nação. O Evangelho é o melhor remédio para a pobreza. Além de salvar, perdoar, curar, batizar com o Espírito Santo, filiação no Livro da Vida e dar direito a vida eterna, o evangelho enriquece os pobres, pois, via de regra, onde mora Jesus cumprem-se as promessas do Salmo 23.

De volta ao leito do texto. Por convicção não podemos ter medo de mudanças, apenas precisamos orar para que a presença do Senhor não nos abandone. A cotação do Dólar arranhou a taxa de R$4,00, por ocasião da eleição do Presidente Lula. O Bispo Macedo chegou mesmo a comparar o partido do Presidente com o diabo. A nação melhorou, e mesmo não sendo eleitor do Presidente, digo que ele tem feito um governo seguro, equilibrado e próspero; o Bispo da Universal tomou juízo, gostou tanto, que se tornou até seu aliado político. De certa forma acertou, quando não fiou preso ao preconceito. Quando assisti hoje pela manhã o programa do Pastor Silas Malafaia, em seu novo formato de três horas na REDE TV, percebi que os ventos da mudança já sopram com mais força.

Pessoalmente não aprovo em 100% a forma dura do Pastor Silas Malafaia ao tratar com excessiva paixão assuntos internos e até externos que envolvem irmãos, cantores, bandas, revistas, mas que ele tem dido um instrumento de entalpia neste processo com certeza tem. Vejo com bons olhos e razoabilidade uma aproximação seguida de comunhão entre os dois maiores Ministérios das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus do Brasil. Sinto paz nisso.

Em nossa visão posso ver uma AD unida trabalhando em grandes projetos de evangel
ismo e assistencia social pelo Brasil. Palavras e ações, fé e obras. A Igreja ganhará com isso o respeito de seus milhões de membros, além de dar um tremendo exemplo em união em tempos de tanta divisão. Hoje há uma grande preocupação mundial quanto a escassez de energia, alimentos e água. Sem estas três coisas o mundo físico não caminha. Se houver a mesma preocupação Entre CGADB e CONAMAD em abandonar suas picuinhas e estreitar sua comunhão, uma nova oração no banco da praça de Belém poderá ser feita, agora não mais por dois homens mas por dois Ministérios. Se Berg e Vingren ainda estivessem conosco, não pensariam de outra forma. Esta união é de Deus.

Se a alma
e o coração destes dois Ministéiros forem um, eu espero que sim, quando a segunda oração do banco da praça de Belém do Pará for feita, O SENHOR vai ouvi-la e também fornecerá o combustível necessário para os corações das novas gerações de assembleianos saciarem com o Evangelho a sede das almas dos brasileiros até 2111. Se até lá Jesus ainda não tiver voltado.

João Cruzué - Blog Olhar Cristão
SP - 02.ago.2008

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