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quinta-feira, abril 24, 2014

A QUESTÃO DA DISCIPLINA NA IGREJA: GRAÇA E VERDADE

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"... a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo" (Jo. 1.17).

PASTOR GUEDES
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Blog do Pastor Guedes

O Evangelho de João é fascinante! Narrado dentro de uma perspectiva diferente, traz uma riqueza ímpar, uma profundidade teológica, um toque diferente de conhecimento da cultura tanto judaica quanto grega!

Em João 1.17, por exemplo, o filho de Zebedeu coloca a Lei de Moisés em contraposição à graça e verdade que há em Cristo. A palavra verdade no A. T. é traduzida do hebraico "hemeth" que significa honestidade, integridade, fidelidade. No Antigo Testamento, principalmente após a promulgação da lei mosaica, a verdade estava diretamente associada à Lei e assumia uma função acusadora, julgadora e condenatória. Havia muita rigidez na estrutura da Lei e na aplicação da pena ao transgressor. Alguém que transgredisse a lei seria morto "sem misericórdia" somente pela palavra de duas ou três testemunhas (Heb. 10.28). A Lei do Talião prometia vingança dentro de um ajuste de contas sem misericórdia, pois era baseada no sistema de recompensas(1).

Verdade no Novo Testamento vem do grego "alétheia" e significa completo, perfeito, real, absoluto, algo que quando posto ao lado de um simulacro denuncia o engodo, o imperfeito e incompleto. Pode ser compreendida ainda como algo que não pode ser oculto ou escondido. Por isso, Jesus podia dizer: "Eu sou o caminho, a Verdade e a vida e ninguém vem ao Pai a não ser por mim" (João 14.6), posto que Ele é absoluto, perfeito, completo e nele não há falta de nada. No conceito de Agostinho a verdade absoluta é Theos, isto é Deus. Isso refere-se também à suas palavras: realidade no sentido de coerência em sua vida e palavras.

O escritor sacro tem a intenção clara de estabelecer um paralelo entre Lei e Graça. Justapõe graça e verdade para contrapô-las à Lei. A Bíblia diz "a Graça e a Verdade" e não a Verdade e a Graça. E por que a graça vem primeiro e de forma tão abundante?(2) Para demonstrar a superioridade da nova aliança e se sobressair ao rigor da lei no testamento anterior. Portanto, a graça surge como a grande novidade do amor de Deus no Evangelho.

Jesus traz a realidade em si, a verdade como ela é, em plenitude, sabendo que os homens não subsistiram ao rigor da Lei, por isso ele mesmo veio cheio de graça e de verdade. Essa junção, fala da flexibilidade amorável e da justiça de um Deus que resolveu salvar os pecadores, fazendo justiça não pelas obras da lei ou pelas boas obras dos homens, mas pela Graça e pela justiça que é segundo a fé (Ef. 2.8).

Quem não conhece a máxima da introdução do Direito na Roma Antiga: "Dura lex, sede lex"?: a lei é dura, mas é a lei. A lei de Moisés igualmente era dura e todos deveriam cumpri-la em qualquer ocasião, embora ninguém pudesse fazê-lo integralmente, senão Jesus - aquele que não tinha pecado e veio cheio de graça e de verdade. As grandes estruturas, como prédios, viadutos, estádios de futebol, torres construídas com ferro e concreto são edificados com certa flexibilidade para não ruírem frente aos grandes abalos. Toda estrutura muito rígida, se não tiver um pouco de flexibilidade, está fadada à ruína. Assim também a doutrina cristã tem verdade, realidade, mas também tem graça. Havia um tempo na igreja em que o irmão disciplinado era desprezado e os outros evitavam comunhão ou contato com ele. Foi por esse tempo que ouvi alguém falando de um pastor que, obrigado a disciplinar a própria filha que havia ferido a doutrina, teria feito um apelo em lágrimas diante da igreja: "Irmãos, não desprezem minha filha. Ajudem minha filha, porque na minha casa tem verdade, mas também tem graça".

A disciplina na igreja é indispensável, pois quem está sem disciplina é como um "bastardo" e não filho (cf. Heb. 12.8). Contudo, a rigidez de muitas igrejas têm gerado crentes "domados" pela religião que adestra mais do que edifica. Muitas igrejas evangélicas ainda guardam resquício do catolicismo romano anterior à Reforma em suas cartilhas doutrinárias. Conservam a imagem do Deus da Idade Média, a ideia de um Divindade irada contra os moradores da Terra, destilando ódio e prometendo castigo, quando o Evangelho revela um Deus gracioso, um Pai amoroso, disposto a perdoar para "não quebrar" o indivíduo. A consequência da rigidez na estrutura da igreja é a formação de uma geração de crentes inseguros, medrosos, que não se sentem filhos de Deus e que não têm certeza da salvação. Porém, a disciplina deve observar princípios estabelecidos pelas Escrituras e dentro da natureza do binômio graça-verdade.

Na disciplina deve-se observar seu caráter formativo e correcional. O caráter formativo baseia-se na instrução da igreja aos membros para prevenção. Já o correcional, como o próprio nome sugere, tem por base a correção. Não como uma igreja que leva o nome de cristã, onde se um membro pecar o problema passa a ser dele com Deus: "A Igreja", dizem eles, "não pode fazer mais nada, agora é com você e Deus". A disciplina cristã deve ter como fim a restauração do irmão faltoso e não o "apedrejamento" público, pelo fato de o cristão ser falível. Por outro lado, igreja que não tem disciplina cria filhos bastardos e gera desordem e indecência, envergonhando o nome da Igreja de Cristo. Precisamos de igrejas que nos digam o que é pecado, o que é errado, o que podemos e o que não podemos fazer, segundo as Escrituras e não segundo os homens. Não precisamos de igrejas moralmente frouxas que só levam o título de cristãs. Igualmente não precisamos de igrejas inquisidoras ou indulgentes no sentido de condescendentes e tolerantes com a prática do pecado.

A correção não deve ser parcial, mas indiscriminatória. Todos que pecarem devem ser corrigidos e não somente os pequenos, os pobres e os indoutos, mas também os ricos, os cultos, os ilustres e, claro, as autoridades eclesiásticas. Para se ter verdade, realidade, é preciso fazer sem vantagem ou direito exclusivo. A verdade é verdade para todos, sem discriminação. A graça é graça para todos e não privilégio de alguns. Acima de tudo, todos que pecarem devem ser restaurados para o perdão e comunhão. A Igreja precisa, como Jesus, ser cheia de Graça e Verdade para com seus membros.

Ao concluir quero afirmar que se Jesus tivesse vindo apenas com a verdade, estaríamos perdidos. A mulher adúltera teria sido apedrejada (Jo. 8), Zaqueu não poderia recebê-Lo em sua casa (Lc. 19.10) e o ladrão da Cruz (Lc. 23.43) onde estaria? E os outros? Confesso que sem a manifestação da Graça (Tt. 2.11) eu não teria a menor chance. Você teria? Dou graças a Deus que na minha trajetória fui muitas vezes disciplinado pelo Senhor e muito mais vezes alvo da Sua graça e por ela beneficiado.

"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de Graça e de Verdade" (Jo.1.14).

Deus abençoe a todos.

Maranata. Ora vem Senhor Jesus!

(1) Existe uma tradição rabínica, uma linha de interpretação mais humana para a Lei de Moisés, que julga que a Lei visava com "olho por olho" a restituição e não a vingança. Todavia, não é isso que está demonstrado na história, seja no Código de Hamurabi ou na própria lei de Moisés na Bíblia.
(2) A palavra graça aparece três vezes em Jo. 1.14-17

sexta-feira, abril 11, 2014

Entrevista com o Pastor Guedes


POR JOÃO CRUZUÉ


Entrevista gentilmente concedida pelo Pastor Francisco Guedes Maia, o PASTOR GUEDES à Associação de Blogueiros Cristãos. O Blog do Pastor Guedes é seguido por muitos leitores e também por gente que  publica conteúdo cristão na Internet. Os assuntos comentados, ali,  são sempre atuais, interessantes, inteligentes e tratados com extremo bom senso. Os assuntos são variados e as opiniões do Pastor Gudes  são claras.  Quero agradecer publicamente o tempo que o Pastor Guedes tirou de suas atividades mais importantes, para responder a a tantas perguntas. Creio que é muito importante a publicação desta entrevista, porque é desta forma que conhecemos o pensamento dos melhores Blogueiros Cristãos para  aprendermos com eles. (João Cruzué)

Quem é o Pastor Guedes?  Esta é a pergunta que muitos leitores do seu Blog gostariam de fazer.

PASTOR GUEDES: Sou cearense com muito orgulho, nascido em berço católico, na cidade de Jaguaribe. Tive um encontro com o Senhor Jesus  aos dezoito anos. Sempre trabalhei. Desde os meus nove anos de idade. Entre muitos empregos, fui bancário onde cheguei até a gerência. Ultimamente, trabalho em um site evangélico (assembleia.org.br) cujo responsável é o honrado e respeitado Pastor Flauzilino Araújo dos Santos. Sou Bacharel em Teologia pela Faculdade Metodista de São Paulo. 

Gosto de ficar com minha família e com minha igreja, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério de Messejana. Na vida religiosa, descobri o chamado de Deus, logo no início, aos dezenove anos quando entendi que Deus já me chamava para o Ministério da Palavra.

Dirijo a Igreja que Deus colocou sob minha responsabilidade. Minha esposa e filhos me acompanham todos os dias, em todos os cultos. O maior, Daniel, auxilia na sonoplastia na hora dos cultos e tem sido um braço amigo nas horas difíceis. Minha esposa cuida do louvor e do Departamento Feminino. A Sarinha, bem, a Sarinha tem apenas cinco anos. Ela me auxilia a organizar as cadeiras antes do culto começar.  Rsrsrs.

Qual é a preocupação do Pastor Guedes quanto a sua família no ambiente religioso de hoje?

PG: Minha preocupação tem sido com as novas igrejas que não dizem “não” para nada. Quero uma Igreja que também diga não e não um “sim” para tudo. Nosso tempo é marcado pela escassez e estiagem espiritual como a muito não se vê, por isso temos que nos precaver quanto ás futuras gerações.

O que pensa o Pastor Guedes sobre o momento que a Igreja Evangélica está passando, em  pleno 2014?

PG: Ambíguo. Por um lado cresce assustadoramente. Por outro, diminui acentuadamente em qualidade e genuinidade.

Muitos líderes assumem um papel importante à frente de suas igrejas, levando a verdadeira mensagem do evangelho aos quatro cantos da terra. Outros, porém, envergonham a nação evangélica com novas teologias e inovações litúrgicas que visam somente aumentar o público e os lucros.  A famigerada visão mercantilista e mercadológica nas igrejas têm diminuído o efeito do Evangelho na vida dos seguidores.  

O sucesso de alguns líderes serve de paradigma de aceitação de que tudo o que eles fazem é correto? Podem ser seguidos apenas porque estão fazendo sucesso?

PG: De maneira nenhuma. Esse pragmatismo e utilitarismo que temos visto em muitas Igrejas, ditas evangélicas, não servem de modelo algum para as Igrejas cristãs genuínas. O modelo ainda é o da igreja primitiva, o modelo de Cristo e dos apóstolos. Toda igreja e todo líder de sucesso que faltar as características do modelo bíblico e não repousar sobre esses parâmetros, estarão reprovados diante de Deus. Aprovados, quiçá, pelos homens, porém, réprobos quanto ao Senhor.

O que o Pastor Guedes pensa sobre a Teologia da Prosperidade? Ela atrai muito gente porque é humanista ou porque é cristocêntrica?

PG: A Teologia da Prosperidade atrai pessoas que são carentes de sucesso em sua vida financeira e material. Não digo que não tenha nenhum valor. Creio que muitos adeptos, leia-se pregadores e líderes dessa onda teológica (que um dia vai passar), são sinceros em seus posicionamentos e acreditam no que ensinam. Outros, não. Ensinam o que não creem e veem a TP. como uma forma de lucrar com a fé alheia. É, portanto, humanista, contudo, existem outras formas de humanismo muito mais letais à fé cristão que a teologia da prosperidade. Definitivamente Cristo não é o centro, posto que suas mensagens sobre Cristo, Cruz, Expiação, Salvação e Segunda Vinda de Jesus, são escassas. Além do mais, deturpam o ensinamento da sã doutrina.

O que o Pastor Guedes pensa do recente escândalo da Igreja Assembleia de Deus da Coreia do Sul, do famoso Pastor Cho? Por que ele deixou que sua família usasse as finanças da Igreja como se fosse as finanças pessoais?

PG: Uma lástima. Um escândalo sem nome. Serve de exemplo para os grandes líderes, megalomaníacos e detentores de grandes ministérios em seus próprios nomes. Quanto à família do pastor usar as finanças da Igreja, vê-se um grande mal em nosso meio que é o nepotismo generalizado. Os pastores, por falta de confiança em outrem, e por desejarem controlar todas as áreas da Igreja, principalmente, aquelas que envolvem poder e finanças, nomeiam familiares com a finalidade de não perder o controle.

Os problemas da Coreia foram expostos porque a Igreja tinha um conselho de governança (presbitério) A Igreja Brasileira tem órgãos de controle para evitar que seus líderes não sejam DONOS dela?

PG: As igrejas, no caso da denominação a que pertenço, têm as Convenções gerais, estaduais e locais. As diretorias são constituídas de forma que esse problema não ocorra, tendo, inclusive, um Conselho Fiscal. O problema está na conivência e conveniência de alguns que eleitos, nomeados ou designados. Eles se deixam levar e fazem vistas grossas, reconhecendo uma liderança que, por vezes, moralmente, já está reprovada por Deus.

É bom para o governo de uma Igreja que ela tenha um órgão ao qual o Pastor Presidente deva prestar contas?

PG: Sim. Sem dúvida que é.  Mas o que vemos são desmandos e nenhum líder prestando conta a Conselhos de Pastores,  Conselho de Ética ou mesmo ao Conselho Fiscal.

O Pastor Guedes entende que a falta deste controle não pode ser a causa do estouro dos grandes escândalos? 

PG: Claro que sim. Vejamos o caso do Pr. Cho. Ele só foi descoberto por conta de uma denúncia de um diácono. Isso significa dizer que esse caso já vinha se arrastando nos bastidores da igreja, tendo notoriedade somente quando veio a se tornar público.

Evangelização. Qual é a opinião do Pastor Guedes: As grandes denominações brasileiras têm como prioridade 
(a) Um projeto de Evangelização? 
(b) Um projeto político, 
(c) Um projeto de manutenção do poder?

PG: Definitivamente não têm um projeto de evangelização, sobrando, assim, as outras opções: projeto político e manutenção no poder. Vejo pastores correndo atrás de políticos e  palanques para se associarem ao poder. Outros, por sua vez, querem eleger alguém de sua igreja a todo custo,  para não ficarem for da esfera do poder político. 

Não sou apolítico, mas só vale a pena fazer política se for de boa qualidade, pensando no povo, na sociedade, debatendo as questões sociais com transparência. Nossas experiências com os políticos evangélicos têm sido em sua maioria desastrosas.

Todo tipo de evangelização é válida se visar a salvação das almas e sua discipulação, seguindo os padrões encontrados nas Escrituras. Admito outras formas não bíblicas, todavia, sou contra toda forma anti-bíblica, que, aliás, têm crescido nos arraiais evangélicos. 

A visita de casa em casa, de porta em porta, hospitais, prisões, etc. Distribuição de folhetos, cruzadas, redes sociais, entre outros. As redes sociais são, hoje, o melhor meio de evangelizar o mundo. Contudo, os cristãos ainda não aperceberam disso e se demoram perdendo tempo com tolices e coisas sem valor moral e espiritual. 

Acredito na evangelização de massa, seja por blog, TV,  rádio, mas não excluo, a divulgação na vizinhança: a eficiente boca a boca.

A mulher na Igreja Evangélica. A Bíblia proíbe o ministério feminino?

PG: A Bíblia não proíbe, mas também não confere. Ninguém pode negar o valor do trabalho das mulheres na Igreja desde sempre e o quanto elas são mais esforçadas que os homens para realizar a Obra. Haja vista, o esforço e a determinação das “Marias” no dia da ressurreição, para ficar somente nesse texto. Também na História da Igreja, no livro de Atos dos Apóstolos, vemos as mulheres agindo de forma muito positiva e operosa.

A mulher no contexto bíblico era entendida como um reflexo do que as culturas da época? Cultura grega, romana, judaica, egípcia?

PG: Não resta dúvida que a mulher é tratada na Bíblia sagrada dentro de um contexto judaico, portanto, patriarcal.  As demais culturas,  Romana, a Grega e Egípcia, tratavam a mulher de forma mais distinta. Ao ler o Evangelho de Lucas, por exemplo, vemos na narrativa lucana, a preocupação de explicitar a valorização da mulher no ministério do Senhor Jesus.

O que o Pastor Guedes pensa de um Ministério Feminino?

PG: O ministério feminino tão contestado por muitos, é uma realidade que não se pode negar. Como já disse, as mulheres realizam mais que os homens, todavia, não vejo nas Escrituras, nenhuma passagem, seja no Antigo, seja no Novo Testamento, que promova o Ministério Pastoral às mulheres. Respeito, porém, as Igrejas que pensam o contrário e que  já abriram as portas, aderindo a esse conceito. E se alguém me apresenta uma pastora, a cumprimento como tal. Não tenho problemas de relacionamento com Igrejas dirigidas ou presididas por mulheres.

Publicação de Conteúdo Cristão. A partir de quando começou a se interessar por publicação de textos na Internet?

PG: Um amigo com quem discutia e fazia abordagem sobre assuntos bíblicos, sugeriu que eu escrevesse o que penso e publicasse. No momento achei tolice, mas depois comecei a escrever alguns textos. Decidi criar um blog para homenagear minha filha, hoje com cinco anos, e aí nasceu o  blog do Pastor Guedes.

Como e onde aprendeu a publicar um Blog?

PG: Os blogs são fáceis de manipular. Acredito que sejam necessárias técnicas para aperfeiçoamento da escrita e como postar, principalmente, as imagens. Aprendi com a máquina mesmo, mas ainda não sei tudo e preciso do curso do Irmão Cruzue para aperfeiçoar o meu espaço.

Quais os autores de blogs que mais aprecia?

PG: Fui admirador de muita gente que hoje me causa desencanto. Gosto do Púlpito Cristão, do Teologia Pentecostal (Gutierrez), Olhar CristaoOlhar Cristão, do Alberto Couto, entre outros. Gosto também do  Teologia da Graça, do Esdras Bento, da Micheline Gome. Seguia outros, mas comecei a perceber algumas incongruências e excesso de ironia ou humor sem ética ou qualidade, então deixei de segui-los.

Tem muitos amigos que também publicam conteúdo na Internet?

PG: Sim, muitos. Mas, estou meio distante deles agora.

O que o Pastor Guedes pensa de um encontro anual de publicadores de conteúdo cristão, para fortalecer a participação dos crentes na escrita, publicação de livros e formação de opinião?

PG: É perfeitamente possível, se os editores se despirem de suas vaidades, pois vejo, infelizmente, que muitos ainda escrevem para combater o texto de outros e assim tecem uma rede rasgada que precisa de conserto. Um projeto para dez anos é possível e viável se começarmos hoje.

Por natureza e pesquisa, um blogueiro evangélico geralmente é uma pessoa com tendência de ação isolada e individualista. O que pode ser feito para tornar um universo individualista em uma comunidade com objetivos comuns?

PG: É preciso trazer à tona uma consciência de unidade para traçar um objetivo comum. Promover blogs que falem a mesma língua e estejam dispostos a discutir e abordar os acontecimentos contemporâneos visando um bem comum, um fim comum, um ideal comum.

O Pastor Guedes está disposto a aceitar o desafio de trabalhar no sentido de tornar estas comunidades  virtuais de blogueiros isolados em uma comunidade social e coesa?

PG: Claro. Vamos dar as mãos. Contem comigo no que diz respeito à colaboração desse projeto.

O que o Pastor Guedes tem a dizer para seus leitores e aos colegas de Blogs?

PG: Quero agradecer a oportunidade de dizer quem sou e o que faço. Gostaria somente de lembrar aos irmãos que a internet e a blogosfera é um instrumento que Deus colocou gratuitamente em nossas mãos. Os blogs são instrumentos poderosos para mudar o mundo, influenciar positivamente a sociedade e evangelizarmos o mundo. 

Pensemos nisso e não desperdicemos a preciosa oportunidade, posto que precisamos remir o tempo posto que os dias são maus (Ef. 5.16).

Fim.

Nota: Francisco Guedes Maia, 49 anos, casado com Regeane, têm um filho de 13 anos, Daniel e uma filha de 5 anos,Sara Monalisa. Pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Professor de Teologia, trabalho com Aconselhamento Pastoral nos sites www.assembleia.org.br e www.telepaz.com.br.