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segunda-feira, janeiro 06, 2014

As correntes do Sul do Salmo 126




Wilma Rejane


Os que semeiam em lágrimas, com cânticos de júbilo segarão. Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos. Salmo 126:5-6 


Como você acordou hoje? Sorrindo ou chorando? Se acordou sorrindo: Lembra que tempos atrás seu choro parecia uma eternidade? Se acordou com os olhos marejados de lágrimas , molhou o travesseiro e escondeu o gemido para não perceberem sua dor: Lembra que já passou por situações bem piores? Graças a Deus pelas lágrimas que nos lavam a alma. “Chorar é diminuir a profundidade da dor”, escreveu Shakespeare.

"Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, Senhor, como as correntes do Sul" Salmo 126:4

Prosseguir chorando e voltar sorrindo diz respeito a um cativeiro. Lugar de privação e provação, mas também de quebrantamento na presença do Senhor. Caminha-se enquanto chora, mas ainda assim, preserva-se a esperança e fé (sementes). O regresso jubiloso, é comparado as correntes do Sul, e que lugar é esse? Se refere as torrentes no deserto de Neguebe, um lugar inóspito ao Sul de Jerusalém. Ali existe um leito de rio vazio e seco em alguns períodos do ano, mas de repente, e sem haver chuva ou explicação, o lugar é inundado por torrentes de águas, e o lugar então, faz jus a indicação: "correntes do Sul" ou "torrentes do Sul" que transbordam como em um fenômeno.
Essa explicação cabe muito bem no significado da palavra alegria, encontrada em muitos versos Bíblicos:


Alegria- Rinnah (Stong 07440) significa “dar brados de júbilo, aclamar, aplaudir fortemente com triunfo; cantar”. Rinnah transmite uma grande vitória assim como redimidos retornando do cativeiro para Sião. No livro do profeta Sofonias 3:17 diz: “O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar, Ele se deleitará em ti com alegria, calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo”, literalmente: Deus dançara sobre o seu povo, jubilara, dará brados de vitória com alegria. Onde mais encontraríamos um amor assim? Para nos alegrar com tamanha intensidade? Quem compreenderia tão bem o motivo de nossas lágrimas?

Há momentos na vida em que o choro parece consumir nossos sonhos e riso. Lágrimas, porém são necessárias para nosso crescimento espiritual. Lembro de quão doloroso foi para Sara e Abraão, prosseguirem na caminhada pelo deserto, carregando os molhos e as sementes de fé. Eles queriam filhos, mas a esterilidade era como um cativeiro. E um dia, das lágrimas e molhos, chega Isaque, o riso. O que dizer do choro de Jacó, de José, de Ana? Do choro de Jesus. A vida é mesmo como esse Rio ao Sul de Jerusalém, no deserto de Neguebe. Mas temos a graça e o Cristo que conta nossas lágrimas.

A vida é assim, repleta de lutas e se choramos com Deus, Ele nos consola. Sim, mesmo no cativeiro. Nesse momento, temos em diversas partes do mundo, servos fiéis  passando por cativeiros: missionários em prisão, mulheres em decepção por causa de um relacionamento, homens desempregados, quem sabe doenças, morte. Todos esses cativeiros são reais, mas não podemos soltar as sementes das promessas de Deus, não podemos perder jamais a alegria de ter o Reino de Deus em nós. As torrentes do Sul, podem jorrar como um despertar espiritual nos proporcionando crescimento que não alcançaríamos, de outra forma, que não através do choro de arrependimento, decepção, tristeza e outros.

Deus o abençoe

sexta-feira, outubro 04, 2013

Água e vinagre em uma lição para a vida




Wilma Rejane


Uma passagem Bíblica no livro de Gênesis me chamou a atenção. É sobre José. Lendo-a pude perceber porque ele era tão especial e teve um papel relevante na história do povo judeu. Um gesto de José na prisão muito diz sobre sua personalidade (pequenas coisas, grandes significados).

 "E veio José a eles pela manhã, e olhou para eles, e viu que estavam perturbados. Então perguntou aos oficiais de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa de seu senhor dizendo: Por que estão tristes os vossos semblantes?"(Gn 40:6,7).

José percebia o estado sentimental das pessoas, coisa rara em nossos dias.  O egoísmo é uma característica marcante da sociedade atual. Muitas pessoas passam por nossas vidas diariamente e muitas se vão sem que percebamos como estão, quem são e o que poderíamos fazer por elas.


Judeus não falavam com samaritanos

Os samaritanos haviam construído um templo no monte Gerizim para rivalizar com o de Jerusalém, mas o templo foi destruido por João Hircano. Eles atribuiam ao seu monte, maior santidade que ao monte Moriah. Acusavam os judeus de terem feito adições a Palavra de Deus e se orgulhavam em reconhecer apenas o Pentateuco como livro inspirado. Favoreciam Herodes -  que não era popular entre judeus.

Os samaritanos também acendiam falsas luzes nos montes para confundir os cálculos dos judeus sobre luas novas e assim confundirem as festas.  Chegaram a profanar o templo em Jerusalém, em plena Páscoa, espalhando ossos humanos em algumas áreas. Os conflitos entre judeus e samaritanos eram constantes e faziam questão de tornar o ódio público. Os judeus se referiam aos samaritanos como "filhos de Cão, cãozinhos".

Judeus mudavam de calçada ao verem samaritanos, era uma guerra cultural que perdurava...Até que Jesus veio e em seu encontro com a mulher samaritana, ensinou que a paz era possível e que não existia povo mais digno ou menos digno. Ele parou em um lugar que os judeus geralmente não parariam e falou com uma samaritana a quem seus compatriotas ignorariam. Faminto e com sede, Jesus quis primeiro saciá-la: 

"Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz : dá-me de beber, tu lhe pedirias, e Ele te daria água viva." Em pouco tempo de conversa a samaritana foi curada.

Saciando a sede


Porque não paramos para perceber os sentimentos das pessoas e assim  curar vidas? Estamos tão preocupados com nós mesmos que esquecemos do outro. Achamos que precisamos ser curados primeiro para depois curar o outro, porém nunca estamos curados totalmente.

Jesus curou toda a humanidade quando esteve em sua maior dor. Ele libertou a todos quando esteve preso pelos pés, pelas mãos, todo o seu corpo doía, seu espírito clamava pelo Pai. Foi ai que consolou as multidões .

Água e vinagre

 "Puseram fel na minha comida e para matar-me a sede deram-me vinagre." Salmo 69:21

Jesus é a Fonte de água que sacia o espírito humano. Ele ouve atentamente cada pessoa e consola de forma inigualável. Mas quando Ele teve sede, como em demonstração de  mundo perverso e egoísta, deram-lhe vinagre para beber. Vinagre não sacia sede, é substância ácida que resseca o paladar.

Alguma vez você teve sede e te deram a beber vinagre? "Oh, sim, isso já aconteceu muitas vezes comigo!". Em parábola, podemos ser comparados a água ou vinagre. José era água, Jesus é A fonte. Os soldados romanos foram vinagre para com Jesus.

Onde estão os José's?

Ainda é possível encontrá-los em nosso cotidiano. José do Egito não se tornou amargo ou insensível pelas tribulações da vida, antes cresceu em seu tempo de cativeiro. E penso ser essa uma importante lição para todos nós: Ao procurarmos consolar os outros, estando nós em aperto, também somos consolados.

Dale Carnegie, autor do best - sellers "Como Evitar Preocupações e Começar a Viver", foi um especialista em relacionamentos. Ele tratou de inúmeras pessoas com depressão e transformou suas experiências em livros. Ele conta que a cura para muitas doenças  está no fato de ocupar o tempo ajudando pessoas.

Não foi isso que Jesus nos ensinou? Amar o próximo como a si mesmo. Isso parece algo difícil de ser aplicado, especialmente se considerarmos o contexto de iniquidade a qual somos expostos todos os dias. De fato, há ajudas que até prejudicam, mas que não seja assim conosco.

Jesus apenas conversou com a samaritana, o suficiente para ela perceber que Ele a amava, como ninguém. José cuidava das pessoas e mesmo estando preso. Ele despertava tanta confiança que recebeu as chaves do presidio. Pela manhã, José podia ser visto conversando e consolando um e outro.

Se não formos vinagre para o outro, isso já será grande, em feito.


No amor de Jesus. 

quarta-feira, janeiro 16, 2013

O avivamento que precisamos é o amor


Pastor Angelo Miollo


Algo têm me tocado muito nesses últimos dias, o fato de ver tantas pessoas necessitadas de alimentos, de roupas, de serem acreditadas na vida, de emprego, de amigos, e principalmente de AMOR!

O amor é a palavra que menos se ouve dizer nos arraiais evangélicos! Porque será?

Fiquei meditando nas palavras de João, "nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos irmãos. Ora aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade". 1Jo 3.16-18, e percebi nessas palavras que, amor significa doação, e num mundo capitalista onde tudo é voltado para o indivíduo realmente reconheço a dificuldade de dar.

Pregações baseadas em textos como "dai e lhe será dado"; "porque Deus ama aquele que dá com alegria", sempre são usadas para em relação ao dinheiro dado na Casa de Deus através de dízimos e ofertas. Damos algo a "Deus" pensando em receber de volta através de bençãos financeiras e materiais. Temos sido senhores de nosso próprio ventre, pensando sempre em nós mesmos, no nosso bem estar, no nosso conforto material, e Mamom tem reinado nos corações ao invés do Senhor Jesus Cristo.

O princípio do amor é doação, e o apóstolo João claramente nos diz que assim como Cristo deu a sua vida por nós; também devemos dar a nossa vida pelos irmãos.

Ora, o amor é capaz de dar a vida, ou seja, se anular totalmente, deixar de ser para que o outro seja, tirar o que eu tenho para dar ao que nada tem, pensando sempre no outro e não em mim mesmo.

A teologia barata e infernal da prosperidade, tem tirado a muitos do foco do Evangelho de Cristo, e o mundo tem visto um povo movido por causa própria, desafios de fé para dar algo material de grande valor na "igreja", um povo movido pelas bençãos da cura, do emprego, do sucesso profissional, da família.

O ano de 2011, reservou um inverno mais rigoroso do que anos anteriores, e vemos muitas pessoas necessitadas de agasalhos para se aquentar e alimentos para se saciar.

Quando somos cheios do caráter de Cristo, somos como o bom samaritano, vemos o necessitado, paramos, pensamo-lhes as feridas, cuidamos e damos daquilo que temos, até ver a pessoa restaurada.

Não amemos somente de palavras, mas de verdade, através de demonstração de atitudes.

"Aviva em nós Senhor, a chama do amor uns pelos outros, pois é desse avivamento que realmente precisamos"

Faça algo em demonstração de amor, sem querer nada em troca.

Que Deus os abençoe com a satisfação do amor.

Em Cristo

Pr. Angelo