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sábado, março 31, 2012

Uma Visão Bíblica sobre a 3ª Idade


será mesmo que todo idoso age assim?

É Possível Ser Feliz e Realizado na 3ª Idade?

O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano. Os que estão plantados na casa do SENHOR florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, (grifos acrescidos)
Falar sobre motivação na Terceira Idade parece até sem propósito, visto que a  visão que se tem do idoso, no Brasil, beira o desprezo e a humilhação. Para muitos, entrar na 3ª idade se torna motivo de tristeza, angústia e, paradoxalmente, piada. Quase todos já viram ou sabem de reportagens sobre asilos em que idosos foram maltratados e vituperados, sem contar que alguns asilos se tornaram verdadeiros depósitos humanos onde as famílias depositam lá seus estorvos. Será que o ser humano também tem prazo de validade ou grau de obsolescência e não estou sabendo?

Como eu nasci no século passado (milênio passado, para ser mais exato... risos), em alguns anos, se tudo correr bem, claro (rá!), eu devo estar me aproximando dos portões dourados da melhor idade, como dizem alguns. Em meu blog (Desafiando Limites, caso você esteja lendo este post em outro), eu sempre me proponho a motivar as pessoas a enfrentarem e desafiarem seus limites e, na grande maioria das vezes em que recebi um feedback, era de pessoas jovens. Logo, eu não tenho muita experiência para me dirigir aos com muita bagagem de vida, mas vou tentar.

Eu jamais havia parado para pensar que pessoas idosas pudessem precisar ser motivadas, e nem sei explicar bem o motivo de pensar assim. Até que comecei (tardiamente) a ler o excelente livro Nos Desertos da Vida, do pastor e psicólogo Marcelo Aguiar. Foi dele que extraí a inspiração para falar sobre como podemos ouvir melhor a voz de Deus em meio ao deserto

Desta feita, senti que Deus me direcionava a escrever um texto motivacional voltado ao pessoal mais experiente e calejado pela vida. Até me sinto encabulado em escrever algo nesse sentido... Como vou motivar alguém como idade para ser meu avô? (estou aberto a sugestões... risos)

Eis aqui um vídeo altamente inspirador de um distinto senhor que resolveu fazer algo que muitos julgariam impossível, apesar da idade. Trouxe lenço?

Link: http://youtu.be/p404sUHQQOI 


Voltei. Então, se Deus falou, água parou. Vou escrever, mesmo que sirva apenas como exemplo do que NÃO se deve escrever, e que surjam outros textos melhores para que nossos valentes velhinhos (emprestei essa do Pernalonga) desenferrujem as juntas e criem ânimo para viver uma vida saudável e produtiva. Para essa tarefa, vou convocar três velhos conhecidos meus (com o perdão do trocadilho), todos na flor da 3ª idade: Moisés, aos 80 anos; Calebe, aos 85; e João (apóstolo), do alto de seus 90 anos.

É bem capaz de alguém ainda vir me dizer que estou perdendo tempo, porque a expectativa de vida do brasileiro mal ultrapassa os 73 anos! Mas, ser teimoso também tem suas vantagens... risos. Vamos ao que interessa.


Moisés - do anonimato à relevância aos 80 anos!


A vida de Moisés é permeada por acontecimentos extraordinários, a começar pelo começo seu nascimento. Como você deve conhecer bem sua história, mesmo porque Os 10 Mandamentos era reprise quase obrigatória na emissora do plim-plim há alguns bons anos, não precisarei me estender no assunto. E teve também, para os mais jovens, aquele desenho animado (O Príncipe do Egito), mas não tão bom quanto o clássico filme com Charlton Heston, em minha opinião, claro.

Mas, se pudéssemos identificar alguma característica em Moisés que nos desse uma pista do porquê ele se tornou tão importante aos 80 anos, qual seria?

Em primeiro lugar, vale relembrar que Moisés, no auge de seu vigor, aos 40 anos, e candidato potencial na linha sucessória ao trono egípcio, foi relegado à obscuridade quando tentou fazer as coisas por si mesmo. Então, 40 anos depois, aquele que um dia foi príncipe, e agora um simples pastor nômade a serviço de seu sogro, tem uma nova chance. No meio do deserto, Moisés ouviu o chamado de Deus para uma grande obra.

Após tantos anos distante do cenário que marcou sua infância, juventude e início da vida adulta, é perfeitamente compreensível que Moisés tenha relutado em dizer sim ao chamado divino. Mas, é justamente aqui que encontramos o diferencial, aquilo que realmente fez toda a diferença para que Moisés se tornasse um homem realizado: aceitar o desafio de Deus. Claro, o sucesso de Moisés é devido a um concurso de fatores e, claro, não aconteceu do dia para a noite, mas foi se consolidando ao longo do tempo. Todavia, parece claro que o start da vitória foi aceitar a missão que Deus lhe confiou.

Existem muitas pessoas povoando asilos, sentindo-se como se estivessem em desertos, e que poderiam fazer grandes coisas se alguém lhe desse a oportunidade e eles ousassem aceitá-la! É possível realizar grandes feitos, mesmo após os 60, 70 ou 80 anos? A experiência de Moisés nos diz que sim. E, meu caro, se Deus estiver com você, aquilo que é impossível vai se tornar possível. Basta crer, confiar e arregaçar as magas. Se achar um cajado por perto dando sopa, ajuda um bocado... risos

Se calhar de você trombar com uma sarça ardente por aí, está disposto a dizer sim?


Calebe - conquistando o impensável aos 85 anos!


A história de Calebe, apesar de curta se comparada à de Moisés, também é deveras emocionante. Esse homem era considerado um homem de valor antes  de ficar famoso, visto que foi escolhido para ser um dos 12 espias em Canaã. Mas, ele demonstrou seu verdadeiro valor quando não se conformou em ser chamado de gafanhoto e acreditou que era possível conquistar uma vida melhor.

Às vezes, achamos que é importante a forma como os outros nos veem, mas descobrimos que é muito mais importante a forma como nos vemos. Se você se vê como um pequeno gafanhoto, por que achar que a visão que as pessoas terá de você será melhor do que isso? Mas, pelo erro dos outros, Calebe foi penalizado a perambular 40 anos pelo deserto. Sabe, é muito chato quando os outros fazem a besteira e quem paga o pato é você, mas... é a vida, e é assim que a vida é. Você não pode mudar a vida, mas pode fazer a SUA vida melhor. É assim que funciona, e é assim que você deve agir.

E o vento levou tempo passou, e ele saiu do deserto. Mas, tinha um pequeno, mínimo, mísero detalhe: haviam se passado 40 anos... E agora, José Calebe? Há uma terra a ser conquistada e você ainda tem ânimo para isso? Será que dá tempo? Quantos anos você tem agora?

Vamos ouvir o que Calebe tem a nos dizer:
Eu tinha quarenta anos quando Moisés, servo do Senhor, enviou-me de Cades-Barnéia para espionar a terra. Eu lhe dei um relatório digno de confiança, mas os meus irmãos israelitas que foram comigo fizeram o povo desanimar-se de medo. Eu, porém, fui inteiramente fiel ao Senhor, ao meu Deus. [...] E foi há quarenta e cinco anos que ele disse isso a Moisés, quando Israel caminhava pelo deserto. Por isso aqui estou hoje, com oitenta e cinco anos de idade! Ainda estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; tenho agora tanto vigor para ir à guerra como naquela época. (grifos acrescidos) 
Eis o segredo de Calebe, para realizar grandes conquistas:
  1. Não perder a esperança de realizar seu projeto de vida;
  2. Não perder a fé de que Deus vai ajudá-lo a realizar esse projeto;
  3. Não perder o ânimo de querer realizar seu projeto.
Uma das coisas que devem ser ditas sobre a atitude de Calebe é que o vigor e a jovialidade são muito mais um estado mental ou de espírito do que, propriamente, uma condição física. Você deve conhecer muitos jovens desanimados, que se acham sem forças para realizar qualquer tarefa. Ao mesmo tempo, conhece também muita gente de idade que é ativa e dinâmica.  É isso: mantenha sua mente jovem, mesmo que ela esteja dentro de um corpo velho e cansado porque, no fim das contas, é ela (sua mente) quem comanda. Siga o exemplo de Calebe e conquiste sua terra prometida.

Que tal dar uma rejuvenescida em sua mente e resgatar os sonhos perdidos?


João - exilado e esquecido pelos homens, mas não por Deus


O apóstolo João, também conhecido por discípulo amado, por sua comunhão e  intimidade com o Mestre, também havia chegado à terceira idade. Sim, a idade chega para todos, não adianta você tentar fugir disso. Pintar os cabelos, aplicar botox, suavizar as rugas, nada disso atrasa o tempo, apenas disfarça. Há algum tempo, eu tinha apenas alguns cabelos brancos em meio aos pretos. Hoje, a coisa está começando a ficar preta pro meu lado. OH WAIT! Está ficando branca... Sabe, é só uma leve impressão, mas estou desconfiado que eles - os cabelos brancos - vão acabar ganhando essa batalha (contra os cabelos pretos) mais cedo ou mais tarde...

Entenda: quando você nasceu, estava traçada uma linha do tempo para você.  Nascer, crescer, amadurecer e morrer é o normal da vida. Só envelhece quem está vivo, essa é a regra. Se alguém não está envelhecendo, é porque ou não nasceu ou já morreu. Entendeu ou quer que eu desenhe? Você foi projetado para isso, eu fui, seu pai, sua mãe, seu vizinho, seus amigos e até seus inimigos. Envelhecer, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma maldição, é uma bênção.

Infelizmente, por conta dos péssimos exemplos que temos visto na sociedade, conforme vamos perdendo a cinturinha de pilão e trocando pela cintura de bujão botijão, deixando de ser modelo da Ford pra se tornar modelo da Brasilgás, naturalmente nós vamos ficando angustiados e amargurados com a vida. Mas, como as frutas, nós também vamos (deveríamos) melhorando conforme amadurecemos. Uma vida bem vivida sempre é uma vida prazerosa, e envelhecer faz parte disso (o amadurecer).

E João, o apóstolo do amor, que era bem jovem na época de Jesus, também envelheceu. A tradição diz que ele tinha mais de 90 anos quando foi lançado na ilha de Patmos. Ele foi a exceção entre os demais apóstolos, já que todos não puderam envelhecer naturalmente ou totalmente. E o que fez a vida de João ser diferente do senso comum, que ficar velho é viver nostálgico com o passado, amargurado com o presente e desiludido com o futuro? Preparado?

João nos deixa uma lição tremenda: ao invés de ficar olhando por cima do ombro para o que ficou para trás, ele levanta esperançosamente seus olhos para o futuro! Sim, João não se deixa dominar pelo saudosismo, ele encarou o futuro de frente e mostrou que sua vida não foi em vão. E é justamente isso que está faltando na vida de muitas pessoas: um senso de propósito, pois quando elas perdem o interesse pelo que há de vir, elas não começam a  envelhecer, elas começam a morrer! E morrer por antecipação.

Você, caro leitor(a), também pode dar um novo sentido a sua vida se pensar no futuro, ver que ainda há muita coisa interessante para acontecer na vida, inclusive na SUA vida! Faça como João, mesmo exilado, e quem sabe você esteja em um asilo agora, não ficou remoendo o passado nem reclamando do presente, ele olhou para frente, ele enxergou o futuro, e que futuro foi aquele! Se João, com mais de 90 anos, foi capaz de ver um futuro promissor, por que você não pode?



Faça de seu asilo uma Patmos, e veja os céus se descortinando em novas cores e sons, com figuras jamais vistas. A grande lição de João foi, mesmo às  portas da morte, deixar um legado permanente, porque ele enxergou o que era eterno.

E você, vai ficar aí parado, vendo a vida passar ou vai sacudir a poeira e dar a volta por cima? Você ainda pode fazer muito, se você
  • disser sim para Deus, a despeito do tamanho do desafio;
  • preservar uma atitude mental positiva, apesar do avançar do tempo; e,
  • olhar com esperança para o futuro, mesmo se a vida parece chegar a um beco sem saída.
Avalie, comente e compartilhe, abençoando outros. Deus te abençoe.


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terça-feira, dezembro 06, 2011

Prosperando no deserto da vida


Prosperidade em meio à crise - revelando o caminho das pedras

Isaque formou lavoura naquela terra e no mesmo ano colheu a cem por um, porque o Senhor o abençoou. O homem enriqueceu, e a sua riqueza continuou a aumentar, até que ficou riquíssimo. Possuía tantos rebanhos e servos que os filisteus o invejavam. Estes taparam todos os poços que os servos de Abraão, pai de Isaque, tinham cavado na sua época, enchendo-os de terra. Isaque reabriu os poços cavados no tempo de seu pai Abraão, os quais os filisteus fecharam depois que Abraão morreu, e deu-lhes os mesmos nomes que seu pai lhes tinha dado.

Introdução

Falar de crise é tocar em um ponto nevrálgico para muitos. É colocar o dedo na ferida das emoções e mexer nas cicatrizes do passado. Crise sempre foi uma palavra temida no Brasil e praticamente qualquer brasileiro com mais de 25 anos já sentiu na pele seus nefastos efeitos. Talvez você seja um desses, e esteja neste momento sofrendo as dores de parto, digo da crise. 

Até bem pouco tempo, era moda dizer que quando os Estados Unidos espirravam, o Brasil pegava pneumonia. Isso mudou: os EEUU pegaram quase uma tuberculose em 2008 e o Brasil teve apenas uma leve coriza. É... as coisas mudam: o que vale hoje, pode não refletir o passado e nem muito menos servir de garantia de sucesso no futuro. Que o [mau] exemplo dos EEUU nos sirvam de lição de humildade.
 
Eu também já fui vítima de crises. Na crise da Tequila (México), em 1994, houve um drástico corte nos concursos, época em que eu estava apto para passar no Concurso da Receita Federal, pois havia raspado a trave no ano anterior. Meus sonhos foram por água abaixo e a conquista de um cargo público na elite do funcionalismo demorou quase 15 anos para se tornar realidade.

Em 1998 eu perdi uma excelente oportunidade de trabalho por conta da crise da Vodka (Rússia) e, recém-formado, iniciei um turbulento período de desemprego que me levou a uma espiral de fracassos e decepções que culminaram em um processo depressivo. Nessa época eu descobri o que era o deserto de Deus, e até as minhas necessidades mais básicas eram atendidas quase no último instante e, não raras vezes, dependendo da boa vontade de outras pessoas. Quando eu estava passando por aquela situação, muitas vezes entrei em desespero e olhei para o céu me sentindo abandonado por Deus à própria sorte...

Mas, tudo isso passou, e eu venci. Às vezes, as pessoas nem fazem idéia de como eu posso extrair posts motivadores de tantas experiências amargas que tive, como foi o caso de minha coleção de fracassos amorosos (eu era um Don Juan às avessas #vergonha). Sabe, eu aprendi que é dos limões mais azedos que podemos extrair o melhor suco. E é isso que quase sempre faço (quando não estou falando bobagens, claro... risos) aqui no blog Desafiando Limites: fico espremendo minhas derrotas e fracassos, adoçando com humor e mexendo o caldo até virar um banquete aos famintos, desiludidos e decepcionados com a vida.

E é disso que vou falar: vencer a crise. Foi o que Isaque fez, venceu a crise em meio ao deserto e cercado de hostilidade de seus vizinhos. Como ele fez isso? É o que vamos descobrir, juntos, a partir das próximas linhas. Me acompanhe.

1. As dificuldades fazem parte da vida

Se existe uma coisa que precisamos entender é que as dificuldades fazem parte da vida, e que não existe um vida sem dificuldades. É assim que é a vida, e é assim que a vida é. Sabendo disso, ficará muito mais fácil você encarar as dificuldades (e oportunidades) de frente e fazer suas escolhas de modo consciente e consistente. Esteja ciente do que lhe aguarda após a próxima curva do rio, para não ser pego de surpresa. Você já deve estar escolado nessas coisas, mas não custa reforçar, certo?
  • querem roubar nossa herança: no deserto, quem cava um poço é dono. Isaque, como filho de Abraão, o desbravador de deserto e cavador de poços, era o legítimo herdeiro daqueles poços cavados por seu pai. Sabe, é triste e decepcionante descobrir que existem os parasitas do trabalho alheio, que vivem de sugar o resultado do esforço e suor do próximo (não, não estou me referindo aos políticos brasileiros e afins, mas que deu vontade... ah, isso deu). Esteja atento aos ladrões de herança, inclusive entre seu círculo íntimo.
  • querem impedir nosso crescimento: nós fomos projetados para crescer, evoluir, amadurecer, enfim, avançar. Mas, tem gente querendo jogar açúcar no nosso churrasco e estragar a nossa festa. Se já não bastasse ser difícil crescer em meio aos problemas, ainda tem uns trolls safados insistindo em puxar o freio de mão de nossa carroça. Cuidado com quem você chama para se sentar ao seu lado na corrida da vida.
  • querem nos expulsar do lugar da bênção: se tem uma coisa que me chateia é a incrível quantidade de pessoas invejosas ao redor do mundo. Como já dizia um pastor meu: basta você revirar uma pedra para achar um invejoso embaixo dela (junto com cobras, lagartos e outros bichos semelhantes). Para esse tipo de pessoa, não basta ela estar bem, você tem que estar na pior. Nosso sucesso parece incomodá-las, mas quer saber? Prospere em meio à crise, e deixe que eles se mordam de inveja.  =)
  • querem nos forçar a parar no meio do caminho: esse é o golpe mais baixo que existe, que é fazer você parar e desistir de tudo. Usando todo tipo de tática intimidatória, os arautos do fracasso não suportam ver você avançar enquanto tantos ficam para trás. Mas, o que muitos não conseguem perceber é que investindo esforços em nos fazer desistir, tais pessoas dão um testemunho silencioso que, paradoxalmente, acreditam em nosso sucesso. E temem que consigamos chegar lá. Que tal não desapontá-los? risos

2. As atitudes que fizeram a diferença

Em meio a tantos desafios, Isaque conseguiu prosperar em pleno deserto. Nos versos iniciais, vemos que ele semeou no deserto e colheu a impressionante cifra (ou safra... vai saber né) de 100 por 1! E mesmo tão próspero e abençoado, ele não ficou acomodado e deslumbrado com suas conquistas. Ao se tornar tão bem-sucedido, Isaque imediatamente atraiu os olhares invejosos dos filisteus, que não suportaram seu sucesso retumbante. Acontece isso todo dia, comigo, com você, com qualquer um que se destaque: ser tratado com desdém pelos invejosos de plantão.

Então, aconteceu o inevitável: Isaque foi expulso por causa de sua competência em ser excelente empreendedor. Uma vez, ao assumir um cargo num certo órgão (que não vou dizer qual... risos), eu comecei muito animado, saindo de um desemprego constrangedor, queria mostrar serviço e fazer as coisas do jeito certo. Eu não queria aparecer, galgar degraus ou obter status, eu queria apenas e tão-somente TRABALHAR e fazer jus ao meu salário. Era pedir muito?

Mas, não foi assim que me enxergaram... eu, sem saber, despertei inveja com aquela minha ânsia de trabalhar e fazer as coisas bem feitas. Fui humilhado e depreciado, marginalizado e colocado numa sala escura para perfurar e carimbar folhas. Uma colega de trabalho que soube da história chegou a dizer que eu havia sido punido por demonstrar que era competente! Tem base um negócio desses? #coisasdoBrasil

Fiquei indignado, mas pensei melhor e disse a mim mesmo: "bom, não adianta revoltar, então se eles não me querem aqui, vou fazer a vontade deles: estudar e sair para outro órgão melhor assim que puder!". Esquecido naquela sala com cheiro de mofo, eu pensava que era o meu fim, e olha que não tinha nem 3 meses que eu havia assumido! 

Só que Deus estava olhando para mim e, para encurtar a história, pouco tempo depois eu fui convidado a assumir o lugar de quem me colocou na "geladeira". E a pessoa, para onde foi (não que eu quisesse assim, que fique claro)? Exatamente. Foi praquele lugar. Não, praquele não! Foi pro lugar que eu estava antes, o mesmo para o qual ela havia me mandado... risos #Deustremendo #Deusquesurpreende

Aprenda as lições de Isaque para, mesmo em meio à crise, prosperar e vencer.
  • Isaque cavou os poços antigos: aqui a palavra-chave é racionalizar esforços. Em administração aprendemos que racionalizar recursos e esforços significa aproveitá-los ao máximo, e fazendo uso de recursos antigos, mas ainda viáveis, Isaque demonstrou grande capacidade de gerenciamento na crise, pois identificou corretamente algo que poderia ser aproveitado sem despender muito esforço. Se já existe algo funcionando, por que não utilizar isso? Nem sempre começar tudo do zero é a opção mais sábia. Saiba avaliar o custo x benefício das decisões e poupar esforços para aquilo que é imprescindível.
  • Isaque cavou novos poços: a grande lição legada por Isaque neste quesito é iniciativa. Quando a solução anterior mostrou-se de curta duração, a necessidade de inovar e descobrir novas alternativas chegou. Muitas pessoas ficam estagnadas na vida justamente por não possuírem a capacidade de se reinventar em vista de uma dificuldade inesperada ou oposição cerrada. Tenha iniciativa, não fique preso aos velhos chavões, mas seja criativo e descubra novos caminhos para atingir o mesmo objetivo, pois isso vai levá-lo a subir novos degraus na escada da vida.
  • Isaque não ficou "arengando" pelos poços cavados: sabe qual é segredo sobre as contendas (arengas, em bom nordestinês)? É não ficar perdendo tempo com essas briguinhas tolas, pois seu intento principal é tirar nosso foco, e nos fazer desperdiçar tempo e recursos com essas coisas irrelevantes. Afinal, se eu sei que posso cavar mais poços, se eu sei cavar poços e sei onde cavar e obter resultado, por que perder tempo com bobagens? Resumindo em uma frase a lição de Isaque: não perder tempo e nem o foco.
  • Isaque não parou de cavar poços: Os filisteus sabiam que estavam diante de alguém capaz e inteligente, e sabiam que se deixassem ele seguir em frente, ele iria longe. Por isso, todas essas tentativas não tinham outro objetivo maior do que fazer Isaque desanimar e desistir, e então capturá-lo nesse momento de fraqueza e vulnerabilidade. Se você se encontra diante da tentação de desistir, é nesse momento que você deve envidar seus maiores esforços para vencer a batalha. A chave disso é não desistir de tentar.
  • Isaque insistiu até conseguir seu lugar de descanso: se tem uma coisa que eu preciso tirar o chapéu pra Isaque é que ele era uma pessoa insistente. Insistente no sentido de persistir, de correr atrás de seu objetivo, de não desistir de seus sonhos. As maiores tentações que já enfrentei, mesmo concorrendo com milhares de pessoas por uma vaga em um concurso público, não foi receio de não conseguir ser aprovado, mas uma perturbadora vontade de jogar tudo pra cima e me esconder no comodismo. Mas Isaque nos mostrou uma situação diferente, que não devemos abrir mão de nossos objetivos.
  • Isaque honrou a memória de seu pai: essa é mais uma virtude de caráter do que propriamente uma atitude que influencia a conquista de objetivos. Todavia, eu aprendo lições valiosas aqui. Isaque admirava seu pai, e tinha prazer em mostrar isso publicamente. Muitas vezes observo que uma relação saudável pais & filhos traz muitas vantagens, tanto para uns como para outros. Por exemplo, meu pai está de cabelos todos brancos e eu com algumas décadas de vida (nasci no século passado...), mas ele sempre me cumprimenta com um beijo. Sai inveja (risos)! Qual é a lição? Seja grato e não renegue suas raízes.

 
comece a cavar

3. Desentulhando os poços, o primeiro grande desafio

Uma coisa ainda deve ser dita de Isaque: ele era um homem de visão. Ele enxergava soluções onde os outros só viam problemas. Alguém poderia dizer: "Isaque, os filisteus entulharam os poços, e agora?". Ele tinha atitude de quem coloca a mão na massa e resolve, não fica empurrando o problema com a barriga, nem despachando para assessores de coisa-nenhuma, que nada fazem de útil e proveitoso. Não, senhor, Isaque era diferente. Ele compreendeu que as dificuldades abrem portas de oportunidades.

Mas, por que é primordial começar a tirar os entulhos de nossa vida para obter sucesso e prosperidade? Entulho é uma palavra bastante versátil e com vários significados, entre eles "lixo", "restolho", "imprestável", "sobras" e outros mais. Quando deixamos acumular entulho em nossa vida estamos entupindo os canais que podem nos trazer coisas novas e úteis. Os rios, por exemplo, também sofrem de "entulhamento", que é o processo quando se desmata as margens e eles perdem a proteção natural contra a erosão e vão acumulando areia em seu leito. Em outras palavras, eles acabam ficando assoreados. Alguns rios menores podem até morrer por causa disso.

Desentulhar sua mente pode ser o primeiro passo de uma caminhada vitoriosa. Para começar, tire de sua mente os pensamentos negativos, de frustração e decepção com o passado, pare de ficar se lamentando com os fracassos, e deixe de ficar colocando a culpa de seus erros nos outros. Outra importante atitude é deixar o comodismo de lado e colocar em prática ações que realmente farão diferença em sua vida. Agindo assim, você logo perceberá que sua mente voltará a funcionar melhor e as coisas fluirão como antes, quem sabe até melhor do que antes!

Às vezes, é preciso reconhecer que os entulhos são nossas desculpas de estimação, aquelas justificativas ridículas que usamos para tapar o sol com a peneira explicar porque ainda não conseguimos sair do marasmo. Sim, nossa mente necessita de um desentupimento das desculpas esfarrapadas se desejamos alçar voos mais altos e chegar mais longe.

Outro segredo para conseguirmos limpar a mente da sujeira é a humildade. Claro! Observe alguém limpando um poço: ele se abaixa, se ajoelha. Quer mais? É preciso ter coragem para sujar as mãos e fazer a coisa certa. Não se engane: você jamais conseguirá sair do atoleiro sem descer do salto e arregaçar as mangas.

Está na hora de parar de patinar e ganhar terreno na estrada da vida, e o momento de tirar o entulho de sua mente chegou. Procure ocupar sua mente com pensamentos úteis e atitudes positivas. Pode parecer ineficaz no começo, mas logo mais você vai perceber a diferença. Experimente!

4. Conclusão

Quando estamos em meio à crise, muitas vezes bate o desespero, e queremos agarrar a primeira oportunidade que aparece como se fosse a última tábua de salvação. É nas crises que nossa paciência fica reduzida a níveis ínfimos, nossa perseverança arrefece e a esperança desvanece no ar. A crise é uma momento singular que nos prova ao extremo e, quando pensávamos que já havíamos atingido nosso limite, descobrimos que a corda foi esticada além do que imaginávamos.

Um dos maiores desafios que enfrentamos na crise é manter a cabeça fria e a sensatez em dia, para que possamos raciocinar com clareza e perceber as nuances e sutilezas que alteram as circunstâncias que nos cercam. É preciso estar atento para discernir a mudança na direção do vento, antes contrário para favorável. Precisamos estar de pé e preparados para esticar novamente as velas e singrar os mares revoltos, mas em nova direção, rumo ao sucesso.

Eu, finalizando (ufa!) preciso confessar algo: não é fácil escrever algo de relevância para quem está na dependência de um "milagre". Eu mesmo já estive em situação semelhante, e sei que nosso maior desejo não é ler uma palavra de incentivo, mas obter a solução de nosso problema e a saída dessa desagradável situação. Eu entendo você, pois já pensei desse mesmo jeito, e não o culpo.

Todavia, permita-me um momento #sinceridade: não existe solução mágica para sair da crise. Às vezes, caímos de paraquedas bem no meio da crise, mas não existem saídas fáceis. Você, caro leitor(a), não tem alternativa: é sair ou sair, pois ficar não é a solução. E para sair da crise, você tem que colocar em prática o que eu disse e, é sério! funciona mesmo. Comece aos poucos, mas comece. Você vai ver que, quem sabe, a solução está bem pertinho de você, ao alcance da mão, mas é preciso um mínimo de esforço para conquistá-la. Quer saber? Vale a pena o esforço.

Deus te abençoe.

Soli Deo gloria.

Obrigado por ler mais um post [gigante] do blog Desafiando Limites. Se você gostou, não deixe de avaliar, comentar ou compartilhar com seus contatos, pois meu único intuito é contribuir para uma sociedade melhor, e eu só consigo escrever, mas sou péssimo em promover o que escrevo (risos) #fato. Se você realmente quiser me ajudar, espalhe a bênção PLEASE!!!!!!!1

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sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Somos todos irmãos


"Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos." - 1 Tessalonicenses 5:14



Recentemente um colega da Igreja procurou-me para contar como ele se sentia. Ele é um cara animado, e eu nunca suspeitei que estivesse triste ou até mesmo um pouco deprimido. Fiquei realmente surpreso. Porém, o mais interessante nesta situação não foi a minha surpresa, mas o exercício do "amor fraternal" que a Bíblia menciona em Romanos 12:10.

É sobre o amor fraternal que vou escrever hoje, a irmandade, aquela identidade que um irmão tem pelo outro. Nós poderiamos dizer que se a igreja é um corpo, o amor fraternal formaria os tendões que ligam as partes desse corpo. Esse amor que nos mantém unidos e ligados uns aos outros.

Para entender o amor fraternal, primeiro precisamos definir (ou tentar definir) o amor. Afinal, como podemos "obrigar" o nosso ser a gostar de alguém? Jesus disse que devemos amar a todos, até nossos inimigos. Mas como a gente manda em um sentimento?

As 2 palavras grifadas são os erros principais quando tentamos entender o amor, pelo menos aquele que a Bíblia aborda. O Novo Testamento foi escrito quase inteiramente em grego, e nessa língua não existe uma palavra única para o amor. Existem sim os "tipos" de amor: eros (a atração sexual), philos (amor condicional, dado àqueles que o amam), storgé (sentimento por familiares) e por fim, o agapé. Esta última palavra é a única usada na Bíblia para definir o amor.

Mas o quê é o agapé? É subjugar seus sentimentos e gostar de todos? É ser um "coitadinho"? É ser humilhado sempre?

Todas as respostas estão distantes da verdade. O agapé é um amor incondicional, baseado em nosso comportamento, sem que haja a necessidade de troca. Você viu que o agapé é o único dos 4 tipos de amor que não descreve um sentimento, mas um comportamento? O amor que Jesus falava e que Paulo descreveu perfeitamente em 1 Coríntios 13 é um comportamento amoroso que devemos ter com as outras pessoas, independente do modo como elas nos tratam.

É claro, não temos o poder de subjugar todos nosso sentimentos, mas podemos controlar nossas ações. O amor bíblico é fazer o que precisa ser feito. Isso é servir. Quando lemos esta palavra, pensamos em um escravo. Outro erro. Um escravo satisfaz os desejos e vontades do seu senhor, enquanto um servo busca atender às necessidades dos outros. Existe uma grande diferença entre vontade e necessidade.

As vontades estão ligadas mais ao nosso ego: eu quero isso, quero aquilo. As necessidades são aquelas coisas vitais que precisamos para seguir em frente. Eu tenho vontade de comer chocolate, eu necessito consumir carboidratos. Eu posso querer um refrigerante, mas minha necessidade é a de ingerir líquidos, para hidratar. Se um pai atender todas as vontades dos filhos (e muitos atendem), sua casa provavelmente vai virar um circo. Agora, um pai que atende a necessidade de segurança, amor, inclusão, alimentação, educação, esse sim provavelmente criará um bom filho. Entendeu a diferença?

Assim como os sentimentos, as vontades são passageiras, porque estão ligadas à eles.

Bem, até agora escrevi sobre o agapé e o ato de servir. Mas como isso se aplica no relacionamento com os outros irmãos da igreja?

Simples. As igrejas são construídas de pessoas (não de tijolos, de instrumentos musicais, de pregações). Sem pessoas não há igreja. Essas pessoas têm seus jeitos, seu caráter, suas manias, suas falhas e bênçãos. Nenhuma está ali na igreja por acaso, Deus usa a todos com um propósito (Efésios 1:11). Assim, o campo de trabalho para todos que querem praticar o agapé é imenso e próximo: está sentado ao seu lado, cantando lá na frente, limpando a igreja depois dos cultos, frequentando as escolas dominicais. Os limites de trabalho no Reino de Deus são impostos por nós, porque para Ele não existem limites, somente aqueles que Ele mesmo determinou.
Agapé em grego.

Assim, irmão de fé, espero que você tenha aprendido alguma coisa com essas palavras. Não deixe a chance de praticar o amor bíblico. Quando perceber um irmão em dificuldades, ou se Deus permitir que um deles vá lhe procurar, estenda-lhe a mão. Não recuse o socorro, pois todos um dia precisamos e precisaremos da ajuda de alguém. Foi o próprio Senhor que veio aqui e fez o que precisava acontecer: morrer em nosso lugar pelo pecado. Ele fez isso sem esperar que O aceitássemos, que O acolhessemos com conforto e honra. Jesus Cristo foi rejeitado pelo seu povo, pelos religiosos, por alguns familiares e até mesmo pelos seus discípulos. Mas Ele enxergou que a sua ação era maior do que tudo isso e muito mais importante que os sentimentos dispensados a Ele. Graças a Deus pelo agapé!


PS: O título desta postagem é o lema da minha cidade, só que no brasão municipal está em latim: "Fratres Sumus Omnes".

domingo, agosto 31, 2008

Sete passos para jogar fora o futuro da sua Igreja


Não discrimine as Crianças

Baptist Kids

Por João Cruzué

Quero denunciar os sete passos que acontecem rotineiramente por falta de visão em uma Igreja, no tocante ao ministério infantil, cuja conseqüência é a formação de um exército sempre crescente de desviados, pelo desperdício, abandono e discriminação desses recursos que proveriam seu futuro.

1 - Não dê importância às crianças, continue achando que elas vão crescer e de um modo ou de outro, vão fazer tudo exatamente como os crentes da geração atual estão fazendo.

2 - Mantenha constantemente as crianças segregadas e discriminadas do culto principal, com a desculpa de que elas são barulhentas e só atrapalham o silêncio no culto dos adultos.

3 - Não se preocupe em fazer apelos para que elas aceitem Jesus, continue pensando que filhos dos crentes já são convertidos desde o berço.

4 - Quando voltar do culto para casa , mantenha o costume de comentar todos os erros, falhas e defeitos que você viu, para que seus filhos entendam que não há nada que preste ali.

5 - Ao fazer um planejamento de longo prazo das atividades da Igreja, esqueça completamente das crianças, continue pensando que elas continuarão sempre do mesmo tamanho.

6 - Quanto à música, proíba qualquer mudança; seja inflexível e determine que se cante apenas os hinos da sua geração.

7 - Não se preocupe com a integração de adolescentes nas atividades da Igreja e mantenha o costume de nunca trocar lideranças nem de dar oportunidades para os mais novos.

Se por acaso isso estiver acontecendo na Igreja prepare-se para a colheita. As crianças vão crescer e se tornarem adolescentes; os adolescente em jovens, mas a maioria deles não terá boas lembranças nem entusiasmo para assumir compromissos cristãos. De onde virá a atual apatia da juventude cristã atual? Ouso dizer que ela vem do desprezo, da falta de prioridade e do engano de lideranças sem visão, em achar que crianças são seres humanos de segunda categoria, desinportantes e almas desprovidas de valor. Se na sua Igreja não houver nenhuma preocupação de incentivar, dar relevância e integrar crianças e adolescentes nos trabalhos rotineiros, com toda certeza o futuro dela está sendo jogado na rua.

A verdade não deve ser escondida debaixo do tapete.


cruzue@gmail.com



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