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sábado, novembro 06, 2010

Aqui mora um pecado feliz

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André Sanchez

Blog Esboçando Ideias

O pecado precisa de um ambiente bem preparado para entrar em cena. Não é em qualquer lugar que ele pode dar as caras e morar. Ambientes são criados por nós. Nós os fazemos, os decoramos, os preparamos. Podemos fazê-los para acomodar as coisas boas que vem de Deus ou para acomodar as coisas más vindas da ação do pecado.

Davi preparou um grande ambiente para o pecado morar. No início da construção, da sacada de seu palácio, viu uma mulher desavisada, lindíssima tomando banho. Começou então na mente de Davi a preparação do ambiente. Se Davi estivesse empenhado em preparar ambientes para a ação de Deus, certamente teria entrado e buscado coisas saudáveis para povoar a sua mente excitada.

Mas não foi assim que aconteceu. Davi começou a construir e a decorar o ambiente para o pecado e o pecado já estava morando ali. “Davi mandou perguntar quem era. Disseram-lhe: É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu.” (1 Sm 11. 3). Era casada! Talvez aqui fosse o momento de Davi dar um breque e preparar o ambiente para Deus e não para o pecado. Davi deveria ter ligado o seu trator e destruído a pequena construção já erguida e decorada para o pecado.

Mas não foi assim que aconteceu. Davi quer possuí-la, e se empenha em preparar melhores condições de moradia para o pecado. “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela.” (1 Sm 11. 4). Pronto, o pecado já havia se mudado definitivamente de “mala e cuia” para a vida de Davi. Talvez aqui fosse o momento de Davi ter se arrependido profundamente de sua loucura e destruído possibilidades de futuras ampliações e mais ambientes decorados para o pecado desfrutar.

Mas não foi assim que aconteceu. O pecado gosta de ter à sua disposição variados ambientes para morar. Bate-Seba engravida. Davi arma uma estratégia para parecer que o marido de Bate-Seba, Urias, a tinha engravidado, mas a estratégia falha. Talvez aqui fosse o momento de assumir o erro e desmanchar os próximos ambientes onde o pecado se hospedaria.

Mas não foi assim que aconteceu. O pecado quer ambientes onde promova o máximo de dor e destruição na vida das pessoas. Davi, então, arma o ambiente mais terrível e mais apreciado pelo pecado. “Pela manhã, Davi escreveu uma carta a Joabe e lha mandou por mão de Urias. Escreveu na carta, dizendo: Ponde Urias na frente da maior força da peleja; e deixai-o sozinho, para que seja ferido e morra.” (1 Sm 11. 14-15). Urias morreu! Talvez depois da morte de Urias, Davi devesse reavaliar a sua maldade e assumir a sua culpa diante das pessoas e de Deus, criando assim um ambiente onde o Senhor o guiasse.

Mas não foi assim que aconteceu. O pecado nunca está feliz. Ele sempre deseja uma nova decoração e um novo e inusitado ambiente para agir. Agora Davi casa com a mulher do homem a quem ele traiu e mandou matar. “Passado o luto, Davi mandou buscá-la e a trouxe para o palácio; tornou-se ela sua mulher e lhe deu à luz um filho.” (1 Sm 11. 27). Talvez fosse o momento de escutar a consciência e destruir os ambientes do pecado, toda a farsa, toda a mentira e se arrepender.

Mas não foi assim que aconteceu. Davi ficou quieto, mantendo vivos e decorados os ambientes que havia criado para o pecado. Davi até comprou aquela plaquinha e colocou no jardim da casa de vários cômodos construída para o pecado: “Aqui mora um pecado feliz!”

Porém, Deus, que é um destruidor dos ambientes do pecado, mandou até Davi um profeta chamado Natã, que com um trator de potência descomunal passou por cima de Davi e de seus ambientes desenhados engenhosamente para o pecado. “Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o que era mal perante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mulher, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom.” (1 Sm 12. 9)

O trator do Senhor não deixa em pé sequer uma parede onde o pecado agiu. Davi sofreu muito com as conseqüências de preparar ambientes para o pecado morar. Sofreu muito para destruir as paredes já criadas para o pecado, mas conseguiu, debaixo de lágrimas e de muita dor.

Nós não somos diferentes dele. Também sabemos construir estes ambientes e os construímos. Cabe a nós sempre avaliar que tipo de ambientes estamos construindo, e ao menor sinal de que estivermos construindo ambientes ao pecado, pararmos imediatamente, ligarmos o trator e destruí-los totalmente, substituindo-os por ambientes onde Deus esteja e que O agrade.


Concurso Literário - Prêmio Blogueiro Cristão 2010


Texto de novembro.


sábado, outubro 23, 2010

Não coma o bolo quente


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Bolo
Bolo
Por André Sanchez

Esboçando ideias

Agitação é uma palavra que define bem a vida da maioria das pessoas. Muita correria, muita ansiedade, muita pressa, muitas atividades e muito pouco tempo para tantas coisas. O resultado disso são pessoas agitadas, apressadas, ansiosas e que não tem paciência para esperar o tempo certo para as coisas acontecerem.

Quando eu era criança me lembro das "duras" que levava da minha mãe, porque não tinha paciência de esperar o bolo ficar pronto, e muito menos esfriar. Minha mãe sempre orientava, dizia: “Você vai se queimar, você vai ter dor de barriga se comer esse bolo quente.” Mas a pressa e a ansiedade eram tão grandes que não esperava o momento certo para deliciar-me com ele. Resultado? Tudo aquilo que minha mãe dizia que iria acontecer acontecia mesmo. Ficava cego para as conseqüências, saciava a minha vontade e a minha pressa, porém, sofria com as dores de quem não soube esperar.

Na nossa vida acontece também assim. Não temos paciência de esperar. Queremos tudo para ontem, queremos apressar processos, agilizar as coisas, mas nos esquecemos que algumas coisas tem o seu próprio tempo para acontecer.

Quando Lázaro estava muito doente, Marta e Maria mandaram apressadamente avisar a Jesus a gravidade da situação. O desejo delas era que Jesus fosse rápido e resolvesse tudo aquilo. "Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas." (Jo 11. 3)

Surpreendentemente, Jesus quando "soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava." (Jo 11. 6). Por que a demora, Jesus? Por que não vem rápido? Por que não faz logo o milagre? Onde está você Senhor? Por que não nos alivia esse momento de uma vez por todas? Por que não se apressa? Todas estas perguntas certamente passaram pela mente delas.

Quando Jesus resolveu ir até Lázaro "chegando, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias." (Jo 11. 17). A primeira reação de Marta, irmã de Lázaro, ao encontrar Jesus, foi a de dizer a Ele que Ele deveria ter vindo mais rápido. "Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão." (Jo 11. 21).

A nossa pressa, agitação e ansiedade nos cega e não conseguimos enxergar que Deus está no controle de todas as coisas. Às vezes queremos comer o bolo quente, pois temos pressa, queremos resolver as coisas do nosso jeito, porém, Deus tem planos e eles acontecem sempre no tempo certo.

No meio de muita ansiedade e estresse das pessoas ao Seu redor, Jesus mostrou que o tempo de Deus era o tempo certo para acontecer o melhor, e que esse tempo deveria ser respeitado. Ou seja, Lázaro deveria mesmo ter morrido para voltar a viver. A pressa das pessoas não mudaria em nada esse processo.

"E, tendo dito isto [Jesus], clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir." (Jo 11. 43-44)

Deus fez o milagre!

Para que a pressa se Deus está trabalhando em nosso favor em todas as situações? Por que ficar ansiosos, desesperados, tristes, cabisbaixos, descrentes? Cultivemos a paz, a tranqüilidade, a confiança, a fé, mesmo quando a situação parece insolúvel, pois Deus transforma impossível em possível. O bolo precisa assar, precisa esfriar, para só depois nos deliciarmos com ele.

Não coma o bolo quente!


Concurso Literário: Premio Blogueiro Cristão 2010.



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quarta-feira, setembro 22, 2010

Se eu estivesse entre os 33 mineiros soterrados no Chile

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André Sanchez
Esboçando Ideias

Creio que chegou ao conhecimento de todos a grave situação que estão passando os 33 mineiros soterrados no Chile. As notícias que chegam todos os dias sempre mostram que a situação vivida por eles é de grande dificuldade, e que se eles quiserem sair vivos daquela mina, terão de superar limites nunca antes superados por ninguém em situação parecida. Terão de esperar quase quatro meses para que o esgate chegue até eles, e ainda superar as dificuldades de viver à 700 metros abaixo da terra em um cubículo de 50 metros quadrados.

Eu e minha esposa conversávamos sobre esse assunto e nos questionávamos se conseguiríamos agüentar uma situação como a que eles estão passando. – Eu não agüentaria, ela me disse. - Eu acho que agitado como eu sou, morreria num lugar apertado como aquele, eu disse a ela.

Essa situação nos levou a refletir sobre uma questão muito interessante: Deus não permite que nada que esteja além das nossas forças aconteça em nossa vida. Deus sabe o potencial de cada um, a resistência de cada um, o nível de força para superação que cada um tem, e o que cada um deve enfrentar.

“As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela.” (1Co 10:13 - NTLH)

Saber disso nos leva a dois pensamentos: Em primeiro lugar, Deus nos ama de forma tão grandiosa que nos protege de fardos que não teríamos condições de carregar. Todos os 33 mineiros que estão ali, debaixo de toneladas de terra, tem condições de superar aquela grave crise. Isso não significa que vão superar, mas significa que eles têm condições de superar. Talvez, alguns de nós não teríamos essa condição, por isso não estamos lá.

Segundo, sabendo que as dificuldades têm, no máximo, o tamanho que temos condições de suportar, temos a obrigação de lutar. Se sabemos que o inimigo está à nossa altura, que não nos golpeará com nada que não possamos aguentar, por que ficar com medo e achando que vamos perder a briga? Precisamos arregaçar as mangas e partir para a luta, dispostos a elevar a nossa força até o máximo que Deus nos deu, sabedores que ainda temos um “plus”, pois o texto diz que Deus ainda “dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela.” (1Co 10:13)

Todos nós temos desafios menores, iguais ou maiores que os 33 mineiros soterrados. O que precisamos ter em mente é que Deus nos deu condições de superá-los. Tudo depende da nossa atitude em relação aos desafios.

E você, que atitude tem tido diante dos difíceis desafios que aparecem diante de você?



3/5 - Concurso Literário "Prêmio Blogueiro Cristão 2010"




segunda-feira, agosto 23, 2010

Cristao reformado, sempre se reformando

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André Sanchez

Esboçando Ideias

Se existe algo que nunca acabamos de fazer em nossas casas são as reformas. Sempre há algo a melhorar, algo novo a implementar, uma nova cor, um novo móvel, uma nova idéia, um sonho que ainda não se realizou, ou um que acabou de nascer. Gostamos de melhorar o nosso lar e, para isso, vamos fazendo reformas.

Uma amiga minha disse certa vez em tom de brincadeira, que: “quando uma pessoa acaba de reformar a casa ela morre”. As reformas têm o poder de nos conferir vida, de nos motivar, de nos trazer sempre a um patamar melhor que o anterior, e isso é algo muito bom.

Toda a disposição que temos e aplicamos no planejamento e realização das reformas em nosso lar deveria servir de exemplo também para as reformas que precisamos planejar e realizar em nossas vidas.

Logo que recebemos Deus em nossa vida, recebemos da parte Dele uma nova “casa”. Essa “casa” não é perfeita, e por isso vai precisar de reformas e manutenção de tempos em tempos. A reforma só deveria acabar quando morremos, mas infelizmente, muitos, bem antes disso, decretam o fim da obra.

É triste ver cristãos que não fazem mais reformas em si mesmos, que não buscam mais algo novo, novas cores, novos sonhos, novas experiências, novas melhorias. Logo se acomodam e suas “casas” vão ficando feias, sem manutenção, velhas, ultrapassadas, e em muitos casos, prestes a desabar.

Precisamos, como cristãos, nunca perder o desejo pela reforma. Precisamos reformar sempre. Enquanto Deus nos permitir morar nesta casa terrestre, haverá algo a reformar. É preciso, então, trazermos para dentro de nós o lema: cristão reformado, sempre se reformando.

E você, está se reformando?


Concurso Literário/Prêmio Blogueiro Cristão 2010.



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quarta-feira, julho 14, 2010

O que o deserto pode produzir?

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Por André Sanchez

Blog Esboçando Ideias

Apesar de ignorarmos o deserto pela sua pouca atratividade, ele está lá. O deserto faz parte da paisagem e da natureza e tem a sua função. Por que teria sido criado? Porque certamente é útil! Deus não criou nada inútil.

Muitos não vêem utilidade alguma no deserto que não seja a de causar dor e sofrimento. Por isso, fazem questão de nem pensar nele, de ignorá-lo, fingir que ele não existe.

Mas isso é em vão, pois o deserto tem o poder de se locomover até nós. Sim, ele pode sair de seu lugar e vir ao nosso encontro. E o mais desesperador é que esse encontro não pode ser evitado. O que fazer então? Essa é uma pergunta sábia, pois é a primeira atitude em relação ao deserto. Ele deve ser encarado. Há algo a fazer. Apesar de sua secura e aridez quase total, o deserto tem o poder de produzir. Ele pode produz tanto perdedores quanto vencedores.

Jesus, sendo Deus, poderia ter evitado o encontro com o deserto, mas aceitou ser levado até ele: “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.” (Mateus 4:1) No deserto Jesus venceu e se tornou o modelo de alguém que não teme o deserto, mas extrai dele a vitória. Não uma vitória sem lutas, mas uma vitória conquistada.

A atitude de uma boa parte do povo de Israel mostra o outro lado da questão: Eles olharam o deserto e se assuntaram. Como qualquer um, diga-se de passagem! Mas ao contrário de Jesus, permaneceram assustados, murmuraram, pediram para si a morte, desconfiaram, perderam as forças, desistiram, esqueceram de Deus.

Mais uma vez o deserto produz, mas desta vez produz perdedores: “Neste deserto, cairá o vosso cadáver, como também todos os que de vós foram contados segundo o censo, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes; não entrareis na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela.” (Nm 14. 29-30).

O deserto foi democrático no decorrer das épocas. Passaram por ele servos de Deus do passado, ímpios, profetas, reis, o Filho de Deus, apóstolos, nós. Sua produção foi ampla. Talvez tenha produzido mais derrotados que vitoriosos.

Porém, a verdade sobre o deserto é que aqueles que o enfrentam com a ajuda de Deus, como Jesus fez, sairão vitoriosos mesmo em meio a duras lutas, assim como foi com Jesus.

“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.” (Sl 84. 5-6).

O que o deserto tem produzido em nossas vidas? Eis a produtividade do deserto!


02/Concurso Prêmio Blogueiro Cristão 2010.



sábado, junho 12, 2010

Copa do Mundo X Copa de Deus


.Por André Sanchez

Blog do André

Copa do mundo em andamento; times buscando a todo custo a tão sonhada vitória. Pense comigo: Quantos jogadores gostariam de ter sido convocados e não foram? Muitos ficaram de fora. No entanto, todos os habitantes desse mundo estão convocados e participando de uma competição importantíssima para suas vidas...

Existem dois tipos de copa em que as pessoas estão jogando: A "copa do mundo" ou a "copa de Deus". A "copa do mundo" é regida pelo técnico diabo, pela sociedade pecaminosa e por nossa natureza terrivelmente má. A "copa de Deus" é regida pelo técnico Deus, pela obediência e prática de Sua palavra.

As duas competições tem as suas particularidades:

A "copa do mundo", apesar de ter uma aparência de um evento bom para se jogar, não colocará nenhum de seus participantes no pódio. Todos os participantes da "copa do mundo", ao final, serão perdedores. Veja o que a Bíblia fala aos jogadores desse time:

"Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte." (Ap 21:8)

A "copa de Deus", ao contrário, produzirá ao final da competição, somente atletas vitoriosos, que subirão ao ponto mais alto do pódio:

"Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo." (Mc 13:13)

Alguns até tentam, mas não há como diversificar e participar das duas competições, pois tecnicamente é algo contra as regras; ou se participa da "copa do mundo", ou se participa da "copa de Deus"!

Em tempos de "copa do mundo" e "copa de Deus", em qual time você está jogando? Que técnico você obedece? Seu time é o de Deus ou o do diabo?


André Sanchez é Da Igreja Presbiteriana Bela Jerusalém de Ribeirão Preto

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