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domingo, novembro 16, 2014

Em favor de uma vida...


Foto: Angela Bacon-Kidwell. Disponível na Internet.

Por ELAINE CÂNDIDA
Publicação original: Experimente Jesus!


“Elias era tão inteiramente humano quanto nós...”
Tiago 5:17 - Viva


Betty Anne Waters (1955), casada, mãe de dois filhos, tinha 25 anos de idade e ainda não tinha terminado o primário, quando seu irmão foi preso, acusado de assassinar brutalmente a Sra. Katherine Brow, na pequeníssima cidade de Ayer, Massachusetts, EUA. Apesar de alegar inocência e de nenhuma prova apontar para Kenny Waters, irmão de Betty, como o autor do crime, ele foi condenado à prisão perpétua sem direito à condicional. O júri baseou-se nas falas de Brenda Marsh, a ex-mulher do acusado e mãe de sua filha, e também de Roseanna Perry, outra ex-namorada de Waters. Ambas testemunharam contra Kenny no tribunal, inclusive declarando que ele havia lhes confessado ter cometido aquele homicídio.

Embora Kenny já tivesse várias passagens na delegacia da cidade por causa de pequenos delitos, como roubar maçãs nos pomares dos vizinhos, envolver-se em pequenas brigas no bar, e desacatar policiais, no momento do crime Kenny estava trabalhando numa lanchonete, conforme comprovava o seu cartão de ponto e, saindo de lá, foi direto para o tribunal, para enfrentar acusações de agressão a um policial. Acontece que esse cartão foi extraviado pela polícia local, e as testemunhas – falsas – estavam fazendo declarações forjadas, sob ameaça dos mesmos policiais que queriam incriminar o Sr. Waters e manter a aparência de uma polícia competente, que jamais deixou de desvendar um crime naquela cidadezinha.

Na cadeia, Kenny tentou suicidar-se, mas não conseguiu. Em troca de não mais tentar contra a própria vida, sua irmã, Betty Anne, prometeu estudar Direito e tornar-se sua advogada, para provar que ele era inocente. E, de fato, Anne voltou para a escola, concluiu o primeiro grau (que, no Brasil, equivale ao Ensino Fundamental), fez o colegial, foi para uma faculdade de Direito e trabalhava num pub à noite para sustentar os estudos.

Mas essa escolha de Betty custar-lhe-ia muitas renúncias. Seu esposo, saturado pela dedicação quase exclusiva da mulher aos estudos em prol de um novo julgamento para o seu irmão, decidiu divorciar-se. Pouco tempo depois, os dois filhos também escolheram ir morar com o pai. Nesse momento, Betty entrou numa depressão, chegando a abandonar a faculdade por alguns dias. Contudo, foi auxiliada por uma amiga de turma, Abra Rice, recobrou o ânimo e retomou sua luta pela diplomação que poderia mudar a história da vida de seu único irmão.

Quando Kenny Waters foi julgado em 1983, ainda não havia teste de DNA. Mas durante a faculdade de Direito, Betty Anny aprendeu novas descobertas científicas – inclusive esta – que poderiam ser usadas como provas para inocentar acusados, como no caso do seu irmão. Então, Anny buscou a ajuda do Innocence Project, uma ONG americana dedicada a denunciar erros judiciários que incriminaram inocentes, e que era coordenada por Barry Scheck, um advogado que batalhava ferrenhamente contra a pena de morte.

Depois de formada e somente mediante muita insistência junto ao tribunal que julgou Kenny, a então advogada Betty Anny Waters, finalmente conseguiu encontrar e acessar as provas de que necessitava para solicitar o exame de DNA, o qual comprovou a inocência do seu irmão. Contudo, baseada nas provas que todos pensavam ser verdadeiras, a juíza responsável pelo caso entendeu que ainda havia provas suficientes para colocar Kenny na cena do crime, o que lhe manteria com a condenação por cumplicidade naquele assassinato.

Começa uma nova batalha para conseguir a confissão escrita das testemunhas, declarando a verdade sobre os fatos, e assim ficou provado tanto que Kenny jamais havia estado na cena do crime, quanto que houve alteração das provas por parte da polícia local, e ainda que esta havia ameaçado as duas ex-mulheres do acusado, de forma a forçá-las a mentir diante do júri. Por fim, depois que seu irmão foi, finalmente liberto, Betty moveu uma ação contra o Estado, o que rendeu a Kenny a indenização de U$ 3,4 milhões, por todos os anos que ele ficou preso injustamente. Foi uma luta de 18 anos, mas Betty chegou aonde o seu coração havia determinado.

Essa história real, cujo final ainda não acontece aqui, mexe com nossas concepções acerca de altruísmo. Vemos Jesus, o maior exemplo de amor altruísta, e nos encantamos com Ele, cantamos louvores em que declaramos nosso desejo de sermos como Ele, de fazermos o que Ele faria, de pensarmos e dizermos o que Ele pensa e diria. Mas nossas atitudes não condizem muito com essas declarações, e nós nem nos damos conta de quanto isso é sério, porque nos refugiamos no argumento que Jesus é Deus e, nós, não.

Contudo, a história de Betty Anne Waters nos conta de alguém que fez algo muito parecido com o que Jesus fez por nós, mas de alguém bem próximo de nós, tão próximo que ainda está vivo até hoje. Alguém de carne e osso, com uma família, com um emprego num pub, com uma depressão a vencer. Alguém cheio de paixões, tal como eu e você, tal como o grande, ousado e dedicado profeta Elias, que "era tão inteiramente humano como nós..." [1]

Não estamos falando de alguém que tenha agido impulsivamente, mas de alguém que, mesmo tendo medido todas as consequências, entendeu que tal sacrifício valeria à pena para reaver uma vida ceifada pela maldade que habitava em algumas pessoas usando um distintivo. E, simplesmente, partiu em direção ao alvo.

A Bíblia mostra que Jesus também mediu as consequências da Sua entrega. No horto das oliveiras, apenas em pensar sobre todo sofrimento a que seria exposto dentro das próximas horas, o Senhor transpirava sangue[2]. Contudo, Jesus prosseguiu em Sua escolha de fazer o que era necessário para nos salvar, ainda que aquilo não parecesse ser certo.

Essa graça repetiu-se sobre a vida de Kenny através da vida de sua irmã Betty Anne. Aquela mulher heroína poderia ter olhado para as dificuldades possíveis e para as que, de fato, se levantaram ao seu redor, tornando as circunstâncias ainda mais difíceis para ela. Penso em quanta tristeza e solidão Betty sentiu quando teve de escolher entre a impaciência do seu esposo e a liberdade do seu irmão, quando viu seus filhos desocupando a casa e indo morar com o pai, simplesmente por não compreenderem aquela situação.

Porém, Betty foi a única pessoa que sustentou a esperança de Kenny naquela prisão, durante todos esses anos. Esse altruísmo que dirigiu determinante a vida de Betty por quase duas décadas é apenas uma amostra do que Cristo foi capaz de fazer por nós. Seu amor superou qualquer outra demonstração de sentimento vinda de qualquer outra parte acerca de nós. Sua graça foi capaz de realizar a obra mais extravagante que alguém jamais pensou em fazer em nosso favor. E em nenhum momento Jesus pensou em renunciar essa missão, bastando olhar para nós para novamente concluir que somente Ele poderia mesmo trazer de volta nossa esperança e a possibilidade de um futuro melhor.

O fato triste depois de toda a luta de Betty por seu irmão não foi apresentado no filme A condenação (Conviction, original)[3], que narrou esse drama verídico. A produção de Andrew Sugerman, Andrew S. Karsch e Tony Goldwyn (2010), termina com Kenny e Betty sentados à beira de um lago, observando a beleza da vida, na sua primeira manhã do resto de suas vidas. Mas, na realidade, uma nova tragédia veio marcar essa família mais uma vez e para sempre. É que, somente após 6 meses de liberdade, Kenny (o condenado injustamente) sofreu uma queda ao pular uma cerca, o que o deixou 13 dias em coma e, depois, o levou a óbito.[4]

Contudo, sua irmã afirmava que Kenny aproveitou intensamente cada minuto da sua liberdade. E aqui é onde essa história termina, pelo menos para Kenny que, embora tenha morrido, partiu deixando a certeza que ele morreu livre e inocente, e o mundo inteiro soube disso.

Sem muito esforço vemos a grandeza da obra redentora que Cristo fez por nós, representada também pela morte de Kenny. Pessoas cujas vidas são guardadas por Ele, foram libertas por Seu sacrifício e podem partir desta vida – seja pela morte, seja pelo arrebatamento – deixando a certeza da sua libertação e absolvição, da sua nova vida livre das condenações do pecado por causa da inocência que nos foi dada por Jesus.

Talvez, muitos de nós olhem para seus futuros despretensiosa, serena e agradecidamente, como Kenny olhava para a vida diante daquele lago. Talvez, outros já conseguiram ver o Céu além das circunstâncias conhecidas e daquelas ainda estranhas pra nós. Seja como for, importa estarmos prontos para reencontrarmos nosso Salvador. Importa guardarmos nossa esperança e devoção Naquele Homem que, por amor, fez o improvável e consumou o impossível para nos tornar eternamente livres.

Pessoas que foram verdadeiramente livres em Cristo, não vivem da mesma maneira, mas desfrutam cada segundo da sua liberdade com intensidade. E quando forem chamadas por Ele, partirão livres, e o mundo ao seu redor estará consciente de que a salvação habitava as suas almas.





[1] Tiago 5:17 - Viva
[2] Lucas 22:40-46
[3] Ver chamada do filme A Condenação (Exibido no Brasil em 2011). CONVICTION (Original). Produção de Tony Goldwin. EUA: Vinny Filmes, 2010.

terça-feira, fevereiro 25, 2014

Ouça a Voz do Deus que te Sara

Mateus Emilio Mazzochi
Quando Deus proferiu estas palavras: “Se ouvires atento a voz do SENHOR, teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara”, mostrou mais uma vez o quanto nos ama, e nos quer separados dos pecados do mundo e próximos a ELE.
Nem sempre, ou melhor, quase nunca gostamos que alguém nos de uma ordem direta. Principalmente quando tal ordem vem acompanhada de um alerta claro sobre uma punição em caso de desobediência.
E é exatamente isso que encontramos quando Deus fala esta passagem: uma garantia de que ELE sempre estará por perto e pronto a nos perdoar e cuidar de todas as áreas de nossas vidas quer seja no plano físico, sentimental ou espiritual,
caminho
e a certeza de que podemos optar por outro caminho, já avisados de que arcaremos com as consequências dessa escolha.
Enquanto o povo de Israel peregrinava no deserto, teve contato com muitos costumes diferentes. Estes costumes começaram a chamar a atenção dos israelitas, pois diversos povos incluíam nos ritos religiosos, promiscuidade sexual como forma de adoração a seus deuses.
Mas Deus prometeu que, se o povo lhe obedecesse, estaria salvo dos males infligidos aos egípcios. Mal eles sabiam que muitas leis recebidas de Deus também tinham o propósito de mantê-los a salvo das doenças. Por exemplo, obedecer à lei de Deus contra a prostituição os manteria livre das doenças venéreas.
Com frequência as leis de Deus destinam-se a proteger-nos de males. Como seres complexos, as áreas física, sentimental e espiritual de nossa vida estão entrelaçadas, neste sentido, Deus nos orienta a guardar seus estatutos e mandamentos não por ser arbitrário, mas como um pai zeloso, que, como dizem, prefere que seus filhos chorem sem dor, do que com dor.
Há uma vida plena e feliz para aquele que se rende ao Senhor de todo o coração, e busca seguir as orientações deste amoroso Pai, que está sempre disposto a nos sarar, seja qual for a ferida que arda, ELE tem o bálsamo, o alívio certo, para todas as nossas dores.
Principalmente as da alma, que doem sem que ninguém perceba, doem no nosso intimo, silenciosamente.
Entregue teus caminhos ao Senhor, e ele cuidará de ti.
 Deus abençoe.

sábado, março 16, 2013

Um beija flor me ensinou...



"Ninguém pode voltar atrás e começar um novo começo, mas qualquer um pode começar hoje e fazer um novo final" 



Wilma Rejane

Foi assistindo a um documentário sobre a migração dos beija flores que o fascínio me sobreveio: “Como pode um pássaro tão pequenino carregar em si tamanha força? Como pode sobrevoar o mar por tanto tempo, sem se cansar? Que natureza é essa que sai de um lugar a outro do planeta em busca de alimento, sem se perder pelo caminho, conhecendo tão bem sobre tempo e estações? Só pode ser Deus quem guia o beija flor e faz dele um prodígio.” O coração dessa ave bate 480 vezes por minuto quando está em repouso e 1.260 vezes por minuto quando voa, isso é fantástico! É vida pulsando a mil nessa ave, de beleza rara e comportamento monogâmico. E assim, contemplando Deus na natureza, nasceu a parábola do beija flor para guardar como lição na caminhada da vida.

“ Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves.” Ct 2: 11-12

Quando passa o inverno, o beija flor migra por cerca de dois mil e quatrocentos quilômetros em busca de alimento nas flores de primavera. Seu voo alcança uma velocidade média de quarenta quilômetros por hora e ele vai sempre, sempre sobre o mar. São aproximadamente sessenta horas de voo, sem se permitir desanimar. Ele sabe o que o aguarda: flores coloridas e perfumadas, doces e amigáveis, elas são a maior fonte de energia para essas aves, certo? Nada disso, é da água que vem o ânimo do beija flor. A água é seu combustível, por isso que ele sobrevoa o mar em migração, por isso essa proximidade com a água no momento decisivo para sua sobrevivência. E quando observei esse aspecto da migração do beija-flor, logo nasceu um sermão sobre: pássaros, água e cristãos.


Jesus falou que as aves, apesar de tão pequenas e indefesas, eram preciosas aos olhos de Deus: “não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. Mateus 10:29

Jesus também andou sobre as águas como a nos dizer que era possível andar acima de toda e qualquer circunstância adversa, por meio da fé: “Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!” Mateus 14:25-30


A água em diversas passagens Bíblicas é chamada de mayim = vida, sustento, revigoramento, benção, fertilidade. E sendo a vida um mar, é provável que ora esteja em mansidão, ora em tempestades e açoites. O mar sobre o qual Jesus andou estava “balançando” em altas ondas e vento forte. Pedro temeu e por esse motivo afundou. Podemos pensar que é mesmo necessário uma grande fé para “andar sobre as águas”, que homens comuns jamais conseguiria tal feito, mas Jesus disse: “ Vem Pedro, ao meu encontro, sem vacilar”. E Ele pediria tal coisa a um discípulo se não tivesse certeza de que seria possível cumprir? Pois bem, nessa parábola do beija flor, peço a Deus que nos dê ânimo para “sobrevoar os mares, andar sobre as águas”, sem desanimar. Antes, nos fortalecendo pela certeza de que não há crescimento sem luta, não existe aprendizado e prosperidade na vida espiritual se não deixarmos a comodidade do barco, o continente onde as flores murcharam, e seguir em direção a um novo caminho, às flores de primavera.






Lembre-se: o beija flor é mui pequenino, mas demonstra uma força tremenda quando se alimenta da água (mar, vida) para seguir adiante. Não deixemos que as dificuldades nos abatam, mas façamos delas, combustível para seguirmos mais firmes na caminhada com Deus. E se estamos com Deus, Ele mesmo firmará nossos passos, para vivermos coisas novas e melhores.

"Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os pés, para que não se perca o que é manco; antes seja curado" Hb 12: 12-13.


A vida pode ser previsível, mas sua natureza é de mistério: não conhecemos nosso futuro. Por essa causa, Deus é soberano, com Ele está a vida, o poder e a graça que nos favorece. Assim mesmo de mãos fracas, joelhos trôpegos, mares calmos ou revoltos, Ele estará conosco, e isso é tudo! Quando o homem se une a Deus, não perde o ânimo e a paz, mesmo nos dias maus.


"Ninguém pode voltar atrás e começar um novo começo, mas qualquer um pode começar hoje e fazer um novo final" 

Que entre beija-flores e mares, se faça em nós novos caminhos, vivos e férteis pela nascente da Água da Vida que é Jesus. Precisamos estar sempre próximos dessa fonte que jorra, em movimento de graça, porque daí vem o combustível para cada novo ano que se inicia. Beija flor sem água, não existiria. Que essa água, em todos os seus significados seja motivo de fé e força para cada um de nós e assim, em um novo tempo, as amigáveis flores de primavera estarão a nossa espera como a festejar a vida, as batalhas vencidas, as fronteiras construídas ligando o ontem e o hoje em esperança de um amanhã próspero em paz, amor e comunhão com o Deus que renova nossas forças.  

Deus o abençoe

domingo, junho 17, 2012

A Lição dos pássaros



Sempre haverá outra estação, colha as flores, sinta o perfume




Wilma Rejane
A Tenda na Rocha


É estranho como seres tão pequeninos como os pássaros podem guardar lições tão grandiosas. Escolhi falar sobre eles, porque nesses dias, a mensagem que as aves me transmitiram curou minha alma. Quem sabe, curará a sua.

Quando passares por dias atribulados,  lembre-se desse versículo: “Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de nosso Pai” Mt 10:29. Um ceitil é muito pouco, uma quantia tão insignificante que equivale em moeda atual a um sexto de real (R$ 0,16). O que você compraria com esse valor? Talvez alguns bombons. Pássaros são vendidos em mercados negros, aprisionados em gaiolas, mortos, mas Deus tem a conta de cada um deles. Ele sabe, quando um bonito canto de sabiá é calado pelo opressor.

Ele sabe, quando você e eu estamos precisando revoar de uma situação à outra. Quando os pássaros estão sofrendo em determinados ambientes eles migram para outro. É um belo espetáculo a “revoada de pássaros”, um mistério ainda para a ciência que procura desvendar porque apenas algumas espécies cometem essa fuga. Comparando homens a pássaros, descobriremos que o mistério pode ser ainda maior: Por que alguns de nós superamos derrotas e outros não?


Quero ser como os pássaros migratórios citados pelo profeta Jeremias: “Até a cegonha do céu conhece os seus tempos determinados; e a rola, a andorinha, e o grou observam o tempo de sua arribação...” Jeremias 8:7 e o profeta prossegue: “mas o meu povo não conhece o juízo do Senhor”. Se o povo conhecesse, agiria como os pássaros, não como homens sem entendimento. É fantástico saber que a rola, a andorinha e o grou, estão no rol dos pássaros migratórios! Para Deus, nada há encoberto! A ciência com grandes esforços selecionou pássaros que migram e/ou não. Mas Deus? Já os conhecia. Por quê? Porque estes pequeninos seres não são despercebidos dos céus. Como eu e você podemos ser?

Os pássaros migram geralmente para explorar novas fontes de alimentos e para escapar de condições adversas durante o inverno nas áreas de reprodução. Esta estratégia, apesar de parecer perigosa, é muito benéfica para os pássaros, pois eles podem escapar de situações perigosas e conseguir alimentos em outros lugares.”

O que nos provocou tremenda tristeza e dor pode ser superado. Por qualquer que seja o motivo, inclusive: se nós mesmos formos os culpados por tal sofrimento. A cruz, o amor de Jesus nos redime. Ao olharmos para ela com arrependimento, encontraremos perdão. E confiantes,  revoamos em busca de novas fontes de alimento:  com o inverno, para o verão ou quem sabe primavera.  É preciso voltarmos a cantar como os pássaros, e viver como pessoas especiais para Deus. Filhos que Ele jamais abandona, esquece. Onde estamos nesse momento? Por quê? O que precisamos fazer para superar?  Deus falou ao meu coração, através dos pássaros: "Sempre haverá outra estação, colha as flores, sinta o perfume ".

Nem sei o quanto eu e você nos acomodamos em certos lugares, até percebermos que “outras estações” estão a nossa espera.  Que Deus te abençoe e te mostre a direção da revoada.

Deus nos abençoe.

quarta-feira, abril 04, 2012

Quando chega a saudade





Wilma Rejane
A Tenda na Rocha

Saudade é um sentimento comum em nossas vidas. Quem algum dia, nunca sentiu saudade?  Cientistas relacionam o fato ao cérebro, por ser ele capaz de imprimir imagens familiares, sons, cheiros... Tudo isto é reunido em uma espécie de “caderno mental”. Estas informações circulam em nossa mente, provocando sensações que chamamos de saudade que é biológica e também emocional. Acontece quando estamos distantes de casa, de pessoas que amamos, quando por algum motivo apenas nos é permitido recordar.

Distante de casa, na  Babilônia, um exilado, entoou  saudoso Salmo em memória de Sião.

"Junto dos rios de Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião. Sobre os salgueiros que há no meio dela penduramos nossas harpas. Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediram uma canção; e os que nos destruíram , que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha? Se eu me esquecer de ti ó Jerusalém, esqueça-se a minha direita da sua destreza." Sl 137:1-5.

O imigrante não tinha forças sequer para cantar, tamanha era a tristeza provocada pela saudade. As lembranças de Sião estavam “circulando” em sua memória.   Perdi meu pai há oito anos, mas todas as vezes que sinto o cheiro de sua comida preferida, ou vejo minha mãe preparando-a, fico pensativa a lembrar-me de sua alegria e disposição em sentar-se a mesa. Sinto falta de sua presença conosco também nestes momentos.

Nenhuma ciência ainda foi capaz de medir nossas emoções, mas Deus em sua eterna sabedoria nos dotou de vínculos e laços de amor que perduram uma vida, e mesmo quando chega à morte. É quando percebemos intensamente o significado que pessoas têm para nós. É quando chega um tipo de saudade que não pode ser saciada, deixando marcas que somente o tempo é capaz de amenizar.

Chorar de Saudade

E mais uma vez no relato bíblico, Davi nos dá uma demonstração da dor da saudade: “Absalão fugiu, e foi para Gesur; e ali esteve por três anos. Então tinha o rei Davi, saudades de Absalão. E Davi pranteava por seu filho todos aqueles dias” II Sm 13:37-39. Por três anos, o homem segundo o coração de Deus chorou a distância do filho.

Um recente artigo, divulgado pelo jornal CNN aponta que as universidades americanas estão lotadas de jovens saudosos de suas casas e de tudo o mais que deixaram para trás, ao partirem ao encontro do sonho de concluir os estudos e terem uma carreira estável. Os entrevistados descreveram com detalhes as lembranças que circulavam em suas memórias:
 






Keila Pena - Hernandez : “Lagos ou rios do centro oeste, não se comparam com o mar do caribe, tenho saudades das frutas tropicais e da brisa fresca do mar”. A estudante estava tal qual o exilado na Babilônia, desejando sua terra. Acima Keila na Universidade de Missouri, a família ficou em Porto Rico.


Curando a dor da Saudade


A Palavra de Deus é um alto refúgio em todos os tempos. Ela conforta, dá ânimo e restaura as forças. É através dessa fórmula que missionários e imigrantes cristãos, conseguem superar a dor da distância: “Orações aliviam meu coração dolorido, confio a Deus tudo o que está acontecendo comigo e com meu filho que está distante de mim” Homesik (imigrante).A exemplo de Homesik costumo entregar todos os cuidados a Deus, e   de maneira sobrenatural, Ele envia o refrigério. Imagem à esquerda: Imigrantes reunidos em estudo da Bíblia para superar saudades de casa.


Saudade na Era do Twitter

Vivemos em um mundo repleto de novas tecnologias e é possível uma comunicação rápida e eficaz com todas as partes do globo terrestre. Estes recursos têm possibilitado que familiares curem (em parte) a dor da saudade.  Minha sogra tem 68 anos. Aprendeu  usar Orkut, email , Skype e webcam para se comunicar com filhos e netos que moram em outro estado. É possível vê-la dando boas risadas  nessa interatividade virtual. E pensar que o Rei Davi chorou por três anos a distância de seu filho...

Saudade em Verso

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: aquela que nunca amou. 
E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver. O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda         

Ao sentir apertar a dor da saudade, lembre-se: você não está sozinho. Neste exato momento em  algum lugar, ou em muitos lugares do planeta, lembranças estão circulando no memória de quem ama.  Mas como tudo na vida, essa dor há de passar.

Deus o abençoe.

sábado, setembro 10, 2011

Amor e egoísmo

..

Frases sobre Amor e egoísmo no ambiente familiar


De João Cruzué


Amar é dar sem esperar nada em troca,

Egoísmo é esperar que os outros deem.


Amar é tirar os sapatos ao abrir a porta,

Egoísmo é atirá-los no meio da sala.


Amar é abrir a porta para quem chega,

Egoísmo é deixar que o cachorro faça a recepção.


Amar é lavar o prato que sujou,

Egoísmo é deixar tudo para que alguém lave.


Amar é lavar a própria roupa se quem lava está doente,

Egoísmo é sujar, sujar e sujar.


Amar é dar graças a Deus pelo alimento no prato,

Egoísmo é falar mal da comida.


Amar e pedir perdão pela ofensa,

Egoísmo é esperar que os outros peçam.


Amar é deixar a chave ao lado da porta,

Egoísmo é deixá-la em qualquer lugar.


Amar é passar de vez em quando a camisa do pai,

Egoísmo é achar que ele não precisa disso.


Amar é trazer um chocolate que alguém gosta,

Egoísmo é nunca dizer, obrigado!


Amar é deixar um dinheirinho no criado,

Egoísmo é achar que isto é obrigação.


Amar é entender que preciso melhorar,

Egoísmo é achar que só os outros precisam.


Amar é não acender a luz do quarto, quando alguém dorme,

Egoísmo é considerar isso natural.


Amar é agradecer a Deus pelo pão e pelas mãos de quem o traz,

Egoísmo é achar que ele vem automaticamente.


Amar é deixar que outros usem o computador,

Egoísmo é achar que só você tem trabalho de escola para fazer.


Amar é dizer não para o filho, para que ele não diga não para você mais tarde,

Egoísmo é satisfazer todas as vontades dele, para que ele não passe pelo que você passou.


Amar é dizer um oi ou pedir a bênção quando você desce,

Egoísmo é negar até um cumprimento ao cônjuge a pai/mãe.


Amar é plantar hoje, para colher depois,

Egoísmo é querer colher hoje, o que os outros plantaram.


Amar é dizer nas primeiras palavras algo que levante o ânimo,

Egoísmo abrir um saco de críticas.


Amar é ficar calado diante de muitas palavras,

Egoísmo é falar até que os outros fiquem calados.


Amar é perdoar coisas difíceis,

Egoísmo é desenterrá-las em cada discussão.


Amar é perder a discussão para ganhar um irmão,

Egoísmo é não deixar de perder nenhuma.



Amor é perfeição.Perfeição é a soma dos detalhes; detalhes são coisas muito pequenas, mas que fazem grande diferença no produto final. O egoísmo é um pantano,onde borbulha o pecado, se pecado tivesse cheiro,teria o fedor do metano.


Deus é amor.

Quem ama é nascido de Deus.


O pai do egoísmo é o diabo.

Quem ainda não sabe a amar,

Precisa aceitar o Senhor Jesus,

Pois nunca é tarde para aprender.



SP. 10.09.2011



segunda-feira, julho 18, 2011

Há Esperança em Acor


"Alegrai-vos na esperança..." Rm 12:12



Wilma Rejane
A Tenda Na Rocha


Acã foi um israelita que em rebeldia a Deus praticou o pecado do roubo, então ele e toda sua família, como em um ato de purificação da congregação, foi apedrejado. O local do acontecimento ficou marcado para sempre sendo rebatizado de “O Vale de Acor”. Acor, significa problema. Todos que passassem por ali apontariam para o “problema, o pecado de Acã” (Js 7:26).

O Vale de Acor é real, ele existe até os dias atuais, entre as terras de Benjamin, ao Sul de Jericó e é um dos caminhos que dá acesso à Terra Prometida. Acor é um memorial, não de ira, maldade, ou morte, mas de esperança. Porque o próprio Deus, em Sua misericórdia e bondade, fez saber através do profeta Oséias que Acor, é um estado de espírito que pode ser convertido: “E lhe darei as vinhas dali e o Vale de Acor, por porta de esperança; e ali cantará, como nos dias de sua mocidade e como no dia em que subiu a terra do Egito” Os 2:15.

A palavra esperança nesse verso é traduzida como “tiqvah”: Expectativa, algo desejado e previsto ansiosamente, vem do verbo” gavah”: “olhar esperançosamente” numa direção particular. É maravilhoso saber que em seu significado original, esta esperança, citada tantas vezes na Bíblia tinha o sentido de “esticar como uma corda, cordão”. Raabe foi instruída pelos espias, a amarrar um “tiqvah” na sua janela como uma corda de resgate. Raabe foi resgatada com toda sua família.

A esperança, em Cristo Jesus, internalizada pela meretriz Raabe, foi motivo de grande salvação. Aqui a mensagem do Evangelho aponta para a restauração: Acã e toda a família foram mortos no Vale de Acor. Raabe e toda a família foram salvos pela “tiqvah”, pela “porta da esperança”. Jesus é o que garante a transformação de vales de problemas, dor, pecado, vergonha, em memoriais de esperança, Ele é quem nos atrai com cordas de amor eterno para uma direção particular, onde reine o amor, a paz, e a alegria.

O Vale de Acor remonta a uma linda história de conversão. Tão real quanto o amor  que Deus sente por todos nós. Se você se identifica com o Vale dos problemas, te convido a esticar um cordão escarlate na porta do teu coração, assim como Raabe. Esta esperança, revestida de fé, será a vossa luz. E então, no lugar da vergonha, ser-lhe-a dado dupla honra. No lugar da condenação, salvação. Acor ficará para trás como um lugar deserto. Jesus é esta corda de resgate, pronta para alçar vidas. Segure-se a Ela.

Em Cristo, nosso Refúgio.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Somos todos irmãos


"Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos." - 1 Tessalonicenses 5:14



Recentemente um colega da Igreja procurou-me para contar como ele se sentia. Ele é um cara animado, e eu nunca suspeitei que estivesse triste ou até mesmo um pouco deprimido. Fiquei realmente surpreso. Porém, o mais interessante nesta situação não foi a minha surpresa, mas o exercício do "amor fraternal" que a Bíblia menciona em Romanos 12:10.

É sobre o amor fraternal que vou escrever hoje, a irmandade, aquela identidade que um irmão tem pelo outro. Nós poderiamos dizer que se a igreja é um corpo, o amor fraternal formaria os tendões que ligam as partes desse corpo. Esse amor que nos mantém unidos e ligados uns aos outros.

Para entender o amor fraternal, primeiro precisamos definir (ou tentar definir) o amor. Afinal, como podemos "obrigar" o nosso ser a gostar de alguém? Jesus disse que devemos amar a todos, até nossos inimigos. Mas como a gente manda em um sentimento?

As 2 palavras grifadas são os erros principais quando tentamos entender o amor, pelo menos aquele que a Bíblia aborda. O Novo Testamento foi escrito quase inteiramente em grego, e nessa língua não existe uma palavra única para o amor. Existem sim os "tipos" de amor: eros (a atração sexual), philos (amor condicional, dado àqueles que o amam), storgé (sentimento por familiares) e por fim, o agapé. Esta última palavra é a única usada na Bíblia para definir o amor.

Mas o quê é o agapé? É subjugar seus sentimentos e gostar de todos? É ser um "coitadinho"? É ser humilhado sempre?

Todas as respostas estão distantes da verdade. O agapé é um amor incondicional, baseado em nosso comportamento, sem que haja a necessidade de troca. Você viu que o agapé é o único dos 4 tipos de amor que não descreve um sentimento, mas um comportamento? O amor que Jesus falava e que Paulo descreveu perfeitamente em 1 Coríntios 13 é um comportamento amoroso que devemos ter com as outras pessoas, independente do modo como elas nos tratam.

É claro, não temos o poder de subjugar todos nosso sentimentos, mas podemos controlar nossas ações. O amor bíblico é fazer o que precisa ser feito. Isso é servir. Quando lemos esta palavra, pensamos em um escravo. Outro erro. Um escravo satisfaz os desejos e vontades do seu senhor, enquanto um servo busca atender às necessidades dos outros. Existe uma grande diferença entre vontade e necessidade.

As vontades estão ligadas mais ao nosso ego: eu quero isso, quero aquilo. As necessidades são aquelas coisas vitais que precisamos para seguir em frente. Eu tenho vontade de comer chocolate, eu necessito consumir carboidratos. Eu posso querer um refrigerante, mas minha necessidade é a de ingerir líquidos, para hidratar. Se um pai atender todas as vontades dos filhos (e muitos atendem), sua casa provavelmente vai virar um circo. Agora, um pai que atende a necessidade de segurança, amor, inclusão, alimentação, educação, esse sim provavelmente criará um bom filho. Entendeu a diferença?

Assim como os sentimentos, as vontades são passageiras, porque estão ligadas à eles.

Bem, até agora escrevi sobre o agapé e o ato de servir. Mas como isso se aplica no relacionamento com os outros irmãos da igreja?

Simples. As igrejas são construídas de pessoas (não de tijolos, de instrumentos musicais, de pregações). Sem pessoas não há igreja. Essas pessoas têm seus jeitos, seu caráter, suas manias, suas falhas e bênçãos. Nenhuma está ali na igreja por acaso, Deus usa a todos com um propósito (Efésios 1:11). Assim, o campo de trabalho para todos que querem praticar o agapé é imenso e próximo: está sentado ao seu lado, cantando lá na frente, limpando a igreja depois dos cultos, frequentando as escolas dominicais. Os limites de trabalho no Reino de Deus são impostos por nós, porque para Ele não existem limites, somente aqueles que Ele mesmo determinou.
Agapé em grego.

Assim, irmão de fé, espero que você tenha aprendido alguma coisa com essas palavras. Não deixe a chance de praticar o amor bíblico. Quando perceber um irmão em dificuldades, ou se Deus permitir que um deles vá lhe procurar, estenda-lhe a mão. Não recuse o socorro, pois todos um dia precisamos e precisaremos da ajuda de alguém. Foi o próprio Senhor que veio aqui e fez o que precisava acontecer: morrer em nosso lugar pelo pecado. Ele fez isso sem esperar que O aceitássemos, que O acolhessemos com conforto e honra. Jesus Cristo foi rejeitado pelo seu povo, pelos religiosos, por alguns familiares e até mesmo pelos seus discípulos. Mas Ele enxergou que a sua ação era maior do que tudo isso e muito mais importante que os sentimentos dispensados a Ele. Graças a Deus pelo agapé!


PS: O título desta postagem é o lema da minha cidade, só que no brasão municipal está em latim: "Fratres Sumus Omnes".

sábado, junho 12, 2010

Bom Dia Amor! - Myrtes Mathias


Bom dia amor!


Por favor, não me analise
Não fique procurando
cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente,
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!


Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!

Fonte: http://www.batistadobraga.org.br