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domingo, outubro 28, 2012

Mensagem sobre Oração para adolescentes Evangélicos

Pingo d'água
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Bendito seja Deus, que não rejeitou a minha oração, 

 nem desviou de mim a sua misericórdia. 
(Salmo 66:20)
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João Cruzué

No Evangelho, vemos o desejo dos apóstolos de aprenderem orar. Eles pediram: Senhor, nos  ensine a orar. E então, Jesus lhes ensinou bem simples e objetiva: "Pai nosso que estais no céu..." Há muitos ensinos sobre oração e não tenho a pretensão de inventar a roda. O que vou dizer é fruto de minhas experiências com Deus. Quem sabe pode ser útil para você.

Vou começar, repetindo o Pastor David Wilkerson, que passou para o Senhor em junho do ano passado. Em um de seus livros, ele escreveu que por muito tempo ele orava, e a resposta vinha a seguir. Era uma comunhão maravilhosa com Deus.

Todavia, houve um tempo que estas respostas minguaram. O pastor orava, e passava vergonha diante da Igreja, porque Deus se mantinha em silêncio.  

E, cansado de passar vergonha, um dia ele  ficou muito sensível e desabafou com Deus: Pai, o Senhor não está sendo justo comigo. Antes, eu orava e vinha resposta. Agora, eu oro, jejuo, derramo lágrimas na oração, falo em línguas estranhas - e o Senhor fica completamente mudo. Desse jeito, minha fé em vez de crescer vai se acabar, porque eu já estou passando vergonha diante da Igreja há um bom tempo...

E foi nesse dia, que a voz do Espírito Santo falou ao coração de David Wilkerson: Filho, qualquer um que orar e em seguida receber a resposta da sua oração, não vai precisar de fé.  E completou: a sua fé cresce, enquanto espera com paciência pela resposta da sua oração.


Não foi exatamente com estas palavras, mas eu nunca me esqueci delas. A fé do cristão cresce enquanto ele persevera esperar pela resposta. Pela vontade de Deus.

Houve um tempo em minha vida que fiquei 11 anos desempregado. E a minha fé tinha alterações cíclicas. Ora estava lá em cima, ora, lá embaixo. E muito fragilizado, procurei por três irmãs consagradas que eram muito usadas em profecias.  E o curioso, é que uma dizia uma coisa,  que não batia com o que as outras diziam. Mas teve uma que era mesmo usada por Deus.

Quer saber quando veio a resposta?  Depois de uns sete anos. E eu concluí que não adianta buscar profecias e profetas para lhe dizer que o Senhor vai lhe abençoar, SE o tempo desta resposta você espera que seja para JÁ, o profeta não sabe para QUANDO e você acaba esperando seis ou sete ANOS.

 Foi dessa forma que eu entendi que a oração que funciona é a sua oração feita de forma solitária com Deus. Jesus fazia isto. Os apóstolos iam para casa, e ele subiu ao monte ou ao deserto para ficar a sós com Deus. Isto tanto é verdade, que se eles orassem junto com o Senhor, não iriam pedir para que lhes ensinasse a orar.

Jesus sustentava sua comunhão com o Pai, através da oração solitária. E não era oração de 10 minutinhos não. Dependendo do problema, o tempo de falar com Deus sozinho vai ser  maior ou menor, mas sem a oração entre você e Deus, a coisa não vai andar.


Ao ensinar sobre oração, durante o Sermão do Monte, o Senhor foi bem claro: "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente." 


Até mesmo no dia de sua maior angústia, quando o Senhor estava com seus discípulos no Getsêmani, ele se afastou dos discípulos e orou sozinho.

 Pois bem, se alguém pensa que cinco minutinhos de oração antes do começo do culto já são suficientes para passar a lábia no Senhor, está muito enganado! Também, por outro lado, quem pensa que rezando um terço ou um rosário - repetindo 5 ou 15 "Padre Nossos", 50 ou 150 "Ave Marias" vai incomodar tanto o ouvido do Senhor que ele vai responder - também está longe da verdade!


Oração é como namoro. As palavras devem brotar do coração com sinceridade. Imagine se  quando eu amorava repetia 10 vezes a mesma conversa com a moça com quem estou casado há 29 anos... Ele teria me mandado passear por falta de assunto.


Você precisa arranjar um tempo diário - quando muito semanal - para estar diante da presença de Deus por um tempo maior, para falar com ele das suas mágoas, frustrações, necessidades, humilhações, impossibilidades... e tudo isso, depois de ser agradecido. De agradecer o que tem recebido do Senhor. Esta nova geração não tem costume de ser agradecida. Minha sugestão é que isto precisa ser aprendido. Primeiro "a gente"  deve se lembrar dos benefícios que recebemos do Senhor. Sim, às vezes nós demoramos a receber a bênção que precisávamos, porque ainda não aprendemos a ser MAIS agradecidos.


O SENHOR nos dá, para que nós humildemente lhe  possamos dizer: Muito obrigado, Senhor. E um fato foi muito marcante em minha vida quanto a este ponto. Eu fui no supermercado com o dinheiro contado para comprar meio quilo de café. E lá, comecei a ver dezenas de pessoas com seus carrinhos cheios de compras. E eu voltei para casa arrasado, pois, como já disse antes, passei por 11 anos de desemprego. E ao chegar em casa, olhei para aquele pacote de café, deixei os olhos molharem, e disse: Senhor abençoe este alimento. Muito obrigado por ele.

 Você é responsável pelo sucesso ou pelo fracasso da sua vida. A competência de orar pelos seus problemas, família, emprego, doenças é principalmente sua. O que Deus quer ouvir de você, outra pessoa não poderá falar. Ou você ora, ou você ora!

 Li este assunto e ele é verdadeiro. A reposta da oração é como colocar o peso de um quilo no prato de uma balança, e cartões de visita no outro. Um cartão é muito mais leve que o peso de um quilo. Você vai orando. As pessoas que lhe conhecem, vão orando... Um dia, alguém vai colocar um cartão e o prato vai começar a subir. Digo isto, para não pensar que foi a oração de "A" ou de "B" é que foram ouvidas. Esta análise é muito superficial. Penso que cada cartão foi importante para levantar o peso de um quilo no outro prato da balança.


E antes de terminar, quero abordar um fato muito curioso. Chegando ao final dos cultos, vejo alguns pregadores convidando as pessoas para ir à frente receber a oração. E vejo as mesmas pessoas ao longo de um ano inteiro indo à frente. O que é que está errado? Porque elas nunca recebem suas bênçãos?


Bem, talvez porque não fazem a parte que cabe a elas. Ou seja, de manter uma vida de oração. Não há nada de errado em pedir orações e orar por pedidos de orações. Mas quem deve bater na porta é quem precisa de socorro. E essa pessoa deve insistir batendo na porta. Ela precisa incomodar e mostrar que realmente precisa da sua bênção.


É esta, oração que funciona. Mais uma coisinha. Às vezes, Deus não nos ouv

e, porque falta um "perdãozinho" aqui, conversar com um credor de dívidas ali, abandonar um vício de uma vez, ou aquele "pecadinho" acolá... Esta é a parte que temos que fazer.

Deus quer nos abençoar, mais do que nós temos interesse em pedir. Mas Ele não vai mover um dedo, se você não tomar as providências que só você deve tomar. Responsabilidade, sinceridade e vontade.


Eu deixei de dormir cedo, e estou aqui a quase duas da madrugada, porque alguém precisava ler esta palavra. Receba! E seja muito abençoado naquilo que está buscando diante do Senhor.



  Escreva para mim, contando sobre suas experiências com Deus - cruzue@gmail.com
 
 

sábado, julho 21, 2012

Mensagem para adolescentes evangélicos

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O bom Pastor
João Batista Cruzué 

À primeira vista, o título do texto parece destoante, mas creio que ele resume bem o devocional de hoje, uma bela tarde de muito sol e muito frio na Capital dos paulistas. Há dias que leio e releio o 10º capítulo do Evangelho "de" São João, sabendo que ali há uma revelação de Deus para mim e, apesar de insistir na leitura, ainda não descobri o que seja. Tomado fora do contexto, como geralmente fazemos, o v. 10, "O ladrão não vem senão a roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância" distancia o assunto bom-pastor-porteiro-ovelhas. Contextualizando, Jesus é o bom pastor que deseja intimidade com as ovelhas atuais da sua Igreja.

Tenho 56 anos de idade e quase 40 de decisão por Cristo. Eu aceitei Jesus como Senhor da minha vida e Salvador da minha alma em 1975. E a forma como fiz isto, foi levantando meu braço, publicamente, em sinal de aceitação ao convite que fora feito pelo pastor de uma congregação da Igreja Deus é Amor. Daí, pouco tempo depois fui batizado nas águas da Represa do Guarapiranga, e não muito depois disso, batizado com o Espírito Santo na vigília da mesma Igreja no Bairro do Tucuruvi - Zona Norte de São Paulo.

Era muito religioso. Orava. Jejuava. E resistia bem aos ataques de decepção de minha mãe, profundamente enraizada na Igreja Católica. Eu sentia a presença de Deus em minha vida, mas como uma criança, Deus cuidava de mim, mas eu não sabia quem Ele era.

Prosseguindo neste assunto de intimidade,  entendo que uma pessoa religiosa concebe em sua mente a ideia de que a cura de doenças, o emprego, a promoção, a compra da casa, o carro novo, a entrada na universidade sejam objetos de oração a um Deus e Senhor cuja vontade é limitada apenas para atender as orações de um crente.

Aprendi, no entanto, que o propósito de Deus para minha vida, depois de me ter salvado é que eu cresça em entendimento e sabedoria da sua vontade para ser íntimo dele. 

Abraão tinha um entendimento de Deus aos 75 anos de idade. Mas, aos 100, seu entendimento e comunhão com Deus eram muito maiores. Dos cultos de altares e queima de animais à perfeição exigida por Deus levou uns 25 anos. 

Davi  recebeu a unção de Deus na adolescência. Quando se tornou adulto, e vivia fugindo do sogro, sabia que Deus respondia orações. Tinha confiança nisso. Nas piores situações ele não se esquecia de consultar a vontade de Deus. Depois de ser confirmado Rei em Jerusalém e em toda nação de Israel foi traído pelo sucesso e pecou. O diabo aproveitou a brecha e procurou destruir a família de Davi, e só não teve sucesso, porque ao ser repreendido pelo profeta Natã, se humilhou - apesar de Rei - e recomeçou a andar no caminho da fidelidade e intimidade com Deus.

Jó, no "primeiro tempo" da sua experiência com Deus, se parece muito com os evangélicos do meu tempo que creem que Deus faz a parte Dele quando andamos fiéis. Aqui posso ver que Deus deseja que alcancemos o final da maratona em termos de entendimento, bem além dos 100 metros rasos da velocidade da glória humana. Jó, imagino, era como o filho mais velho da parábola do filho pródigo. Religioso. Não vacilava. Ético. Solidário. Prudente. Rico. Mas não tinha ainda o grau de intimidade desejada por Deus. Então veio o diabo com inveja e provocou a Deus. 

E Deus permitiu que o diabo tirasse todos os bens e destruísse a família. Mas ainda restava fé em Jó. 

Na segunda etapa, o diabo veio e acabou com a saúde de Jó. Como Jó ainda resistisse, instigou a língua de três velhos amigos e de um jovem para arar sobre os ouvidos de Jó. Mas as aflições de Jó  não tivessem acontecido, ele nunca teria tido uma oportunidade de falar com Deus e ouvi-lo tão de perto. É bem verdade que no final ficou duas vezes mais rico, mas o coração de Jó não lhes dava mais valor, pois a comunhão e a intimidade com Deus eram riquezas muito mais preciosas que camelos, ovelhas e vacas. E hoje muito melhores que Mercedes, casas em Boca Raton e estudar direito em Harvard.

Para ter intimidade com Deus é preciso aprender a ser dependente de Deus. E só se aprende ser dependente de Deus quando  estamos por baixo. Em crise. No deserto. No desemprego. Na solidão. Abandonado. Passando pelo vale da sombra da morte. Depois que saímos do buraco, pela graça de Deus, nós podemos olhar para o céu com um novo entendimento do que é a vontade de Deus. Não creio que haja  intimidade com Deus sem "pós-graduação" em dependência do Senhor. E depender do Senhor é compreender que a vontade Dele prevalece sobre a minha. Que o tempo do Senhor é diferente do tempo que desejo. Que os pensamentos do Senhor são mais altos que os meus pensamentos. Que ele é Pai e eu sou seu filho por adoção.  Quanto a mim, aprendi que Deus é meu Senhor, depois de 11 longos anos de desemprego.

Ir na Igreja é uma coisa, ter intimidade com Deus é outra. Cantar no coral da juventude da Igreja é uma coisa, ouvir a voz de Deus é outra.  Ser presidente de uma grande denominação é uma coisa, andar na presença de Deus é outra. Ser rico das bênçãos de Deus é uma coisa, ter o  coração quebrantado para fazer o que Deus manda é outra. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, como se contextualiza semanticamente em nossa língua.

Conhecer a Deus e andar na sua vontade é algo que deve ser desejado muito mais que carros, prédios e jatinhos. Viagens e carreiras. Se você soubesse que em tal lugar há uma pessoa que sob sua oração Deus vai ouvir e curar aquela pessoa, por ventura isto não é mais importante para um cristão do que ter uma BMW na garagem? Entendo que sim, pois há muitos que podem comprar um carro alemão, mas não há dinheiro que compre os direitos de ouvir a voz de Deus. O carro envelhece. O riso de contentamento passa quando o couro dos bancos se rasga, mas a alegria da presença do Espírito Santo nunca perde o brilho em um coração que aprendeu a depender de Deus.

Como é que se adquire intimidade com Deus? Como é que se anda na presença de Deus? Como é que chega a um grau perfeito de entendimento da vontade de Deus? Eu não preciso de muitas palavras para deixar algumas  respostas. É procurando ser fiel nas coisas pequenas. No dia a dia. É desejando conhecer o propósito de Deus para as diferentes épocas da vida. Infância. Adolescência. Juventude. Velhice. O propósito de Deus não é a mesma coisa que ACHAMOS  ser. É aqui que muitos se desviam do caminho seguindo atalhos ou desvios. A vida cristã é como uma estrada cheia de subidas, descidas, curvas, buracos e precipícios. Entretanto, ela é bem sinalizada, e é lendo estes pequenos sinais que podemos escapar dos desvios, diminuindo a velocidade.

A voz de Deus não é a mesma coisa que a voz dos homens. Não é a voz da maioria e, dependendo do momento, não é a voz da direção da denominação. Além dos ensaios, louvores, pregações, congressos e acampamentos a voz de Deus pode ser ouvida, principalmente se você adquirir o hábito de ficar a sós com Deus. Jesus buscava lugares onde ia sozinho para orar.  Um lugar reservado para ler a Bíblia Sagrada e meditar nos assuntos da leitura. Você precisa ficar atento a pequenos e insignificantes detalhes em sua busca. É preciso ter mais interesse em conhecer a Deus e entender o propósito Dele.  O cristão que  dedica mais tempo para novelas, facebook, orkut, twitter, filmes, livros  de vampiros ou músicas seculares no mínimo deve saber que se assemelha com Esaú, o filho de Jacó que não valorizava o sagrado.


Intimidade com Deus   depende de opção pessoal pela rejeição ao profano e interesse íntimo pelo sagrado.

Por que há tanto vazio e falta de alegria no coração de tantos cristãos? Respondo: É porque estão trocando o buscar a presença de Deus por coisas tolas. E quando você valoriza mais as coisas que tomam o lugar de Deus, e se esquece das coisas que O agradam, você vai fechando lentamente a porta do seu coração para o Espírito Santo. E Ele vai se apagando da sua vida. A alegria se vai e no lugar fica a tristeza de um grande vazio. 

É assim que se perde (ou deixar de ter)  intimidade com Deus, apesar de estar todo dia  dentro da Igreja. O Senhor deseja que todos andem na presença Dele, mas a presunção de cada um se enfastia de Deus e busca, como o filho pródigo, lugares e coisas mundanas para ocupar o lugar Dele.

Termino com o v. 14 do mesmo capítulo que diz: "Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas ovelhas sou conhecido." Além de dizer que é uma pena passar a vida inteira em uma Igreja desconhecendo que Deus, como grandioso Pai, é real e deseja ardentemente que o conheçamos bem de mais perto.


SP-21.JUL.2012


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