sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Minha MÃE passou pelo Vale de Baca, porém, adentrou triunfante na Cidade Eterna

Textos Versáteis - Isabel Lima

"Bem aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados, que passando pelo Vale de Baca, faz dele uma fonte". (Sl 84:5,6)

Sábado, dia 26 de Janeiro de 2013, as 8h4500 min, minha amada e querida MÃE "Maria José de Freitas Silva", adentrou triunfante, através da morte, nas moradas eternas.

Eu, minhas irmãs e a minha sobrinha Raquel, a honramos em seu leito de enfermidade. Passamos pelo VALE DE BACA, mas foi ali, neste vale árido, de lamentações, de lágrimas, que encontramos o consolo do Espirito Santo, que trouxe o refrigério necessário para acalmar o nosso coração e a nossa alma triste e abatida. Muitas vezes a tomavámos em nossos braços e com o coração apertadinho e chorando caminhavámos... Prosseguimos nesta estrada dolorida por quase cinco anos, até  o dia que o Senhor aprouve levá-la para o Lar eterno.

Passamos pelo Vale de Baca
As plantas de bálsamo existentes no vale "choravam", isto é, destilavam um liquido de aroma agradável que deveria tornar Baca um lugar perfumado. Bálsamos são conhecidos por suas propriedades confortantes e calmantes, sendo assim, o escuro vale, de difícil passagem continha seus segredos (...). O destino de quem passava por Baca era Sião, a passagem era obrigatória, Baca moldava os peregrinos que ansiosos por chegar à Jerusalém e ir ao Templo se arriscavam no Vale”. (Wilma Rejane – Blog: A Tenda da Rocha).

Minha Mãe, passou pelo vale de Baca, mas chegou ao seu destino almejado – Sião, a cidade do nosso Deus,  e deixou as suas marcas pelo caminho: marcas de retidão, marcas de  integridade, marcas de  temor a Deus e marcas de desvio do pecado.

Sua Fidelidade na obra do Senhor
Foram 27 anos na frente do trabalho do Circulo de oração da igreja no Jardim Elisa Maria, sendo que, a algumas décadas atrás não havia ônibus para o local e ela andava quase quinze minutos em meio a muito mato, com perigo de malfeitores, e eu,  muito pequena ainda, ficava assustada e apreensiva e pedia para o meu pai ir buscá-la.

Todas as terças e quintas feiras, era sagrado o compromisso para com a obra que Deus havia entregado em suas mãos. Ao chegar na igreja, dobrava os seus joelhos calejados e orava e chorava: "Jesus salva as almas, tráz os desviados de volta para tua casa, abençoa minhas filhas, meu filho, a tua igreja Senhor: os Pastores, os cooperadores, a mocidade, as crianças..., salva as almas, traz os desviados de volta para tua casa Senhor...". Estas, são marcas indeléveis que ficaram em minha mente e em meu coração e que hoje está “sangrando”, pois, ainda posso ouvir sua voz na igreja e em casa, pelas madrugadas orando e chorando humildemente aos pés Jesus...

“Que eu, Isabel, também possa seguir em sua pisadas Mãe.”
"Que eu possa ser fiel até a morte, onde receberemos a nossa corôa e nos reencontraremos na casa do Pai, na celestial morada, que Jesus foi nos preparar”.

Enquanto o corpo de minha amada Mãe descia à campa fria, o Pastor e Maestro Nilton Didini Coelho cantava:

“Shalom adonai, shalom.
 Shalom adonai, shalom
Shalom adona, shalom adonai
Shalom adonai, shalom.”

“A paz do Senhor, a paz
A paz do Senhor, a paz
A paz do Senhor, a paz do Senhor
A paz do Senhor, a paz”.

A minha irmã Eunice estendeu as suas mãos sobre o túmulo  enquanto o corpo descia à sepultura e disse  chorando: “Até um dia Mãezinha”... Esta cena marcou profundamente a minha alma e acalmou o meu coração.

E, eu, cantava e pensava: “A paz do Senhor mãe, a paz do Senhor...”, as lágrimas quentes da dor da separação rolavam sobre o meu rosto,  porém, diante daquele cântico maravilhoso, eu pude sentir a paz de Deus que invadiu a minha alma e eu tive a convicção que não era um adeus que eu dava à minha Mãe, mas um: “A paz do Senhor Mãe”, a paz do Senhor..., até um dia na glória, onde nós reencontraremos, juntas, com o amado Filho de Deus – Jesus”. “Cristo em vós, esperança da glória’ (Cl 1.27)

“ Apesar da aridez de Baca ele pode se tornar uma fonte onde nos tornamos mais sábios, fortes, resistentes e confiantes. Aprendo que em Baca recebo sustento para alcançar Sião...”. (Wilma Rejane – Blog: A Tenda da Rocha).

Hoje, me encontro em Baca, onde há muito choro e lamento, o vale é  difícil de atravessar, entretanto, como peregrina aqui na terra, estou à caminho de Sião,  almejo alcançar Jerusalém, a cidade do nosso Deus,  onde “Deus limpara de seus (dos meus)  olhos toda lágrima e mão haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor...” (Ap 21.4).

Mesmo em Baca encontro o consolo, quando lembro-me que no dia 26 de janeiro de 2013, duas mãos transpassadas e estendidas, prontas receberam uma Serva e uma Filha preciosa ao olhos do Pai. “Preciosa é a vista do Senhor a morte dos seus santos”. (Sl 116.15).

Te amo minha MÃE amada e sempre te amarei!  Descanse em paz nos braços do nosso Pai Celestial..

“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá". (Ex 20.12).  

Orem por mim, queridos irmãos e amigos, e por minha família, para o que Espírito Santo de Deus continue confortando os nossos corações.
.

Um comentário:

Joao Cruzue disse...

Meus sinceros sentimentos irmã Isabel. Rogo ao Senhor que conforte toda sua família.

Irmão João Cruzué