João Cruzué*
Estou
escrevendo este artigo a uma semana da decisão do segundo turno das
eleições paulistanas. Um dos maiores embates
políticos da nação. De um lado
está o autor "kit gay" e do outro, um vovô cuja esposa
cortou o cabelão para evitar o rótulo de crente. Bem, eu vou aproveitar
este momento para fazer uma crítica quanto ao futuro da Igreja
Evangélica Assembleia de Deus. Naturalmente, nem tudo que vou escrever
vai agradar aos
leitores deste blog, uma vez que não sou, nem pretendo ser, o dono da
verdade - que não é outro, a não ser Nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo. Dito isto, vamos adiante.
Na
Rede TV, em São Paulo -Capital, hoje não está sendo veiculado o programa
Vitória em Cristo - do Pastor Silas Malafaia. Não foi ao Ar o programa
da Igreja Presbiteriana, nem os 15 minutos do Pastor Jabes, nem o
programa do Pastor Silas - das 09 às 10:00 h. Nada. Desconfio de
que deve ter alguma liminar, alguma coisa que barrou o programa do pastor.
Esta reação, com certeza, tem a ver com a fala do Pastor Silas Malafaia, que
extrapolou o limite do bom senso.dizendo uma grande besteira: Que iria
"arrebentar" com Haddad nas urnas com o assunto do kit gay.
Não vai.
E
não vai porque o que está em questão não são assuntos religiosos, mas
as coisas inerentes ao
próximo governo político de uma metrópole com 11,3 milhões de
pessoas. Pastor Silas se esqueceu da máxima de Jesus Cristo. Dai a
César o que é de César, e a Deus, o que é de Deus. Cada um no seu
quadrado.
O povo pode ser ignorante, mas quando descobre a verdade ele não é burro. Celso Russomano não foi para o segundo turno, em São Paulo, porque o conceito que o povo hoje tem da Igreja Universal e do Bispo Macedo é péssimo. Se fosse bom, como no tempo em que o Senador Crivella financiou com sua voz o desenvolvimento da Fazenda Canaã, a história de Russomano teria sido outra.
O povo pode ser ignorante, mas quando descobre a verdade ele não é burro. Celso Russomano não foi para o segundo turno, em São Paulo, porque o conceito que o povo hoje tem da Igreja Universal e do Bispo Macedo é péssimo. Se fosse bom, como no tempo em que o Senador Crivella financiou com sua voz o desenvolvimento da Fazenda Canaã, a história de Russomano teria sido outra.
Creio
que a
função principal da Igreja é fazer política, senão ser sal para
conservar a terra que se vai corrompendo dia a dia. A Igrerja não foi
instituída por Jesus Cristo para o governo secular da Terra, mas para
anunciar o Evangelho aos habitantes do reino espiritual do pecado e da
CORRUPÇÃO carimbar seus passaportes para o Reino de Deus , àqueles que
aceitarem de bom grado a palavra da salvação.
Quando uma liderança da Igreja ultrapassa a linha do bom senso, o resultado é um tiro no pé - e má fama para a Igreja. Foi isso que o Pastor Silas fez. Achou que faria a diferença se convidando para um debate que não era da sua conta. Eu posso criticá-lo, porque sou contribuinte do seu Ministério. Como neste momento ele deve se achar que tudo que faz e diz está acima qualquer crítica, não vai ouvir ninguém.
Quando uma liderança da Igreja ultrapassa a linha do bom senso, o resultado é um tiro no pé - e má fama para a Igreja. Foi isso que o Pastor Silas fez. Achou que faria a diferença se convidando para um debate que não era da sua conta. Eu posso criticá-lo, porque sou contribuinte do seu Ministério. Como neste momento ele deve se achar que tudo que faz e diz está acima qualquer crítica, não vai ouvir ninguém.
A Igreja Evangélica do ramo pentecostal, que era completamente alienada da política, tomou gosto pela coisa, e pendeu para o outro extremo - ser um dos agentes principais do próprio processo político. Ora, o bom senso não está nos extremos. A Bíblia diz assim: que aquele que milita, não deve se embaraçar com os negócios desta vida, a fim de agradar aquele que o alistou para a "guerra". Guerra contra as trevas espirituais. O curioso é que, aqueles que ensinam a Bíblia, costuma não ter tempo aferir se estão seguindo a Bíblia.
Fernando
Haddad vai ser o próximo prefeito de São Paulo. Eu não vou votar nele.
mas, vai ganhar a eleição com um "pé nas costas". E vai ganhar porque a
periferia da Cidade ficou abandonada. O povo neste momento não está
preocupado com kits ou coisas parecidas, mas com a Saúde - que não
funciona; com o trânsito, que está travado; com a segurança, em uma
cidade em que até a própria polícia não tem segurança. Diante disso o
assunto do kit gay do Pastor Silas é coisa terciária, foi isso mesmo que
várias lideranças evangélicas paulistanas pesquisaram e concluiram.
Penso
que pregação contra o kit gay, neste momento, é tranca em porta
arrobada. E deixando o Pastor, para falar sobre a Igreja evangélica - e
principalmente a Assembleia de Deus,
o que ela deveria ter feito - não fez - mas, ainda há tempo de fazer - é
trabalhar em um projeto evangelístico nacional de cunho SOCIAL,
levando o Cristo COM MAIS ENTUSIASMO tanto para cada coração paulistano
quanto brasileiro.
A Assembleia de Deus está perdendo mais tempo com projetos políticos e com sua própria política eclesiástica (Eleições da CGADB) do que com o objetivo que a tornou a maior Igreja Evangélica brasileira. JESUS SALVA, JESUS CURA, JESUS LIBERTA E LEVA PARA O CÉU. A Assembleia de Deus trocou o principal pelo secundário, com um agravante: ela veio da classe "D" e "E" para a classe "C". Mas, à medida que vai se afastando da pobreza, vai construindo um muro alto para não mais ver a pobreza que ficou do outro lado.
A Assembleia de Deus está perdendo mais tempo com projetos políticos e com sua própria política eclesiástica (Eleições da CGADB) do que com o objetivo que a tornou a maior Igreja Evangélica brasileira. JESUS SALVA, JESUS CURA, JESUS LIBERTA E LEVA PARA O CÉU. A Assembleia de Deus trocou o principal pelo secundário, com um agravante: ela veio da classe "D" e "E" para a classe "C". Mas, à medida que vai se afastando da pobreza, vai construindo um muro alto para não mais ver a pobreza que ficou do outro lado.
O que a Igreja precisa é de um grande projeto de evangelização pessoal.
Mas não é isto que está sendo desenhado nos bastidores da Igreja. Ela
está encantada com o poder político, segue pelo mesmo caminho da Igreja
Católica que já quebrou a cara com isto.
Há
uma verdade inequívoca que não pode ser DESMENTIDA: os agentes do
tráfico de drogas em São Paulo e nas grandes cidades brasileiras têm
conquistado mais jovens e adolescentes para mercadejar o pó, do
que a Igreja Assembleia de Deus tem trazido para dentro de seus templos
para cantar nos grupos de jovens. E alguém já disse com muita
propriedade: que os nomes dos jovens encarcerados de hoje são muito
esclarecedores.
E digo mais, se alguém fizer uma pesquisa entre os fiéis que descem
às águas dos tanques batismais assembleanos, vai constatar que na
verdade a esmagadora maioria veio das próprias famílias.
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus está se distanciando dos pobres e necessitados, porque está perdendo a sentimento da solidariedade como na parabola do bom samaritano. Os olhos de suas lideranças no momento estão mais entusiasmados com o poder político, construção de grandes templos e com a eleição da presidência da CGADB em 2013.
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus está se distanciando dos pobres e necessitados, porque está perdendo a sentimento da solidariedade como na parabola do bom samaritano. Os olhos de suas lideranças no momento estão mais entusiasmados com o poder político, construção de grandes templos e com a eleição da presidência da CGADB em 2013.
Isto
é uma vergonha. Do que adianta ter 12 veradores evangélicos na Câmara
Municipal se o entusiasmo dos jovens crentes está se arrefecendo, a
periferia não se vê mais a ação da Igreja que está sendo substituída
pelos "missionários" do tráfico de drogas?
Porque a Igreja não está funcionando? Uma provável resposta é: porque os
fiéis se
animam com os projetos de suas lideranças. E, quando há mais campanha
política no púlpito do que o fogo do Espírito Santo, o resultado não
poderia ser diferente - a PERDA DE CREDIBILIDADE! Diante da mocidade da
Igreja e diante da sociedade.
Portanto,
menos projetos políticos, menos política eclesiástica e mais Espírito
Santo nos púlpitos e mais Evangelho para os pobres - para quem saiam da
pobreza, pois antes da Educação o que mais redistribui renda em
qualquer país é a aceitação do Evangelho. Onde Jesus entra, a miséria
vai embora e a pobreza vai sendo combatida.
João Cruzué, é agente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Presbítero da Igreja Assembleia de Deus e Diretor da Academia Brasileira de Blogueiros Evangélicos.
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