sábado, fevereiro 04, 2012

O terror dos ídolos.

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É comum noticiarem sobre imagens de escultura - aquelas chamadas pelos devotos de “imagens de santos”, serem roubadas de igrejas, queimadas por incêndios, destruídas em desmoronamentos ou até mesmo deterioradas pelo tempo.

No dicionário Aurélio a palavra ídolo significa: “Estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa”. Na verdade, o ídolo é aquilo que, embora aparentemente forte, pode ser destruído ou derrotado com facilidade.

A idolatria é conhecida há milênios e é definida como o culto prestado a ídolos. É o principal conflito dentro do cristianismo, entre os seus dois principais ramos: o catolicismo e o protestantismo.

O profeta Jeremias sentiu esta dor ao ver um povo idólatra em seu tempo, um povo que deixou a sabedoria e o entendimento e passou a adorar ídolos, que não passam de obra das mãos de homens. Segundo o que escreveu o profeta, há um contraste muito grande entre o Senhor dos Exércitos, o Criador dos céus e da terra e os ídolos. Isso se encontra registrado em Jeremias no capítulo 10.

Jeremias escreve: “…os homens passaram a cortar no bosque uma madeira, com machado; enfeitam esta madeira com prata e ouro, usam pregos e martelos para fixação, para que não caia; e o resultado é um ídolo, que se parece com um espantalho em uma plantação. Este pedaço de madeira enfeitado não pode falar, necessita de quem o carregue de um lugar para o outro, pois não pode andar. Jeremias ainda enfatiza que não se deve ter medo deles, pois não podem fazer mal a ninguém e obviamente também não podem fazer o bem, pois neles não há vida, não há o fôlego da vida, e desta forma não passam de uma grande mentira e uma enganação” (e quantas pessoas com medo de imagens deixadas nas encruzilhadas… e quantas pessoas orando para que recebam algum bem de um guerreiro sentado em um cavalo).

Já o Senhor Deus, Criador dos céus e da terra, não possui uma imagem física, apenas uma imagem de caráter e amor, visto que Ele é Espírito.

Jeremias, inspirado por esse Espírito Santo, mostra este grande contraste em lembrar que o Senhor fez a terra pelo seu próprio poder, estabeleceu tudo por sua sabedoria, e com sua inteligência fez os céus. Ele demonstra o poder extraordinário de Deus, citando elementos da natureza, para tentar fortalecer a compreensão do inigualável poder de Deus: “Deus é quem controla os trovões, Ele é quem cria os relâmpagos (e como somos vulneráveis diante de relâmpagos, quando estamos em um lugar ermo), e os ventos surgem de um depósito controlado pelas mãos do Senhor” (e como somos semelhantes a uma formiga, diante de uma grande tempestade de ventos).

Jeremias chega a uma única conclusão: Não há ninguém semelhante ao Senhor Deus. Ele é grande em poder, e Rei das nações. E entre todos os sábios não há ninguém semelhante a Deus, afinal ele está Vivo e rege o universo. Como comparar uma criatura com seu Criador?

Foi em virtude de um relâmpago, em uma tempestade, que Martinho Lutero prometeu a Deus que, se fosse livre da morte naquela tempestade em que estava, desprotegido em um bosque, ele entregaria sua vida para sempre para servir a Deus como servo. Foi exatamente o que aconteceu (Deus está vivo e aí sim pode fazer bem a alguém); foi exatamente o que Lutero fez. Deus o usou para transformar a história do cristianismo idólatra do décimo sexto século para até os dias de hoje, libertando-nos através do despertar da razão e da inteligência que Deus está vivo, e somente a Ele devemos adorar e jamais a um pedaço de madeira sem vida. É somente pela fé, uma fé racional e inteligente.

Que Deus use muitos relâmpagos, trovões, ventos, Jeremias, Martinhos, eu e você para o despertamento da adoração, para adorarmos com sabedoria, inteligência e amor a um Deus que é inigualável e Dono de tudo o que existe, Dono da vida de cada um de nós.




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