domingo, junho 26, 2011

Sobre o Deus que assopra e faz lembrar

Jurujuba - Niterói - RJ

Quando olho para o alto das colinas e vislumbro o matagal a balançar ao vento, num movimento assemelhado ao de um mar pacífico (em dias especiais, em lugares e condições especiais), eu sinto, ou melhor, eu sou assolado por um sentimento que era também muito caro a C.S.Lewis: uma profunda e inamissível saudade de um Jardim, um jardim de onde - num dia imemorável - eu fui expulso, como uma criança lactante arrancada ao seio de sua mãe... Um jardim para onde – contra tudo e todos e desesperadamente – eu preciso, preciso voltar.

Um balançar que me encanta desde a infância, quando eu não entendia a melancolia e enlevo que dominavam meus olhos, a bailar em silêncio com o mato... Hoje sei, era uma fome profunda do τελος (Telos) , do Fim, a Consumação/Reconciliação de todas as coisas no seio de Cristo. Fome de retornar ao Jardim.

Ora vem, Senhor Jesus!

(texto e imagem)

Nenhum comentário: