sexta-feira, julho 18, 2008

Congresso Brasileiro de Publicidade e a liberdade cristã


A LIBERDADE CRISTÃ E

O IV CONGRESSO BRASILEIRO DE PUBLICIDADE

João Cruzué

Diante de mais de 1.400 congressistas que lotaram o auditório do World Trade Center em São Paulo, o vice-presidente das organizações Globo, Sr. João Roberto Marinho, e o Presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, Sr. Roberto Civita, puxaram a sardinha para suas brasas, ao tecer críticas a um suposto paternalismo do estado brasileiro que procura tutelar seus cidadãos proibindo e querendo proibir ainda mais propagandas de certos produtos.

O Sr Marinho afirmou que o estado vem tutelando o cidadão como se este fosse incapaz de discernir entre o certo e o errado, lembrando que o exercício da liberdade torna as escolhas mais consistentes, alem do que não "há democracia com tutela".

Preocupados, evidentemente, com o faturamento de suas empresas, os senhores Marinho e Civita, na verdade, fizeram um discurso sob medida para os ouvidos dos publicitários presentes. De forma alguma posso crer que as nações européias e os EUA não são democráticas pelo fato de "podar" pela raiz publicidades muito menos perniciosas que as que são veiculadas no Brasil.

Com certeza, depois de ter perdido o filão da publicidade da indústria do tabaco, as empresas Abril e Globo e tantas outras estão alarmadas com a possibilidade real de perda da receita oriunda das indústrias da cerveja e similares. Não importa se milhares de pessoas vão morrer de câncer das vias respiratórias ou de acidentes de trânsito por causa da bebida - o que os publicitários querem é FATURAR.

Queremos apresentar a seguir uma resposta consciente em apoio às autoridades brasileira que nos têm surpreendido com políticas públicas dignas de louvor: por exemplo a lei "seca". E esperamos mais: o cumprimento da promessa do Ministro da Saúde, Dr. José Gomes Temporão, que fala abertamente em dar à
publicidade das bebidas alcoólicas o mesmo destino que já foi dado às de propagandas de cigarro.

"O exercício da liberdade torna as escolhas mais conscientes"
João Roberto Marinho

SERÁ?

driving drunk 3

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driving drunk 2

Todas estas fotos têm uma relação entre direção e embriaguês.

Como cristão, abomino todo e qualquer faturamento de publicidade que venha direta ou indiretamente produzir a morte de qualquer cidadão. Milhares de cidadãos. Mas aprovo tudo aquilo que venha preservar e dignificar a vida. Se o exercício da liberdade torna mesmo as escolhas mais conscientes, como diz o sr. Marinho, meu bom senso de liberdade me diz que devo apoiar as políticas de "tutela" do governo e repudiar as lições de "democracia" daqueles que fazem dinheiro às custas de publicidade enganosa. Enganosa sim, pois atrás daquele espírito de "camaradagem e coleguismo" das propagandas de cervejas não é mostrado a miséria dos alcoólatras. E por causa da hipersexualização da mulher brasileira, por exemplo: via propagandas de cerveja, ela é vista como uma prostituta no exterior, principalmente na Europa, induzindo ao famigerado turismo sexual ao Brasil. Diante deste quadro, apoiamos as iniciativas do governo que foi eleito democraticamente para isso: atender à voz da maioria.


João Cruzué
cruzue@gmail.com

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