sexta-feira, novembro 02, 2007

O mundo que eu vi

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O mundo que eu vi

Victor Leonardo Barbosa

Lá estava eu em pleno estádio do mangueirão, em Belém, "curtindo" a grande festa da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, esperando receber a Palavra do Senhor e celebrar o aniversário de minha denominação de bom grado.

De inicio fiquei maravilhado com músicas abençoadas do compositor Kalebe e Marcos Nascimento. Porém, já no final, lá estava ele, o popstar Marco Feliciano pregando sobre Ezequiel 1:1. Nunca tinha visto uma pregação de Feliciano pessoalmente. O que vi foi uma mensagem antropocêntrica, onde a mais falada frase não era "Jesus", mas sim o "você". E ainda: "Quem não pula, grita...não é legítimo pentecostal!!!" será que ser pentecostal se resume a isso? Ou melhor, será que ser cristão evangélico, protestante, filho da reforma, se resume a isso? Infelizmente há muitos males debaixo do sol, e pesam muito sobre os homens, e os pentecostais não são uma excessão.Dons só são um importantíssimo acréscimo. O que mais interessa é o fruto. Não se pode confundir uma manifestação do Espirito Santo, como línguas, profecias, etc, com um pular e gritar desenfreado e sem base bíblica, que nada mais é do que uma reação ao toque do Espirito, se é que essas pessoas são realmente tocadas.

John Stott falou essas sábias palavras:"Parece que as pessoas pensam que a principal evidência do Espirito Santo é o barulho"[levemente parafraseada]. Essa palavras são sábias e precisam ser consideradas.

Quando saí, vi vários "pagodeiros de Cristo" sambando e fazendo coisas semelhantes perto de vendedores sem camisa vendendo churrasquinho.

Eu pensei na hora em Stefan Zweig com seu celébre livro "O Mundo que Eu Vi". Apesar do livro não estar relacionado com esse comentário, acredito que o seu título serve para falar de uma dura realidade nos meios pentecostais de hoje.

Se não nos cuidarmos de perseverar na fé e na sã doutrina, chegaremos aos nosso cem anos com uma identidade totalmente descaracterizada do pentecostalismo clássico, muito mais próxima do neopentecostalismo com suas confissões positivas, seus superastros, suas heresias.

Gostei da postura que o pastor José Welligton tomou logo após se tornar líder da convenção novamente, para o pastor a identidade da Asembléia de Deus deverá ser mantida. Esse dever não é somente dos pastores, mas também dos membros. Porque senão, armagaremos um trágico futuro.

E nossos filhos colherão os frutos.

Que Deus nos proteja de ser esse o mundo pentecostal que eles verão.


Soli Deo Glória.

Autor:Victor Leonardo Barbosa
http://gqlgeracaoquelamba.blogspot.com

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